tag:blogger.com,1999:blog-68102810479422918522024-03-14T00:21:48.884+00:00Livros, Livros e mais Livrosslayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.comBlogger321125tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-8948210472179943582021-01-12T11:24:00.002+00:002021-01-12T11:29:27.511+00:00Opinião: The Wrong Family (Tarryn Fisher)<div style="background-color: white; line-height: 1.25; margin: 0px; padding: 0px 0px 2px; text-align: left; width: 455px;"><span style="color: #333333; font-family: Merriweather, Georgia, serif; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><a href="https://www.goodreads.com/book/show/49875586-the-wrong-family"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1365" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyBocvJeAv4PXNM84vlsVm5S886JwEWjvKXxARADFax0VJ1kvxEVbo1v0uckW-Li-keO20WxsjQoT245f49YZkzhpzhUnfQH4lwF3nxkM9JLJ0Kbb0orMjUWkldOAQvG7jqBcUEcgCWUg/s320/49875586.jpg" /></a></span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.blogger.com/#">The Wrong Family</a> de <a href="https://www.blogger.com/#">Tarryn Fisher</a></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;">Editora</b><b>: </b>Graydon House (2020)<b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;">Formato</b><b>: </b>Capa mole | 336 páginas<b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;">Géneros</b><b>: </b>Mistério, Thriller</div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.blogger.com/#">Sinopse</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estou de volta, para falar sobre um thriller que terminei recentemente. Na verdade, isto não significa que vá retomar a atividade no blogue porque atualmente pouco tenho a dizer sobre os livros que leio e as minhas leituras têm andado reduzidas. Manter um blogue dá um trabalho que não me parece que tenha estrutura mental para manter (paciência, mais que tudo).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas chega da parte pessoal, estamos aqui para a opinião. Este livro foi, numa palavra, dececionante. Muito pouco de thriller, quase nada de mistério, é complicado pôr este livro numa categoria... mas para efeitos de simplicidade vamos pô-lo nestas categorias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A história é contada do ponto de vista de duas personagens Winnie, uma mulher com problemas profundos no seu casamento e Juno uma sem-abrigo. As entradas destas duas narradoras estão fora de alinhamento, ou seja, a narrativa salta do passado para o presente de forma algo confusa. Exploramos os passados destas duas personagens e os seus problemas, como acabaram na sua situação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não há grande mistério no meio de toda esta exposição exceto que Juno começa a pensar que há algo de errado com a família de Winnie, que esta cometeu algum crime imperdoável no passado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Diria que passamos cerca de 85% do livro nisto, para a frente e para trás, aprendendo mais sobre como a Winnie está num casamento sem amor, quais são as suas origens e como é a sua relação com o resto da família. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também aprendemos muito sobre Juno, sobre como passou de psicoterapeuta de sucesso a sem-abrigo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Basicamente este livro pareceu-me convoluto, forçado. Foi o livro mais inacreditável que li recentemente e estou a ler uma série de fantasia épica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O enredo é muito tênue, há muita exposição, mas nada é desenvolvido adequadamente. A exposição parece acrescentar nada ou muito pouco à história. Quase não há indícios espalhados pelo livro para o final apressado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma das narradoras é uma sem-abrigo que consegue viver meses dentro de uma casa sem que ninguém perceba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se tivesse sido enquadrado de forma diferente, por exemplo, os proprietários a notar que coisas mudam repentinamente sem motivo aparente, pendendo mais para o terror do que mistério, poderia ter funcionado, mas ninguém dentro da casa nunca percebeu que havia uma pessoa a morar num armário. Simplesmente demasiado inacreditável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No geral, não é definitivamente o meu tipo de livro. Demasiado confuso e às vezes aborrecido, com muito pouco sumo, por assim dizer. Não recomendo.</div>slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-83119468271332741632019-01-16T12:58:00.003+00:002019-01-16T12:59:47.323+00:00Opinião: Alpha & Omega (Patricia Briggs)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4shyphenhyphen6-QzF8biEH9Ai0tGDIVo8E-pHmZVE2wXzgUH86uTP5aCA5U2vsgNNMepTNKFjT43TAG6uW1fyQH5-0OSgX99zsE0KkqTvCIhYFpU6zhKGMUE9tF1KirFk6-Fa5np4CMvd9DL3ZuU/s1600/9216858.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="293" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4shyphenhyphen6-QzF8biEH9Ai0tGDIVo8E-pHmZVE2wXzgUH86uTP5aCA5U2vsgNNMepTNKFjT43TAG6uW1fyQH5-0OSgX99zsE0KkqTvCIhYFpU6zhKGMUE9tF1KirFk6-Fa5np4CMvd9DL3ZuU/s320/9216858.jpg" width="234" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/9216858-alpha-and-omega">Alpha & Omega</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/40563.Patricia_Briggs">Patricia Briggs</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Berkley Books (2008) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: ebook | 86 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Fantasia urbana</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/9216858-alpha-and-omega">Sinopse</a>.</div>
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<br /></div>
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Alpha & Omega é um conto (<i>novella</i>) originalmente publicado na antologia <i><a href="https://www.goodreads.com/book/show/285212.On_the_Prowl">On the Prowl</a></i> (2007) e conta a história do irmão mais novo de Samuel (uma das personagens semi-permanentes do <i>cast </i>da série Mercy Thompson), Charlie.</div>
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<br /></div>
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Charlie, um dos filhos do Marrok (o chefe de todos os lobisomens da América do Norte) é enviado para outra cidade para investigar uma alcateia de lobisomens que parece estar a violar as leis do Marrok. Como filho do Marrok, Charlie é um lobisomem bastante forte e um Alfa por direito próprio (Alfas são geralmente líderes de alcateias de lobisomens). É por isso que foi escolhido pelo Marrok como braço armado da alcateia do Marrok; é quem chamam sempre que é necessário matar um lobisomem por violação das regras.</div>
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<br /></div>
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Em Chicago, Charlie encontra uma lobisomem chamada Anna que parece ser muito submissa. Mas Charlie depressa descobre que Anna foi abusada pela sua alcateia e que é, na realidade, uma Omega, um tipo de lobisomem muito raro que consegue acalmar os outros lobisomens.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Charlie e Anna tentam descobrir as razões da traição do Alfa de Chicago, descobrem que estão destinados a ficar juntos.</div>
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<br /></div>
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Geralmente não gosto de ler contos. Acho sempre que vai faltar desenvolvimento das personagens e do mundo. Felizmente o mundo está bem estabelecido nos livros da Mercy Thompson e o ritmo da ação não permite muito pensar no desenvolvimento das personagens; sim foi um bocado rápido, mas felizmente a autora elabora mais em livros posteriores (este conto é o início de uma nova série centrada em Charlie e Anna).</div>
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<br /></div>
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Gostei bastante desta leitura. Foi tudo um pouco apressado? Sim, mas estranhamente não faltou nenhum passo e estranhamente o ritmo pareceu o correto relativamente ao tipo de história. Talvez se deva ao facto da estrutura da história estar ligada ao primeiro livro da Mercy, "<a href="https://pinkgum.blogspot.com/2010/10/o-apelo-da-lua.html">O Apelo da Lua</a>".</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem me importei com o insta-love porque a autora tem uma razão "lógica" (entre aspas porque é lógica dentro das regras do mundo) para ele.</div>
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<br /></div>
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No geral, gostei e recomendo a leitura deste conto para os fãs de Patricia Briggs e especialmente para quem vai começar a série Alpha & Omega.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<b>Outras opiniões sobre livros da autora no blogue</b>:</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://pinkgum.blogspot.com/2010/10/o-apelo-da-lua.html">O Apelo da Lua (Mercy Thompson #1)</a></li>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://pinkgum.blogspot.com/2014/02/opiniao-vinculo-de-sangue.html">Vínculo de Sangue (Mercy Thompson #2)</a></li>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://pinkgum.blogspot.com/2014/06/opiniao-cruz-de-ossos.html">Cruz de Ossos (Mercy Thompson #4)</a></li>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://pinkgum.blogspot.com/2014/06/opiniao-segredo-de-prata.html">Segredo de Prata (Mercy Thompson #5)</a></li>
<li style="text-align: justify;"><a href="https://pinkgum.blogspot.com/2014/06/opiniao-o-diabo-do-rio.html">O Diabo do Rio (Mercy Thompson #6)</a></li>
</ul>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-73868848599341835222018-05-31T17:41:00.000+01:002018-05-31T17:41:12.267+01:00Opinião: Os Altos e Baixos do meu Coração (Becky Albertalli)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9NcATINN9-s5WxBK7DITKpob_ARa2T-Uhu-P4rTiT3i5zK2CByTIQwOwub-xe5s_6sM0BptxQ30fb4tLgwhYfi1_DF9l8nwqv84sHVidu2SWlEix40zSeRhBoDGYtk_r2qCqO8VvzagI/s1600/40030330.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="308" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9NcATINN9-s5WxBK7DITKpob_ARa2T-Uhu-P4rTiT3i5zK2CByTIQwOwub-xe5s_6sM0BptxQ30fb4tLgwhYfi1_DF9l8nwqv84sHVidu2SWlEix40zSeRhBoDGYtk_r2qCqO8VvzagI/s320/40030330.jpg" width="207" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/40030330-os-altos-e-baixos-do-meu-cora-o">Os Altos e Baixos do meu Coração</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/7579036.Becky_Albertalli">Becky Albertalli</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Porto Editora (2018) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 288 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Ficção contemporânea, Literatura YA</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/40030330-os-altos-e-baixos-do-meu-cora-o">Sinopse</a>.</div>
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<br /></div>
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Ora bem... Os Altos e Baixos do meu Coração. O que dizer sobre este livro? Na verdade, não há assim muito que dizer, exceto que se trata de uma leitura romântica direcionada ao público mais jovem (o atualmente intitulado "Young Adult")</div>
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<br /></div>
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A história centra-se em Molly uma jovem que tem uma boa vida familiar e uma irmã gémea com quem partilha tudo. A família dela não seria, decerto, considerada a mais tradicional (infelizmente), pois tem duas mães que a tiveram, à irmã e ao irmão mais novo através de fertilização in-vitro, mas, no geral, Molly diria que é feliz.</div>
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<br /></div>
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A única coisa que a atrapalha são as suas frequentes paixonetas. Cassie, a irmã gémea, tem andado a contar e foram, durante os 16 anos da vida de Molly... 26.</div>
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<br /></div>
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No entanto, Molly nunca teve um namorado, uma curte, nada. Nunca age quando tem uma paixoneta por ter medo de se magoar. </div>
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<br /></div>
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Quando Cassie arranja uma namorada, Molly conhece os dois amigos da mesma por arrasto. Será que Molly irá finalmente arranjar um namorado? E será um dos dois rapazes giríssimos que conheceu ou tudo ficará estragado pelos estranhos sentimentos que tem por Reid, o funcionário da loja onde ela também trabalha.</div>
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<br /></div>
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Como disse acima... não há muito a dizer sobre este livro exceto que é romântico, divertido e muito docinho. O suficiente para causar diabetes, quase.</div>
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<br /></div>
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Gostei mais deste livro do que do primeiro livro da autora, <a href="https://www.goodreads.com/book/show/34806010-o-cora-o-de-simon-contra-o-mundo">O Coração de Simon contra o Mundo</a>. Identifiquei-me tanto, mas tanto com a Molly, com as suas inseguranças e com o seu medo de rejeição. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já da Cassie não gostei tanto, achei que foi insensível nalguns momentos para com a irmã e Molly, que supostamente quer ser uma pessoa forte, não reage muito, é muito passiva. </div>
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<br /></div>
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O meu problema com este livro (e que já tinha tido com o primeiro) é que, apesar de termos muita diversidade (diferentes sexualidades, diferentes tipos de corpo, diferentes etnias, religiões, etc), tudo é tratado com "óculos cor de rosa". Ok, também não tem de ser um drama pesado, mas tendo em conta a sociedade de hoje... Becky Albertalli escreve como se toda a gente fosse super, mega tolerante e como se a diferença não causasse desprezo, desconforto, atitudes ridículas e erradas e tudo o mais. Ok, a rejeição de certas coisas está lá (a tia homofóbica, por exemplo), mas de forma tão camuflada e simplista que não há oportunidade de explorar esta vertente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E sendo uma obra para jovens, ainda em "formação", acho que é importante que se retrate a realidade como ela é, que se escreva de forma a que também estes jovens considerem como a sociedade ainda tem muito que evoluir em muitos aspetos. Talvez seja demasiado para esperar de um livro YA e talvez não seja realmente algo que qualquer escritor tenha realmente de fazer (não é nenhuma obrigação); mas seria interessante que o fizessem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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No geral uma leitura rápida e agradável. Apesar da diversidade apresentada, é um livro com pouca profundidade pois não nos leva a pensar e retrata uma realidade que, a meu ver, não existe. Também me entristeceu que as personagens não crescessem, não se desenvolvessem, não passassem por momentos de angústia; um exemplo: Molly tem problemas com o corpo por ter peso a mais e isto é uma constante ao longo do livro; no entanto, no final ela já se aceitou como é e tudo por causa se um simples acontecimento. Lamento, não é assim que funciona. Enfim, uma leitura fofinha e pouco mais.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Título</b>: <i>The Upside of Unrequited</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ano</b>: 2017</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-81306583327695245062018-05-29T16:00:00.001+01:002018-05-29T16:00:14.479+01:00Opinião: Um de Nós Mente (Karen M. McManus)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCFBfPZzewZ-WOjGaAPHv69ZZchsAaO-1xgo8UJv32AggDVT6Olt2jC1x7jjGCR0Lp7Cn8VcxbIlgD9E_V6Ew_ydlKPJmKdkRYm8z97o0pzFd-2S_DNuXqx3GyolJoZsSGExEwM6sJl5M/s1600/250x.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="250" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCFBfPZzewZ-WOjGaAPHv69ZZchsAaO-1xgo8UJv32AggDVT6Olt2jC1x7jjGCR0Lp7Cn8VcxbIlgD9E_V6Ew_ydlKPJmKdkRYm8z97o0pzFd-2S_DNuXqx3GyolJoZsSGExEwM6sJl5M/s320/250x.jpg" width="213" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/40115803-um-de-n-s-mente">Um de Nós Mente</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/15127507.Karen_M_McManus">Karen M. McManus</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Gailivro (2018) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 334 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Ficção contemporânea, Literatura YA</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/40115803-um-de-n-s-mente">Sinopse</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um de Nós Mente é a estreia de Karen M. McManus e é um livro de ficção contemporâneo dirigido ao público jovem adulto. Hesito em chamar-lhe um "thriller" porque, de facto, a resolução é bastante simples e acho que a exploração do clima social que se vive durante a adolescência é bastante mais interessante e chamativo do que o mistério em si.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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O livro começa com cinco jovens, todos muito diferentes, que apanharam detenção por terem telemóveis ligados durante as aulas. Temos a rapariga estudiosa, o desportista popular, a rainha de beleza com o namorado jogador, o delinquente e o geek curioso que pesca um bocado de computadores e que se entretém a escrever mexericos e a denunciar segredos da escola numa app.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deveria ser apenas uma detenção; mas não foi. Porque o geek, Simon, morre em frente dos outros quatro são considerados suspeitos e depois de muitos interrogatórios e de ações de alguma intimidação da parte da polícia, decidem tentar perceber o que se passou. No decurso dessa investigação, os segredos de cada um vão sendo revelados; segredos que Simon parecia saber, mas que nenhum deles queria ver tornados públicos. Então... qual deles matou Simon?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Um de Nós Mente foi uma leitura divertida. Como disse, a solução do mistério é quase imediatamente aparente e por isso não foi essa a parte que me puxou. No entanto, a exploração da vida e dos segredos dos protagonistas foi interessante, assim como da vida escolar e de como tudo é tão público, tangível e imediato nos dias de hoje, com as redes sociais e a internet.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gostei do facto das personagens terem crescido (apesar de de forma superficial) e aceitado que os seus "segredos" eram como uma pedra que os prendia ao fundo do rio e que, depois de conhecidos, os libertaram para serem eles mesmos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gostei muito da viagem de Addy, a rapariga que achava que tinha tudo e que se apercebeu de que estava numa relação emocionalmente abusiva (algo difícil de detetar, por vezes).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há muito mais que possa dizer sem revelar partes da história, por isso termino por aqui. Uma leitura interessante em termos de exploração do ambiente social na escola secundária, mas um bocado previsível em termos do mistério.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Título</b>: <i>One of Us is Lying</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ano</b>: 2017</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-63747938940985917942018-05-10T14:43:00.001+01:002018-05-10T14:44:11.937+01:00Opinião: Verão em Edenbrook (Julianne Donaldson)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvW4OVC9HK-7r3RoPUbGZ8_xxMQD1sKYa36Md_ywTbd6og6NCQJbRSJ3fyOkiDw_nZpVjebHjxtd7Bj9kACv_Fndx1ozm2NMRLLDW2ynhU9k4lOkamuJgiW8XGmrvnZ9pm-xP_GIUuYrE/s1600/37854095.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="314" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvW4OVC9HK-7r3RoPUbGZ8_xxMQD1sKYa36Md_ywTbd6og6NCQJbRSJ3fyOkiDw_nZpVjebHjxtd7Bj9kACv_Fndx1ozm2NMRLLDW2ynhU9k4lOkamuJgiW8XGmrvnZ9pm-xP_GIUuYrE/s320/37854095.jpg" width="211" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/37854095-ver-o-em-edenbrooke">Verão em Edenbrook</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/5363257.Julianne_Donaldson">Julianne Donaldson</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: TopSeller (2018) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 288 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Romance histórico, ficção histórica </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/37854095-ver-o-em-edenbrooke"><b>Sinopse</b></a>.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>OMG</i>, uma publicação no blogue! Finalmente conquistei a minha preguicite (mas durante quanto tempo, <i>I wonder</i>)!</div>
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"<i>Verão em Edenbrooke</i>" foi uma leitura estranha para mim. Como consumidora ávida de romances históricos mais picantes, esta tentativa de Julianne Donaldson de criar algo mais "clássico", ao estilo de Jane Austen, falhou em imensos aspetos, que irei enumerar a seguir a uma breve descrição da ação.</div>
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Marianne Daventry é uma jovem de 17 anos proveniente da baixa nobreza (pelo menos é o que parece). Vive com a avó em Bath após a morte da mãe e de o pai ter "fugido" para Paris para suportar o desgosto. Foi, estranhamente, separada da irmã gémea, Cecily, que foi mandada para Londres.</div>
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Marianne aborrece-se em Bath, com a avó sempre a querer que ela se comporte "como uma senhora" e com o pretendente, cujo nome não fixei, mas que é mais velho do que ela e cujo único problema parece ser o de acumular demasiada saliva nos cantos da boca (de resto parece ser um cavalheiro simpático).</div>
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Por isso, quando a convidam para passar algum tempo em Edenbrooke, casa de uns amigos de família, Marianne sente-se feliz. Mas o problema é que vai ter muitos <i>tête-a-tête</i> com o anfitrião, o jovem (e belo) Sir Phillip.</div>
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Ora bem... o que dizer deste livro? Numa palavra: simplista. A escrita é fácil de ler q.b., mas Verão em Edenbrook tem muito pouco de original. Não só lhe faltam as cenas picantes, como as personagens principais são quase tiradas a papel químico dos famosos heróis de Jane Austen, Elizabeth Bennet e Mr Darcy.</div>
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Se não, vejamos: Marianne é um espírito livre (porque gosta de rodopiar e do campo), mas ao mesmo tempo uma senhora recatada e seguidora dos costumes que fica chocada com o facto da irmã trocar uns chochos com um ou outro pretendente. Esta parte moralista desagradou-me um bocado, mas pronto. Já Sir Phillip é um cavalheiro do mais alto gabarito com quem a heroína se dá mal logo de início e com o qual tem muitos debates acesos.</div>
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Mas se as características são semelhantes, faltam a Marianne e a Phillip o fogo dos seus modelos. São personagens muito superficiais e pouco desenvolvidas.</div>
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O enredo é bastante típico e parece que Donaldson decidiu meter tudo o que é cliché em romance histórico no livro: desentendimentos, mal-entendidos, salteadores, raptos, declarações fervorosas de amor... tudo acontece e mesmo assim, a prosa da escritora não consegue nunca dar-nos um sentimento de urgência, de calor; as emoções não saem do papel, não se concretizam.</div>
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No geral, uma leitura "meh". Acabei o livro ontem à noite e os pormenores já se desvanecem da minha mente. Houve algumas falhas de caracterização da época, alguma moralidade incomodativa e de nariz empinado e personagens que não ficam na memória. Poderia tecer muitos e muitos mais comentários à falta de desenvolvimento das personagens e do enredo, à superficialidade de todo o livro, às múltiplas situações que demonstram falta de conhecimento da época da Regência britânica e de como as pessoas se comportavam. Mas não vale a pena; basta dizer que as palavras que melhor caracterizam este livro são "superficial" e "simplista". Uma leitura rápida e, no final, agradável q.b., suponho.</div>
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<br /></div>
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<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
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<b>Título</b>: <i>Edenbrook</i></div>
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<b>Ano</b>: 2012</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-49911102201522221832017-08-15T20:44:00.001+01:002017-08-15T20:44:27.156+01:00Opinião: Um Pequeno Favor (Darcey Bell)<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgInnissW2bVrmf5VrsLNq1Z05nHXEh7zYlQaqXB2-BBwN8T5mLBicTDGYCGEPlT3GPjumTsu1yIaFkKpxh27sko3YSOlNGHCpUySzU7DYFXqIpIq9ATbM1JuuhE8uLVfoh3o2X3b59WeU/s1600/35154136.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="303" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgInnissW2bVrmf5VrsLNq1Z05nHXEh7zYlQaqXB2-BBwN8T5mLBicTDGYCGEPlT3GPjumTsu1yIaFkKpxh27sko3YSOlNGHCpUySzU7DYFXqIpIq9ATbM1JuuhE8uLVfoh3o2X3b59WeU/s320/35154136.jpg" width="204" /></a><a href="https://www.goodreads.com/book/show/35154136-um-pequeno-favor">Um Pequeno Favor</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/15188654.Darcey_Bell">Darcey Bell</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Bertrand (2017)<br /><b>Formato</b>: Capa mole | 304 páginas<br /><b>Géneros</b>: Mistério/Thriller<br /><a href="https://www.goodreads.com/book/show/35154136-um-pequeno-favor">Sinopse</a>.</div>
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<br /></div>
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O que dizer sobre este livro? É complicado porque é um daqueles livros sobre o qual há, ao mesmo tempo, muito e pouco a dizer.<br /><br />Pouco porque tem muito pouca substância e muito porque... tem tão pouca substância que só apetece é começar um monólogo inflamado sobre o tempo e dinheiro perdidos.<br /><br />Mas vou tentar um meio termo e começar com a já habitual sinopse/resumo da minha lavra... e... não me lembro. <br /><br />Pois. Não me lembro do nome das personagens ou daquilo que aconteceu. Só me lembro que a história foi particularmente má e... eh...<br /><br />Ahem. A personagem principal, de cujo nome não me recordo, é uma viúva com um filho que consegue subsistir apenas com a pensão pelo que é aquilo que os americanos chamam "stay at home mom" e que, para nós, portugueses é essa ave rara intitulada "mãe a tempo inteiro" (porque quem é que consegue ter um filho e não trabalhar para o sustentar aqui, não sei). Pode até dizer-se que esta senhora leva a maternidade muito a sério, porque vive tanto para isto que até tem um "blogue para mães" onde todos os dias discorre sobre os desafios de ser mãe. <br /><br />Não me entendam mal; nada tenho contra este estilo de vida. É só que a personagem em si é extremamente irritante, começando todas as publicações do blogue com um alegre "Olá, mães!" e escrevendo as coisas mais aborrecidas. E como as publicações do blogue compõem cerca de 15% (assim inventado, como todas as estatísticas, mas percebem a ideia) do texto, bem... imaginem a minha irritação no final.<br /><br />Então, temos a mãe a tempo inteiro com o blogue. E temos a vizinha (cujo nome também não sei) que tem um filho da mesma idade e que, voilá, se torna por isso a melhor amiga da protagonista. Quando a vizinha não aparece para levar o seu filho (que a protagonista tinha ido buscar à escola a pedido da amiga), a protagonista fica preocupada e começa a escrever no blogue. <br /><br />À medida que o tempo passa, a protagonista lamenta-se pela sua amiga desaparecida, toma conta dos miúdos (o seu e o da vizinha) e seduz o marido choroso.<br /><br />Ok. Espero que tenham percebido mais ou menos do que trata o livro. Há uma pessoa que desaparece mas As Coisas Não São o Que Parecem (marca registada). <br /><br /><span style="color: #cc0000;">Os SPOILERS COMEÇAM AQUI!</span><br /><br />Comparam isto ao livro "Em Parte Incerta", mas sinceramente considero a comparação um bocado insultuosa para o livro de Flynn, uma vez que "Um Pequeno Favor" é uma obra tão amadora e terrivelmente má que mesmo não tendo gostado do bestseller "Em Parte Incerta" por aí além, o considero 100 vezes melhor do que este desastre.<br /><br />Primeiro, as personagens de Flynn têm realmente algum génio na sua construção e são realmente inteligentes. A protagonista e a respetiva antagonista são só parvas. E a protagonista é tão burra, mas tão burra que não é necessário ser realmente muito inteligente para a enganar e a levar a fazer o que se quer que ela faça... o que é bastante notório pelo facto de ela ser enganada até ao fim, apesar das pistas gritantes de que está a ser enganada.<br /><br />Ou seja, a protagonista não tem cérebro. Suponho que a intenção da autora era compor uma história sobre o poder da amizade ou da solidão. Mas o comportamento da protagonista não grita "sei que é errado, mas vou fazer isto por esta amizade/porque não quero abrir mão da convivência com esta pessoa". Não, a protagonista acredita piamente no que lhe dizem apesar das evidências em contrário. <br /><br />Todas as outras personagens sofrem de falta de caracterização (bem, a protagonista também, mas pelo menos ficou bem marcado na minha cabeça que ela era... burra como uma porta) e mostram também falta de discernimento. A trama é simples, tão simples que é quase insultuoso para o leitor... a autora vai adicionando coisas ao enredo para forçar a narrativa e esta nunca parece "natural".<br /><br />No geral, um livro bastante fraco. Personagens mal escritas e idiotas, um enredo sem sentido e simplista e algumas passagens escritas num tom infantil e irritante (as entradas no blogue). Não recomendo isto a ninguém, na verdade. Não consigo perceber porque foi publicado sequer.</div>
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<br /></div>
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<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
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<b>Título</b>: <i>A Simple Favor</i></div>
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<b>Ano</b>: 2017</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-44736923617742662312017-08-12T13:11:00.002+01:002017-08-12T13:14:17.841+01:00Opinião: O Leitor do Comboio (Jean-Paul Didierlaurent)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilZgRO5ptPwK1L8fkzyaAoIUPJfpG_qvUdQ7wZ7APVEuXCDlgH-zUU_dXYjFPwIpr2uaqddHPS7qqQUfNrKsrFP7SKiam5Ov1ukY3TD2wn4v6xigxhZEW74VR2lQ6mWeZb2U60gGG_FJk/s1600/34440638.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="313" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilZgRO5ptPwK1L8fkzyaAoIUPJfpG_qvUdQ7wZ7APVEuXCDlgH-zUU_dXYjFPwIpr2uaqddHPS7qqQUfNrKsrFP7SKiam5Ov1ukY3TD2wn4v6xigxhZEW74VR2lQ6mWeZb2U60gGG_FJk/s320/34440638.jpg" width="210" /></a></div>
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<a href="https://www.goodreads.com/book/show/34440638-o-leitor-do-comboio">O Leitor do Comboio</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/8036190.Jean_Paul_Didierlaurent">Jean-Paul Didierlaurent</a><br />
<b>Editora</b>: Clube do Autor (2017) <br />
<b>Formato</b>: Capa mole | 196 páginas <br />
<b>Géneros</b>: Lit. Contemporânea<br />
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/34440638-o-leitor-do-comboio">Sinopse</a>.</div>
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<br /></div>
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<span style="color: #cc0000;"><b>AVISO: ALGUNS SPOILERS</b></span><br />
<br />
Um pequeno livro, que se lê de uma assentada, O Leitor do Comboio retrata a vida rotineira de Guylain Vignolles, um jovem de 36 anos, solteiro, dono de um peixinho dourado.<br />
<br />
Guylain é uma pessoa vulgar num mundo de pessoas vulgares; todos os dias apanha o comboio para o trabalho, tem de aturar um chefe mandão e prepotente, um colega ao mesmo tempo ambicioso e mediocre e uma tarefa que detesta: destruir livros.<br />
<br />
A única altura do dia em que Guylain Vignolles é alguém diferente e mágico é durante a viagem do comboio, onde lê páginas soltas que arranca das entranhas da "Coisa", a máquina que transforma livros em pasta de papel reciclável. Estas "peles vivas", como lhe chama, são o que resta dos livros enfornados e destruídos e fazem as delícias dos seus companheiros de viagem. Também poderão ser aquilo que mudará a vida de Guylain para sempre.<br />
<br />
Não é muito comum para mim ler livros sobre pessoas "reais" com vidas reais. Leia-se: pessoas com vidas vulgares, monótonas e repetitivas; no fundo parecidas com a minha. O meu objetivo ao ler livros é viajar na companhia de seres invulgares, mesmo que comecem como eu, normais e com vidas normais pois é sabido que na maioria dos livros, eles depressa descobrem a existência de um mundo bem mais interessante.<br />
<br />
Mas este livro, "O Leitor do Comboio", foge a essa regra. Guylain Vignolles é o mais normal possível: vive num pequeno apartamento, tem um trabalho monótono e previsível, é tímido e apagado; em suma é o que tanta gente é. O que nos permite, de certo modo, identificarmo-nos com a personagem. O que gostei.<br />
<br />
O que me desapontou aqui não foi a natureza da história (algo que eu sinceramente temia que acontecesse), mas sim o facto de ela nunca ter chegado a "levantar voo", por assim dizer.<br />
<br />
Vignolles é arrancado da sua vida sempre igual por dois acontecimentos: o convite de duas senhoras idosas para que vá à sua casa de repouso ler todos os sábados de manhã e a descoberta de uma pen drive repleta de textos escritos por uma jovem chamada Julie.<br />
<br />
Apesar de acompanharmos Guylain a duas leituras na casa de repouso e de o ouvirmos a ler no comboio excertos do diário de Julie, nunca vemos grandes alterações na sua vida diária. A procura por Julie acontece em segundo plano e apenas devido à pesquisa de um dos amigos de Guylain; e este nunca colhe frutos da sua nova atividade no lar.<br />
<br />
Assim, o livro acaba como começou... sim, o autor diz-nos que os esforços da nossa personagem podem ser recompensados, mas nunca vemos essas recompensas, essas mudanças.<br />
<br />
No geral, este livro entreteu-me, mas soube-me a pouco, parece inacabado. Acho que é um dos poucos livros que já li até hoje que tem conteúdo a menos em vez de a mais e que beneficiaria de mais páginas e desenvolvimento.</div>
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<br /></div>
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<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
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<b>Título</b>: <i>Le liseur du 6h27</i></div>
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<b>Ano</b>: 2014</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-64339902294210061342017-08-03T14:53:00.002+01:002017-08-04T18:05:31.605+01:00Opinião: Confissões (Kanae Minato)<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU9zUjcQYKBM7thvdW5eVquw_8Y0Wgs1eytPGV1LP4to9JQ9dYAmlFpgNednhntxtHptnF-NFGLDn-nEdCzfZ-sv0IQ6YpQCqsbqBmNkg1eX4KZ3YfMTweLbDrvXDApS2-9922qELMqgM/s1600/30963793.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="304" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU9zUjcQYKBM7thvdW5eVquw_8Y0Wgs1eytPGV1LP4to9JQ9dYAmlFpgNednhntxtHptnF-NFGLDn-nEdCzfZ-sv0IQ6YpQCqsbqBmNkg1eX4KZ3YfMTweLbDrvXDApS2-9922qELMqgM/s320/30963793.jpg" width="204" /></a><a href="https://www.goodreads.com/book/show/30963793-confiss-es"></a><a href="https://www.goodreads.com/book/show/30963793-confiss-es">Confissões</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/6426380.Kanae_Minato">Kanae Minato</a></div>
<b style="text-align: justify;">Editora</b><span style="text-align: justify;">: Suma das Letras (2016) </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 216 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Thriller</div>
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<a href="https://www.goodreads.com/book/show/30963793-confiss-es">Sinopse</a>.</div>
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<br /></div>
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Confissões de Kanae Minato não é propriamente um livro de mistério, uma vez que não existe nada para desvendar. Existe um crime (ou vários, na verdade), mas os culpados são imediatamente aparentes.</div>
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<br /></div>
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Tudo começa quando Manami, uma rapariga de 4 anos, aparece morta na piscina de uma escola preparatória. Manami é filha de uma das professoras da escola e, um dia antes de se retirar, a professora discursa em frente da sua turma e revela que sabe que Manami foi assassinada e por quem. Diz também que, uma vez que segundo o sistema de justiça japonês os assassinos não podem ser "propriamente" julgados pelos seus crimes, que ela decidiu vingar-se dos culpados.</div>
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<br /></div>
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A forma como o faz vai despoletar uma série de acontecimentos na pequena comunidade. Desde os alunos culpados aos pais, colegas e outros que tais, este livro mostra o lado mais negro da alma humana e como as nossas experiências nos definem de forma infelizmente, muito decisiva.</div>
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<br /></div>
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Intenso, perturbador, um thriller na verdadeira acepção da palavra. "Confissões" conta a história de um crime hediondo, perpetrado por razões hediondas e de como o ódio, o ressentimento e a vingança geram mais ódio, ressentimento e vingança, criando um círculo inquebrável que vai destruir vidas numa pequena cidade rural japonesa.</div>
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<br /></div>
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Contado a várias vozes, permite-nos entrever motivos diversos, de diversas personagens, alguns mais repugnantes do que outros, mas todos estranha e assustadoramente humanos.</div>
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<br /></div>
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No geral, um livro bastante assustador por parecer tão real. As personagens não são estereótipos como tantas hoje em dia. São muito humanas, tão maliciosas sem serem efetivamente más.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recomendo.</div>
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<br /></div>
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<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Título</b>: 告白 [<i>Kokuhaku</i>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ano</b>: 2008</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-65639999103044501722017-07-23T15:05:00.003+01:002017-07-23T15:11:21.432+01:00Opinião: Ao Fechar a Porta (B.A. Paris)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZgRKHL2Xk5s1iOHrmKg61ouHGVXEMoftmcEspvNAstS7FhPnqeDctWe5G0Cec_tas4jPpyaBFzlvHAgAj7gfETz_Ja0BdnmfGKCr-TMOHM85z2jgeo0JMIlCk9CWjzTTN_tIUL-frMgg/s1600/35497182.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="308" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZgRKHL2Xk5s1iOHrmKg61ouHGVXEMoftmcEspvNAstS7FhPnqeDctWe5G0Cec_tas4jPpyaBFzlvHAgAj7gfETz_Ja0BdnmfGKCr-TMOHM85z2jgeo0JMIlCk9CWjzTTN_tIUL-frMgg/s320/35497182.jpg" width="207" /></a><a href="https://www.goodreads.com/book/show/35497182-ao-fechar-a-porta">Ao Fechar a Porta</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/14425604.B_A_Paris">B.A. Paris</a> <br />
<b>Editora</b>: Editorial Presença (2017) <br /><b>Formato</b>: Capa mole | 264 páginas <br /><b>Géneros</b>: Thriller<br /><a href="https://www.goodreads.com/book/show/35497182-ao-fechar-a-porta"><b>Sinopse</b></a>.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #cc0000;">Atenção: <u>SPOILERS</u></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vontade de escrever opiniões teima em não regressar (assim como a vontade de ler muito, suponho), mas cá estou, escrevendo mais uma.<br /><br />Parece que estou a cair no cliché de ler thrillers no verão. Assim, adquiri este porque, pela sinopse, me pareceu um interessante estudo sobre uma vertente muitas vezes não explorada da violência doméstica: o abuso psicológico.<br /><br />Quando vi o tamanho do livro (menos de 300 páginas), fiquei um bocado receosa (e com razão). Mas lá chegaremos; primeiro, uma pequena sinopse, como sempre.<br /><br />Grace e Jack são o casal perfeito. Ele é um advogado de sucesso em casos de violência doméstica, que nunca perdeu um caso; ela, uma esposa e dona de casa esmerada que sabe dar as melhores festas. Com uma boa casa, dinheiro suficiente para uma vida desafogada e o que parece ser verdadeira afeição, amigos e familiares concordam: Grace e Jack têm tudo para serem felizes. Mas será que tudo é tão maravilhoso como aparenta ser?<br /><br />Ao Fechar a Porta assenta numa premissa muito simples: aquilo que aparenta ser uma vida perfeita é, na verdade, um pesadelo. Ao melhor estilo dos filmes para a TV de segunda categoria, Jack é realmente um psicopata charmoso, que conseguiu enganar Grace durante os tempos de namoro e que agora se diverte a torturá-la psicologicamente, mantendo-a, virtualmente, uma prisioneira na sua casa, enquanto espera pela sua verdadeira presa: a irmã de Grace, Millie, que sofre de Síndrome de Down e que irá viver com eles depois de atingir a maioridade.<br /><br />A premissa é um bocado irrealista e a execução deixa muito a desejar. O livro mergulha-nos de cabeça na trama, abrindo com o casal modelo a dar uma pequena festa em casa, para alguns amigos. Mas assim que a porta se fecha (lá está), Jack tira a sua máscara e torna-se controlador, zombeteiro e cruel. Grace nada consegue fazer para se libertar.<br /><br />Em suma, é um bom livro para se ler sem se pensar muito no enredo. Ele presta-se a isso mesmo: é pequeno, com capítulos curtos e o ritmo da ação nunca esmorece. É por isso que é fácil não pensar muito nas falhas de caracterização das personagens (que são mais caricaturas e estereótipos do que outra coisa) e da história (que nunca é assim muito desenvolvida ou particularmente realista). É um livro que nos agarra logo no início, com os extremismos de Jack e o sofrimento de Grace e nunca mais nos larga durante as horase dias tortuosos da nossa protagonista enquanto esta tenta escapar ao seu captor e salvar a irmã de um destino indescritível.<br /><br />A tensão, como disse, ajuda a folhear o livro com rapidez e a ignorar as falhas gritantes: como nunca ninguém (ou quase ninguém) percebe que a fachada é demasiado perfeita ou que Grace nunca tem tempo para os amigos apesar de não trabalhar, entre outras coisas. Suponho que se Grace e Jack não tivessem amigos, seria mais fácil de engolir; geralmente, as pessoas não se interessam por estranhos, mesmo que sejam vizinhos. Pelo menos, não realmente. São capazes de engendrar mexericos, no entanto, e muita gente vive para isso, especialmente quando os alvos fazem inveja com as suas vidas aparentemente perfeitas. Assim, a inação da vizinhança e sobretudo dos amigos, não faz muito sentido.<br /><br />No entanto, falhas no enredo à parte, esta foi uma leitura rápida, viciante e satisfatória. É um thriller no mais puro sentido da palavra e é competente a deixar o leitor com as emoções à flor da pele e a querer saber o que se vai passar a seguir. </div>
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<br /></div>
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<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Título</b>: <i>Behind Closed Doors</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ano</b>: 2016</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-32473412430106227532017-05-27T16:30:00.002+01:002017-05-27T16:30:18.356+01:00Opinião: The Raven Boys (Maggie Stiefvater) <div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMSs3l8Nt-9cGuRI57ZX8WVOpOKNNst4AyhdtapgMYphBvyrBfZwV2OS6sQedslnadIypZn_gWICR3o1VbFjC7v5WhYoPprqFcg2MD9StxDz4Dj45iHJCwgdw8L_iGO50f1h_8tp1j80g/s1600/25804723.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="314" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMSs3l8Nt-9cGuRI57ZX8WVOpOKNNst4AyhdtapgMYphBvyrBfZwV2OS6sQedslnadIypZn_gWICR3o1VbFjC7v5WhYoPprqFcg2MD9StxDz4Dj45iHJCwgdw8L_iGO50f1h_8tp1j80g/s320/25804723.jpg" width="211" /></a><a href="https://www.goodreads.com/book/show/25804723-the-raven-boys">The Raven Boys</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/1330292.Maggie_Stiefvater">Maggie Stiefvater</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Scholastic Press (2012) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: e-book | 312 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Mistério, Literatura YA, Fantasia Urbana </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/25804723-the-raven-boys"><b>Sinopse</b></a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Houve uma altura na minha vida em que achava imensa piada a livros ou séries para jovens adultos (YA ou Young Adult, no original). Isto porque achava (e ainda acho), que os autores deste tipo de livros têm de se esforçar mais para manterem os seus públicos interessados porque... bem, como sabemos, os livros competem, hoje em dia, com a televisão e os jogos de computador.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais tarde, depois de ler um número considerável de livros para esta faixa etária (entre os 14-20 anos, mais ou menos), descobri que muitos partilham dos mesmos elementos e que isso parece ser mais ou menos suficiente para cativar as massas adolescentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que muitos destes livros têm, quer sejam contemporâneos, históricos ou fantásticos é uma história de amor dramática à qual é dada muita proeminência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com o passar do tempo, fui desistindo um pouco da literatura YA, mas há alturas em que volto a elas. Como nesta ocasião, para ler o primeiro livro na aclamada série de <span class="by smallText"></span>
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">
<span itemprop="name">Maggie Stiefvater</span>, "The Raven Cycle". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">Blue Sargeant vive numa casa cheia de mulheres. A mãe, as tias, as amigas da mãe. Todas entram e saem das diferentes divisões da casa e todas têm algo em comum: um dom para a profecia e clarividência. Exceto Blue, claro. Blue não tem premonições e não consegue ver fantasmas; a única coisa que ela faz é amplificar o poder dos outros, pelo que é sempre conveniente tê-la por perto quando se faz uma leitura para um cliente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">Gansey é um dos "Raven Boys", nome dado aos alunos ricos de uma escola privada na cidade de Henrietta. Gansey tem dinheiro, charme e beleza e poder-se-ia pensar que era o rapaz mais feliz da cidade; mas Gansey tem uma obsessão pelo sobrenatural e pela busca de um antigo rei galês. Com ele, arrasta um estranho grupo de amigos: Ronan, igualmente rico, mas atormentado e arruaceiro; Adam, inteligente mas envergonhado da sua situação familiar e económica; e Noah, calado e misterioso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">Quando uma das profecias da mãe de Blue e um encontro com um espírito fazem com que o caminho dos Raven Boys e de Blue se cruzem, vão ver-se a braços com um mistério sobrenatural e perigoso: por que é que Henrietta é uma cidade tão boa para quem tem poderes sobrenaturais? E estará o rei galês realmente nos Estados Unidos?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">Confesso que uma das coisas que me impediu de começar a leitura mais cedo foi o medo do "insta-love". Afinal parece ser algo comum nestes livros e é também algo de que estou um bocado farta nas minhas leituras (não há nada de errado em não haver romance e atração num livro, na minha humilde opinião). No entanto, apesar do livro começar logo com a profecia da mãe de Blue, que diz que o beijo dela matará o seu verdadeiro amor, relações adolescentes não são o foco do livro, felizmente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">Aliás, quase não há romance. A autora começa por explorar um pouco as personagens e o que as motiva. Gansey, querendo ser mais do que o sucessor do seu pai; Ronan, amargurado pela morte misteriosa do seu pai; Adam, um aluno bolseiro numa escola de ricos, com uma vida familiar complicada; e Blue que é a única na família sem um talento sobrenatural.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">Gostei das personagens, mas não achei que Blue e Gansey, os supostos protagonistas, tivessem gozado de uma caracterização especial (e penso que deviam ter). O mistério começou interessante, mas depressa se tornou algo confuso, com a personagens a andarem de um lado para o outro e com a investigação sobre o paradeiro do rei galês a acontecer em segundo plano. Depois, houve a descoberta de Cabeswater, que tornou o sistema de magia do livro bastante confuso: passou de realismo mágico para "Alice no País das Maravilhas" (Cabeswater é um local completamente absurdo, portanto).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person">No geral, foi um bom livro introdutório, mas pareceu-me um bocado confuso e muito foi deixado por explorar. Espero que livros futuros tragam um maior desenvolvimento do mundo e das personagens. </span></div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-49930445166252554092017-05-21T12:23:00.001+01:002017-05-21T12:23:12.215+01:00Opinião: Escrito na Água (Paula Hawkins)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0UXbKCYUBCjEDty8PNWEaxYcOVOFNCNWnMzi_ILHwYD8dWGv-_rxyGcIK2B0yQp9-_V7VYmlBtRIiodEyC0FqOa_BLOjYSXmWt44p80DkDui52YpiYtlA73kZNGMiKrIboqtd7b06wpg/s1600/34474680.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0UXbKCYUBCjEDty8PNWEaxYcOVOFNCNWnMzi_ILHwYD8dWGv-_rxyGcIK2B0yQp9-_V7VYmlBtRIiodEyC0FqOa_BLOjYSXmWt44p80DkDui52YpiYtlA73kZNGMiKrIboqtd7b06wpg/s320/34474680.jpg" width="208" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/34474680-escrito-na-gua">Escrito na Água</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/1063732.Paula_Hawkins">Paula Hawkins</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Topseller (2017) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 384 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Mistério, Thriller </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/34474680-escrito-na-gua"><b>Sinopse</b></a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Escrito na Água" é o mais recente livro de Paula Hawkins, autora do <i>bestseller </i>"<a href="https://www.goodreads.com/book/show/33812720-a-rapariga-no-comboio">A Rapariga no Comboio</a>" (Topseller). Devido ao massivo sucesso do seu primeiro livro, Hawkins viu a sua oferenda literária ser lançada mundialmente no dia 2 de maio. Portugal não foi exceção e devo dizer que a sinopse me cativou o suficiente para comprar o livro logo no primeiro dia, apesar de, como os que me conhecem melhor sabem, <i>thrillers </i>não serem exatamente o meu género preferido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tal como o seu predecessor, "Escrito na Água" é então um <i>thriller </i>e tem como pano de fundo uma zona rural de Inglaterra. Ao contrário de "A Rapariga no Comboio", no entanto, este segundo livro não tem uma personagem principal claramente definida (ou melhor, tem, mas trata-se da vítima), sendo composto pelos pontos de vista de diversas personagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquei um bocado desapontada com este livro. Pela sinopse, pensei que o mistério teria um pendor vagamente sobrenatural (não verdadeiramente, isto é um <i>thriller</i>, não fantasia, mas devido às crenças populares), mas a autora não se focou muito nesse aspeto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nel Abbott sempre viveu obcecada com o rio que passa na sua vila. Para ela o rio era tudo e a sua história era um motivo de investigação frenética. Mas agora, Nel morreu, um aparente suícidio, apenas mais uma morte num rio cujas águas já levaram a vida de muitas mulheres. Mas será que Nel se suicidou realmente? Ou será que alguém com algo a esconder, algo que a investigação de Nel ameaçava levar à luz?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como disse anteriormente, Nel Abbott é, mais ou menos, a protagonista desta história. Apesar do livro começar com a sua morte, são as mudanças e segredos descobertos que este acontecimento despoleta que são o tema central do livro. Narrado a muitas vozes (Jules, a irmã de Nel, Lena, a filha de Nel, Sean o detetive, Louise, cuja filha também escolheu afogar-se no rio e outros habitantes da vila), são elas que constituem a tapeçaria da história, que vão formar o enredo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Geralmente não sou muito fã de livros narrados por diversas personagens, pois considero que é uma distração, pois muitas vezes os autores não conseguem imprimir personalidades vincadas e diferentes o suficiente às suas personagens para que resulte. E foi este o caso com "Escrito na Água". Cada capítulo é narrado por uma ou outra personagem, na primeira pessoa, mas nunca senti realmente que se tratavam de personagens diferentes. Porque todas elas "soavam" parecidas; se isso faz sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, isto nem foi o que me desagradou mais. O que me desagradou mais foi mesmo o facto de a autora nos dar uma história tão interessante sobre o rio (um local onde afogavam "bruxas" e mulheres problemáticas) e no final, o mistério ter uma resolução tão prosaica, tão... normal. Tão pouco relacionada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, claro, isto é apenas uma preferência pessoal. Não tem nada a ver com a qualidade do mistério ou da narrativa, com a qual tive alguns problemas também, como referi acima quando falei dos múltiplos pontos de vista. Devo dizer que para além de não ter captado grande diferença entre as vozes das diversas personagens, também tive alguns problemas com as suas motivações e atitudes... simplesmente não me pareceram realistas ou particularmente humanas. Não posso aqui falar muito sem "spoilar" o livro, mas digamos que certas ações de Sean e de Lena e os seus comportamentos posteriores não me pareceram assim muito possíveis (a não ser que a vila tenha um número anormal de psicopatas no seu seio).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, no geral, foi uma leitura rápida e relativamente interessante. A autora não seguiu a via que, no meu humilde entender, tornaria a narrativa mais apelativa, mas mesmo assim não me custou ler este "Escrito na Água". É um thriller competente e "pipoca", que vai certamente agradar aos fãs do género. Eu só gostaria que tivesse tido um pouco mais de profundidade (perdoem-me o trocadilho) e desenvolvimento. Não há realmente muito que distinga este livro de um qualquer mistério passado numa cidade pequena. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Detalhes da versão original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Título</b>: <i>Into the Water</i>
<b> </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ano</b>: 2017</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-60391443492569959902016-07-10T21:58:00.002+01:002016-07-11T00:32:08.934+01:00Opinião: A Rapariga que Sabia Demais (M.R. Carey)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVHJZYJPYaW_slWpK6QaRua0qt4QmYj8c_OCM69m5hZfFosBmjDmIeO7FIWO8vKb4TnfqCbWclLuv6Pwe3Ah9RAdnq8opZg5gX69U96tV8O7zeSb0PZQ_kqdLFniyARNQBPa-4-N9W0Zg/s1600/30367468.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVHJZYJPYaW_slWpK6QaRua0qt4QmYj8c_OCM69m5hZfFosBmjDmIeO7FIWO8vKb4TnfqCbWclLuv6Pwe3Ah9RAdnq8opZg5gX69U96tV8O7zeSb0PZQ_kqdLFniyARNQBPa-4-N9W0Zg/s320/30367468.jpg" width="210" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/30367468-a-rapariga-que-sabia-demais">A Rapariga que Sabia Demais</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/7177350.M_R_Carey">M. R. Carey</a> <br />
<b>Editora</b>: Nuvem de Tinta (2016) <br />
<b>Formato</b>: Capa mole | 440 páginas <br />
<b>Géneros</b>: Fantasia Urbana <br />
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/30367468-a-rapariga-que-sabia-demais"><b>Sinopse</b></a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><b>ATENÇÃO: contém spoilers (mínimos, mas têm de existir para poder escrever sobre o livro) </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ok, como já disse milhentas vezes, zombies não são a minha praia. Mas este livro parecia interessante porque pensei que me mostraria algo novo no género. E mostrou; mais ou menos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Reino Unido, futuro (próximo?). Melanie vive para os dias em que a professora Justineau dá aulas. Juntamente com uma turma de rapazes e raparigas, Melanie aprende as mais variadas coisas com diversos professores. Mas é aí que acaba a normalidade: a escola fica dentro de um complexo onde Melanie também vive... numa cela. Para sair, tem de ser amarrada a uma cadeira de rodas por militares; e é também amarrada que assiste às aulas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Melanie não se lembra da sua vida antes da base mas sabe que se sente feliz quando a professora Justineau lhe lê contos e mitos gregos, especialmente o de Pandora: a mulher que abriu uma caixa proibida porque era o seu destino. Qual será o destino de Melanie?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde o início é bastante claro que a Melanie não é uma criança normal. Ela é um génio, compreende conceitos que a maioria das crianças de 10 anos não compreendem. Ao mesmo tempo, tem reações de criança, como apegar-se à figura maternal da professora Justineau.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O livro começou bastante bem. Todo o enredo está organizado de forma a que o leitor se questione acerca do propósito das experiências que ocorrem, muito obviamente, na base. Experiências com crianças... o que pode justificar isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O autor dá-nos a resposta em breve. E é aí que o livro descamba. Passa de mistério científico, de um desenrolar pausado e introspetivo da narrativa da vida de Melanie e dos que a rodeiam para luta pela sobrevivência e ação non-stop. Perde a sua profundidade aí. As personagens polarizam-se (em termos de apresentarem comportamentos estereotipados) e passa a ser mais um livro de fantasia urbana.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O final é extremamente anti-climático. Algumas pessoas acharam incrível, mas sinceramente, achei que era uma saída simplista, um corte abrupto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral, um livro que poderia ter sido muito mais. Teve um começo forte, estava empenhada em descobrir o que se passava com Melanie, o mundo das personagens, como se justificava o que acontecia... mas tudo isto é abandonado quando as personagens abandonam a base. Algo desapontada, apesar de ter gostado da leitura. Só achei que este livro poderia ter sido mais especial se não tivesse tentado agradar a todos os tipos de leitores: a os que queriam mais ação e aos que queriam mais introspeção. Ficou ali no meio e acabou por não encher as medidas. </div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-22821375409939386052016-07-02T12:49:00.003+01:002016-07-02T12:51:41.553+01:00Opinião: Sundiver (David Brin)<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIEQDxMZHHCBs-x6BesomCPMb4kX8JNUdoLqCMDvbmVx5odtB4-hXp87ki55ycxsae8vKgkJDztNeqC0CFbc4LOLzvhGfPXXb2IUvM__Autdzgu-Txoh2lf9Ew3mqh0-S3f-K8ngDFJJo/s1600/96472.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIEQDxMZHHCBs-x6BesomCPMb4kX8JNUdoLqCMDvbmVx5odtB4-hXp87ki55ycxsae8vKgkJDztNeqC0CFbc4LOLzvhGfPXXb2IUvM__Autdzgu-Txoh2lf9Ew3mqh0-S3f-K8ngDFJJo/s320/96472.jpg" width="192" /></a><b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/96472.Sundiver">Sundiver</a></b> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/14078.David_Brin"><b>David Brin</b></a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Bantam (2010) </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 340 páginas </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Ficção Científica </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/96472.Sundiver"><b>Sinopse</b></a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Nota: a edição apresentada não corresponde à que está a ser lida, porque estou a <a href="https://www.goodreads.com/book/show/17059176-uplift">ler um livro com a trilogia completa</a>). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já há algum tempo que ando para ler David Brin. Na verdade, desde que peguei, há muitos anos, num dos livros dele, publicados pela Europa-América que o meu pai tem lá por casa e li sobre golfinhos sencientes! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que acabei por não ler o livro todo, mas quando me deparei com uma edição 3 em 1 da trilogia original "Uplift" (Elevação), não resisti a comprar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O primeiro livro, intitulado, "Sundiver" abre com o nosso protagonista a fazer experiências no sentido de modificar os golfinhos de forma a que estes sejam "elevados" ao nível dos seres humanos. Mas cedo, o protagonista (cujo nome eu não me lembro, e nem estou a brincar) é chamado como "consultor" numa outra experiência: humanos estão a realizar uma das experiências mais incríveis de sempre: uma expedição ao Sol. Mas surgiram problemas e, então, o nosso herói (mas como é que ele se chama, pá?) é chamado a investigar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Devo dizer que não fiquei grandemente impressionada com este primeiro livro. Tem uma premissa tão boa, mas desperdiça-a para se focar num mistério desinteressante e algo simplista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A premissa geral é a seguinte: a Humanidade estabeleceu contacto com centenas de espécies na Galáxia que, como eles, respiram oxigénio. E descobriu, no processo, que ao contrário dessas espécies fogem ao padrão estabelecido há muito pelos misteriosos Progenitores: as espécies sencientes "elevam" outras espécies (pré-sencientes) para um estado de senciência, criando laços reminiscentes de uma sociedade feudal: os que elevam são os benfeitores e os elevados são, durante algum tempo, seus "clientes", no sentido de lhes deverem a senciência. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo este processo é registado numa Biblioteca galáctica que contém informações sobre as espécies da Galáxia e sobre todo o seu conhecimento tecnológico, científico, filosófico, etc. Como tal, nesta sociedade galáctica todo o saber é reciclado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os humanos, como não podia deixar de ser, são diferentes. Não se conhecem benfeitores para esta raça e tudo indica que evoluiram da pré-senciência para a senciência naturalmente. Darwin e tudo o mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E agora, os humanos estão a levar a cabo experiências, algo que as outras espécies não compreendem: para quê experimentar, se já está tudo na Biblioteca? E a tal expedição ao Sol é mais uma dessas experiências.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBPQK9gjIhtgL7xVPn-7v3U9NxNXLfKjgPTr6M-owONA6dipGZexhfb-TI2Rg69z4ZcbLbpGKQdZCQKB5bT7OtCB0aVkfb7cd1KfNfW1zn7M9yPXaG6sz_BnVHcRHPdBb43UlxLgewX3A/s1600/17059176.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBPQK9gjIhtgL7xVPn-7v3U9NxNXLfKjgPTr6M-owONA6dipGZexhfb-TI2Rg69z4ZcbLbpGKQdZCQKB5bT7OtCB0aVkfb7cd1KfNfW1zn7M9yPXaG6sz_BnVHcRHPdBb43UlxLgewX3A/s200/17059176.jpg" width="127" /></a>O enredo bem se podia focar num destes interessantes pontos: onde estão os benfeitores dos terráquios? Será que evoluímos mesmo sozinhos? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou mesmo: será que o Sol é habitado? Porque parece ser essa a conclusão a que chegam os investigadores. E serão os habitantes do Sol os benfeitores da Terra?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não. O enredo tem contornos bem mais simplistas e nenhuma das temáticas acima é abordada. Na verdade este livro é um... mistério.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nem sequer é um bom mistério. O livro parece estar a descrever uma investigação científica normal até o protagonista ter um momento eureka e dizer a todos "juntem-se na sala X" e, depois, explicar a todos como fulano e sicrano fizeram isto e aquilo. O leitor nunca saberia que algo estava errado se o protagonista não o dissesse! Não há processo de investigação, suspense, nada. Num momento temos uma explosão suspeita, no seguinte o protagonista dá-nos uma solução.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As personagens também estão bastante mal exploradas; são estereótipos e nenhuma prima pela complexidade.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral, um primeiro livro bastante fraco. Poderia ter explorado tantas coisas interessantes, que o facto de se ter focado num mistério corriqueiro de "quem está a tentar sabotar a missão de exploração dos seres humanos" foi sinceramente desapontante.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-75969077666145146192016-06-23T23:01:00.003+01:002016-06-24T03:54:49.330+01:00Opinião: Uma Noite para se Render (Tessa Dare)<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5FDkrRo7nD5mLt6jf0QewBWHAvz46_W6O07TmvXyTC-3ilx9Y7nBeDugadUb1kdvP4U94xb4hJKXnQiSg6-Z5913mGkVXtyC2t1t9OjIualVgC_sRDhUdF807uEj6LMG3onSyjtxjTWs/s1600/9789898843135.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5FDkrRo7nD5mLt6jf0QewBWHAvz46_W6O07TmvXyTC-3ilx9Y7nBeDugadUb1kdvP4U94xb4hJKXnQiSg6-Z5913mGkVXtyC2t1t9OjIualVgC_sRDhUdF807uEj6LMG3onSyjtxjTWs/s320/9789898843135.jpg" width="208" /></a><a href="https://www.goodreads.com/book/show/30290068-uma-noite-para-se-render">Uma Noite para se Render</a> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/2752928.Tessa_Dare">Tessa Dare</a><br />
<b>Editora</b>: Topseller (2016)<br />
<b>Formato</b>: Capa mole | 320 páginas<br />
<b>Géneros</b>: Romance histórico<br />
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/30290068-uma-noite-para-se-render"><b>Sinopse</b></a>.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>(Nota: a edição lida <a href="https://www.goodreads.com/book/show/10429836-a-night-to-surrender">foi a inglesa</a>, mas apresentam-se os dados da portuguesa)</i><br />
</div></br>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Uma Noite para se Render</i>, o primeiro livro da série Spindle Cove, de Tessa Dare, foi já uma leitura do ano passado. Na verdade, comprei a versão original deste livro porque a autora, apesar de nunca ter sido uma das minhas favoritas, é bem cotada entre os leitores de romance histórico e parece ter ideias originais para os seus livros.</div>
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<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, não fiquei grandemente impressionada com esta leitura (assim como já não tinha ficado impressionada com a anterior).</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que parte do problema se deve ao facto de eu já ter lido muitos livros dentro deste género; como tal, tenho menos tolerância para os estereotipos que povoam este tipo de obras. E um livro, como este, que acumula tantos clichés é particularmente irritante. Ora, vejamos, temos:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Um heroi alto, belo e forte que é torturado pelo facto de não poder voltar para a guerra (pois sofreu um ferimento que impede essa possibilidade) para fazer coisas "másculas" como dar ordens ao seu pelotão, lutar e gritar de forma viril (<i>a la Braveheart</i> ou algo do género);</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Uma heroina que é supostamente "independente" (notem as aspas), especialista nas artes de curar e Muito Competente (tm)... ou seja, uma <a href="http://tvtropes.org/pmwiki/pmwiki.php/Main/MarySue">Mary Sue</a>. Ela ainda é solteira apenas porque é, imagine-se, demasiado alta (e bela, claro) para os padrões do século XIX... afinal, o que se quer por estas alturas são mulheres sem graça e inteligência (e, aparentemente, baixas). A nossa heroina é também torturada, porque, woe, para além de ser uma solteirona tem também problemas com o pai;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Paixão desmesurada à primeira vista (um olhar e pimba... quero mesmo ir para a cama com ele/ela, ai nunca me senti assim) que serve de base para a história de amor;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- A nossa heroina que supostamente é independente e inteligente, quer secretamente ser dominada por um homem (e não apenas na cama, em todos os aspetos da vida... se fosse só na cama, não me faria tanta impressão);</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- O nosso heroi é muito macho e tem muito pensamentos/fantasias de dominância, quer resolver tudo com lutas e é daqueles que gosta da carne mal passada (agora repitam comigo: Arrrr! e imaginem um homem com uma espada na boca);</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- A opinião geral de que solteironas inteligentes e criativas precisam mesmo é de um homem machão que as domine (<i>yuck, much?</i>);</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Zero porcento de química entre os protagonistas;</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- O enredo (o pouco que há... este livro é maioritariamente composto por uma quase interminável cena de sexo, interrompida por alguns acontecimentos pelo meio) e a narrativa seguem padrões tão previsíveis que a leitura me aborreceu em diversos momentos;</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que é bastante óbvio que não gostei assim muito deste livro. Já não é o primeiro da autora que leio e, apesar dos primeiros livros dela (os mais antigos) até terem a sua graça, os últimos têm pendido para a categoria de "tempo perdido". O foco na lúxuria instantânea dos protagonistas é sinceramente aborrecido e, apesar de a escrita ser competente, penso que as personagens e o mundo parecem demasiado "modernos" por vezes, o que estraga também a leitura. Tenho sempre a sensação de que a autora está a tentar fazer algo (ou dizer algo) com as suas heroinas, mas nunca lá chega porque quem vence sempre (ou os valores que vencem sempre) são os dos seus "homens medievais".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que continuarei a ler livros desta autora no futuro (quanto mais não seja porque já comprei mais livros dela, antes de ler este malfadado livro), mas não espero muito.</div>
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<br /></div>
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No geral, não é das autoras que mais recomendaria para quem quer algo diferente dentro dos romances históricos. E, sim, é possível escrever um livro focado no romance e mesmo assim abordar temas interessantes ou relevantes. Veja-se o caso de <i><a href="http://www.topseller.pt/livros/a-loucura-de-lorde-ian-mackenzie">A Loucura de Lorde Ian MacKenzie</a></i>, editado em Portugal pela Topseller: é um romance histórico, mas foca-se num tema pouco explorado neste género, a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Asperger"><b>Síndrome de Asperger</b></a>. E mesmo que os livros sejam puramente romances históricos, sem temas mais sérios, podem ser bons, explorar melhor as personagens, criar uma química mais verosímil e um romance mais realista. Como os romances de <a href="http://pinkgum.blogspot.pt/search/label/Sherry%20Thomas">Sherry Thomas</a>, por exemplo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se querem uma leitura leve e familiar (cheia de clichés), apostem neste livro. Se, como eu, já são leitores calejados neste género e querem algo diferente, não o recomendo. Mas, como digo, uma opinião vale o que vale. O melhor mesmo é experimentarem. :) </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">*Esta opinião foi adaptada <a href="https://www.goodreads.com/review/show/1254531087">da minha crítica original em inglês</a>, publicada no Goodreads em 2015.</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Outras opiniões sobre livros da autora no blogue</b>:</span></div>
<ul>
<li><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;"><a href="http://pinkgum.blogspot.pt/2014/04/opiniao-romancing-duke.html">Romance com o Duque</a></span> </span></li>
</ul>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-54982523398511102932016-06-14T22:25:00.004+01:002016-06-14T22:31:02.754+01:00Opinião: série Kitty Norville (Carrie Vaughn)<div style="text-align: justify;">
<a href="https://d.gr-assets.com/books/1441143510l/14461.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="14461" border="0" height="320" src="https://d.gr-assets.com/books/1441143510l/14461.jpg" width="196" /></a><a href="https://www.goodreads.com/series/40485-kitty-norville"><b>Série Kitty Norville (livros 1-10)</b></a> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/8988.Carrie_Vaughn">Carrie Vaughn</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Grand Central Publishing + Tor</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Bolso + E-book</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Fantasia Urbana</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/series/40485-kitty-norville">Sinopse</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já há muito, muito tempo que o blogue não está ativo. Como escrevi em outubro do ano passado, a vontade de me dedicar ao blogue não voltava, parecia quase um sacrifício escrever. Por isso ficou encerrado por termo indefinido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, bem, não posso dizer que esteja novamente cheia de vontade de me dedicar a isto como no passado, mas decidi experimentar, para ver o que sai, até porque escrever opiniões, estranhamente, ajuda a acalmar a irritação causada pelo dia a dia (go figure).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A série sobre a qual vou opinar hoje é de um dos meus géneros favoritos (a fantasia urbana) e está terminada, com 14 livros. Foi uma das primeiras séries do género que li, mas parei a leitura porque na altura só tinham saído 4 livros (estão a ver ao tempo que isto foi). Este ano decidi reler os quatro primeiros e ler o resto. Até agora, li 10 livros e já tenho mais ou menos uma ideia do que vai acontecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Kitty Norville foi mordida por um lobisomem depois de uma noite traumática e é acolhida pela alcateia de Denver, na qual assume a posição de submissa, uma loba fraca e abaixo de todos as outros. Como tal, tem de ser protegida pelo alfa, Carl, mesmo que isso implica que ele pode ter sexo com ela quando quer e que pode mesmo dar-lhe umas bofetadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O único amigo de Kitty (sim, uma lobisomem? Lobimulher? chamada "Kitty", eu sei) é T.J. um lobisomem mais forte do que ela, mas que a trata como mais do que uma cria de lobo a proteger.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://d.gr-assets.com/books/1339257395l/7662235.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="7662235" border="0" src="https://d.gr-assets.com/books/1339257395l/7662235.jpg" /></a>Quando Kitty começa inadevertidamente um programa de rádio noturno para onde outros seres sobrenaturais podem ligar, não só despoleta acontecimentos que vão mudar a realidade em todo o mundo como também mudanças nela própria: torna-se mais confiante, mais assertiva. Mas conseguirá Kitty sair da relação abusiva que tem com Carl, o alfa da alcateia?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta série é interessante porque todo o mundo evolui. Passo a explicar: na maioria das séries de fantasia urbana, o sobrenatural é algo reconhecido e estabelecido ou então é algo escondido. Esta é a primeira série que leio onde o sobrenatural passa de algo mitológico para algo bem real. Vemos então como as coisas mudam e os humanos se adaptam, o que é super interessante, de um ponto de vista "what if".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://d.gr-assets.com/books/1333696057l/13513643.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="13513643" border="0" height="200" src="https://d.gr-assets.com/books/1333696057l/13513643.jpg" width="124" /></a>Esta série é também interessante porque Kitty, a protagonista, evolui muito significativamente. Não no sentido de ganhar poderes que a tornam superior, mas de uma maneira mais realista, pois cresce como ser humano, o que afeta a sua "submissividade" perante o resto da sua alcateia. E uma coisa que me surpreendeu imenso pela positiva: Kitty nunca se torna super poderosa, apesar de ascender a uma posição de poder. Ela nunca se torna uma "mary sue" super especial com uma herança escondida e poderes diferentes dos do resto dos lobisomens. Não, Kitty não é a mais forte fisicamente, mas é a mais "apta a liderar" pelo que ascende à sua posição de poder e ganha o respeito de outras criaturas sobrenaturais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Relativamente à história e à mitologia, as mesmas são generalistas. Não são particularmente originais: a história de cada livro é um pequeno mistério paranormal, não muito elaborado; e a mitologia não difere muito da da maioria dos livros de fantasia urbana do mercado: os vampiros são sedutores e hipnóticos, os lobisomens têm regeneração instantânea, as fadas são misteriosas e traiiçoeiras, etc. Nenhuma das "espécies" está grandemente desenvolvida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral, uma série que vale, principalmente pela originalidade do conceito e pelo desenvolvimento das personagens.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-58877312669098475102015-06-06T17:39:00.001+01:002015-06-06T17:39:26.303+01:00Opinião: Erebos (Ursula Poznanski)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhusglo4ws-T42MkQIkSQtyF0NvAgPv5iAtf-YgXTRXUp6fLIe2uYfMaU76pjGuKtsaahLHrK2oY1usoq3ewsEJPwmuesTzf58LC5JeuRDskDnbeaYO-xa1EpTEiqsBNbYysY7J3yJGfAg/s1600/25376397.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhusglo4ws-T42MkQIkSQtyF0NvAgPv5iAtf-YgXTRXUp6fLIe2uYfMaU76pjGuKtsaahLHrK2oY1usoq3ewsEJPwmuesTzf58LC5JeuRDskDnbeaYO-xa1EpTEiqsBNbYysY7J3yJGfAg/s320/25376397.jpg" width="208" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/25376397-erebos">Erebos</a></b> de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/1050839.Ursula_Poznanski"><b>Ursula Poznanski</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Editorial Presença (2015)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 379 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Ficção científica, Lit. Juvenil, Mistério</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/25376397-erebos">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Parece que o blogue agora é semanal, com uma opinião nova a cada sábado. Sinceramente não sei quanto tempo será assim, mas chego a casa tarde e sem vontade para abrir o computador depois de 8 horas à frente de um. Enfim, estou numa daquelas fases em que não me apetece muito andar a escrever aqui. Se será permanente, não sei. Ainda gosto de ler, gosto de ir ao Goodreads, mas as opiniões teimam em não querer ser escritas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois desta breve reflexão, que pouco tem a ver com o livro sobre o qual vou escrever, centremo-nos então em "Erebos".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que não há grande coisa a dizer. Foi uma leitura rápida, agradável e medianamente interessante, mas não tem profundidade suficiente para ser mais do que isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Numa escola de Londres circula um jogo clandestino: Erebos. Os participantes são secretivos e muito, muito viciados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nick Dunmore quer saber o que se passa. Quer entrar nesse clube exclusivo e descobrir todos os seus segredos até porque um dos seus amigos ficou enredado e falta à escola, aos treinos de basquetebol e é mal educado quando falam com ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas conseguirá Nick entrar no mundo de Erebos sem ficar enredado? Conseguirá descobrir o segredo do seu sucesso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E... a resposta é não à primeira pergunta, que foi o mais irritante do livro. Nick Dunmore começa como uma personagem bastante ajuizada, mas no fundo, assim que tem acesso ao jogo online, fica igualzinho aos outros. Tudo bem que acontecesse, durante algum tempo; mas não é, infelizmente, a inteligência de Nick que o salva, mas sim o facto de ser, a certa altura, expulso do jogo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Erebos" foi, como disse, uma leitura medianamente interessante. Um jogo RPG incrivelmente realista corre uma escola de Londres, rodeado de segredo. O mais interessante é que o jogo parece ter influência na vida real, conseguir saltar para fora das fronteiras do computador. Cedo, o nosso personagem principal, Nick, é "convidado" a jogar (mas mantendo segredo do facto dos "não-jogadores") e vê-se sugado para um mundo de fantasia onde tem de lutar para ganhar experiência. Mas não é tudo. A misteriosa personagem do Mensageiro (uma espécie de Mestre do Jogo) dá aos jogadores "missões especiais" que lhes permitem avançar de nível mais rapidamente. Essas missões têm lugar no mundo real e o jogo só "deixa" os jogadores regressarem se completarem as missões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O livro retrata a cultura dos jogos <i>online </i>e o vício pelos mesmos. A autora cria bastante bem a atmosfera do jogo, mas falha, na minha opinião, em criar algo que parecesse realisticamente interessante para jovens adolescentes, ao ponto de se esquecerem de dormir e de comer, e de ir à escola para jogar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A identidade do Mensageiro (ou a sua natureza, direi antes) é bastante óbvia, embora também bastante irrealista. Para dizer a verdade, este livro fez-me lembrar o anime <a href="http://myanimelist.net/anime/11757/Sword_Art_Online">Sword Art Online</a>, o que até nem é uma coisa má; mas mostra que a ideia não é propriamente original.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O desfecho foi tão inesperado quanto apressado e, mais uma vez, irrealista (especialmente porque não nos foi dada qualquer pista no sentido daquele final).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral, uma leitura interessante quanto baste, mas nada de especial. Um livro direcionado para um público jovem-adulto que teria beneficiado de mais algum desenvolvimento, uma vez que o conceito não é mau de todo.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-21834125484517902222015-05-30T22:47:00.000+01:002015-05-31T11:30:55.256+01:00Opinião: A Lâmina (Joe Abercrombie)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG44sVhyphenhyphenwTstCzV4YjGy2dwTh9c7xKB2dPiddDXQzXHclhVHvaALpe6-BUszoE3OhVC_NW8OVzLUZn4UVmIRYnlOzJHSqo_GyE077KtbhCMRnyN5p5pmEPJjpHZvDOkqNRuEvxJ8cfsrs/s1600/gai-lamina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG44sVhyphenhyphenwTstCzV4YjGy2dwTh9c7xKB2dPiddDXQzXHclhVHvaALpe6-BUszoE3OhVC_NW8OVzLUZn4UVmIRYnlOzJHSqo_GyE077KtbhCMRnyN5p5pmEPJjpHZvDOkqNRuEvxJ8cfsrs/s320/gai-lamina.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/11995061-a-l-mina">A Lâmina</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/276660.Joe_Abercrombie">Joe Abercrombie</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Gailivro/ 1001 Mundos (2011)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 624 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Fantasia</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/11995061-a-l-mina">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais um livro das minhas prateleiras conquistado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este "A Lâmina" é a obra de estreia de Joe Abercrombie, um aclamado escritor de fantasia britânico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segue as desventuras de três personagens muito diferentes entre si, que têm todas, aparentemente, a particularidade de serem... más pessoas. Ou pelo menos é o que é apregoado, porque sinceramente nunca me pareceu que qualquer uma delas fosse particularmente malévola... apenas humana.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logan Novededos é um bárbaro do norte que anda com uma má sorte desgraçada. O seu bando foi atacado e morto às mãos de estranhas criaturas, que denominam "cabeças rasas". E ele próprio anda fugido, quer dessas criaturas, quer do novo, autoproclamado Rei do Norte. Quando um aprendiz de mago lhe diz que o grande Bayaz, o Primeiro dos Magos, pede a sua presença, Logan encolhe os ombros e pensa: "porque não".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jezal dan Luthar é filho de uma poderosa e nobre família da União, uma potência política e militar encaixada entre o norte (que tem povos reminiscentes dos <i>vikings</i>) e o sul (onde residem povos com uma cultura parecida com a da antiga civilização chinesa, talvez). O seu título militar foi comprado pelo pai e tudo o que Jezal quer fazer é ser um típico adolescente (apesar de não o ser, em idade) e beber, ir para a cama com montes de gajas e, no fundo, curtir a vida. Infelizmente, sem saber bem como acabou inscrito na "Prova" uma competição onde guerreiros combatem por honrarias e prémios.</div>
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<br /></div>
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Glokta, antigo soldado é hoje um Inquisidor de Sua Majestade. Com o corpo e a alma partidos, parece conseguir alguma felicidade em arrancar à pancada e através de tortura, todo o tipo de confissões aos traidores (sejam elas verdade ou não). Vai-se ver metido numa conspiração política cujo objetivo não é claro.</div>
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<br /></div>
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E são estes os heróis improváveis deste livro. Oh... há ainda Ferro Maljinn uma antiga escrava do Imperador (do Sul), cuja especialidade é desancar tudo o que se mexe.</div>
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<br /></div>
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Como já terão podido adivinhar (talvez) pelas minhas descrições algo sarcásticas das personagens, este livro não me encheu, de todo, as medidas. Para uma fantasia épica tão popular e bem cotada, achei que foi extremamente... aborrecida.</div>
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<br /></div>
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Primeiro problema: o mundo. Tão genérico, senhores. As ideias sem qualquer originalidade, os reinos estereotipados, enfim, podia chamar-se "Mundo de fantasia A-3" ou "União" que seria a mesma coisa. Não há descrição que permita a visualização das cidades, da geografia (exceto que no norte está frio e no sul há desertos, I mean, really?), da história... de nada. A mitologia, o pouco que o livro dedica a ela, pareceu-me vagamente interessante e pode ser a única razão pela qual continuarei a ler esta série. De resto... total snoozefest. Pelo menos não há elfos e anões. Ainda.</div>
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<br /></div>
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Segundo problema: as personagens. As suas ações não parecem ter qualquer sentido. O Logan embarca numa viagem para ir conhecer o Primeiro Mago porque... não sei. O Jezal é o mestre da indolência. O Glokta é constantemente usado pelo Inquisidor chefe e sabe que está a ser usado mas não faz mais do que seguir ordens. </div>
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<br /></div>
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Depois temos o Bayaz, que é um mago Mui Poderoso e que anda de um lado para o outro a intrometer-se em todo o lado e a dizer que é um homem que viveu há eons atrás (e espera que todos acreditem assim, sem mais nem menos).</div>
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<br /></div>
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E nem me ponham a falar da Ferro. A solução dela para tudo é dar porrada em toda a gente. Muito profundo.</div>
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<br /></div>
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Terceiro problema: a história. E qual história, pergunto eu. O livro tem umas impressionantes 624 páginas que são passadas a... apresentar as personagens. <i>I kid you not</i>. Intriga política? Bem, uma coisinha incipiente lá pelo meio, mas apenas para mostrar que o Glokta não tem tomates e que o Bayaz tem todo o direito a interferir em tudo. No fim de tudo, as personagens andam de um lado para o outro a realizar ações perfeitamente corriqueiras: Logan viaja com Bayaz para a capital da União, Jezal treina-se para <strike>os Jogos da Fome</strike> a Prova e Glokta recebe ordens para torturar pessoas because... razões (que nunca percebemos porque a tal intriga política não leva a lado nenhum e as pessoas torturadas e afastadas não parecem ter assim tanta importância, no final fica tudo em águas de bacalhau). O Bayaz fala numa demanda (uuuuh!) mas isso é só para o segundo livro.</div>
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<br /></div>
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Gosto de personagens desenvolvidas, mas 1) 624 páginas é demais e 2) se realmente se tem de utilizar 624 páginas para o fazer, por favor deem-me personagens que sejam mais do que estereótipos de personagens de fantasia épica (o bárbaro, o guerreiro e o inquisidor) sem profundidade! Vá lá isto não é um RPG online. </div>
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<br /></div>
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No geral... desapontante. Apenas a mitologia e a promessa da visita a novos mundos me fez ter interesse no segundo livro.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-77596210368306475532015-05-23T14:03:00.001+01:002015-05-24T14:45:55.763+01:00Opinião: Deixa-me Entrar (John Ajvide Lindqvist)<b></b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjqB_wEa0aHd2gpXA3tdTn_8UkXbhipHktjzCK0966RMGv0rLKwx6vxrNkxOY7e96PyZ03nDHdyCPxxQSbAYAY4rZyztCGlcy85ZIIIWgqT-DGr7JkjqF5cBqGJLrAfb0ykbWA6myZoj4/s1600/9549373.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjqB_wEa0aHd2gpXA3tdTn_8UkXbhipHktjzCK0966RMGv0rLKwx6vxrNkxOY7e96PyZ03nDHdyCPxxQSbAYAY4rZyztCGlcy85ZIIIWgqT-DGr7JkjqF5cBqGJLrAfb0ykbWA6myZoj4/s320/9549373.jpg" width="204" /></a></div>
<b><b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/9549373-deixa-me-entrar">Deixa-me Entrar</a></b> </b>de<b> <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/479779.John_Ajvide_Lindqvist">John Ajvide Lindqvist</a></b></b></div>
<b style="text-align: justify;">Editora</b><span style="text-align: justify;">: Contraponto (2010)</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 448 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Fantasia urbana, Terror</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/9549373-deixa-me-entrar">Sinopse</a></b>.</div>
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<br /></div>
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O blogue tem andado parado por diversas razões: pessoais e também porque, possivelmente por causa da primeira razão, não me tem apetecido escrever opiniões. </div>
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<br /></div>
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No entanto, Deixa-me Entrar do autor sueco John Ajvide Lindqvist foi uma surpresa tão grande não só em termos daquilo que esperava do livro e daquilo que obtive, mas também do teor da história, que achei que merecia uma opinião, por mais desconjuntada que pudesse ser.</div>
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<br /></div>
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Deixa-me Entrar passa-se num bairro social de Estocolmo, nos anos 80 e tem diversos protagonistas, embora os mais notórios sejam Eli e Oskar. Eli muda-se para o prédio de Oskar, um rapaz de 12 anos que é vítima de bullying na escola e os dois jovens tornam-se amigos improváveis. Isto porque Eli é uma rapariga estranha, que apenas sai à noite e que por vezes parece estranha e demasiado adulta para a idade.</div>
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<br /></div>
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Como disse, este livro foi uma surpresa. Primeiro porque esperava que o foco da história fosse o facto de Eli ser uma vampira e como tudo isso é sobrenatural. Mas estranhamente, este livro está tão cheio de horrores de várias espécies, que o facto de Eli ser uma criança imortal que necessita de sangue para sobreviver não é, de todo, o mais assustador neste livro.</div>
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<br /></div>
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John Ajvide Lindqvist aborda temas pouco agradáveis e incomodativos como a pedofilia, a violência contra as crianças e o bullying. Eli é forçada a manipular um pedófilo para que ele mate por ela e lhe traga o sangue de que necessita. Oskar leva tareias e é humilhado na escola. E temos também o passado de Eli, surpreendente e horrivelmente violento. O vampirismo parece ser algo secundário.</div>
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<br /></div>
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A relação entre Eli e Oskar é uma mistura de manipulação, inocência e apoio mútuo. É, em muitos aspetos, uma relação pouco saudável e estranha, mas no final, tanto Eli como Oskar retiram dela benefícios inesperados. Oskar consegue dela coragem e Eli aprende humildade e a gostar de um ser humano, algo que não fazia há muito.</div>
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<br /></div>
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A maioria das outras personagens são todas seres humanos asquerosos, de uma maneira ou de outra, mas também tão humanos que nos dão nojo e ao mesmo tempo nos fazem ter vergonha de sermos da mesma espécie.</div>
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<br /></div>
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Deixa-me Entrar é um livro "sujo", realista e desconfortável que mostra algumas das facetas mais escuras e desprezíveis da humanidade. É também um livro que não transmite assim muita esperança. Mas tenho de admitir que é isso que faz dele um livro tão impressionante.</div>
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<br /></div>
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No geral, uma leitura que me deixou incomodada e um livro cujo foco me surpreendeu. Não diria que adorei ou que o vou ler de novo, mas foi um livro que me tocou, algo que se torna cada vez mais difícil, se for sincera. Nunca será um favorito, na verdade nem tenho a certeza se gostei... mas talvez seja isso que torna um livro grande. </div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-15571789292419223472015-05-15T22:36:00.001+01:002015-05-15T22:36:05.290+01:00Opinião: Wayward Pines - Paraíso (Blake Crouch)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKb6JUw18oqlaaupm4bnZca0GlOUvCE3fhenWnzmNo5GKhkMHiNZhdabaXYCw1WfbnfOsoE63NZvQGs0AiLmsq1Zkr7FrLlliKaZDHHsr2jBob3pQ6g0QfszwZyRBs-lk-xsfI3pJfurw/s1600/25369475.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKb6JUw18oqlaaupm4bnZca0GlOUvCE3fhenWnzmNo5GKhkMHiNZhdabaXYCw1WfbnfOsoE63NZvQGs0AiLmsq1Zkr7FrLlliKaZDHHsr2jBob3pQ6g0QfszwZyRBs-lk-xsfI3pJfurw/s320/25369475.jpg" width="213" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/25369475-wayward-pines---para-so">Wayward Pines - Paraíso</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/442240.Blake_Crouch">Blake Crouch</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Suma das Letras (2015)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 336 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Mistério, Ficção científica</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/25369475-wayward-pines---para-so">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca tinha ouvido falar deste livro até a FOX começar a dar anúncios sobre a série; também tenho de confessar que este tipo de histórias reminiscentes do "Lost" (Perdidos) não me cativam por aí além uma vez que devo ser uma das poucas pessoas que não suporta a série.</div>
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<br /></div>
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Mas, uma vez que o livro é um fenómeno tão grande, tão popular e (dizem) com um final tão inesperado, decidi tentar a leitura. Que não foi má de todo, apesar de estar longe de ser brilhante.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E. Burke, agente dos Serviços Secretos dos Estados Unidos acorda no hospital de Wayward Pines depois de ter sofrido um grave acidente em que o seu parceiro morreu. Burke tem uma concussão e mal consegue sair da cama, mas isso não o vai impedir de realizar sua missão: investigar o desaparecimento de dois outros agentes na pequena cidade.</div>
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<br /></div>
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Mas cedo Burke começa a perceber que nem tudo é o que parece. Algo de estranho se passa na cidade e parece que muita gente está a esconder algo. À cabeça da conspiração, Burke suspeita, está o xerife. </div>
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<br /></div>
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Não é possível dizer muito mais sobre este livro sem "spoilar" potenciais leitores, mas posso dizer que não fiquei assim muito impressionada.</div>
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<br /></div>
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<b><span style="color: #cc0000;">(os <u>SPOILERS</u> começam aqui).</span></b></div>
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<br /></div>
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A frase na capa prometia-me um "crescendo" de suspense, mas na verdade a escrita de Crouch não é boa o suficiente para criar a tensão que supostamente, a história devia ter. Na verdade o livro é demasiado pequeno para existir mais do que um esboço de uma história que deveria (e poderia, nas mãos certas) ter dado para muito mais.</div>
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<br /></div>
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Este primeiro livro mostra-nos a situação da cidade e como a população sobrevive num mundo pós-apocalíptico. Houve diversas situações que achei que não faziam muito sentido, como as caçadas ao homem e, bem, na verdade todo o planeamento do homem atrás da cortina, um tal de David qualquer-coisa.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O facto de eu não me lembrar do nome desta personagem, mostra o quão pouco esta e outras estavam desenvolvidas. Mais uma vez, meros esboços, com pouca personalidade e poucas características intrigantes.</div>
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<br /></div>
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No geral, um livro bastante mediano. Não senti a tensão crescente que esperava e o mundo desenvolvido é bastante genérico, com criaturas que não são zombies, mas quase e uma data de sobreviventes que nem sabem que o são. Não existem quaisquer pormenores inovadores e as personagens pouco interessantes não ajudam. A escrita é pouco mais que competente. Uma boa leitura de praia, mas não esperem nenhuma obra-prima ou um enredo complexo. Ficarão desiludidos.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-41472191819745838022015-04-24T14:03:00.003+01:002015-04-24T14:03:46.833+01:00Curtas: Ataque do romance histórico<div style="text-align: justify;">
Mais uma edição das curtas, dedicada ao romance histórico, porque parece ser tudo o que me apetece ler, de momento. As opiniões, pelo contrário, teimam em não querer ser escritas, pelo que o melhor mesmo é deixar aqui apenas umas breves impressões.</div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiICP5Rcm2kLwbYMDkxebwyitO3eWhCIuiKypWri3o2aHx_km9WJfvDdHOtQu23rDQpmr-4rcNW_zqO6dRYLJKz_eWdPHEhDxMiN_pZB0PACI2n3kmtUg8P6PGq5Y54nzPuyK7wRTzb-gA/s1600/24384395.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiICP5Rcm2kLwbYMDkxebwyitO3eWhCIuiKypWri3o2aHx_km9WJfvDdHOtQu23rDQpmr-4rcNW_zqO6dRYLJKz_eWdPHEhDxMiN_pZB0PACI2n3kmtUg8P6PGq5Y54nzPuyK7wRTzb-gA/s1600/24384395.jpg" height="200" width="121" /></a><b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/24384395-the-duke-s-disaster">The Duke's Disaster</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/4152482.Grace_Burrowes">Grace Burrowes</a></b><br />
<b>Editora</b>: Sourcebooks (2015)<br />
<b>Formato</b>: e-book | 448 páginas<br />
<b>Géneros</b>: Romance histórico<br />
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/24384395-the-duke-s-disaster">Sinopse</a></b>.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Impressões</b>: O meu primeiro livro de Grace Burrowes. Não sei se este é o estilo habitual da autora, mas gostei bastante da forma como este livro está escrito, apesar de ter levado um bocado a habituar-me.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já li muitos romances históricos com a temática do casamento arranjado e uma coisa que têm em comum é o facto de quase todos apresentarem "insta-lust", ou seja, os protagonistas sentem-se sexualmente atraídos e a história parte daí.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste livro, não é tanto assim. Há essa componente, mas não se lhe dá essa importância toda. Por isso é que gostei tanto, porque me pareceu que o desenvolvimento da relação foi convincente e realista. O estilo de escrita de Burrowes também me pareceu adequado e a forma como desenvolveu as personagens fez com que me sentisse mesmo transportada para a época: os protagonistas têm uma relação distante, educada e mesmo quando começam a ficar mais íntimos, há aquela forma de estar que associamos às classes altas do século XIX... uma rigidez de costumes que prende mesmo os casais e que me parece mais realista, tendo em conta a educação dos envolvidos, do que a familiaridade moderna que costuma ser a norma nesta temática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Grace Burrowes é um nome a reter.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxyQ-I6BTxqMerlEW9mi7GtRVO7UqX6DfNNVKRwt9Ia2XpQCn1TKok4Sohh_GdR8G_tw-NfqUh-sftZ5vfgkXrzETsEuLpzrpsqu28ayiIFjUXg7lu4fThlQqHx0x0qQh97lQ2kAEbOLw/s1600/2371827.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxyQ-I6BTxqMerlEW9mi7GtRVO7UqX6DfNNVKRwt9Ia2XpQCn1TKok4Sohh_GdR8G_tw-NfqUh-sftZ5vfgkXrzETsEuLpzrpsqu28ayiIFjUXg7lu4fThlQqHx0x0qQh97lQ2kAEbOLw/s1600/2371827.jpg" height="200" width="123" /></a><b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/2371827.The_Perils_of_Pleasure">The Perils of Pleasure</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/20987.Julie_Anne_Long">Julie Anne Long</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Harper Collins Ebooks (2009)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: e-book | 384 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Romance histórico</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/2371827.The_Perils_of_Pleasure">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Impressões</b>: As leituras dos livros de Long são sempre agradáveis, mas nunca nada fora do comum ou que fique na memória.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho nada de realmente errado a apontar a este livro: foi uma leitura agradável, fluída, com personagens minimamente carismáticas e sem sexo gratuito a cada duas páginas. Os protagonistas poderiam ter tido mais química, mas no geral gostei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tendo dito isto, acho que até agora, nunca li um livro desta autora que se destacasse e este The Perils of Pleasure não é, sem dúvida, o livro que se destacará. Uma leitura agradável, mas nada de especial.</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJiBy1ICuIxcNIBiR4SDq7b6dGbCXrVTu6Mxx_k9kLgAlKrYqDbNlM5T4OzCXpPN8ZD8oQL7qM0t07heo9EGzlSAIFKuqBOwbKEzrlvt3Wm-LMDX7Skbw11sbFKp8dZJAzJ1a4seRApyQ/s1600/17906122.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJiBy1ICuIxcNIBiR4SDq7b6dGbCXrVTu6Mxx_k9kLgAlKrYqDbNlM5T4OzCXpPN8ZD8oQL7qM0t07heo9EGzlSAIFKuqBOwbKEzrlvt3Wm-LMDX7Skbw11sbFKp8dZJAzJ1a4seRApyQ/s1600/17906122.jpg" height="200" width="130" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/17906122-the-dark-lady">The Dark Lady</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/5778128.Maire_Claremont">Máire Claremont</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Eternal Romance (2013)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: e-book | 254 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Romance histórico</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/17906122-the-dark-lady">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Impressões</b>: Explorando os temas da doença mental e dos asilos na época Vitoriana, este livro poderia ter tido um melhor desenvolvimento nestes campos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gostei da temática e da escrita, mas não adorei as personagens. Achei que, para um livro que pretendia ser algo gótico e com personagens complexas e torturadas pelas suas ações, houve pouco desenvolvimento e que as personagens foram mais irritantes do que propriamente pessoas com problemas reais e sobreviventes de uma tragédia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral, foi bom, mas podia ter sido melhor.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-59834449515991444642015-04-19T14:13:00.005+01:002015-04-19T14:13:52.978+01:00Opinião: Jovens Rebeldes (Edith Wharton)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIdh5g2fAO41RUN0SQy0_f6yMh8cqeXBlmLbOjavGT0esZmLMTpA2e4V084dRkRqnG9gxNpiEs-27AfZy0rTZralLiAKAjqoc1w9puOWBNFmg-vuAWDtgKcz3M472XS-BqOMaQVHRMIlk/s1600/153123.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIdh5g2fAO41RUN0SQy0_f6yMh8cqeXBlmLbOjavGT0esZmLMTpA2e4V084dRkRqnG9gxNpiEs-27AfZy0rTZralLiAKAjqoc1w9puOWBNFmg-vuAWDtgKcz3M472XS-BqOMaQVHRMIlk/s1600/153123.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/11044439-jovens-rebeldes">Jovens Rebeldes</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/16.Edith_Wharton">Edith Wharton</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Europa-América (1996)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole | 384 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Ficção histórica</div>
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<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/11044439-jovens-rebeldes">Sinopse</a></b>.</div>
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<br /></div>
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(<i>A edição lida está em inglês, mas apresentam-se os dados da portuguesa</i>)</div>
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<br /></div>
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<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Edith_Wharton">Edith Wharton</a> foi uma escritora norte-americana nascida em meados do século XIX (faleceu em 1937), que escreveu diversas obras, sendo a mais famosa das quais (e também a vencedora de um prémio Pulitzer) "A Idade da Inocência" (<i>The Age of Innocence</i>).</div>
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<br /></div>
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Não sou muito de me forçar a ler clássicos; creio mesmo que, ao longo dos anos, adquiri uma espécie de aversão a tudo o que fosse livro classificado como "grande literatura" ou "clássico", por teimosia e porque não gosto muito de rótulos. Mas, se for sincera, é também um pouco por preguiça que não costumo pegar neste tipo de livros, que poderão, talvez, dar algum trabalho a ler e a absorver.</div>
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<br /></div>
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No entanto, a sinopse para esta obra de Edith Wharton interessou-me, pelo que, apesar de já ter visto a adaptação cinematográfica de "<a href="http://www.imdb.com/title/tt0106226/?ref_=nv_sr_2">A Idade da Inocência</a>" e achado que era demasiado dramática para o meu gosto, decidi ler, mesmo assim, este <i>The Buccaneers</i> ("Jovens Rebeldes" em português).</div>
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<br /></div>
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Este livro conta a história de quatro jovens americanas, filhas de duas famílias ricas (os St. George e os Elmsworth) mas ainda demasiado <i>nouveau riche</i> para poderem "entrar" na alta sociedade americana em Nova Iorque. Desanimada, Mrs. St. George segue o conselho da inglesa Laura Testvalley, precetora da sua filha mais nova, e leva as suas filhas para Londres, para tentar arranjar casamentos prestigiosos com aristocratas.</div>
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<br /></div>
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Os Elmsworth depressa seguem o exemplo e todas as quatro raparigas conseguem casar-se com partidos ricos. As raparigas St. George conseguem mesmo casar-se com aristocratas (Virgínia, a mais velha, com um herdeiro de um marquês e Annabel ("Nan"), com um duque.</div>
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<br /></div>
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Mas nem tudo são rosas... as raparigas, e especialmente Nan, em quem a história se vai focar, sentem-se como peixes fora de água no seio de uma sociedade alicerçada em tradições, rituais e na crença de que nada deve mudar.</div>
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<br /></div>
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Jovens Rebeldes explora as sociedades americana e londrina de 1870. As suas diferenças, como uma (a americana) tenta emular a outra (a inglesa) adotando uma visão elitista da riqueza: as antigas fortunas valem mais do que os "novos ricos", assim como em Inglaterra. Mas as diferenças são também exploradas, uma vez que as meninas St. George viajam para Londres; aqui vê-se, que apesar das tentativas de imitação, a sociedade americana não se rege pelos mesmos preceitos da inglesa. E que essa estranheza vai fazer com que os casamentos, pelo menos o casamento de Nan, não sejam felizes,</div>
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<br /></div>
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Gostei desta leitura. A autora consegue mostrar claramente as diferenças entre americanos e ingleses, o declínio do modo de vida inglês e como os aristocratas recusam a mudança, simbolizada pelas ricas herdeiras americanas que vêm para Londres para ganhar estatuto social, tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra. O que não me agradou particularmente foi a falta de desenvolvimento das personagens, especialmente Nan e Guy.</div>
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<br /></div>
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Fiquei impressionada com a dimensão da tragédia que envolve Nan, o seu marido, o duque e Guy, porque não há realmente um vilão entre eles: apenas uma educação e valores ultrapassados pelo mundo real, decisões feitas sem todas as informações e um amor trágico (mas não demasiado trágico, o que me faria torcer o nariz). Mas, lá está, o problema foi não ter havido desenvolvimento das personagens. O de Guy é quase nulo, o de Nan é incipiente, e por vezes, não consegui sentir grande simpatia por ela, porque me pareceu uma personagem egoísta que não fez o mínimo esforço para tentar perceber a sua situação e mudá-la em vez de, simplesmente, se sentir sufocada.</div>
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<br /></div>
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Percebo que a ideia da autora poderá ter sido fazer com que as personagens representassem comportamentos, problemas e classes inteiros, mas, penso que poderia, ao mesmo tempo, ter feito algo para fazer com que o leitor se "ligasse" um pouco às personagens... para mim, isso não aconteceu.</div>
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<br /></div>
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Esta obra foi a última escrita por Wharton e ficou inacabada. A edição que li foi concluída por uma estudiosa de Wharton, Marion Mainwaring, e pareceu-me que esta última fez um bom trabalho. Mas, mais uma vez, não conseguiu tornar as personagens mais... humanas e menos conceitos.</div>
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<br /></div>
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No geral, uma boa leitura. Foi ótimo ler algo sobre a sociedade da época, escrito por quem a viveu e a escrita é bastante boa. Não consegui criar empatia com as personagens, mas gostei de ler sobre a minudências das sociedades inglesa e americana em meados do século XIX e ver como eram ao mesmo tempo semelhantes e diferentes, uma simbolizando o progresso mas tentando emular valores do passado e outra presa no passado, tentando resistir a uma mudança inevitável, mas entrando, ao mesmo tempo, em decadência.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-32278320854115618292015-04-16T17:12:00.003+01:002015-04-17T10:55:55.557+01:00Opinião: Firelight (Kristen Callihan)<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYL_KtGMfYVF39uvXBjsERsMEbOwXT6xQH-IiLqURt7RAJyS9eN78w-1dRb1oyC6oA3H6IGtIC6TAarGck1qjH4QrSHCgIRRvSTi-_VKtScvu5wRUrk0v6LckCpMkvU58VwJsH9Do7HQ/s1600/12104686.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYL_KtGMfYVF39uvXBjsERsMEbOwXT6xQH-IiLqURt7RAJyS9eN78w-1dRb1oyC6oA3H6IGtIC6TAarGck1qjH4QrSHCgIRRvSTi-_VKtScvu5wRUrk0v6LckCpMkvU58VwJsH9Do7HQ/s1600/12104686.jpg" height="320" width="198" /></a><b><b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/12104686-firelight">Firelight</a> </b>de <a href="https://www.goodreads.com/author/show/4971535.Kristen_Callihan">Kristen Callihan</a></b></div>
<b style="text-align: justify;">Editora</b><span style="text-align: justify;">: Forever (2012)</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: Capa mole/bolso | 372 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Romance histórico, romance paranormal</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/12104686-firelight">Sinopse</a></b>.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuando na senda dos romances históricos, mas desta vez com um toque de paranormal, decidi ler mais um livro que cá tenho por casa, intitulado "Firelight".</div>
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<br /></div>
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Miranda Ellis é a filha mais nova de um comerciante (penso eu... talvez ele seja apenas proprietário de um navio de mercadorias, não sei bem) que passa por tempos difíceis, principalmente porque também gostava de roubar os seus clientes. Assim, devido a uma perda de fortuna ele e Miranda vivem muito mal e ela tem de roubar para poderem comer. E embora Miranda não goste de o fazer, ela sente-se responsável pela situação porque foi por sua culpa que o pai perdeu parte da fortuna (mas não toda, entenda-se - o resto foi mesmo culpa do pai).</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Benjamin Archer, é um conde (de qualquer coisa, já me esqueci do quê) e é muito rico. Quando salva uma jovem de 19 anos na escuridão de um beco, decide que a quer e fica ainda mais interessado quando descobre que ela é filha de Ellis, o homem que fez com que perdesse uma mercadoria importante. Por isso, Archer decide poupar a vida de Ellis e perdoar-lhe as dívidas em troca da mão da filha.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Três anos depois do acordo, Miranda torna-se a mulher de um homem que não conhece de lado nenhum e que ainda por cima usa sempre uma máscara. Mas a própria Miranda tem um segredo: poderes sobre o fogo.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é isto. Estava com curiosidade acerca da forma como a autora trataria um conceito tão complexo como desenvolver uma relação entre pessoas que não se conhecem e que, ainda por cima, têm ambos segredos que envolvem o sobrenatural. A resposta: a autora não se saiu nada bem.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiro, falta desenvolvimento ao mundo. A história passa-se na época vitoriana, mas não se tem bem a noção de tal coisa porque os personagens parece que vivem isolados do mundo e da época; não há grande descrição sobre a sociedade, normas, vestuário, política, e todos os aspetos que caracterizam um período com regras tão rígidas e enraizadas. Oh, eles vão a um baile e ele é um lorde, mas não me parece que a autora tenha sido bem sucedida na tentativa de associar a sua história ao período. A atmosfera não é a correta, pareceu-me que a história poderia ter ocorrido em qualquer período, o que, suponho, não era o que a autora pretendia.</div>
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<br /></div>
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Segundo, o romance soou a (ou leu como) falso. A Miranda casa-se com um homem que não conhece e ele casa-se com uma mulher que havia encontrado uma vez durante alguns minutos (e esses minutos foram tudo o que precisou para saber que a queria). Houve ali uma atração instantânea que, sinceramente, não é do que mais gosto de ler em romances históricos (ou qualquer outro tipo de romance, para dizer a verdade).<br />
<br />
Tudo bem, não digo que seja preciso retratar uma relação 100% genuína e real (não é para isso que se leem estes livros, penso eu), mas ao menos que seja uma coisa mais ou menos gradual. O tom inflamado e super dramático da narrativa quando se focava no romance também não me agradou, uma vez que personagens com pensamentos ultra torturados do género "oh woe, não posso tocar na minha amada, mas como a quero, pobre de mim" não são algo que adore (por estranho que pareça há muito romance histórico por aí que não se serve deste tipo de linguagem, felizmente). E de repente... <i>bam</i>, eles amavam-se ferozmente, mas <i>woe</i>, tantos obstáculos, tantos! E, não, não falo da máscara.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Terceiro, o elemento paranormal. Os poderes de Miranda nunca nos são explicados. Como é que ela ganhou aqueles poderes (nasceu com eles ou ganhou-os) e quais são as suas limitações? Qual é a origem dos mesmos? Não sabemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
O problema de Archer, pelo contrário é explicado ao pormenor por meio de "info-dumps" algo chatos, que criam uma história tão ridícula que vai muito para além do que tenho capacidade para acreditar... mesmo dentro do fantástico. Talvez tenha sido porque as explicações eram confusas e tinham a ver com uma mitologia egípcia completamente mal percebida, misturada com anjos, druídas e coisas assim estranhas. Para já não falar do facto do Archer utilizar não uma mas duas máscaras para esconder a cara. A Miranda achava que era porque ele era desfigurado (e eu também), mas afinal era uma maldição (que não desfigura em nada o herói) e <i>woe</i>, a nossa vida é uma tragédia. E o final? Fiquei de boca aberta com o facto de não fazer sentido nenhum e do vilão ser uma autêntica caricatura.</div>
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<br /></div>
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No geral, uma desilusão. O mundo está mal desenvolvido, as personagens são irritantes e demasiado dramáticas, os elementos sobrenaturais são ridículos e tudo é tão exacerbado que fiquei a pensar se isto não seria uma paródia. Por isso, a tentativa da autora de criar um mistério gótico com romance à mistura? Falhou redondamente.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-12205575599732157972015-04-12T19:25:00.004+01:002015-04-12T21:54:55.632+01:00Opinião: The Devil Takes a Bride (Julia London)<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilUmv1BbJDhRehxPsLIZrHloXlrv21R3fS-Nf4ktG1YKq3CDgJg47gCCWTJEfasSEm4BmotK7CS-GTl6wj7zEZuA8wj3sNlpm-BjNWzjKjvnhQPd1MMjwh-IqhsTIKepmMw3Lb9VxQ4hQ/s1600/18812476.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilUmv1BbJDhRehxPsLIZrHloXlrv21R3fS-Nf4ktG1YKq3CDgJg47gCCWTJEfasSEm4BmotK7CS-GTl6wj7zEZuA8wj3sNlpm-BjNWzjKjvnhQPd1MMjwh-IqhsTIKepmMw3Lb9VxQ4hQ/s1600/18812476.jpg" height="320" width="202" /></a><b><b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/18812476-the-devil-takes-a-bride">The Devil Takes a Bride</a></b> </b>de<b> <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/49377.Julia_London">Julia London</a></b></b></div>
<b style="text-align: justify;">Editora</b><span style="text-align: justify;">: HQN Books (2015)</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: e-book | 368 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Romance histórico</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/18812476-the-devil-takes-a-bride">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuo com a pancada dos romances históricos e, entre tanta leitura, continuo a encontrar algumas obras do género que tratam de mais do que simplesmente a atração entre duas pessoas.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este "The Devil Takes a Bride", o primeiro livro que leio da autora Julia London, é mais uma história sobre um casamento arranjado (um tema de que gosto muito, reitero). </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Grace Cabot tem pouco tempo para se casar bem. Agora que o seu padrasto, o Conde de Beckington morreu e que a sua mãe está demente, depressa esta e as suas irmãs serão postas na rua pelo novo conde e pela sua ambiciosa noiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, Grace vai para Bath e arranja forma se ser apanhada numa posição comprometedora com um jovem de quem ela gosta bastante. Infelizmente, quando chega a altura, encontra-se num abraço amoroso com... o irmão mais velho do seu pretendido!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Geoffrey, o Conde de Merryton é tido como altivo, reto, seco e afastado da sociedade. Quando segue furtivamente o irmão até a uma loja escura em Bath, acaba numa posição comprometedora com uma jovem de boas famílias pelo que tem de casar com ela.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este livro trata então de um casamento arranjado e do dia a dia de duas pessoas que se veem forçadas a casar, apesar de mal se conhecerem (isto seria bastante normal na época). Mas há uma dificuldade acrescida: Geoffrey sofre do que hoje conhecemos por TOC ou Transtorno obsessivo-compulsivo. Como tal, tem de completar diversos rituais, muitos associados ao número oito, para conseguir "afastar" os seus pensamentos infames ou malignos, que se centram, sobretudo em fantasias sexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Devo dizer que a personagem de Geoffrey me interessou bastante, porque foi intrigante ler sobre uma pessoa com uma doença quase desconhecida no século XIX (e considerada um tipo de "loucura" pelo menos até meados do século) e com uma educação rígida e puritana, que considerava pensamentos e fantasias sexuais que hoje não nos chocam tanto, como erradas ou malévolas (sexo com mais de uma mulher ao mesmo tempo, <i>bondage</i>, etc.).</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também gostei do facto de o amor pela heroína não ter curado Geoffrey... isso seria o cúmulo do irrealista, mas por vezes já espero tudo. O que retirei daqui foi que, para pessoas com esta doença (tal como acontece com a maioria das doenças do foro mental), uma das coisas mais importantes é o amor, compreensão e apoio de quem é importante para eles. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A exploração deste tema pela autora foi bem conseguida, sem dramas excessivos por parte das personagens ou uma compreensão desmesurada por parte de Grace, porque convenhamos: quem não sofre deste transtorno não pode compreender plenamente os mecanismos pelos quais opera, especialmente se estivermos a falar de uma pessoa sem informações sobre a doença... a reação seria estranheza, pura e simplesmente, pelo menos de início.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral: embora, em termos de esquema de enredo, este livro não fuja muito ao que é típico no romance histórico, o facto de introduzir uma personagem que necessita de bastante desenvolvimento, torna a leitura bastante interessante. </div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-19959302695068935972015-04-08T13:40:00.002+01:002015-04-08T13:40:33.359+01:00Opinião: Silk is for Seduction (Loretta Chase)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik2ohleFqlyuMeGbNTMjxa3rXOvmTCPvYuml4diF1j10udclq-uQfGzAbMLb08yWB_0TB9fWQiGb9gBaMxD4YGt_oQBZG-1cMBegX9mKRSO-1ELRjbqNSLxTEbCHdja8Iu6Tw2t5CZrYE/s1600/9466068.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik2ohleFqlyuMeGbNTMjxa3rXOvmTCPvYuml4diF1j10udclq-uQfGzAbMLb08yWB_0TB9fWQiGb9gBaMxD4YGt_oQBZG-1cMBegX9mKRSO-1ELRjbqNSLxTEbCHdja8Iu6Tw2t5CZrYE/s1600/9466068.jpg" height="320" width="198" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.goodreads.com/book/show/9466068-silk-is-for-seduction"><b>Silk is for Seduction</b></a> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/76405.Loretta_Chase">Loretta Chase</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Editora</b>: Avon (2011)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Formato</b>: e-book | 384 páginas</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Géneros</b>: Romance histórico</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/9466068-silk-is-for-seduction">Sinopse</a></b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há livros sobre os quais temos muito a dizer. Livros que nos tocaram por uma ou por outra razão, nos quais notámos algo de especial, como um enredo bem construído, umas personagens bem desenvolvidas ou um mundo original. Isto não depende do género de livro que é, apenas do livro em si.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E depois há outros sobre os quais pouco mais podemos dizer a não ser que gostámos da leitura. "Silk is for Seduction" de Loretta Chase pertence a esta última categoria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marcelline Noirot é dona, juntamente com as suas duas irmãs, de uma loja de vestidos. A sua ambição é vestir a fina nata da sociedade britânica, mas tem de competir com outras lojas já mais bem estabelecidas pelo que, por agora, veste apenas a baixa nobreza. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Surge uma oportunidade de mudar o panorama quando o casamento do Duque de Clevedon com a filha de um conde (há muito programado), parece ir, por fim, realizar-se. Marcelline viaja até Paris para se pôr no caminho do Duque, antes de este voltar a Inglaterra, de forma a conseguir a promessa deste, em como a sua futura esposa será patrona da loja Noirot. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Duque de Clevedon vive há anos em Paris, em grande parte para fugir às suas responsabilidades. Quando o filho do Conde de Longmore lhe faz um ultimato relativamente à união com a sua irmã, Clara, o duque não tem outro remédio senão voltar a Inglaterra e, finalmente, casar-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, durante as suas últimas semanas de liberdade, conhece uma mulher misteriosa e mercenária que o irrita e inflama ao mesmo tempo.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais uma leitura agradável mas pouco memorável. Este romance é tudo o que é típico neste género, com duas personagens que se sentem violentamente atraídas uma pela outra, mas que por qualquer razão, não podem ficar juntas. Neste caso, é a diferença de classes que é o obstáculo (para além da pobre noiva do duque).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marcelline e Gervaise (o duque, já agora) entram numa batalha de vontades, tentando fazer prevalecer a sua. Marcelline quer que a futura duquesa compre o guarda-roupa na sua loja e tudo fará para o conseguir... mas sente-se oh tão atraída pelo duque. E ele por ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não senti grande ligação com as personagens e certamente não achei que o romance fosse original por aí além. O passado da família Noirot (aristocratas franceses caídos em desgraça depois da Revolução, que se tornaram caloteiros e manipuladores) tem algum interesse e a filha de Marcelline é uma personagem engraçada, mas de resto... muita parra e pouca uva. Certamente que dá gosto ler sobre uma heroína que é autossuficiente e confiante, sobretudo tendo em conta a época, mas havia muito que a autora poderia ter explorado, como os vestidos, as modas, os materiais usados, e outros aspetos do género (afinal, Marcelline adora o seu trabalho), mas não o faz. E é por isso que este romance nunca passa de "leitura rápida e medianamente interessante" para algo mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No geral, um romance histórico que se lê bem, mas que não traz nada de novo ao género. É um livro formulaico e pouco original, mas não é mau de todo. Recomendado para quem gosta do género e não se importa que seja um romance com pouco brilho e que recorre a temas e estratégias narrativas sobreutilizadas, de forma pouco intrigante.</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6810281047942291852.post-39320297188013769232015-04-07T12:42:00.000+01:002015-04-07T12:42:10.430+01:00Opinião: The Rake (Mary Jo Putney)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhorKz73yBQMZFsBCYeMZfLPDMKqmCWzzcu8EztJUBaBVQ5c9gxUN6m3YnLBG8K07-IOyE07PXr5MYAkBCb52CA9MVQUc1DWvc5K3X0Pof6sIS8TlZ-U6U2eAhXWTWU4EHR0Glf875oJZA/s1600/22120788.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhorKz73yBQMZFsBCYeMZfLPDMKqmCWzzcu8EztJUBaBVQ5c9gxUN6m3YnLBG8K07-IOyE07PXr5MYAkBCb52CA9MVQUc1DWvc5K3X0Pof6sIS8TlZ-U6U2eAhXWTWU4EHR0Glf875oJZA/s1600/22120788.jpg" height="320" width="199" /></a></div>
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<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/22120788-the-rake">The Rake</a></b> de <b><a href="https://www.goodreads.com/author/show/33876.Mary_Jo_Putney">Mary Jo Putney</a></b></div>
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<b>Editora</b>: Zebra Books (2012)</div>
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<b>Formato</b>: e-book | 282 páginas</div>
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<b>Géneros</b>: Romance histórico</div>
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<b><a href="https://www.goodreads.com/book/show/22120788-the-rake">Sinopse</a></b>.</div>
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<b><span style="color: #cc0000;">Aviso: Pequenos (quase insignificantes) SPOILERS.</span></b></div>
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<b><span style="color: #cc0000;"><br /></span></b></div>
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Março começou e acabou, e em abril continuo com os romances históricos.</div>
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"The Rake" de Mary Jo Putney, foi publicado pela primeira vez em 1989 (com o título "The Rake and the Reformer") e é considerado um dos "clássicos" do romance histórico sensual.</div>
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A edição que li, data de 2012 e sofreu algumas alterações, mas creio (segundo a autora), que a essência do original continua presente.</div>
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Foi uma boa leitura. A personagem do aristocrata despreocupado que gasta fortunas ao jogo, tem amantes e priva com prostitutas de luxo, e passa as noites no clube a beber e a jogar é bastante comum neste tipo de livros, mas "The Rake" mostra-nos o outro lado deste estilo de vida libertino, celebrizado na Inglaterra do século XVII por vários aristocratas de alto gabarito (falamos de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Rake_%28character%29">condes e duques</a>).</div>
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Reginald Davenport acreditou quase toda a sua vida que iria herdar o título de Conde de Wargrave do seu tio... tio esse que o preparou meticulosamente para o papel, de forma rígida e sem lhe dar o mínimo afeto. Talvez tenha sido por isso que Reggie se tornou a essência do libertino, bebendo, seduzindo e jogando por Londres inteira.</div>
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A sua situação torna-se ainda mais complicada quando o neto do velho Conde aparece e se torna o herdeiro, fazendo com que Reggie fique sem fortuna, sem título e sem perspectivas. </div>
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O novo Conde de Wargrave não gosta de ver o primo autodestruir-se, pelo que restaura a Reggie a propriedade de Strickland, que o antigo Conde havia apropriado ilegalmente da família da mãe de Reggie e avisa-o que não pagará mais as suas dívidas ou suportará mais os seus hábitos dissolutos.</div>
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Sem escolha, Reggie ruma às suas novas terras, decidido a começar uma nova vida como proprietário rural. Em Strickland conhece Lady Alys, que trabalha, estranhamente, como administradora da propriedade.</div>
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Alys fugiu de casa há 12 anos e teve de se valer das suas capacidades para sobreviver. Com algumas pequenas mentiras (nomeadamente, relativamente ao seu sexo), conseguiu o posto de administradora de Strickland, que gere desde então com imenso sucesso. Quando Reggie aparece, como novo proprietário, Alys pensa que será despedida... mas o seu novo patrão surpreende-a e deixa-a ficar. Os dois desenvolvem uma grande amizade, apesar dos segredos que ambos têm.</div>
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Como disse, esta história explora o outro lado da vida dissoluta destes aristocratas que são tão charmosos em muitos outros livros deste género. Também na maioria dos livros, os heróis deixam a sua vida de libertinagem com facilidade e sem problemas. Isso não acontece aqui. De facto, "The Rake" mostra-nos que essa libertinagem tem consequências.</div>
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Isto porque Reggie é alcoólico. Depois de anos a beber mais do que a sua conta, não consegue passar sem algumas bebidas e muitas vezes embebeda-se a tal ponto que perde a memória do que acontece nessas horas. E o livro foca-se muito nesta vertente, nos perigos da bebida (Reggie não é das pessoas mais agradáveis quando bebe), no esforço que um alcoólico em recuperação tem de fazer para se manter afastado da tentação e como o apoio de outras pessoas é vital para que tal aconteça.</div>
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A amizade entre Alys e Reggie é bastante realista e interessante. Ao contrário do que se passa na maioria dos romances históricos, em "The Rake", não temos um amor fulminante, com os protagonistas a professarem o seu interesse e luxúria quase imediatamente. Certamente que Reggie e Alys se sentem atraídos um pelo outro, mas não acham logo que é amor... isto pode também dever-se ao facto de serem um pouco mais velhos do que a maioria dos protagonistas de romances históricos. </div>
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Seja como for, gostei do facto do romance ser uma parte importante do livro, mas que não fosse a única coisa de que trata o livro. O alcoolismo de Reggie, a insegurança e os segredos de Alys compõem uma parte bastante grande do enredo e são importantes para o desenvolvimento dos sentimentos entre as duas personagens.</div>
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No geral, um livro muito interessante. Se esperam cenas quentes e amor quase à primeira vista, este livro não vos agradará. Se preferem um romance mais multifacetado, mais longo e mais realista, que se insere no contexto de outros acontecimentos, irão gostar de "The Rake".</div>
slayrahttp://www.blogger.com/profile/06386650529402201874noreply@blogger.com0