Editora: Bertrand (2009)
Formato: Capa mole | 436 páginas
Géneros: Mistério/ Thriller
Sinopse.
Esta foi uma leitura verdadeiramente decepcionante. Esperava muito mais deste livro, uma vez que é um "bestseller" do New York Times, como a Bertrand tão orgulhosamente apregoa na capa. Mas suponho que isso, afinal, não é garantia de qualidade.
Esperava um mistério mais complexo, personagens mais trabalhadas, uma tapeçaria histórica mais detalhada... enfim, esperava um pouco... mais de todos os aspectos que compõem um livro e este em particular.
Por isso, esta obra ficou definitivamente aquém das minhas expectativas.
A história começa com a chegada de Freud aos Estados Unidos, acompanhado de Carl Jung e de outros discípulos. Quase ao mesmo tempo, uma rapariga da alta sociedade é assassinada de forma brutal na sua casa. Isto é o ponto de partida para uma grande investigação que vai envolver não só Freud (supostamente) como detectives da polícia e a suposta personagem principal, um médico chamado Younger que adoptou (relutantemente) a ideologia de Freud.
Esta premissa poderia ter dado um enredo interessante; mas não deu. O mistério acaba por ter uma resolução simplista e um pouco tola. Younger, não é, nem de perto nem de longe a "personagem principal" deste livro... essa honra cabe ao detective Littlemore, que é quem resolve o mistério. Freud e a sua psicanálise pouco contribuem para o desfecho (apesar de ser, supostamente, a psicanálise que resolve o crime).
As personagens são todas representadas de forma pouco realista. Freud pouco aparece, Carl Jung parece ser louco, os outros seguidores de Freud são mono-dimensionais (tanto que os nomes deles me escapam, de momento) e Younger é extremamente idiota para um médico tão proeminente (e ainda por cima, personagem principal!). Parece não ter capacidade de dedução e vai a correr para Freud a pedir ajuda de cada vez que as coisas não lhe correm de feição.
Littlemore foi escrito para parecer uma personagem simplória e pouco inteligente, mas também aí o autor falha, uma vez que o detective mostra, desde o início, perspicácia e argúcia. Os vilões são pouco subtis e tornam fácil a resolução do mistério pelo leitor.
A mudança de ponto de vista torna a leitura ainda mais difícil. Num momento seguimos Younger (que relata os acontecimentos na primeira pessoa) e logo a seguir estamos a seguir Littlemore (na terceira pessoa), seguido de um interlúdio sobre uma qualquer personagem misteriosa. A narrativa fragmentada faz com que o livro se torne moroso.
No geral... este livro é simplesmente medíocre.
Formato: Capa mole | 436 páginas
Géneros: Mistério/ Thriller
Sinopse.
Esta foi uma leitura verdadeiramente decepcionante. Esperava muito mais deste livro, uma vez que é um "bestseller" do New York Times, como a Bertrand tão orgulhosamente apregoa na capa. Mas suponho que isso, afinal, não é garantia de qualidade.
Esperava um mistério mais complexo, personagens mais trabalhadas, uma tapeçaria histórica mais detalhada... enfim, esperava um pouco... mais de todos os aspectos que compõem um livro e este em particular.
Por isso, esta obra ficou definitivamente aquém das minhas expectativas.
A história começa com a chegada de Freud aos Estados Unidos, acompanhado de Carl Jung e de outros discípulos. Quase ao mesmo tempo, uma rapariga da alta sociedade é assassinada de forma brutal na sua casa. Isto é o ponto de partida para uma grande investigação que vai envolver não só Freud (supostamente) como detectives da polícia e a suposta personagem principal, um médico chamado Younger que adoptou (relutantemente) a ideologia de Freud.
Esta premissa poderia ter dado um enredo interessante; mas não deu. O mistério acaba por ter uma resolução simplista e um pouco tola. Younger, não é, nem de perto nem de longe a "personagem principal" deste livro... essa honra cabe ao detective Littlemore, que é quem resolve o mistério. Freud e a sua psicanálise pouco contribuem para o desfecho (apesar de ser, supostamente, a psicanálise que resolve o crime).
As personagens são todas representadas de forma pouco realista. Freud pouco aparece, Carl Jung parece ser louco, os outros seguidores de Freud são mono-dimensionais (tanto que os nomes deles me escapam, de momento) e Younger é extremamente idiota para um médico tão proeminente (e ainda por cima, personagem principal!). Parece não ter capacidade de dedução e vai a correr para Freud a pedir ajuda de cada vez que as coisas não lhe correm de feição.
Littlemore foi escrito para parecer uma personagem simplória e pouco inteligente, mas também aí o autor falha, uma vez que o detective mostra, desde o início, perspicácia e argúcia. Os vilões são pouco subtis e tornam fácil a resolução do mistério pelo leitor.
A mudança de ponto de vista torna a leitura ainda mais difícil. Num momento seguimos Younger (que relata os acontecimentos na primeira pessoa) e logo a seguir estamos a seguir Littlemore (na terceira pessoa), seguido de um interlúdio sobre uma qualquer personagem misteriosa. A narrativa fragmentada faz com que o livro se torne moroso.
No geral... este livro é simplesmente medíocre.
Comentários
É este ano que te vou ver mais activa pelo mundo blogueiro? :P
Estou a ler a Estirpe, sim, lol. Está a ser interessante, mas ainda vou no início (ainda nem cheguei à pág 100). Por enquanto ainda nada de gore, sorry. :D