Editora: Leya / 1001 Mundos (2009)
Formato: Capa Mole | 296 páginas
Géneros: Literatura Juvenil, Romance Paranormal
Descrição (GR): "Zara White suspeita que há um indivíduo estranho a persegui-la. Ela é também obcecada com fobias. E é verdade que ela não tem estado bem desde a morte do padrasto. Mas exilar-se no frio Maine e ir viver com a avó? Parece algo extremo.É suposto que a mudança a ajude a manter-se sã… mas Zara tem a certeza que a sua mãe, no imediato, é incapaz de lidar com ela. Não podia estar mais enganada. O perseguidor está longe de ser um produto da sua imaginação. Ele está a persegui-la, deixando atrás de si um estranho rasto de pó.Algo não está certo - não é humano - nesta sonolenta cidade do Maine, e todos os sinais apontam para Zara.Nesta assustadora e absorvente narrativa, Carrie Jones dá-nos romance, suspense e uma criatura que nunca pensámos vir a temer."
AVISO: Contém alguns SPOILERS.
(Livro lido em inglês)
Há já algum tempo que não lia um livro tão flagrantemente semelhante ao "Crepúsculo", como "Desejar" de Carrie Jones. A heroína, a história, os eventos e as personagens secundárias gritam "sou um rip-off do Crepúsculo" a todo o momento.
Há já algum tempo que não lia um livro tão flagrantemente semelhante ao "Crepúsculo", como "Desejar" de Carrie Jones. A heroína, a história, os eventos e as personagens secundárias gritam "sou um rip-off do Crepúsculo" a todo o momento.
Após a morte do seu pai adoptivo, Zara é mandada para uma pequena localidade no Maine. Vai viver com a sua avó porque a mãe está assustada com a sua condição: Zara parece estar bastante deprimida e tem o vício de procurar os nomes de fobias. Mas Zara tem um segredo: tem um perseguidor, um homem estranho que aparece em todo o lado.
Zara vai então viver com a avó, uma paramédica chamada Betty, e vai para uma nova escola onde, claro, chama a atenção dos dois rapazes mais giros e da líder de claque mais mazinha.
Sinceramente nem sei muito bem o que dizer deste livro. Para além do que já disse, claro. É muito parecido, em termos de história, com o "Crepúsculo", com a agravante de os acontecimentos se darem a um ritmo vertiginoso e confuso e das acções e reacções das personagens muitas vezes não fazerem qualquer sentido. Temos também um quasi (não chega a ser) triângulo amoroso, romance instantâneo e algum drama.
Enquanto heroína, Zara falha redondamente no seu papel, uma vez que não tem qualquer tipo de personalidade (nem sequer nos é descrita fisicamente, o que não me incomodaria se ela tivesse outro tipo de características distintivas) e toma imensas decisões estranhas (para qualquer ser humano minimamente inteligente) e que parecem um pouco ao acaso. O amado de Zara, Nick, também é alvo de muito pouco desenvolvimento. É, claro, atraente, mas em termos de personalidade a única coisa que sabemos é que tem um "complexo de herói". Consequentemente o romance entre estas duas personagens não convence, claro, uma vez que elas têm tanta profundidade como uma poça.
A autora introduz mais algumas personagens, como os novos amigos de Zara na escola e dois vilões (que só no fim sabemos que são vilões, porque não estão presentes na maioria do livro), mas não passam de ferramentas de passagem de informação; assim que dão a Zara a informação necessária para a história seguir para a frente, desaparecem até serem necessários novamente. Ou seja o desenvolvimento de personagens é quase inexistente.
O enredo não faz grande sentido, muito é deixado por explicar e como referi anteriormente, as reacções das personagens não são nada lógicas. Nada mesmo.
Claro que o facto do enredo ter sido tão mal desenvolvido e haver tão pouca informação sobre o mundo e os seus habitantes (os weres, as fadas ou as pixies) se deve um pouco ao facto de muitas das 306 páginas do livro serem dedicadas ao romance fulgurante entre o Nick e a Zara.
No geral, um livro com muito pouco que se recomende. A ideia não é má (também não é das mais originais, mas podia dar nalguma coisa), mas a execução deixa muito a desejar. Não tenho qualquer vontade de saber mais sobre Zara e os amigos, porque são tão estereotipados e pouco carismáticos que não quero saber o que se passa com eles nos livros a seguir. "Desejar" é mais um romance paranormal na veia (ah!) de Hush, Hush, Eternidade ou Anjo Caído. Nada de especial.
Comentários
*foge a sete pés do livro*
A sério, já se mudava o paradigma dos livros deste género. Será que autores e editores não vêem que as pessoas estão a ficar cansadas do Crepúsculo?