Bewitching by Alex Flinn
Editora: Harper Teen (2012)
Encadernação: Capa Mole | 338 páginas
Géneros: Romance, Fantasia Urbana
Descrição (GR): "Bewitching can be a beast. . . .Once, I put a curse on a beastly and arrogant high school boy. That one turned out all right. Others didn’t.I go to a new school now—one where no one knows that I should have graduated long ago. I’m not still here because I’m stupid; I just don’t age.You see, I’m immortal. And I pretty much know everything after hundreds of years—except for when to take my powers and butt out.I want to help, but things just go awry in ways I could never predict. Like when I tried to free some children from a gingerbread house and ended up being hanged. After I came back from the dead (immortal, remember?), I tried to play matchmaker for a French prince and ended up banished from France forever. And that little mermaid I found in the Titanic lifeboat? I don’t even want to think about it.Now a girl named Emma needs me. I probably shouldn’t get involved, but her gorgeous stepsister is conniving to the core. I think I have just the thing to fix that girl—and it isn’t an enchanted pumpkin. Although you never know what will happen when I start . . . bewitching."
A bruxa que lança a maldição ao príncipe de "A Bela e o Monstro" sempre me interessou, enquanto personagem. Ao contrário de muitas outras bruxas e vilões nos contos de fadas, que são sempre motivados pela inveja, cobiça ou pura maldade, a bruxa em "A Bela e o Monstro" transformou o nosso herói numa "fera" para lhe ensinar uma lição. É uma personagem passiva, não aparece senão no início pelo que nunca chegamos a saber muito sobre ela (falo aqui da adaptação da Disney, claro).
Por isso, quando soube que a Alex Flinn ia escrever um livro sobre essa bruxa (ou mais especificamente sobre a bruxa de "Beastly", que é uma adaptação moderna de "A Bela e do Monstro"), fiquei bastante entusiasmada.
Infelizmente, Kendra (a bruxa), não passa de uma personagem secundária no seu próprio livro. "Bewitching" contém várias histórias: uma que pode ser considerada a principal e que é narrada por uma adolescente chamada Emma. Conta as peripécias desta jovem após a chegada de Lisette, a sua bela meia-irmã. A mãe de Emma não gosta de Lisette. Parece familiar? É porque é uma adaptação moderna da história da "Cinderela". Mas há algumas mudanças muito inesperadas pelo meio. Kendra, que é colega de Emma e Lisette pondera se deve tentar resolver a situação.
Intercaladas com esta história principal, temos pequenas histórias passadas em diferentes épocas e contadas por diferentes protagonistas. A semelhança entre todos estes protagonistas é que Kendra os tentou ajudar a todos com resultados algo... desastrosos. Os leitores irão reconhecer as histórias porque se tratam, novamente, de contos de fadas, adaptados. Temos a "Princesa e a Ervilha", a "Pequena Sereia"... enfim. Estas mudanças de perspectiva cortam a fluidez da narrativa principal, o que fez com que a leitura se tornasse algo irritante, por vezes. Quase que dava vontade de saltar estas partes para voltar à história principal. Por outro lado, também não gostei muito dos "apartes" da Kendra (intitulados "Kendra speaks") no final dos capítulos. Não acrescentam muito ao enredo e não ajudam na evolução e desenvolvimento da personagem, a quem falta uma personalidade definida e forte. Achei que a organização do livro era algo confusa e desconjuntada e que prejudicou a leitura.
No fundo, Kendra aparece muito pouco durante o livro. Apenas o capítulo inicial narra a sua história; ficamos a saber como se tornou uma bruxa imortal.
Assim, apesar de ter gostado desta leitura de modo geral, fiquei algo desiludida com o facto da história não ser sobre Kendra e por esta não ter tido grande desenvolvimento enquanto personagem. O final do livro (e da história da 'Cinderela') também não me agradou particularmente.
No geral, uma leitura que deixa algo a desejar. A adaptação dos contos de fadas está bem conseguida, mas faltou algum desenvolvimento ao nível das personagens e as interrupções na história principal não resultaram muito bem; fiquei com a sensação de que a autora não tinha material suficiente para um livro pelo que decidiu inserir mini-histórias em capítulos alternados para "encher".
Comentários