Cinder by Marissa Meyer
Editora: Planeta (2012)
Formato: Capa Mole | 318 oáginas
Géneros: Ficção Científica, Lit. Juvenil
Editora: Planeta (2012)
Formato: Capa Mole | 318 oáginas
Géneros: Ficção Científica, Lit. Juvenil
(Nota: a edição lida foi a inglesa, mas apresentam-se os dados da portuguesa)Descrição (GR): "Com dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico. Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe repare um andróide antes do baile anual.Em tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional», mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender.Ansiosa por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há quem esteja disposto a matar."
"Cinder" de Marissa Meyer foi um dos livros mais aclamados (pelos bloggers e reviewers, pelo menos) do início de 2012. Convenhamos que tem um enredo aliciante: é a história da Cinderela passada num futuro distante, na cidade de Nova Pequim. Temos a madrasta, sim, e as duas irmãs, mas a Cinder(ela) é uma mecânica ciborgue que se envolve numa conspiração real. O príncipe não está lá apenas para a salvar. E, bem, é ficção científica. Isso para mim é sempre bom.
Mas... esperava mais. Tinha altas expetativas, como calculam, porque pela sinopse me parecia que a Cinder ia ser uma personagem feminina forte e interessante. E que a autora iria fazer mais com a história do que apenas "recontar" o conto de fadas.
Não foi o que aconteceu. Oh, certamente que o imaginário criado pela autora é interessante. E a Cinder é uma das melhores protagonistas juvenis que já vi nos últimos tempos. Mas mesmo assim ainda fica caída pelo príncipe, ainda vai ao baile e ainda passa muito do livro a correr de um lado para o outro feita parva.
Gostei do facto da Cinder ser um ciborgue, considerada um cidadão de segunda categoria. Também gostei do facto da autora ter tentado humanizar todas as personagens; a madrasta tinha razões (distorcidas, certamente, mas não era maldade só para ser vilã) para agir como agia e a Cinder não é uma santinha que nunca faz nada de mal... também manda bocas. Achei que a madrasta e a Cinder brilharam como protagonistas; já o príncipe Kai bem podia não estar lá... e uma vez que ele narrou parte da história, o livro tornou-se aborrecido nalgumas partes.
Achei que a autora foi apenas medianamente bem sucedida na sua tentativa de incorporar as partes fundamentais do conto (príncipe, baile, a Cinder a ser maltratada) no seu mundo futurista; havia sempre demasiado a acontecer, com praga que assola a cidade e os misteriosos habitantes da Lua com os seus poderes mentais. O livro parava, por vezes, para descrever a vida de Cinder e penso que com tantas linhas de acção não era necessária a descrição dos tempos mortos.
No geral, um livro interessante e divertido com um mundo que parece bastante imaginativo (mas que precisa de ser aprofundado). A heroína tem imenso potencial para ser uma durona, mas pouco mostrou neste livro. O enredo é bastante previsível o que fez com que só lhe desse três estrelas, mas se não fosse isso merecia mais.
Comentários
Mas não sei que faça em relação a este. Se calhar um dia destes num momento de loucura ainda o compro. Ou então não xD