Quando éramos mentirosos by E. Lockhart
Editora: ASA (2014)
Formato: Capa mole | 312 páginas
Géneros: Mistério/Thriller, Romance contemporâneo, Lit. Juvenil/YA
Editora: ASA (2014)
Formato: Capa mole | 312 páginas
Géneros: Mistério/Thriller, Romance contemporâneo, Lit. Juvenil/YA
Descrição: "E se alguém lhe perguntar como acabar este livro… MINTA.
A família Sinclair parece perfeita. Ninguém falha, levanta a voz ou cai no ridículo. Os Sinclair são atléticos, atraentes e felizes. A sua fortuna é antiga. Os seus verões são passados numa ilha privada, onde se reúnem todos os anos sem exceção.
É sob o encantamento da ilha que Cadence, a mais jovem herdeira da fortuna familiar, comete um erro: apaixona-se desesperadamente. Cadence é brilhante, mas secretamente frágil e atormentada. Gat é determinado, mas abertamente impetuoso e inconveniente. A relação de ambos põe em causa as rígidas normas do clã. E isso simplesmente não pode acontecer.
Os Sinclair parecem ter tudo. E têm, de facto. Têm segredos. Escondem tragédias. Vivem mentiras. E a maior de todas as mentiras é tão intolerável que não pode ser revelada. Nem mesmo a si."
Tenho um "histórico" pobre com romances contemporâneos "young adult" (bem... romances contemporâneos em geral, na verdade), mas os livros desta autora estão sempre tão bem classificados, que, juntamente com o facto de este livro ser um "lançamento mundial", decidi que talvez fosse um livro que valesse a pena ler.
E, felizmente, desta vez até foi. Mais ou menos. Ou, pelo menos não me apeteceu atirar o livro à parede porque estava frustrada por ter gasto dinheiro nele. De facto, li-o num dia e, não sei se foi porque estou com PMS ou porque o livro é genuinamente comovente (desconfio que seja a primeira hipótese), até fiquei com uma lágrima ao canto do olho no final. Para que conste isso é extremamente raro.
Enfim. Então sobre o que é este livro? Bem, este livro é sobre uma rapariga chamada Cadence que vem de uma família super rica e que tem possivelmente tudo o que podia querer, embora obviamente seja extremamente infeliz. A família dela tem uma ilha privativa (sim, leram bem) e ela vai aí passar todos os Verões com os primos. Ela e os primos formam um grupo chamado "Mentirosos". E... acontecem coisas. Simplesmente não posso dizer mais senão é spoiler. Mas é trágico e é intenso e woe!
Este livro não escapa a ser, no geral, um enorme cliché sobre a adolescência, misturado com uma tragédia semigótica, com uma pitada de "Lost" para dar sabor. Mas é uma leitura viciante. Mesmo viciante, das que nem damos pelo tempo (e páginas) passar, ainda agora começámos e bam, já estamos na página 100, como é que isso aconteceu? É possivelmente uma mistura de capítulos super curtos, escrita fluída e do rol de personagens embrenhadas nos seus dramas familiares.
Personagens, história e desenvolvimento de ambas são um estereótipo gritante para este estilo de livro, mas a escrita da autora tem algo que nos prende, que nos faz identificar com as personagens e embrenhar-nos na história. Certamente que este livro não nos apresenta grandes revelações de vida, mas puxa-nos pela alma, ou pelo menos pelos canais lacrimais. Apesar de, estranhamente, o enredo ser algo rebuscado.
No geral, gostei. Só gostaria que a escrita tivesse sido um pouquinho menos pretenciosa, por vezes. Mas foi uma ótima leitura. Recomendado para os fãs de John Green... penso eu.
Comentários
Ainda não conhecia este autor nem este livro. No entanto, fiquei curiosa com a tua opinião :)
Boas viagens
Rosana
http://bloguinhasparadise.blogspot.pt/