Opinião: Fama Mortal (J.D. Robb)

Fama Mortal de J.D. Robb
Editora: Chá das Cinco/SdE (2009)
Formato: Capa mole | 286 páginas
Géneros: Mistério, Romance contemporâneo, Ficção científica
Sinopse.

(A versão lida está no inglês original, mas apresentam-se os dados da portuguesa)

Com o terceiro livro da série "Mortal" (Fama Mortal) voltamos a focar-nos na vida da agente da polícia de Nova Iorque, Eve Dallas.

Neste livro temos, como sempre, mais um mistério para resolver e é um mistério que tem contornos muito pessoais para Eve: a sua amiga Mavis é acusada do homicídio de uma modelo muito conhecida, chamada Pandora. Eve terá de fazer tudo para ilibar a amiga enquanto tenta manter-se imparcial. Ao mesmo tempo, tem de lidar com o seu iminente casamento com Roarke, o milionário que ama e com recordações da sua infância, que começam a regressar na forma de pesadelos.

Gostei bastante desta leitura. É, maioritariamente, um livro de Suspense romântico porque uma das componentes essenciais da série é a vida romântica de Eve, mas mesmo assim, Robb conseguiu dar protagonismo suficiente ao mistério que envolve supermodelos, drogas feitas com plantas experimentais e corrupção. 

Como nos livros anteriores, o mundo futurista está tão bem inserido na narrativa que o leitor não sente qualquer estranheza ao ler sobre ele. Viagens para outros planetas? Parece plausível. Colónias terrestres? Certamente. Comunicadores que cabem na palma da mão? Nada de especial.

A escrita de Robb é harmoniosa, envolvente e interessante. Apesar de ter havido uma parte lá para o meio que achei um bocado frustrante, porque Eve não andava nem desandava com a resolução do caso, no geral, este livro foi uma leitura muito satisfatória.

Também gostei bastante das mudanças que se estão, lentamente, a operar em Eve. Tem de enfrentar os seus medos relativamente ao casamento e começa a recuperar da amnésia que tem desde os oito anos sobre a sua infância... as revelações deste livro são perturbantes e deixam ao leitor a vontade de saber como irá Eve lidar com tudo o que se passou; será que aprenderá finalmente a pedir ajuda?

A nova personagem, a agente Peabody também me surpreendeu pela positiva. Com o seu humor seco e a sua pose rígida, pareceu-me uma adição interessante ao rol de personagens da série.

Irei certamente ler mais livros da série. Estou a gostar imenso e acho que a autora combina os diversos elementos de forma muito natural e fluída, o que é algo que não acontece assim tanto como desejaríamos. Uma série para continuar. 

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