Opinião: Verity (Colleen Hoover)


Editora: Topseller (2019) 

Formato: Capa mole | 320 páginas 

Géneros: Romance, Mistério

Sinopse.

AVISO: isto é uma tirada raivosa cheia de spoilers 

Este livro é... tão mau. A coisa mais improvável de sempre. É suposto eu acreditar que os seres humanos se comportam assim?

Ora vejamos:

Temos a Verity... "Olá, eu sou Verity e eu sou (não) uma psicopata, deixem-me apenas escrever tudo sobre os meus crimes num word, imprimi-lo e deixá-lo numa caixa qualquer onde qualquer pessoa o pode encontrar e lê-lo."

Temos o Jeremy: "E eu sou o Jeremy, o marido e passei anos e anos com a minha mulher, mas vou acreditar neste texto aleatório que li no computador dela. Não lhe pergunto nada, não a confronto, apenas decido que ela é culpada e nunca acho estranho que ela tenha esse texto num computador com fácil acesso e sem qualquer password". "Ah e sou podre de bom. Porque tipo, protagonista e tal."

Desconhecida: "E eu sou a principal personagem feminina (literalmente não me lembro do nome dela e terminei o livro há 10 minutos) e eu vou apaixonar-me à primeira vista pelo protagonista masculina porque é claro que sim, e vou descobrir o manuscrito sem nunca vou parar para pensar COMO SERIA ESTÚPIDO ALGUÉM DETALHAR OS SEUS CRIMES POR ESCRITO E OS IMPRIMIR!!!"

Ufa, já me sinto muito melhor.

Este livro é tão básico e sinceramente só literatura má. E nem sequer estou a falar das cenas de sexo tiradas a papel químico do pornhub. Senti vergonha alheia ao lê-las, a sério.

Falta consistência, personagens notáveis, originalidade e, acima de tudo... não faz sentido nenhum. Vá lá, a Verity conseguiu enganar médicos e enfermeiras sobre o seu estado? Não há TACs no hospital onde ela estava? Equipamentos de monitoramento e pessoas que foram para... sabem, a Universidade de medicina e podem distinguir com facilidade um coma falso de um coma verdadeiro? Se me dissessem que ela subornou alguém, então... talvez. Mas não, só enganou toda a gente porque... Porquê? Por que não foi diretamente à polícia se o seu marido a estava a tentar matá-la?

Os personagens são tão... burros. E inconsistentes. Então, os supostos crimes da Verity foram abomináveis, mas os crimes do Jeremy eram justificados? Sim, fixe, então está bem.

Nem sei bem o que representa o final. A Verity era inocente? Culpada? Final aberto, é o leitor a decidir? Porque no geral, neste tipo de livros deviam atar-se as pontas soltas. Para ser honesta, o último capítulo é demasiado complicado. Não entendi. Não achei que fosse um "twist". É só um final sem sentido.

Isto... foi tão mau como uma novela mexicana. Não sei de onde vem a alta classificação no Goodreads, porque digo-vos, este livro não faz sentido. De todo. Simplesmente não faz sentido. Não faz sentido. Ou talvez seja um thriller altamente sofisticado que eu não entendi.


Lançamentos Manga 2025

 Olá, olá!

A banda desenhada japonesa tem tido uma popularidade crescente em Portugal. Assim, como aficionada, é com prazer que vejo a oferta de manga a crescer em Portugal! Acho mesmo que foi o meu artigo que mudou o panorama, ahah!

Eis algumas das novidades que podemos esperar nos próximos meses:



Blue Lock, Vol. 1 de Muneyuki Kaneshiro, Yusuke Nomura

Distrito Manga

Shounen, Desporto

Disponível em: fevereiro 2025






Uzumaki de Junji Ito


Terror

Disponível: 1º trimestre 2025




Tokyo Ghoul: re, Vol. 16 de Sui Ishida


Terror, Sobrenatural

Disponível: 1º trimestre 2025

Oshi no Ko, Vol. 1 de Aka Akasaka, Mengo Yokoyari


Fantasia

Disponível: fevereiro 2025

Astra Lost in Space, Vol. 1 de Kenta Shinohara


Fição Científica, Mistério

Disponível: março 2025

O meu Casamento Feliz, Vol. 3 de Rito Kohsaka, Akumi Agitogi, Tsukiho Tsukioka


Romance

Disponível: fevereiro 2025

Chainsaw Man, Vol. 9 de Tatsuki Fujimoto


Fição Científica, Mistério

Disponível: fevereiro 2025




Opinião: Sistemas em Estado Crítico (Martha Wells)

Editora: Relógio de Água (2024) 
Formato: Capa mole | 120 páginas 
Géneros: Fição científica, Mistério

O que dizer deste pequeno livro?

Primeiramente tenho a dizer que estou muito contente por finalmente terem publicado por cá esta série. Para quem gosta de fição científica, esta série vai ser uma delícia.

@ protagonista (sem género definido) é um android cujo objetivo é proteger humanos sempre que estes necessitem de tal, como por exemplo em missões que comportem riscos.

O que é diferente neste android é que el@ conseguiu piratear o módulo que permitia à empresa a que pertence controlar o seu comportamento, transformando-se assim, numa unidade completamente independente. O que faz el@ com esta liberdade? Ora essa vê séries de TV enquanto guarda os humanos.

Assassiborgue (nome escolhido pel@ mesm@) despreza humanos mas mesmo assim tem de fingir que os guarda. 

Estas novas emoções transformam @ Assassiborgue: desprezo, enfado, irritação (quando lhe interrompem as séries) e vão mudar a forma como olha para o mundo.

Os livros desta série são pequenos, leem-se num instante e são bastante acessíveis.

O mundo é extremamente interessante, com grandes corporações a mandarem basicamente no espaço controlado pelos humanos (centenas de planetas) o que demonstra os excessos do capitalismo com uma estrutura de quasi-escravidão de humanos em operações em grande escala.

O mundo é também imersivo e as personagens são divertidas e é fácil gostar delas, especialmente d@ protagonista, com a sua visão algo niilista e muito sarcástica do(s) mundo(s).

Este livro serve como introdução ao mundo e a algumas das personagens. Tem ação, muito diálogo interior do Assassiborgue e monstros galáticos. É uma espécie de mistério/thriller passado no espaço.

Acho que se pode ver que gostei muito desta leitura. Se gostam de fição científica, personagens bem desenvolvidas, ação e um mistério vão adorar este livro. As aventuras d@ Assassiborgue merecem ser seguidas e é de leitura fácil e imersiva.

Recomendado.