Opinião: Paranormalidade (Kiersten White)


Editora: Planeta (2011)
Formato: Capa mole | 295 páginas
Géneros: Literatura Juvenil, Romance Paranormal, Fantasia Urbana
Descrição da edição portuguesa (GR): "Por mais estranho que seja trabalhar para a Agência Internacional de Contenção Paranormal, Evie sempre pensou ser uma rapariga normal. Sim, a sua melhor amiga é uma sereia, o seu ex-namorado é um homem--fada, está a apaixonar-se por um rapaz que muda de forma e é a única pessoa que consegue ver através dos disfarces dos paranormais, mas ainda assim... Normal. Só que agora os paranormais andam a morrer e os sonhos de Evie estão repletos de vozes inquietantes e profecias misteriosas. Depressa se apercebe que poderá existir uma ligação entre as suas capacidades e a súbita vaga de mortes. E não apenas isso, pois poderá muito bem encontrar-se também no centro de uma profecia sinistra das fadas, que promete destruição para todas as criaturas paranormais. Lá se vai a normalidade…"
AVISO: Contém SPOILERS.
Enfim... mais um livro juvenil de fantasia urbana, este sim bem focado no lado 'juvenil'. Tenho lido bons livros YA, para jovens adultos, mas Paranormalidade é, definitivamente, dirigido mais ao público adolescente.

Evie, a nossa heroína, trabalha para a Agência Internacional de Contenção Paranormal, uma espécie de Interpol que apanha criaturas sobrenaturais, as marca (como animais selvagens) e lhes arranja empregos nas suas fileiras. Evie não tem pais e sempre viveu na Agência; ela é um trunfo importante no controlo de criaturas paranormais porque tem a habilidade de ver a verdadeira natureza dos paranormais. 
Quando um estranho paranormal é capturado e outras criaturas começam a morrer misteriosamente (é notoriamente difícil matar estes seres), Evie vê-se envolvida numa complicada situação que envolve sonhos, profecias e fadas.

Primeiro ponto a reter: a sinopse é enganadora. Sim, o livro começa de forma prometedora, com Evie fazendo o seu trabalho e continua descrevendo vários tipos de criaturas paranormais (gostei do facto dos vampiros terem um disfarce como criaturas glamorosas mas a sua verdadeira aparência ser a de cadáveres andantes. Faz sentido, aha). O livro é bastante interessante enquanto se centra nestes aspectos, nos tipos de criaturas paranormais, no facto de existir uma agência secreta que os controla... claro, não é totalmente original (estou aqui a lembrar-me da série de TV Santuário), mas não deixa de ser uma boa leitura.

Mas eis que entra Lend, o misterioso (como podem ver, começa mal) metamorfo com o estranho poder de se conseguir transformar em qualquer pessoa. Qualquer uma. É apanhado, preso e Evie... acha que ele é giro (onde é que isto vai parar, pergunto-me).

Para mim começou a descarrilar a partir daí. Já havia indícios de descarrilamento quando conhecemos Reth (o homem-fada descrito na sinopse, que não é nada o ex-namorado, shame on you, sinopse enganadora), mas depois de chegar o Lend... hmm.

O facto é que as personagens estão pouco desenvolvidas e são estereotipadas. Eu sei que é um problema recorrente neste tipo de livros, neste género tão saturado, mas não gostei do facto de não haver muita substância em nenhuma das personagens. Isso tornou as relações entre elas algo irreais e levou a que não me conseguisse conectar com nenhuma delas. São... aborrecidas.

Outra coisa que me irritou solenemente foi o facto da autora não conseguir perceber muito bem que tipo de livro queria escrever. Começa como um livro de fantasia urbana e a ideia geral por detrás da história pareceu-me intrigante e empolgante, mas depois White estraga tudo quando decide que mais importante do que os acontecimentos sobrenaturais que têm Evie como peça central, é a vida social da heroína. A nossa protagonista deve ir para a escola, sair e fazer compras, ir ao baile de finalistas e claro, namorar muito com o aborrecido e estereotipado Lend. Para fingir que não está a descurar a história, a autora decidiu que o vilão apareceria a Evie em sonhos e que lhe daria pequenas pistas sobre o que se estava a passar. 

Quando Evie já experienciou a vida de adolescente normal durante tempo suficiente, aparecem os mauzões e há uma "espécie de batalha" (mais muito paleio) e pronto, voilá, acabou. Foi um final muito apressado e anti-climático.

No geral: Paranormalidade tem um conceito interessante, e estou curiosa para saber quem é realmente Evie (ao contrário dela que não está muito interessada), mas a vertente mais juvenil do livro fez-me achá-lo um tanto aborrecido, por vezes. As personagens precisavam de um maior desenvolvimento, especialmente os protagonistas e sinceramente tinha passado bem sem as saídas com os amigos e os bailes de finalistas. Mas acredito que para um público mais jovem seja um livro mais apelativo. A parte sobrenatural do enredo, digamos assim, sofreu um bocado por causa dos capítulos (que são a meio do livro, nem sequer no principio são) sobre a vida adolescente que Evie sempre quis ter. Não é um livro perfeito, tem imensos estereótipos, mas há pior. Recomendados para fãs de romances paranormais.

Curtas: Every Other Day + Bad Girls don't Die

Estes dois livros foram leituras rápidas e leves (um dia cada um, hein!), mas no fundo não há muito a dizer sobre nenhum deles. Gostei de Every Other Day, mas nem tanto de Bad Girls don't Die.

Every Other Day
Autor: Jennifer Lynn Barnes
Série: N/A
Editor: Quercus - 2012
Páginas: 329
Mini-Review: A protagonista deste livro é Kali D'Angelo (yep, não me enganei, é mesmo este o nome), uma jovem que parece ser igual às outras mas não é. Dia sim, ela é, efectivamente normal. Dia não ela é uma caçadora nata; nunca se cansa, nunca tem fome, não sente dor e o seu sangue é tóxico. E o que caça ela? Seres paranormais, claro. 
Nesta 'realidade alternativa' Darwin não foi só um pioneiro com a teoria da evolução. Numa das suas viagens de exploração ele descobriu a existência de espécies paralelas ao ser humano... espécies "paranormais". E assim, 200 anos mais tarde toda a gente sabe que elas existem e algumas delas estão protegidas como espécies em vias de extinção. Mas Kali sabe que estes seres são perigosos e por isso responde ao seu instinto de caçadora e caça-os... noite sim, noite não. Quando uma colega da escola apanha um parasita paranormal e mortal, Kali sabe que tem de fazer alguma coisa; mas infelizmente nesse dia ela é apenas humana.
Como vêm (ou pelo menos eu achei) a história de fundo deste livro é bastante interessante e intrigante. Kali é normal metade das vezes e na outra metade é um ser extraordinário, uma caçadora de criaturas paranormais. Gostei do livro até chegar a pouco mais de metade, mas depois comecei a achar que as sucessivas descobertas de Kali acerca da sua identidade e toda a história da origem dos paranormais era demasiado inverosímil e inconsistente. E claro, há o Zev, o estereotipo ambulante que é supostamente o interesse amoroso, mas que sinceramente não está a fazer nada no livro. O final pareceu-me demasiado apressado e incongruente. 
No geral, um livro de leitura compulsiva, sim, mas apesar do conceito ser bastante interessante, achei que a autora fez muito pouco com ele.


Bad Girls don't Die
Autor: Katie Alender
Série: Bad Girls don't Die, #1
Editor: Hyperion - 2010
Páginas: 346
Mini-Review: Desta vez a protagonista é uma jovem meio deprimida chamada Alexis que vem de uma família algo infeliz devido ao stress do dia a dia e do trabalho. Alexis tem uma irmã mais nova que de repente começa a ter atitudes que nem parecem dela. Há uma boneca antiga envolvida.
Este livro fez-me lembrar "Sangue Ruim" de Rhiannon Lassiter (a premissa é muito semelhante) e tive com ele os mesmos problemas. A história mal desenvolvida, as personagens estereotipadas, as atitudes completamente incompreensíveis das personagens e o facto da autora gastar os primeiros quatro capítulos a apresentar a Alexis e a dizer-nos porque é que ela é tão amarga e depois desenvolver o resto dos elementos (enredo, romance e o resto das personagens) de forma tão incipiente. Algumas coisas não fazem sentido, vê-se que só aconteceram para a história andar para a frente (é um acontecimento forçado, não parece natural).
No geral, nada de especial. Poderá no entanto agradar a quem é fã de histórias de fantasmas.

Aquisições da Semana (5)

Mais uma semana que passou e mais livros que 'deram entrada' nas minhas estantes (estou a pensar em começar um catálogo). Por acaso esta semana não foram assim muitos. Mas até foi um livro de que estava à espera há algum tempo. É o segundo na série (trilogia) distópica de Veronica Roth, e chama-se Insurgent.

Insurgent - Veronica Roth 

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Review: The Splendor Falls (Rosemary Clement-Moore)

The Splendor Falls by Rosemary Clement-Moore
Publisher: Delacorte Books (2011)
Format: Paperback | 513 pages
Genre(s): Young Adult, Urban Fantasy, Paranormal Romance
Description (GR): "Sylvie Davis is a ballerina who can't dance, she lost everything important to her in one missed step. 
Uprooting her from her Manhattan apartment, and shipping her to Alabama is her mother's solution for Sylvie's unhappiness. But life might not be any more simple down south.  As it turns out, her family has a lot more history than Sylvie ever knew. More unnerving, though, are the two guys that she can't stop thinking about. 
Then Sylvie starts seeing things. A girl down by the lake. A man peering into the window. And a graveyard with an oddly placed headstone. Sylvie's lost nearly everything—is she starting to lose her mind as well?"
WARNING: Contains Minor Spoilers
The Splendor Falls is another one of those books about which you don't really know what to say. One of those books that falls into so many clichés along the way but in the end there is something brilliant about them that makes you like them.

Two good words to describe this book: atmospheric and beautiful. I loved the descriptions of the South, of the archeological dig, of anthropology and folklore... of course I myself am an archeologist, so that may be why, but I like how the author always seems to incorporate the history of the land, so to speak, in her books. And how her prose seems to evoke something magical in the most simple of things, like grass, trees and a river.

I liked the story and I thought it was properly developed (not rushed as so many YA books are), but I think the author lacks a proper sense of pacing (sometimes the book was almost boring). I noticed the same problem with her other book, Texas Gothic. Both books start out ok (although I did take a while to warm up to Sylvie, this book's heroine), the pace is great at first and everything develops slowly and mysteriously enough. But then, just before you reach the most interesting part, the book speeds up and everything feels rushed. So all the plot lines, mysteries and happenings seem to have very anticlimactic resolutions.

I didn't care all that much for the romance (because it wasn't as fleshed-out as I thought it should have been). The connection between Sylvie and Rhys was badly explained and I must say I'd have liked Rhys to appear more and not be there just to be a mysterious hot guy that says "strange things are afoot" or whatever. I felt like the character wasn't well developed enough and the old "we've met in another life" part of the story was too much; I'd have preferred if they were just normal young people. Shawn was also a bit of a disappointment. Sylvie grew on me throughout the book but I never warmed up to her enough. I guess Gigi was my favorite character.

Overall, a good book within the YA paranormal romance genre. I liked reading it, but thought that like her other book, the author seems to have some pacing problems and also character development issues, especially in the 'romance department'. Her characters never seem to have very believable feelings; their motivations for doing things seem mostly false. Still, the plot was mostly good and the writing was great. Recommended.

Aquisições da Semana (4)

Esta semana temos as últimas aquisições da Feira do Livro de Lisboa e mais uns livros que vi na Fnac (hei, este livro de capa dura da Agatha Christie custou 5€!). ^_^

O Mago - Raymond E. Feist
Matadouro Cinco - Kurt Vonnegut
Paper Towns - John Green

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Opinião: Matadouro Cinco (Kurt Vonnegut)

Editora: Bertrand Editora (2011)
Encadernação: Capa Mole | 200 páginas
Géneros: Ficção
Descrição (GR): "O romance da vida de Billy Pilgrim (duplo quase autobiográfico de Kurt Vonnegut), nascido em Ilium en 1922, filho único do barbeiro da aldeia. Neste livro Kurt Vonnegut utiliza os métodos da ficção científica para permitir flash-back contínuos do personagem, mas também para abrir uma quebra narrativa na trama principal intitulada A Cruzada das Crianças, e que é antes de tudo uma extraordinária denúncia dos extermínios organizados pela humanidade. Uma obra prima da literatura."
Este livro foi-me recomendado por uma colega da faculdade e em boa hora o li. Confesso que nunca teria tido a iniciativa de o comprar, por causa do tema. Na verdade, o período histórico que abarca as duas grandes guerras (no fundo o século XX em geral) é o que menos gosto. Por isso evito livros com esta temática.

Mas Matadouro Cinco é mais do que um relato sobre a Segunda Guerra Mundial. É a história de um soldado, Billy Pilgrim, que é tudo aquilo que um soldado americano nunca é nos livros e nos filmes (principalmente nos filmes): medroso, ignorante, um pouco indiferente e em geral boa pessoa, sim, mas dificilmente um herói. No fundo, um homem perfeitamente normal e vulgar. Um homem que é mandado incrivelmente mal preparado (se é que há preparação possível) para uma guerra sangrenta e horrível. E que tem a infelicidade de estar presente durante o bombardeamento de Dresden.

Vonnegut descreve com uma mestria ímpar os acontecimentos traumáticos que tiveram lugar na Segunda Guerra, onde também esteve em combate. Apesar de nos apresentar um relato por vezes chocante das realidades da guerra, a forma como a narrativa está organizada permite ao leitor ler tudo de enfiada.

Assim começa Matadouro Cinco: "Escutem: Billy Pilgrim tornou-se volúvel no tempo". Esta frase é o início da odisseia de Billy, o nosso "herói", um optometrista que se vê de repente com a capacidade de viajar no tempo. É através desta capacidade que Billy escapa às suas circunstâncias terrificantes durante a guerra e é também assim que conhece os Tralfamadorianos; extraterrestres do planeta Tralfamadore que lhe ensinam uma ou duas coisas sobre a inevitabilidade dos acontecimentos e da vida em geral.  

Na minha humilde opinião, esta foi uma forma brilhante (se bem que algo perturbante e distorcida) de escrever sobre esta temática. O livro de Kurt Vonnegut é ao mesmo tempo ficção, memória e testemunho das consequências da guerra na psique humana. Um relato verdadeiro de um homem autêntico, de alguém que esteve lá e que não tenta amenizar a verdade. E estranhamente, é uma leitura bem mais leve do que se poderia pensar.

O que dizer mais sobre este livro? Atirem "O Resgate do Soldado Ryan" pela janela e leiam isto, acho eu. Acho que não tenho mais palavras.
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Review: Texas Gothic (Rosemary Clement-Moore)

Texas Gothic by Rosemary Clement-Moore
Publisher: Corgi (2011)
Format: Paperback | 404 pages
Genre(s): Young Adult, Urban Fantasy
Description (GR): "Amy Goodnight knows that the world isn't as simple as it seems—she grew up surrounded by household spells and benevolent ghosts. But she also understands that "normal" doesn't mix with magic, and she's worked hard to build a wall between the two worlds. Not only to protect any hope of ever having a normal life.

Ranch-sitting for her aunt in Texas should be exactly that. Good old ordinary, uneventful hard work. Only, Amy and her sister, Phin, aren't alone. There's someone in the house with them—and it's not the living, breathing, amazingly hot cowboy from the ranch next door.

It's a ghost, and it's more powerful than the Goodnights and all their protective spells combined. It wants something from Amy, and none of her carefully built defenses can hold it back.

This is the summer when the wall between Amy's worlds is going to come crashing down."
After the "Morganville Vampires" marathon I was longing for something I could read and be done with. Texas Gothic, a stand alone novel about a family of witches was a good choice. It has a definite end and it's enjoyable.

I liked the book, overall, but it wasn't an outstanding read. Amy is the typical 'black sheep' of the family because while all the others are witches and psychics she is "normal" and is somewhat embarrassed when her family starts acting... witchy. Typically Amy only wants to lead a normal, non-magical life.

But when her aunt asks her and her sister Phin to take care of her ranch, Amy will find herself involved in paranormal events that will follow her... whether she wants to or not.

The mystery with the ghost was pretty typical, nothing special. I did like the way the author was developing things gradually, but then she rushed everything in the last chapters and that made the ending kind of anticlimatic and nonsensical. Amy was all bent on being a sleuth but she ended up not doing that much investigation.

I liked the chemistry between Amy and Ben, it was really good and it seemed it was also going to be a gradual sort of relationship, until it... wasn't. But hey, at least it wasn't insta-love.

I got the feeling the author was taking her time developing her story and her characters but then it was like she just got tired of writing and decided on an abrupt end, which was kind of bad. So this book could have been really entertaining, but it was just mildly interesting.

Overall, Texas Gothic was a good read. I liked the characters (Phin was my favorite, she was great), the mystery and the whole history around it was cool, and the world and story building were great at first. I really liked the fact that it involved anthropology and digs and it also mentioned how people see digging of old cemeteries. But the ending was disappointing. A recommended read for lovers of paranormal mysteries.

Review: The Morganville Vampires, Vol. 3 (Rachel Caine)

The Morganville Vampires, Volume 3 by Rachel Caine
Publisher: NAL Trade (2011)
Format: Paperback | 444 pages
Genre(s): Young Adult, Urban Fantasy
Description (GR): "Now in one volume-two of New York Times bestselling author Rachel Caine's Morganville Vampire novels. 

Lord of Misrule

In Morganville, violent black clouds promise a storm of devastating proportions. As student Claire Danvers and her friends prepare to defend Morganville against the elements the unexpected happens: Morganville's vampires begin to vanish. Discovering why leads Claire to one last choice: swear allegiance to the evil master vampire Bishop- or die...

Carpe Corpus 

An underground resistance is brewing, and in order to contain it Bishop vows to obliterate the town and all its inhabitants. Claire and her friends are the only ones who stand in his way. But even if they defeat Bishop, will the vampires go back to the old rules, after having such a taste of power?"
WARNING: Contains some SPOILERS
This book (which is actually two books, "Lord of Misrule" and "Carpe Corpus") neatly wraps up the current story 'arc' in the Morganville vampire series.

In book 4 (or if you want to be technical, at the end of book 3), Mr. Bishop, Amelie's vampire (and apparently real as well) father appeared in Morganville for reasons mostly unknown (still) and promptly started to create havoc. He dethroned Amelie and turned Morganville into a mini-dictatorship.

These books, just like the first four are consistently ok-ish. Which should be a deterrent for me to keep buying the rest of the series. But somehow it isn't. That is mostly because while Caine likes to make readers think they have bought a full novel when in fact they've bought a short-story, she does know how to write a book in a way that will keep you hooked. She has, for the lack of a better word or expression, a great sense of pacing. Her books may lack content, proper character, story and world development but they are very (and I mean very) well paced.

That is the series' strongest point. As for characters? Still mostly walking clichés and not nearly as well developed as they should be by book 6 in a series. Some of them were so stereotypical I just had to roll my eyes at them... like Mr Bishop... he was a "mwahaha, I'm so evil" sort of villain. No depth.

The story was stretched by six books when it could have been told in two (or for marketing reasons... make it a trilogy).

The world building is weak at best, with many questions still unanswered and some inconsistencies popping up from book to book. Like, at first Amelie was the oldest vampire in the book/world and then Mr Bishop appeared out of nowhere and he is possibly the oldest... the justification for this was murky at best but mostly, just plain unbelievable.

Overall, this series is, as I said before, consistently mediocre. Which isn't very flattering. But! But it's one of those series that will keep you reading because the pacing is great, the writing is good enough and the core idea is interesting... and you're always hoping the author finally develops her world and explains things. Recommended for light, beach reading. Not the best YA series ever, but I've read worse. It's... ok.

Aquisições da Semana (3)

E cá está mais um Aquisições da Semana. Desta vez à sexta, mas pronto. Esta semana vieram mais uma data de livrinhos, incluindo o "Bitterblue" (Yay!), o terceiro da trilogia dos Sete Reinos e ainda passei pala banca anti-crise da Saída de Emergência, na Feira do Livro onde adquiri "A Estrela de Narien" por 5 euritos. 

Estrela de Narien - Susana Almeida 
Sailor Moon, vol. 05 - Naoko Takeuchi 
Sweet Evil - Wendy Higgins 
Torn - Amanda Hocking 
A Witch in Winter - Ruth Warburton 
Last Breath - Rachel Caine 
Unraveling - Elizabeth Norris 
Bitterblue - Kristin Cashore

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Lançamentos Fantásticos - Maio

Sim está na altura da feira do livro... mas não descurem as novidades, porque algumas valem bem a pena! Destaco "Divergente" de Veronica Roth que achei um livro muito interessante.


Título: "Divergente"
Autor: Veronica Roth
Editora: Porto Editora
Lançamento: 10 de Maio de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a fação a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família... e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem. Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se enamora por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo, que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama... ou acabar por destruí-la.
Título: "Luz e Sombras" 
Autor: Anne Bishop
Editora: Editorial Presença
Lançamento: 11 de Maio de 2012 
Sinopse (Wook.pt): "Desde o massacre das bruxas, os Fae, que deviam proteger as suas primas há muito esquecidas, ignoraram as necessidades do resto do mundo. Agora as sombras voltam a alastrar-se sobre as aldeias do oriente. Sombras negras e poderosas que ameaçam todas as feiticeiras, todas as mulheres e os próprios Fae. Apenas três pessoas podem fazer frente à loucura coletiva que se está a disseminar e impedir que mais sangue seja derramado: o Bardo, a Musa, e a Ceifeira. Aiden, o Bardo, sabe que o mundo está dependente da proteção dos Fae, mas estes recusam-se a escutar os seus avisos sobre o mal que se esconde nas florestas. Vê-se obrigado a partir com o amor da sua vida, Lyrra, a Musa, numa aventura arriscada em busca do único Fae capaz de fazer o seu povo despertar da indiferença. Se os Fae não agirem depressa, ninguém sobreviverá…
Título: "As Brumas de Avalon - A Rainha Suprema" 
Autor: Marion Zimmer Bradley
Editora: Saída de Emergência 
Lançamento: 11 de Maio de 2012 
Sinopse (Wook.pt): "O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder. A misteriosa Morgaine é meia-irmã de Artur e grã-sacerdotisa da brumosa Avalon, terra encantada onde o verdadeiro conhecimento é preservado para os vindouros. Para Morgaine existe um objetivo fundamental: afastar a Bretanha da nova religião que vê a mulher como portadora do pecado original. A bela rainha Gwenhwyfar jurou fidelidade ao rei Artur, o Rei Supremo, mas não consegue esquecer a paixão que sente por Lancelot, exímio cavaleiro e melhor amigo de Artur. Quando o seu dever de conceber um herdeiro para o trono falha, Gwenhwyfar convence-se de que é vítima de um castigo divino e entrega-se de corpo e alma à religião de Cristo. As hostilidades aumentam inevitavelmente entre ambas as mulheres que detém o poder em Avalon e Camelot. Conseguirá Artur conciliar dois mundos antagonistas sob os estandartes reais e resistir aos Saxões? Se Morgaine tudo fará para proteger a sua herança matriarcal e desafiar a nova religião que cresce, já Gwenhwyfar não hesitará em persuadir Artur a trair os seus juramentos…
Título: "A Jóia Encantada"
Autor: R. A. Salvatore 
Editora: Saída de Emergência 
Lançamento: 11 de Maio de 2012 
Sinopse (Wook.pt): "O assassino Artemis Entreri rapta a sua vítima, Regis, o halfling, e leva-o para Calimport onde o entrega nas mãos do vingativo Pasha Pook. Se Pook conseguir controlar a pantera mágica Guenhwyvar, Regis irá morrer num verdadeiro jogo de gato e rato. Com o auxílio de uma máscara encantada, o elfo negro Drizzt do’Urden esconde os traços da sua herança e junta-se ao bárbaro Wulfgar numa corrida desesperada para salvar o halfling. Um aliado inesperado surge no momento em que Entreri solta uma armadilha ao grupo. Mas conseguirá Regis sobreviver incólume? Os companheiros das Planícies Geladas lutam contra piratas ao longo da famosa Costa da Espada, desbravam os caminhos do deserto de Calimshan e confrontam monstros de outros planos para que possam salvar o seu amigo… e a si próprios."

Curtas: The Morganville Vampires (2-4)

Sabem quando lêem um livro e vos sabe a pouco? Foi exactamente o que me aconteceu ao ler os livros 2, 3 e 4 da série "The Morganville Vampires". Se leram a minha opinião do primeiro livro, devem ter reparado que mencionei que o livro tinha "pouco conteúdo". Pensei que fosse por ser o primeiro e um livro introdutório. Mas não. 

Os primeiros quatro livros da série são quase contos. Depois de espremidos não há... lá está, conteúdo suficiente quase para um livro quanto mais para quatro. A autora dá-nos mais um bocadinho da história geral (o enredo que corre por todos os livros) mas elabora muito pouco acerca do mundo de Morganville.

As personagens continuam a ser estereotipadas e muito pouco interessantes, se bem que tenho de concordar com outros leitores e dizer que se tivesse de escolher uma personagem favorita seria o Myrnin, que me parece ter um pouco de profundidade.

Estranhamente, apesar de pouco ou nada se passar nestes três livros e da progressão do enredo ser praticamente nula, foram leituras relativamente rápidas e agradáveis. 


Livro 2 - The Dead Girl's Dance 
Autor: Rachel Caine
Série: The Morganville Vampires, #2
Editor: NAL Jam - 2007
Páginas: 280
Mini Review: Um segundo livro mais interessante do que o primeiro, apesar de ser igualmente pequeno e fraco em relação ao conteúdo. 

The Dead Girl's Dance começa quase no mesmo instante em que acaba Glasse Houses, sendo uma continuação directa (uma vez que o final de Glass Houses é do mais aberto que há, o leitor é 'ejectado' a meio da acção).

Uma leitura rápida mas pouco memorável.

Livro 3 - Midnight Alley
Autor: Rachel Caine
Série: The Morganville Vampires, #3
Editor: NAL Jam - 2007
Páginas: 245
Mini Review: Mais uma vez, lê-se como um conto e a única personagem com algum desenvolvimento é a Claire (o Shane podia ir viver para a China, que por mim não se perdia nada). Mas há algo de intrigante na história. Algo que nos faz continuar a ler (a autora parece ser pro nisso). Talvez seja o facto de ser fantasia com vampiros e magia mas de alguma forma fazer sentido. Se é que isto faz sentido.

Partes da intriga parecem interessantes mas outras espero que estejam resolvidas o mais depressa possível porque não parecem acrescentar nada à história. Até agora o que me faz continuar a ler é mesmo o imaginário de Morganville.


Livro 4 - Feast of Fools
Autor: Rachel Caine
Série: The Morganville Vampires, #4
Editor: NAL Jam - 2008
Páginas: 242
Mini Review: O mesmo problema de sempre; quase não há história. 
O quarto livro arrasta o enredo principal ainda mais e a autora decidiu adicionar ainda mais personagens (que parecem não ter um propósito aparente). Os vampiros começam a parecer-se demasiado com os da série Anita Blake (todos muito 'jogos de poder' e 'vamos humilhar os humanos'), algo de que não gostei. Foi um livro com tão pouco conteúdo como os anteriores mas a autora não conseguiu disfarçar este facto tão bem desta vez. 

As personagens continuam a ser pouco desenvolvidas apesar de muitas das páginas do livro estarem cheias dos típicos conflitos adolescentes que povoam este género de obras.

O mais fraco dos quatro.

Aquisições da Semana (2)

E já vamos na segunda semana das... aquisições da semana. Esta... semana foi recheada. ^__^ E não tenho muito mais para dizer. A foto fala por mim.

Kimi ni Todoke, vol. 12 - Karuho Shiina
Legend - Marie Lu
Sapphique - Catherine Fisher
Partials - Dan Wells
The Last Echo - Kimberly Derting
The Vespertine - Saundra Mitchell
Everneath - Brody Ashton
Havoc - Jeff Sampson
Grave Mercy - Robin La Fevers
The Immortal Rules - Julie Kagawa

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