Equador de Miguel Sousa Tavares
Editora: Oficina do Livro (2003)
Formato: Capa Mole | 528 páginas
Géneros: Romance, Ficção Histórica
Editora: Oficina do Livro (2003)
Formato: Capa Mole | 528 páginas
Géneros: Romance, Ficção Histórica
Descrição: "Quando naquela manhã chuvosa de Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El-Rei D. Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé. Não esperava que o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças o lançassem numa rede de conflitos e interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor lhe viesse mudar a vida.
Equador é um retrato brilhante da sociedade portuguesa nos últimos dias da Monarquia, que traça um paralelo entre os serões mundanos da capital e o ambiente duro e retrógrado das colónias.
É com esta história admirável, comovente e perturbadora, que Miguel Sousa Tavares inaugura a sua incursão no romance."
Ahem. E agora, vou tecer algumas (humildes) opiniões sobre um dos livros mais amados dos portugueses (espero alguns tomates, mas pedras não se faz favor). Tão amado que foi um bestseller e é agora uma "série" (mais novela, mas pronto) de televisão.
E essa devia ter sido a minha primeira pista. O Equador foi adaptado para televisão. Pela TVI. Obviamente que pelo meio das páginas de "Equador" deviam andar a tragédia e cenas românticas foleiras.
Para não me alongar muito e para não ter tantos projecteis potencialmente perigosos à minha espera, vou apenas dizer que fiquei algo desiludida. Este livro tinha potencial, um potencial enorme! A premissa é bastante interessante; um jovem da classe média-alta e um intelectual assumido é incumbido, pelo rei D. Carlos de resolver uma situação problemática em S. Tomé e Príncipe.
Estava à espera de uma obra de ficção histórica em que seguíamos a personagem principal no seu dia-a-dia numa terra estranha onde tem, num período de tempo limitado, que mudar mentalidades e estilos de vida. Pois qual não foi a minha surpresa, quando me apercebi que em vez de termos a história de uma das mais pequenas colónias de Portugal, seguimos antes as aventuras amorosas do tal personagem principal.
Premissa interessante; fraca execução. Vale principalmente pela informação histórica, que é rica e interessante, mas o livro foca-se mais na perseguição do nosso "herói" aos rabos de saia tanto em Lisboa como em S. Tomé tendo como fundo a história que devia ter sido a principal, pelo menos pelo que diz na contra-capa.
Uns acrescentos: Suponho que escrevi esta "crítica" demasiado cedo. "Equador" é uma obra que contém muita informação e um desenvolvimento de personagens algo invulgar, pelo que eu devia ter esperado uns dias antes de escrever as minhas impressões.
Creio que o que me irritou mais acerca do livro foi o final... não porque não achei um bom final, mas porque os motivos que levaram a tal final me pareceram... algo fúteis e muito pouco relacionados com o tema central do livro. Mas "Equador" não é, de modo nenhum, um mau livro, muito pelo contrário. O autor capta perfeitamente a época, os locais, a sociedade e a ideologia colonial. Vale a pena ler, é um belo esforço de um autor português.
E essa devia ter sido a minha primeira pista. O Equador foi adaptado para televisão. Pela TVI. Obviamente que pelo meio das páginas de "Equador" deviam andar a tragédia e cenas românticas foleiras.
Para não me alongar muito e para não ter tantos projecteis potencialmente perigosos à minha espera, vou apenas dizer que fiquei algo desiludida. Este livro tinha potencial, um potencial enorme! A premissa é bastante interessante; um jovem da classe média-alta e um intelectual assumido é incumbido, pelo rei D. Carlos de resolver uma situação problemática em S. Tomé e Príncipe.
Estava à espera de uma obra de ficção histórica em que seguíamos a personagem principal no seu dia-a-dia numa terra estranha onde tem, num período de tempo limitado, que mudar mentalidades e estilos de vida. Pois qual não foi a minha surpresa, quando me apercebi que em vez de termos a história de uma das mais pequenas colónias de Portugal, seguimos antes as aventuras amorosas do tal personagem principal.
Premissa interessante; fraca execução. Vale principalmente pela informação histórica, que é rica e interessante, mas o livro foca-se mais na perseguição do nosso "herói" aos rabos de saia tanto em Lisboa como em S. Tomé tendo como fundo a história que devia ter sido a principal, pelo menos pelo que diz na contra-capa.
Uns acrescentos: Suponho que escrevi esta "crítica" demasiado cedo. "Equador" é uma obra que contém muita informação e um desenvolvimento de personagens algo invulgar, pelo que eu devia ter esperado uns dias antes de escrever as minhas impressões.
Creio que o que me irritou mais acerca do livro foi o final... não porque não achei um bom final, mas porque os motivos que levaram a tal final me pareceram... algo fúteis e muito pouco relacionados com o tema central do livro. Mas "Equador" não é, de modo nenhum, um mau livro, muito pelo contrário. O autor capta perfeitamente a época, os locais, a sociedade e a ideologia colonial. Vale a pena ler, é um belo esforço de um autor português.
Comentários
Não fiques de pé atrás.
Concordo com a crítica e folguei muito em ler o comentário deixado no meu blogue!Obrigada.
Além disso, na tua crítica, referiste algo que me esqueci de mencionar: o estilo de escrita. As intermináveis descrições e as apresentações das personagens ao estilo "info-dump", ou seja, quando o autor introduz uma nova personagem situa-a no presente e depois volta atrás e põe-se a explicar (e nem sequer o faz sucintamente, aquilo são testamentos) as circunstâncias que levaram à situação actual... achei essas partes um bocado maçudas. :p
Não é um dos meus livros preferido, mas recomendo vivamente a sua leitura. Até porque gostei de toda a história do "Equador", ao contrário do "Rio das Flores", que esperava algo mais.
Do "Equador", só não esperava aquele fim para o Luís Bernardo.
Também recomendo, por causa dos factos históricos. Mas agora o romance mal acabado lá do Luís Bernardo... sinceramente, não tive muita paciência. Mas pronto. :D