Review: Struck (Jennifer Bosworth)

Struck by Jennifer Bosworth
Publisher: Doubleday (2012)
Format: Paperback | 370 pages
Genre(s): Urban Fantasy, Young Adult
Description (GR): "Mia Price is a lightning addict. She's survived countless strikes, but her craving to connect to the energy in storms endangers her life and the lives of those around her.
Los Angeles, where lightning rarely strikes, is one of the few places Mia feels safe from her addiction. But when an earthquake devastates the city, her haven is transformed into a minefield of chaos and danger. The beaches become massive tent cities. Downtown is a crumbling wasteland, where a traveling party moves to a different empty building each night, the revelers drawn to the destruction by a force they cannot deny. Two warring cults rise to power, and both see Mia as the key to their opposing doomsday prophecies. They believe she has a connection to the freak electrical storm that caused the quake, and to the far more devastating storm that is yet to come.

Mia wants to trust the enigmatic and alluring Jeremy when he promises to protect her, but she fears he isn't who he claims to be. In the end, the passion and power that brought them together could be their downfall. When the final disaster strikes, Mia must risk unleashing the full horror of her strength to save the people she loves, or lose everything." 
WARNING: Contains minor SPOILERS
"My name is Mia Price and, I'm a lightning addict."
Promising start, I'll give you that. But also an immense potential for the idea to turn sour. I mean logically many people hit by lightning simply die, but Mia seems to bear it extremely well (except for burnt clothes and hair). Why? What is special about her? And did she ever wonder?

The book opens with Mia and her family recovering from the effects of an earthquake that hit Los Angeles, a month before. The setting for this novel is, thus, post-apocalyptic. Los Angeles was nearly completely destroyed, millions of people died or are missing and millions more lost their houses. Electricity and water come and go, food is scarce. Mia and her brother have to care for their mother, who was buried beneath a building for days and now has Acute Stress Syndrome. They also need to go to school if they want to get food.

In this bleak environment, the Church of the Light, a cult, gains followers. They are everywhere with their white clothes, trying to recruit more followers, warning people that the end of the world is near. Their Prophet has predicted the earthquake and predicts that something worse is coming.

This is the setting of the book and I simply loved it. I thought Bosworth did a great job with her world-building. In such times many people turn to religion and to something that gives them hope so the rising in popularity of the Church of the Light was to be expected. The water, electricity and food shortage, the militias, the looting; I thought the world-building was good and very interesting. It had a movie quality to it (it may not have been the most realistic, but it worked).

Mia seemed like a sensible girl (except for the fact that she likes to get hit by lightning), but I was very confused at the beginning... I mean, didn't she wonder why she was able to survive so many lightning strikes?

Still, I was loving this book, the whole world-building, the slow uncovering of Mia's past, how she and her brother dealt with their mentally unstable mother.

Then Jeremy came along. Yes, you're guessing right. He's the hot, mysterious guy who warns Mia away from some people who might be another cult, the Seekers. She feels attracted to him, he is mysterious and tortured and voilá: we have the insta-love.

A few eye-rolls later I was ready to continue. I guessed I just had to roll my eyes at the mushy insta-love scenes and carry on. But things got worse because... Mia found out a few things about herself and her lightning addiction. Suddenly everyone was out to get her, and for some reason the story became immensely predictable; I figured out who Jeremy really was pretty quickly. At the same time we get to know very little about the Seekers and their objectives. I still don't get them and I finished the book. How were they planning to save the world? Why did they want Mia to die?

Mia changed personality and seemed to have lost a few brain cells along the way. She was slow on the uptake and got herself into stupid situations.

So, after our male protagonist was introduced, Mia's development as a character stopped and she turned into a classic YA heroine (tm). Jeremy was simply brooding and tortured, not much development there either. Mia's mother and brother were much more fleshed out and interesting characters, for example.

Overall I loved the concept and world-building. But then the author had to go and add all the most annoying clichés in YA literature which ruined about half the book for me. I felt there was too much pointless running around and not enough information about Mia's powers and their origin. Could have been so much better; it definitely had the potential.

Aquisições da semana (9)

Mais uma semana boa, em termos de livros. Gosto tanto do sistema de entregas da Amazon... tudo junto numa caixa, em vez de chegarem um de cada vez... O.o

Chasing Magic - Stacia Kane 
Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
Secondhand Charm - Julie Berry 
The Gathering Dark - Leigh Bardugo 
Cracked up to be - Courtney Summers 
For Darkness shows the Stars - Diana Peterfreund
Struck - Jennifer Bosworth 

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Opinião: A Mecânica do Coração (Mathias Malzieu)

Editora: Contraponto (2009)
Formato: Capa Mole | 143 páginas
Géneros: Romance, Ficção Histórica, Fantasia
Descrição (GR): "Edimburgo, 1874. Jack nasce no dia mais frio do mundo, com o coração… congelado. A Dr.ª Madeleine, a parteira (segundo alguns, uma bruxa) que o trouxe ao mundo, consegue salvar-lhe a vida instalando um mecanismo – um relógio de madeira – no seu peito, para ajudar a que o coração funcione. A prótese funciona e Jack sobrevive, mas com uma condição: terá sempre de se proteger das sobrecargas emocionais. Nada de raiva e, sobretudo, nada de amor. A Dr.ª Madeleine, que o adopta e vela pelo seu mecanismo, avisa: «o amor é perigoso para o teu coraçãozinho.» Mas não há mecânica capaz de fazer frente à vida e, um dia, uma pequena cantora de rua arrebata o coração – o mecânico e o verdadeiro – de Jack. Disposto a tudo para a conquistar, Jack parte numa peregrinação sentimental até à Andaluzia, a terra natal da sua amada, onde encontrará as delícias do amor… e a sua crueldade."
"A Mecânica do Coração" é um daqueles livros que deixam uma marca. É um pequeno livro, pouco mais do que um conto, com personagens simples e uma história terna e encantadora. No entanto é difícil emitir uma opinião sobre a obra, porque apesar da sua premissa simples é tantas, tantas coisas ao mesmo tempo: romance, amizade, amor, tragédia, esperança.

Edimburgo, finais do século XIX. Jack nasce no dia mais frio do mundo e o seu coração congela, deixando de bater. Felizmente a parteira, a Dra. Madeleine, dá-lhe um novo coração, um relógio de cuco ao qual tem de se dar corda todos os dias. E assim Jack é salvo, mas não é, de todo, uma criança vulgar. Qualquer emoção forte pode despoletar uma crise, fazer o coração bater depressa demais, estragar o relógio. Jack não pode, acima de tudo, apaixonar-se.

Uma vez que tem um relógio como coração, Jack não é adoptado e vive com a Dra. Madeleine, que o protege do mundo exterior. Mas todas as crianças crescem e Jack não é excepção. Depois de conhecer uma dançarina de grandes olhos negros Jack apaixona-se perdidamente e o seu coração está em risco. Quanto estará Jack disposto a arriscar, por amor?

Como disse acima, a história de "A Mecânica do Coração" é bastante simples e directa. É a viagem de descoberta de Jack, a sua gradual aprendizagem das mecânicas do coração que dão valor a este livro. A prosa alterna sendo intrincada (quase poética) nalgumas passagens e mais corrente noutras. Confesso que não percebi muito bem se as referências modernas espalhadas pelo livro (Charles Bronson? Plástico?) foram intencionais; considerando que algumas são flagrantes, diria que sim, mas sinceramente não achei que fossem necessárias.

Este livro é muito atmosférico e tem uma beleza muito própria e penso que é o que encanta os leitores (pelo menos foi o que me encantou a mim). Algumas partes pareceram um bocado forçadas, mas no geral foi uma leitura agradável, algo bizarra mas intrigante.

Opinião: A Cidade das Cinzas (Cassandra Clare)

A Cidade das Cinzas by Cassandra Clare
Editora: Planeta (2010)
Encadernação: Capa Mole | 360 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Romance Paranormal, Lit. Juvenil
Descrição (GR): "Clary Fray só queria que a sua vida voltasse ao normal. Mas o que é normal quando se é um Caçador de Sombras? A mãe em estado de coma induzido por artes mágicas, e de repente começa a ver lobisomens, vampiros, e fadas? A única hipótese que Clary tem de ajudar a mãe é pedir ajuda ao diabólico Valentine que, além de louco, simboliza o Mal e, para piorar o cenário, também é o seu pai. Quando o segundo dos Instrumentos Mortais é roubado o principal suspeito é Jace, que a jovem descobriu recentemente ser seu irmão. Ela não acredita que Jace de facto possa estar disposto a abandonar tudo o que acredita e aliar-​se ao diabólico pai Valentine… mas as aparências podem iludir."
AVISO: Contém alguns SPOILERS!
Depois de terminada a leitura ainda não sei muito bem o que se passou neste livro.

Parece-me que quase não se passou nada, excepto umas escaramuças contra o vilão du jour (muito estereotipado e com a profundidade de uma poça de água) que para poupar trabalho aos nossos heróis conta todos os seus planos a um dos protagonistas. Assim ninguém tem de investigar, yay! Há mais tempo para a típica angústia emocional que povoa este tipo de livros. Que vem quase toda do Jace, o protagonista. Uaaa, não tenho pais. Uaaa, toda a gente acha que sou mau como o meu pai, o vilão. Uaaa, a minha irmã não gosta de mim no sentido carnal, sniff, sniff, que pouco razoável que ela é. A sério? O Jace é supostamente, um ser humano pouco usual, um guerreiro e depois passa o tempo todo a queixar-se de tudo.

A Clary, a referida irmã, não é muito melhor. Uaaa, gosto do Jace mas não posso estar com ele. Uaaa, o meu melhor amigo gosta de mim e eu também gosto dele, mais ou menos.

Depois temos o Simon, o terceiro elemento do triângulo amoroso. Uaaaa, a minha melhor amiga não gosta de mim.

Resultado? Angústia, queixumes, drama por todo o lado. Ugh. Lidar com a situação é algo que ninguém se lembra de fazer.

Outra coisa que me irritou bastante, para além das personagens, foi a forma como a autora forçava os acontecimentos. Deixem-me explicar: a acção não flui naturalmente; a autora introduz elementos que não condizem com o desenrolar do enredo. Por exemplo, quando o Simon decide ir ao hotel dos vampiros, com consequências trágicas. Ou quando o Jace desaparece toda a noite e ninguém dá por nada até ser demasiado tarde. Ou como a Clary resolve uma data de problemas apenas com intuição e convenientemente consegue novos poderes. Ou seja, a autora força a narrativa a tomar os contornos que deseja. Claro que sendo a autora isso é direito dela; mas o problema é que o faz de uma forma abrupta e o leitor sente que, se a acção continuasse o seu caminho lógico e natural, estas coisas não aconteceriam. O resultado? Algumas das atitudes das personagens deixaram-me a pestanejar de espanto pelo facto de não fazerem qualquer sentido no contexto.

No que à história diz respeito, como disse não acontece muito. Há um mistério para resolver mas sem qualquer investigação, os nossos heróis chegam à solução pelo que não é muito empolgante, na minha opinião. A autora atira com acontecimentos completamente ao acaso (que como já expliquei acima, me parecem tentativas bastante fracas para moldar a história) ao leitor que o deixam algo perplexo. Mas no fundo, o livro quase todo consiste nas personagens a falarem sobre os seus problemas e a fazerem perguntas sobre o passado (do vilão, que é relevante para os nossos heróis) que são respondidas em grandes 'descargas de informação.

No geral, não achei este volume dos Caçadores de Sombras muito interessante. Não houve grandes caçadas, as personagens limitam-se a ir a sítios e a falar, falar, falar. De vez em quando lá aparece um monstro ou um cadáver mutilado, mas isso só serve para as personagens falarem mais e mais sem dizerem muito. O mundo é bastante interessante mas a autora não o desenvolve muito e há muitas perguntas que ficam por responder. Esta série não parece ser particularmente inventiva ou interessante em termos de mundo. Parece-me mesmo que o mundo é apenas uma desculpa para ter personagens torturadas com poderes sobrenaturais a agonizarem sobre o amor não correspondido que sentem uns pelos outros. Nada de especial.

Lançamentos Fantásticos - Junho e Julho

Para além de Desejada de PC Cast (Asa/ 1001 Mundos), listado na 'edição' anterior desta rubrica, aqui vão mais alguns lançamentos fantásticos previstos para finais de Junho e para Julho. É o terceiro post reservado ao mês de Junho, eu sei, mas os novos livros aqui em Portugal, parecem ser anunciados muito próximo da data de lançamento, ao contrário do que acontece noutros países... é uma desgraça para a carteira, já termos uma ideia do que queremos e de repente... zás, aparecem-nos mais umas novidades fresquinhas e apetecíveis.


Título: "Halo"
Autor: Alexandra Adornetto
Editora: Planeta
Lançamento: 28 de Junho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Três anjos – Gabriel, o guerreiro; Ivy, a curandeira; e Bethany, a mais jovem e humana de todos – são enviados para levar o Bem a um mundo que sucumbe ao poder das trevas.

Esforçam-se por esconder o brilho luminoso que os envolve, os poderes sobre-humanos que detêm e, representando o maior dos perigos, as asas, ao mesmo tempo que evitam qualquer tipo de relação com os humanos. 

As Bethany conhece Xavier Woods e ambos se revelam incapazes de resistir à atração que sentem um pelo outro. Gabriel e Ivy tentam tudo para impedir aquela relação, mas o sentimento que une Xavier e Bethany é demasiado forte. 

A missão dos anjos é urgente e as forças das trevas são ameaçadoras. Irá o amor lançar Bethany na perdição ou salvá-la?"
Título: "Ampulheta"
Autor: Claudia Gray
Editora: Planeta
Lançamento: 28 de Junho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Depois de fugirem da Academia Evernight, a escola de vampiros onde se conheceram, Bianca e Lucas refugiam-se com os Cruz Negra, um grupo de elite de caçadores de vampiros.

Bianca obriga-se a esconder a sua herança sobrenatural ou correr risco de vida. 

Mas quando os Cruz Negra capturam o seu amigo Balthasar, todos os segredos começam a ser revelados. 

Em breve, Bianca e Lucas orquestram a sua fuga com Balthazar, mas são perseguidos não só pelos Cruz Negra como pelos perigosos e poderosos chefes de Evernight. No entanto, por muito longe que consigam ir, Bianca não pode escapar do seu destino. 

Bianca sempre acreditou que o seu amor por Lucas poderia sobreviver a qualquer coisa, mas poderá de facto resistir ao que está para vir?"

Título: "O Detetive Esqueleto - Dias Negros" 
Autor: Derek Landy
Editora: Porto Editora
Lançamento: 3 de Julho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Skulduggery Pleasant continua em lugar incerto, do outro lado do portal, numa realidade paralela dominada pelos Sem Rosto. Conseguirá ele sobreviver? (Sim, OK, ele já está morto, mas mesmo assim).

O Santuário não tem um plano para o salvar e todas as esperanças recaem em Valkyrie.

Com Skul desaparecido, um gangue de vilões quer destruir o Santuário e ver Valkyrie morta. Como se tudo isto não bastasse, uma feiticeira de seu nome Escurezza pretende destruir o Mundo e todos os humanos.

São, sem dúvida, Dias Negros."
Título: "Saga Alex 9" (livros 1 e 2)
Autor: Bruno Martins Soares
Editora: Saída de Emergência
Lançamento: 13 de Julho de 2012
Sinopse: N/A





Book Bingo: progresso

Apesar de não gostar muito de participar em desafios de leitura, adorei esta ideia da Whitelady e inscrevi-me então, no Book Bingo. Foi-me atribuído este cartão pela organizadora (eheh). O objectivo inicial era fazer cinco em linha (o que, estranhamente, já consegui), mas o meu objectivo pessoal é tentar preencher o cartão. Não sei bem como é que já consegui preencher tantos quadrados, uma vez que leio muitos livros de um só género, mas olhem... consegui. Não preenchi ainda o quadrado intitulado "livre", porque vou deixar essa para último.

À semelhança do que fez a Whitelady no seu post sobre o Book Bingo, em baixo podem ver a minha tabela preenchida e depois uma lista com as opiniões aos livros (se as houver).

Releitura: Enchanted, Inc. - Shanna Swendson
Adaptado ao cinema/TV: The Melancholy of Haruhi Suzumiya -  Nagaru Tanigawa
Autor começa por vogal: Warm Bodies - Isaac Marion
Título contenha um número: 0.4 - Mike Lancaster
Viagens: Vinte Mil Léguas Submarinas - Júlio Verne
Com mais de 500 págs: Dante Valentine the complete series - Lilith Saintcrow (parte 1 | parte 2)
Sugerido por alguém: Matadouro Cinco - Kurt Vonnegut
YA/ Jovem Adulto: Trocada - Amanda Hocking
Ficção Científica: Lord of Light - Roger Zelazny
Novela Gráfica: The Story of Saiunkoku (vol.01) - Kairi Yura
Livro noutra Língua: Sisters Red - Jackson Pearce
Volume de uma Série: Need - Carrie Jones
Mistério: The Mystery of the Blue Train - Agatha Christie
Romance: Follow my Lead - Kate Noble
Fantasia: Graceling - Kristin Cashore

Review: Lies Beneath (Anne Greenwood Brown)

Lies Beneath by Anne Greenwood Brown
Publisher: Delacort Books (2012)
Format: Hardcover | 303 pages
Genre(s): Paranormal Romance, Young Adult
Description (GR): "Calder White lives in the cold, clear waters of Lake Superior, the only brother in a family of murderous mermaids. To survive, Calder and his sisters prey on humans, killing them to absorb their energy. But this summer the underwater clan targets Jason Hancock out of pure revenge. They blame Hancock for their mother's death and have been waiting a long time for him to return to his family's homestead on the lake. Hancock has a fear of water, so to lure him in, Calder sets out to seduce Hancock's daughter, Lily. Easy enough—especially as Calder has lots of practice using his irresistable good looks and charm on ususpecting girls. Only this time Calder screws everything up: he falls for Lily—just as Lily starts to suspect that there's more to the monsters-in-the-lake legends than she ever imagined. And just as his sisters are losing patience with him."
WARNING: Contains Spoilers
So. Another mermaid book. I was pretty excited about this one since it has a male POV (which is refreshing although it can go very wrong) and seemed to portray mermaids as evil, "alien-like" creatures (the way I like them).

But... I didn't like this book very much. It wasn't terrible, but it just didn't live up to my expectations, I guess. The story was a bit darker than your average YA paranormal romance but not by much. In the end the girl and the guy still got together and all that.

Although I couldn't pinpoint the problems I had with the book while I was reading it, I kind of compiled a list after I finished it.

One of the things that bothered me was that the story seemed... incomplete somehow. As if the characters didn't do all they had to do in order to advance the plot, but it still reached its conclusion. So basically the story needed better development. Plus there was some parts that were just too unrealistic for me to buy (like the fact that Jason Hancock didn't know that huge secret about himself. Just didn't seem possible.)

Another aspect that needed development: the characters. I simply couldn't connect to Lily or Calder, our protagonists. They lacked emotion and through all the dialogues they just seemed to go through the motions when they expressed feelings. Of course the whole romance between the two main characters seemed forced and unrealistic. Oh Lily was feisty a few times, called Calder "creepy" and "stalker" but she still seemed charmed by him. So she was all bark and no bite.

Lily and Calder are basically the only characters in the book. The rest of the cast barely characterizes as characters since they appear randomly only to further the plot. I know most other characters had a name, but I just can't remember them because they simply weren't important except as sources of information.
Calder's sisters are sort of the exception, since they appear a bit more. Still they were very cardboard villains, and could use a lot more characterization.

The word building had a few problems as well. The mermaids were supposedly strange and inhuman, lived in a cave and ate fish, but then they also went to the movies and liked to shop. I just think the author can't have it both ways. Either they are humanized merpeople that are very in tune with human culture or they are completely unaware of how humans behave. Calder used incorrect methods to seduce Lily because he didn't know what human girls liked, but then they go to the cinema and are into fashion? Hmm...

Overall I was not impressed with this book. The author had a good idea and the fact that merpeople lived in the Lake and were predators was really good. But then they also changed into humans and did all the things humans do. I just didn't think it was consistent. I also thought the story and the characters could use a bit more development. The ending didn't convince me at all... after reading the entire book I couldn't figure out how Calder was "redeemed". I don't think Lily taught him much. I think this stems from the writing style; it was emotionless and not very appellative. Another one of those "great idea, not very good execution" kind of books.

Aquisições da Semana (8)

Esta semana constatei que o serviço da Amazon é bem melhor do que o do Book Depository; a entrega é mais rápida, apesar de ambos terem portes gratuitos. Vá-se lá perceber. Enfim, aqui ficam as aquisições desta semana.

Kimi ni Todoke, vol. 14 - Karuho Shiina 
The Shadowed Sun - N.K. Jemisin 
Knife - R. J. Anderson 
Eve - Anna Carey
Lies Beneath - Anne Greenwood Brown 
Dragonswood - Janet Lee Carey 
Starters - Lissa Price

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Opinião: O Senhor da Luz (Roger Zelazny)

O Senhor da Luz de Roger Zelazny
Editora: Gollancz (2010)
Formato: Capa Mole | 284 páginas
Géneros: Ficção Científica, Fantasia
Descrição (GR): "In a distant world gods walk as men, but wield vast and hidden powers. Here they have made the stage on which they build a subtle pattern of alliance, love, and deadly enmity. Are they truly immortal? Who are these gods who rule the destiny of a teeming world?

Their names include Brahma, Kali, Krishna and also he who was called Buddha, the Lord of Light, but who now prefers to be known simply as Sam. The gradual unfolding of the story shows how the colonization of another planet became a re-enactment of Eastern mythology." 
AVISO: Contém Spoilers.
Há alguns anos atrás recomendaram-me um livro que adorei: Terra, Campo de Batalha de Ron L. Hubbard. Independentemente da religião do autor (a qual desconhecia por completo quando me recomendaram esta leitura), foi uma obra que me cativou. A imaginação do autor fez-me ler o livro todo em apenas alguns dias.

Actualmente não leio assim muitos livros do género, mas numa das minhas visitas à FNAC encontrei este livro, "Lord of Light" e a sinopse interessou-me, apesar da minha relutância em ler ficção científica "clássica", digamos, por medo que as máquinas e a tecnologia em geral me pareçam 'datados'.

Mas, enfim, "Lord of the Light" pareceu-me interessante, apesar de ter sido publicado nos anos 60 do século XX. E, bem, o George R.R. Martin considera este livro, uma das "cinco melhores obras de FC alguma vez escritas". Por isso, claro que veio para casa comigo.

Comecei a leitura com algumas reservas (pela razão já apontada), mas escusava de me ter preocupado. Contrariamente ao que acontece com obras de FC mais recentes, "Lord of Light" não se apoia na descrição de um futuro altamente tecnologizado. De acordo com a época em que foi escrito, o livro parece focar-se mais em aspectos políticos e sociais. O que me agradou imenso, devo dizer.

Num futuro incerto, num planeta distante, existe uma sociedade onde os deuses andam entre os homens. Krishna, Kali e outros deuses, que o leitor reconhecerá da mitologia hindu, controlam os destinos da Humanidade. Mas um deles, o misterioso Senhor da Luz (conhecido por muitos nomes, sendo um deles, Buda) decide insurgir-se contra este estado de coisas.
Quem são estes deuses, que ditam as regras deste mundo? Quem é o Senhor da Luz?

"Lord of Light" é um livro escrito de forma episódica. O primeiro capítulo abre no presente, quando um grupo de insurgentes decide 'trazer de volta' o deus rebelde conhecido como Senhor da Luz ou, como ele prefere ser chamado, Sam.

A partir daí começa a odisseia de Sam, que mais uma vez se propõe tentar salvar a Humanidade do jugo de um grupo de deuses ambiciosos. Mas o livro não é uma mera exposição da presente luta de Sam; outros capítulos levam-nos a diferentes ocasiões no passado e descrevem as tentativas fracassadas do nosso herói, de destronar os tiranos.

A verdadeira genialidade deste livro só se tornou clara para mim quase um dia depois de o acabar. Enquanto o estava a ler, apesar de ter gostado do enredo e das personagens, estava um bocado irritada com o facto da narrativa parecer fragmentada e de o autor parecer ter descurado imensos pormenores importantes na construção do seu mundo.

Só depois de terminada a leitura é que me apercebi que o leitor tem, de certo modo, a 'tarefa' de rearranjar a informação de modo a que se torne coerente. E que quase todos os factos importantes acerca do desenvolvimento desta sociedade (uma colónia humana) estão lá. Com excepção, talvez (e digo talvez porque esta parte me pode ter escapado) de como é que os humanos se esqueceram que possuíam tecnologia avançada, uma vez que todos eles são descendentes dos colonos originais. Os "seres" indígenas do planeta também me pareceram ter alguma falta de caracterização.

Outro aspecto que me criou dificuldades aquando da leitura, mas que em retrospectiva me pareceu genial (não me ocorre outro adjectivo, de momento) foi a escrita. Todo o livro está escrito de uma forma estranha, algo datada (mesmo para os anos 60), como se fosse... um texto religioso, uma fábula ou uma epopeia.

Algumas personagens carecem de caracterização, como já referi acima, mas gostei do facto de o nosso protagonista, Sam, ser provavelmente americano (o seu nome significa América e adequa-se) e apesar da sua veia heróica ter alguns motivos escondidos (ou seja não é um herói perfeito).

A forma como as mulheres são retratadas no livro incomodou-me um bocado; são relegadas para segundo plano, descritas como fracas ou como desejando ser mais masculinas (ou mesmo homens). Pelas diversas situações descritas no livro (os haréns, o facto de só um homem poder estar à frente do panteão), é óbvio que as mulheres são consideradas inferiores. Creio que isto se deve um pouco à época em que foi escrito, mas não desculpa inteiramente esta descrição.

No geral, penso que "Lord of Light" é uma obra muitíssimo bem conseguida em termos de tom, de enredo e de personagens. O facto de não se centrar em tecnologias ultra avançadas e entrar um pouco no domínio da fantasia faz com que seja um livro que pode ser lido em todas as épocas. O autor consegue ainda tocar em assuntos como a religião e a opressão e ordem sociais. Um clássico portanto. Recomendado.

Waiting on Wednesday (10)

E cá está mais um Waiting on Wednesday, desta vez no dia certo. O livro desta semana justifica-se da seguinte forma: eu cá leio tudo o que tenha a ver com a Kate Daniels. Este livro é um spin-off, dizem vocês? Ora passem para cá uma cópia! :)




Gunmetal Magic - Ilona Andrews
Editora: Ace
Data de Publicação: 31 de Julho de 2012
Páginas: 448
Idioma: Inglês
Descrição (GR): "The New York Times bestselling Kate Daniels novels have been hailed as “top-notch urban fantasy” (Monsters and Critics). Now, Ilona Andrews delves deeper into Kate’s world, and reveals its untold stories…
After being kicked out of the Order of the Knights of Merciful Aid, Andrea’s whole existence is in shambles. She tries to put herself back together by working for Cutting Edge, a small investigative firm owned by her best friend. When several shapeshifters working for Raphael Medrano—the male alpha of the Clan Bouda, and Andrea’s former lover—die unexpectedly at a dig site, Andrea is assigned to investigate. Now she must work with Raphael as her search for the killer leads into the secret underbelly of supernatural Atlanta. And dealing with her feelings for him might have to take a back seat to saving the world…"
E vocês? De que livros é que estão à espera? (What books are you anxiously waiting for?)
Waiting on Wednesday is hosted by Breaking the Spine.

Review: First Grave on the Right (Darynda Jones)

First Grave on the Right by Darynda Jones
Publisher: St. Martin's Press (2011)
Format: Paperback | 310 pages
Genre(s): Paranormal Romance
Description (GR): "Charley sees dead people. That’s right, she sees dead people. And it’s her job to convince them to “go into the light.” But when these very dead people have died under less than ideal circumstances (i.e. murder), sometimes they want Charley to bring the bad guys to justice. Complicating matters are the intensely hot dreams she’s been having about an Entity who has been following her all her life...and it turns out he might not be dead after all. In fact, he might be something else entirely. This is a thrilling debut novel from an exciting newcomer to the world of paranormal romantic suspense."
WARNING: Contains SPOILERS!
I'm not exactly sure what to say about this book. I liked reading it, but I didn't think it was... great. I feel like I won't remember much about it in a few weeks and I don't feel like ordering the rest of the series.

As far as paranormal romance goes, it was okay. It wasn't remarkable; it wasn't awful either. It was only mildly annoying, at times.

So what did I like about it? Charley (Charlotte) Davidson. She was sassy and smart-mouthed but she was also pretty feminine and a true 21st century woman. She wasn't a badass, though-chick who doesn't need no man to complete her and despises all that is womanly and feminine. Nop. She likes dressing up, she is not adept at fighting and she is always checking out men's asses. And men are always checking her out. I loved Charley. She was realistic. Loved her sense of humor to bits too.

So Charley was the plus of the pluses of this book. I liked the overall supernatural elements and mythology: the grim reaper story and powers (the all languages thing was pretty interesting), and the "Big Bad" (until I learned of his identity).

What I didn't like so much was the fact that the book seemed to start right in the middle of something. It's like you're thrown into the action and then, when there is time, the heroine reminisces and you get a few info dump-ey paragraphs about her past and how she discovered who she was, blah, blah. That's the preferred mode of transmitting information in this book. We learn about the grim reaper thing, about "Big Bad" and about Reyes through flashbacks. At the same time, in the present, Charley has to solve a case (since she is a PI). It gets a bit confusing and it breaks the flow of the narrative.

I also thought Uncle Bob got away with too much interfering in police business and having Charley hang with the police. It just doesn't compute.

Another aspect I disliked: Reyes. Totally unnecessary. Or at least the relation (not relationship, just how he relates to her) with Charlie was unnecessary. There were a lot of stuff left unexplained when it came to Reyes and Charlie and their relation(ship). I get it, one needs a sexy stranger in a paranormal romance, but I just didn't get the whole "he-appears-in-my-dreams-and-we-have-hot-sex-but-I'm-not-sure-why" BUT "I-think-I-lurve-him". It was damn confusing and quite unrealistic. So the romance part was actually what I thought could be cut from the book.


Overall: I liked "First Grave on the Right". It was a light, fun read and Charlie's inner ramblings made me laugh out loud sometimes. The author has a great sense of humor. Still, there was nothing distinctive or special in terms of story or characters (besides Charley they were all pretty standard) and I disliked all the flashbacks/infodump. There was just too much going on for it to work efectively.

Opinião: Um Baile de Finalistas Infernal (Rosemary Clement-Moore)

Um Baile de Finalistas Infernal de Rosemary Clement-Moore
Editora: Asa / 1001 Mundos (2011)
Formato: Capa Mole | 282 páginas
Géneros: Literatura Juvenil, Fantasia Urbana
Descrição (GR): "Maggie Quinn é uma jovem repórter. Aluna do quadro de honra, jornalista do jornal da escola e fotógrafa do livro de curso.
Faltam seis semanas para a formatura e tudo o que ela quer é sair inteira da secundária Avalon. Uma croma sensata teria mantido a cabeça baixa e continuado a contagem decrescente até ao dia da entrega dos Diplomas. Mas o destino parece ter planos diferentes para Maggie.
A escola secundária pode ser um terreno fértil para a proliferação do mal, mas o cheiro a fogo e enxofre ainda continua a ser algo de invulgar. É o cheiro identificativo do enxofre que faz com que Maggie desconfie que há algo que não está bem. E, quando começam a acontecer coisas que parecem saídas do Twilight Zone, Maggie percebe que depende dela entrar em contacto com a sua Nancy Drew interior e descobrir o que soltou aquele mal antigo, antes que vá tudo para o inferno, literalmente.
Maggie sempre desconfiou que o baile de finalistas é uma obra do diabo, mas parece que a sua presença é obrigatória. Às vezes, uma rapariga tem de fazer certas coisas bastante desagradáveis para salvar a sua cidade de demónios, vindos do inferno, que esmagam a alma. E também das chefes de claque."
ATENÇÃO: Contém ligeiros SPOILERS.
Peguei neste livro com baixas expectativas, confesso. Pareceu-me que ia ser mais um mistério paranormal insonso e pouco original, com uma heroína igualmente insonsa.

Acabei por gostar bastante da leitura. O livro demora um bocado a descolar, mas enquanto a trama não se adensa temos Maggie Quinn para nos entreter; uma rapariga positiva, sempre com resposta pronta.

O início é um pouco confuso. Somos apresentados a Maggie, jornalista para o jornal da escola e uma rapariga nada popular. Claro que a primeira situação do livro é logo um confronto com o grupo de desportistas e líderes de claque da escola, mas Maggie é esperta e tem um dito espirituoso na ponta da língua para fazer frente aos insultos.

Mas depois a nossa protagonista começa a ter sonhos estranhos e é-nos apresentada uma outra faceta dela e da sua família: segundo a avó de Maggie, os Quinn têm um talento algo sobrenatural que se manifesta através de pressentimentos e sonhos. Maggie chama-lhe intuição mas a avó chama-lhe clarividência. Aqui é que fica tudo um pouco confuso porque não nos é explicada a origem ou natureza exacta deste 'poder'. Creio que isto seja propositado; já li outras obras da autora e parece-me que ela gosta de manter os seus eventos sobrenaturais subtis (ou seja tem tudo mais a ver com sensações, pressentimentos e o que não se vê). No entanto, isto criou alguma confusão, como disse, porque faltou alguma história de fundo em relação ao dom de Maggie. E se ela era céptica de início (também por razões desconhecidas) em relação à origem sobrenatural do seu dom, depressa se convenceu do contrário.

Temos então uma heroína com um ligeiro poder sobrenatural que se vê envolvida num mistério também sobrenatural. Começam a acontecer alguns acidentes na escola que parecem ser causados por um fantasma vingativo. Maggie tem um mau pressentimento e decide investigar (como o faria a sua heroína favorita, a Nancy Drew), contando com a ajuda de Justin, um dos alunos universitários do seu pai. 

Depois da história 'arrancar', o livro ganhou nova vivacidade. O mistério é bastante fácil de desvendar (ou pelo menos os culpados são), mas gostei de todo o desenvolvimento que culminou no desfecho passado (onde mais) no Baile de Finalistas. Em termos de ritmo este livro desenrola-se mais regularmente do que outras obras da autora e consequentemente não houve muitos 'tempos mortos'. Gostei do facto de a autora ter feito alguma pesquisa e ter incluído mitos e lendas antigas, nomeadamente sobre a antiga Mesopotâmia. 

Para além de ser previsível o único outro problema a apontar é o facto do romance parecer algo forçado. 

No geral uma leitura leve e intrigante, recomendada para quem gosta de mistérios paranormais com uma protagonista auto-suficiente, inteligente e energética. Estou interessada nas próximas aventuras de Maggie.



Aquisições da Semana (7)

Já encomendei estes livros há imenso tempo, mas parece que a combinação BD e CTT é terrível e só os recebi ontem. Já começava a pensar que se tinham perdido...

The Killing Moon (The Dreamblood, #1) - N. K. Jemisin 
Slated - Teri Terry

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Opinião: Trocada (Amanda Hocking)

Editora: Asa / 1001 Mundos (2012)
Formato: Capa Mole | 272 páginas
Géneros: Literatura Juvenil, Romance Paranormal
Descrição (GR): "Aos seis anos Wendy escapa à morte quase por milagre - e quem a tenta matar é a própria mãe, acha que a filha não é sua, mas sim uma intrusa, trocada à nascença no hospital. Onze anos mais tarde, a estranha adolescente, de cabelos negros, começa a suspeitar de que a mãe, se calhar, até tinha razão. Na nova escola, mais uma entre tantas, ela sente-se posta à parte por todos. Menos por Finn Holmes, um rapaz silencioso e sombrio que se limita a olhá-la fixamente - e lhe desperta sentimentos contraditórios, um medo enorme, e uma irresistível atração. Finn é um Achador, que a procura há anos. E agora que a encontrou, quer levá-la para casa, para o reino dos Trylle, onde Wendy vai descobrir o que sempre suspeitou - ela é mesmo diferente, e tem poderes mentais muito mais poderosos do alguma vez imaginara."
AVISO: Contém alguns SPOILERS
Apesar de gostar imenso de literatura young adult, por vezes leio livros que não são, decididamente os mais apropriados para mim. Um caso recente foi Desejar, de Carrie Jones. Outro foi Trocada de Amanda Hocking.

As únicas coisas que sabia sobre este livro antes de o ler era que tinha sido ao início 'auto-publicado' e que era sobre trolls. Não existem muitas séries de fantasia urbana que lidem com trolls, por isso fiquei com esperanças que fosse interessante. Afinal os trolls não são das criaturas mais glamorosas dos contos de fadas: são verdes, são maus e vivem debaixo das pontes. Fiquei intrigada porque me perguntei como é que a  autora descreveria este tipo de criaturas de modo a que o leitor ficasse encantado com a história. Achei que a autora tinha escolhido uma temática desafiante.

Pois bem, descobri como foi e acho que se os olhos pudessem apanhar um torcicolo acho que os meus teriam apanhado um, de tantas vezes que os revirei. Este livro não é sobre trolls. É sobre criaturas belas e sobrenaturais, com capacidades mágicas a quem a autora decidiu chamar trolls só para poder dizer que estava a escrever sobre um novo tipo de ser sobrenatural. Pelo que li, duvido que ela tenha sequer pesquisado assim muito sobre trolls até na Wikipédia. A única parecença com as lendas e mitos é o facto de trocarem crianças humanas por crianças trolls (como o fazem nas lendas muitos outros seres sobrenaturais como as fadas ou os elfos) e serem um bocado para o matreiro (escolhem famílias ricas quando fazem as trocas para poderem usufruir do dinheiro que as mesmas deixarão aos 'filhos' trocados).

Ou seja, estes 'trolls' não são assim muito diferentes das fadas, anjos caídos ou vampiros de obras como - sim, adivinharam - Hush, Hush, Anjo Caído, Eternidade e Crepúsculo.

Depois desta descrição do mau uso que a autora fez da mitologia sobre 'trolls', passemos então à história. Já leram os Diários da Princesa, de Meg Cabot? Trocada tem basicamente o mesmo enredo, com um bocado de Crepúsculo à mistura, para se poder dizer que é um 'romance paranormal'.
A heroína, Wendy, sente-se diferente de toda a gente e imagina até que tem poderes. Para piorar tudo, o novo rapaz da escola, o misterioso (yuck) Finn está sempre a olhar para ela. A Wendy tenta ser sarcástica e cortante mas falha porque a autora não consegue escrever esse tipo de personagens (mais sobre a escrita da autora a seguir); além disso os olhos de Finn são escuros e misteriosos, pelo que Wendy sente-se atraída, claro. E mais atraída fica quando ele lhe aparece em casa a meio da noite (está a espreitar pela janela), tipo perseguidor (parece-vos familiar?). Ela lá descobre que é um troll (ou parte dos trylle, porque troll é uma palavra tão pejorativa, não ée nem é um troll qualquer! É a princesa dos trolls e por isso passa grande parte do livro a ter aulas de etiqueta. Sobre as origens e poderes destes seres, pouco ou nada nos é dito. O elemento sobrenatural quase não está presente uma vez que Wendy passa o tempo todo em jantares com elementos da nobreza, bailes de apresentação e a aprender tudo sobre que garfo utilizar. No fim temos uma escaramuça com uns trolls rebeldes mas a Wendy, apesar de ser a mais poderosa de todas tudo o que faz é olhar horrorizada e esperar que a venham salvar.

Ao nível das personagens, não é muito melhor. A autora não desenvolve convenientemente nenhuma delas e as emoções e reacções de Wendy pareceram-me falsas e inconsistentes. Ao princípio a autora descreve-a como sendo algo rebelde e descontente, mas durante o livro Wendy não se comporta de forma a suportar esta descrição. Pelo contrário é uma personagem apagada e desinteressante. Finn é, claro, um rapaz muito giro e misterioso, mais velho (claro) e que sabe fazer tudo e mais alguma coisa, como Wendy nos diz nesta frase, sem uma ponta de sarcasmo:
"Finn sentou-se ao piano e começou a tocar uma valsa linda e elaborada. Claro que sabia tocar piano. Sabia fazer tudo. (...)"
Não sei bem se é torturado, mas do pouco que se sabe creio poder dizer que sim. Um verdadeiro estereotipo andante por quem a heroína se apaixona à primeira vista (sim temos o infame insta-love ou 'amor-Crepúsculo'!).

A escrita é demasiado simplista por vezes; creio que nem a este tipo de livros (YA) se adapta bem porque a estrutura frásica é demasiado básica (até rima).

Apesar de tudo, e para não estar a realçar apenas os negativos, é um livro que se lê com relativa facilidade (apesar de o ter achado um pouco aborrecido lá pelo meio) e vá lá, não há um triângulo amoroso (por enquanto).

No geral, uma obra bastante fraca. Não tem qualquer originalidade, as personagens são unidimensionais e nada interessantes. O elemento sobrenatural (os trolls e os seus poderes) é deixado em segundo plano e o livro foca-se na aprendizagem de Wendy enquanto princesa troll (que não difere muito da aprendizagem de uma rapariga de alta sociedade). Um livro com muito pouco que se recomende. Acredito que possa parecer mais interessante para os leitores que não tenham lido muitos livros sobre seres paranormais, mas para quem já leu, o enredo revelar-se-á formulaico e pouco envolvente. Não recomendado.

Waiting on Wednesday (9)

Hoje temos mais um Waiting on Wednesday (apesar de ser quinta-feira, mas pronto). Tenho andado a explorar no Goodreads e encontrei alguns livros que me parecem interessantes. Aqui está um. Ficção científica distópica meets romance adolescente (e triângulo amoroso, hmm). Tem potencial para ser interessante... ou muito mau.


Breathe (Breathe, #1) - Sarah Crossan
Editora: Greenwillow
Data de Publicação: 2 de Outubro de 2012
Páginas: 400
Idioma: Inglês
Sinopse (GR):  "The world is dead. 
The survivors live under the protection of Breathe, the corporation that found a way to manufacture oxygen-rich air. 
ALINA
has been stealing for a long time. She’s a little jittery, but not terrified. All she knows is that she’s never been caught before. If she’s careful, it’ll be easy. If she’s careful.
QUINN
should be worried about Alina and a bit afraid for himself, too, but even though this is dangerous, it’s also the most interesting thing to happen to him in ages. It isn’t every day that the girl of your dreams asks you to rescue her. 
BEA
wants to tell him that none of this is fair; they’d planned a trip together, the two of them, and she’d hoped he’d discover her out here, not another girl.
And as they walk into the Outlands with two days’ worth of oxygen in their tanks, everything they believe will be shattered. Will they be able to make it back? Will they want to?"
E vocês? De que livros é que estão à espera? (What books are you anxiously waiting for?)
Waiting on Wednesday is hosted by Breaking the Spine.

Review: Follow My Lead (Kate Noble)

Follow My Lead by Kate Noble
Publisher: Berkley (2011)
Format: Mass Market Paperback | 355 pages
Genre(s): Historical Fiction, Historical Romance
Description (GR): "Being the most sought-after bachelor in London can be trying. Jason Cummings, Duke of Rayne, should know. But when he winds up an unwilling escort to the headstrong Winnifred Crane on a trip across Europe, he realizes he'll do anything to keep this independent beauty safe-even if it means marrying her."
This is the first historical romance I've read by Kate Noble and I must say it was a good read, overall.

Actually this is more historical fiction than your typical steamy romance set in some historical period. It took me very much by surprise. The premise is a little wild and unbelievable, though: an independent woman in early 19th-century wants to join an all-male Historical Society so she makes a bet with the director: if she can authenticate a painting, she is in; if she fails, she is out. Improbable events abound and she is suddenly on a ship with an English Duke who decides she is too naive to travel alone.

As I said, the premise is a bit out-there. But the entire quest to find the paintings origins and true author is very compelling stuff and it's clear Kate Noble researched 19th century Germany (although it wasn't really Germany in the 1820's it's a creative liberty one can accept. It really is mainly an adventure book with our two heroes facing difficulties and problems and being chased by rivals.

Consequently I never felt that they had much of a connection, romantically. There isn't that spark and chemistry most protagonists have in historical romances since the focus was obviously the quest. The romance part was actually lacking. I wasn't very convinced with the development of the romance which was odd because it was a lot more gradual than in most other historical romances where it is generally lust at first sight. What was missing was definitely the chemistry.

Still I liked this book. The historical component was well done, although the author slipped a few times and had her characters use expressions that are very much American and a bit more modern than the 19th century, and the characters were refreshing - well, Jason, the Duke was refreshingly not just an alpha male and didn't really fall into the general stereotypes (reformed rake, etc) for this kind of book, but Winnifred was a bit annoying at times, although I loved her independent character and her love of books, not to mention her desire to be something more than it was expected of women in her time. I also thought the author tackled the romance in an innovative way (or realistic, if you want to be technical - like I said, it was gradual and the protagonists doubted their feelings and had problems with them). All that was missing... was the chemistry.

Overall, a good book with an interesting storyline. You can tell there is more to Follow my Lead than just one man, one woman and an intense romance; it's just that I'd have preferred it if Noble decided to skip the romance part entirely, or muted it and focused only on the other story. The book did drag a bit in the middle, but overall I thought it was a good read. Definitely not your run-of-the-mill historical romance and very much worth a read.

Opinião: Desejar (Carrie Jones)

Editora: Leya / 1001 Mundos (2009)
Formato: Capa Mole | 296 páginas
Géneros: Literatura Juvenil, Romance Paranormal
Descrição (GR): "Zara White suspeita que há um indivíduo estranho a persegui-la. Ela é também obcecada com fobias. E é verdade que ela não tem estado bem desde a morte do padrasto. Mas exilar-se no frio Maine e ir viver com a avó? Parece algo extremo.
É suposto que a mudança a ajude a manter-se sã… mas Zara tem a certeza que a sua mãe, no imediato, é incapaz de lidar com ela. Não podia estar mais enganada. O perseguidor está longe de ser um produto da sua imaginação. Ele está a persegui-la, deixando atrás de si um estranho rasto de pó.
Algo não está certo - não é humano - nesta sonolenta cidade do Maine, e todos os sinais apontam para Zara.
Nesta assustadora e absorvente narrativa, Carrie Jones dá-nos romance, suspense e uma criatura que nunca pensámos vir a temer."
AVISO: Contém alguns SPOILERS.
(Livro lido em inglês)

Há já algum tempo que não lia um livro tão flagrantemente semelhante ao "Crepúsculo", como "Desejar" de Carrie Jones. A heroína, a história, os eventos e as personagens secundárias gritam "sou um rip-off do Crepúsculo" a todo o momento.

Após a morte do seu pai adoptivo, Zara é mandada para uma pequena localidade no Maine. Vai viver com a sua avó porque a mãe está assustada com a sua condição: Zara parece estar bastante deprimida e tem o vício de procurar os nomes de fobias. Mas Zara tem um segredo: tem um perseguidor, um homem estranho que aparece em todo o lado.

Zara vai então viver com a avó, uma paramédica chamada Betty, e vai para uma nova escola onde, claro, chama a atenção dos dois rapazes mais giros e da líder de claque mais mazinha.

Sinceramente nem sei muito bem o que dizer deste livro. Para além do que já disse, claro. É muito parecido, em termos de história, com o "Crepúsculo", com a agravante de os acontecimentos se darem a um ritmo vertiginoso e confuso e das acções e reacções das personagens muitas vezes não fazerem qualquer sentido. Temos também um quasi (não chega a ser) triângulo amoroso, romance instantâneo e algum drama.

Enquanto heroína, Zara falha redondamente no seu papel, uma vez que não tem qualquer tipo de personalidade (nem sequer nos é descrita fisicamente, o que não me incomodaria se ela tivesse outro tipo de características distintivas) e toma imensas decisões estranhas (para qualquer ser humano minimamente inteligente) e que parecem um pouco ao acaso. O amado de Zara, Nick, também é alvo de muito pouco desenvolvimento. É, claro, atraente, mas em termos de personalidade a única coisa que sabemos é que tem um "complexo de herói". Consequentemente o romance entre estas duas personagens não convence, claro, uma vez que elas têm tanta profundidade como uma poça.

A autora introduz mais algumas personagens, como os novos amigos de Zara na escola e dois vilões (que só no fim sabemos que são vilões, porque não estão presentes na maioria do livro), mas não passam de ferramentas de passagem de informação; assim que dão a Zara a informação necessária para a história seguir para a frente, desaparecem até serem necessários novamente. Ou seja o desenvolvimento de personagens é quase inexistente.

O enredo não faz grande sentido, muito é deixado por explicar e como referi anteriormente, as reacções das personagens não são nada lógicas. Nada mesmo.

Claro que o facto do enredo ter sido tão mal desenvolvido e haver tão pouca informação sobre o mundo e os seus habitantes (os weres, as fadas ou as pixies) se deve um pouco ao facto de muitas das 306 páginas do livro serem dedicadas ao romance fulgurante entre o Nick e a Zara.

No geral, um livro com muito pouco que se recomende. A ideia não é má (também não é das mais originais, mas podia dar nalguma coisa), mas a execução deixa muito a desejar. Não tenho qualquer vontade de saber mais sobre Zara e os amigos, porque são tão estereotipados e pouco carismáticos que não quero saber o que se passa com eles nos livros a seguir. "Desejar" é mais um romance paranormal na veia (ah!) de Hush, Hush, Eternidade ou Anjo Caído. Nada de especial.

Lançamentos - Junho e Julho

Pois. Parece que me escapou um ou outro lançamento 'fantástico' para este mês (mas não é muita a diferença). Em Junho temos mais um livro da série "Desaparecidos" de Michael Grant e uma nova série de fantasia urbana da autoria de Rachel Ward. O da PC Cast é só para Julho, penso eu, e é o livro 2 da série "deusas" (o primeiro foi "Deusa do Mar"). 


Título: "Mentiras" (Desaparecidos, #3)
Autor: Michael Grant
Editora: Planeta
Lançamento: Já Disponível
Sinopse (Wook): "Uma rapariga que tinha morrido circula agora entre os vivos. Zil e o Bando dos Humanos incendeiam Perdido Beach; entre o fumo e as chamas, Sam entrevê a silhueta da pessoa que mais teme: Drake. Mas Drake morreu. Sam e Caine venceram-no, assim como à Sombra. Pelo menos assim pensavam. 
Enquanto Perdido Beach arde, a batalha também está acesa: Astrid contra o conselho municipal; o Bando dos Humanos contra os mutantes; e Sam contra Drake, regressado do reino dos mortos e desejoso de acabar com aquilo que ele e Sam deixaram por concluir. Entretanto, e à semelhança do próprio fogo, há boatos que alastram, espalhados pela Profetisa, Orsay, e pela sua companheira, Nerezza. A¿rmam que a morte é um meio de fugir da ZRJ. 
As condições são piores do que nunca, e os jovens estão desesperados por sair. Mas estarão suficientemente desesperados para acreditarem que a morte os poderá libertar?"

Título: "Números: Luta contra o tempo"
Autor: Rachel Ward
Editora: Vogais
Lançamento: Já Disponível
Sinopse (Fnac.pt): "Se soubesses o dia da morte das pessoas mais importantes da tua vida, o que farias? Jem Marsh esconde um poder espantoso, mas terrível: sempre que olha alguém nos olhos, vê a data da morte dessa pessoa. Órfã, com uma família adotiva que não a compreende, e rejeitada pela escola, vive permanentemente em luta com o seu destino. Mas, quando se apaixona por Spider, tudo muda. Jem compreende então que, mesmo sendo diferente, é possível ser feliz.
Um dia ao encará-lo nos olhos, Jem apercebe –se de que a morte de Spider está muito próxima, relacionada com um terrível atentado em Londres! Conseguirá Jem mudar o destino do seu namorado — e transformar a sua própria vida?"

Título: "Desejada"
Autor: P.C. Cast
Editora: Asa / 1001 Mundos
Lançamento: 2 de Julho de 2012
Sinopse (Wook): "Lina é proprietária de uma padaria Gourmet em Tulsa mas, infelizmente, o negócio não está a correr como esperado e ela precisa de um plano. Quando tropeça, acidentalmente, num livro de culinária italiana da deusa, Lina não consegue deixar de pensar que encontrou a solução para os problemas, mesmo que isso implique invocar uma deusa para salvar o seu negócio. Em breve, Lina encontra-se cara a cara com Deméter, que tem o seu próprio plano. Ela propõe que Lina troque a alma com Perséfone, a deusa da primavera, que irá dar uma nova vida à padaria. Em troca Lina terá que repor a ordem no submundo. 
Depois de ocupar o corpo de encantadora Perséfone, Lina, cujos problemas eram massa azeda e segundos encontros, tem agora assuntos maiores em mãos, como levar a primavera ao mundo dos espíritos. Mas, quando o belo e perigoso Hades acende uma chama no seu coração, Linda não pode deixar de se interrogar se o senhor do submundo não será o homem dos seus sonhos…"