It's Monday! What are you reading?

Esta semana continuo embrenhada na saga épica de FitzCavalaria, da autoria da talentosa Robin Hobb. Já vou no último livro!


Quanto a posts, houve vários, incluindo duas opiniões sobre a série acima mencionada:
Rubrica da autoria de The Book Journey.

Opinião: A Vingança do Assassino (Robin Hobb)

A Vingança do Assassino by Robin Hobb
Editora: Saída de Emergência (2010)
Formato: Capa mole | 441 páginas
Géneros: Fantasia
Descrição (GR): "FitzCavalaria renasce dos mortos graças à magia desprezada da Manha, mas a sua fuga das garras da morte deixou-o mais selvagem do que humano. Os seus velhos amigos têm que ensiná-lo a ser um homem de novo, e depois deixá-lo escolher o seu próprio destino. Incapaz de esquecer a tortura a que foi submetido às mãos do príncipe usurpador, Fitz planeia vingança enquanto recupera a sua alma e sanidade. Até ao momento em que o seu verdadeiro rei o chama para o servir numa missão misteriosa com consequências inimagináveis. Numa terra arruinada pela ganância e crueldade onde Fitz se tornou uma lenda temida, ele fará tudo para restaurar a verdadeira regência nos Seis Ducados. Mas primeiro terá que escapar dos seus inimigos que lhe movem uma perseguição sem quartel…"
AVISO: Spoilers (mínimos).
"A Vingança do Assassino" é o quarto livro da série "A Saga do Assassino" e corresponde (se não estou em erro) à primeira metade do terceiro livro da trilogia original (cujo título é "The Assassin's Quest"). Penso que o principal problema aqui é que o título é um bocado enganador... uma pessoa lê "A Vingança" e pensa logo que o nosso herói, Fitz, vai andar por aí a utilizar as suas habilidades como assassino para se vingar do rei traidor Majestoso e dos seus pérfidos (mwahahah) seguidores.

O que de facto acontece, pouco ou nada tem a ver com isto. Por isso, creio que o título original faz mais sentido ("A Demanda do Assassino" - eu sei, eu sei, esse é o título do último, mas pronto). Este quarto livro é mais introspetivo e apoia-se mais no clássico enredo dos livros de fantasia: a viagem, a demanda em busca de algo. É um livro mais parado, com poucos momentos de ação onde Fitz vai modelando a sua personalidade, descobrindo quem é, lutando contra os seus impulsos (de criança) de simplesmente se atirar contra os seus inimigos estilo Kamikaze e, em vez disso, pensa mais a longo prazo.

No fundo, este livro foca-se mais no desenvolvimento das personagens principais (menos o Bobo, que está notoriamente ausente... snif), no crescimento do Fitz e de Olhos-de-Noite, no seu amadurecimento e na diversificação das suas experiências.

O vilão, Majestoso, continua a ser bastante simplista e na sua construção, dando a ideia de não passar de um rapazinho mimado (pensem no Joffrey Baratheon, mas adulto e mais sedutor em companhia) e não consigo perceber Vontade e os seus colegas de círculo muito bem, pelo que os considero igualmente simplistas apesar de autora sugerir que há mais por detrás da sua lealdade aparentemente cega a Majestoso. Este é um dos pontos fracos desta série: as motivações dos "vilões" nunca são claramente explicadas; nem sequer nos é dito que são assim porque são pura e simplesmente ambiciosos. Os vilões são vilões porque... são vilões e o seu objetivo é criar conflito para que os heróis da trama possam brilhar. Not cool.

Neste livro, descobrimos também um pouco sobre a Manha e conhecemos outras pessoas que a utilizam. Ficamos a perceber um pouco melhor a relação entre Fitz e Olhos-de-Noite, o laço que os une e como esta capacidade, esta magia, é vista com desconfiança e medo enquanto o Talento (que me parece no fundo, mais invasivo e perigoso) é visto como um poder nobre. A força das perceções é descrita muito claramente neste livro.

No geral, mais uma excelente adição à série. Este livro segue o esquema mais comum do livro de fantasia épica, com a "demanda", a "busca" de Fitz, tanto por um lugar onde pertença como pelo seu rei Veracidade. É um livro de ligação, que estabelece fortemente a personalidade dos protagonistas, Fitz e Olhos-da-Noite e prepara tudo para uma conclusão que se adivinha épica. Não tem tanta ação como os outros livros mas gostei.

Aquisições da Semana (46)

Não contava comprar mais livros durante algum tempo, mas a Fnac está com uma Feira do Livro e ontem TODOS os livros tinham 20% de desconto... por isso comprei este, que não é o meu género normal, mas no qual decidi arriscar...

Quando te vejo - Beth Kery

Rubrica baseada em In my Mailbox.

Opinião: A Corte dos Traidores (Robin Hobb)

A Corte dos Traidores by Robin Hobb
Editora: Saída de Emergência (2009)
Formato: Capa mole | 348 páginas
Géneros: Fantasia
Descrição (GR): "Os Seis Ducados estão mais vulneráveis do que nunca. Enquanto o príncipe herdeiro combate os Navios Vermelhos com a sua frota e a força do seu Talento, o rei Sagaz enfraquece a cada dia com uma misteriosa doença e bandos de Forjados dirigem-se para Torre do Cervo matando todos pelo caminho.
Mais uma vez, Fitz é chamado para servir como assassino real. Mas o jovem esconde outro segredo: ninguém pode saber que formou um vínculo com um jovem lobo através da magia proibida da Manha e, se for descoberto, arrisca-se a uma sentença de morte.
Quando o príncipe herdeiro embarca numa perigosa missão para pôr fim à ameaça dos Navios Vermelhos, a corte é entregue nas mãos do príncipe Majestoso que tem os seus próprios planos maquiavélicos para o reino. Cabe ao jovem bastardo proteger o verdadeiro rei numa corte prestes a revelar a face dos traidores num clímax memorável."
Neste terceiro volume de A Saga do Assassino, Fitz e o rei expectante Veracidade têm de lutar não apenas contra os misteriosos Navios Vermelhos mas contra as intrigas de Majestoso que de uma forma nada subtil vai tentando aproximar-se cada vez mais do trono.

A segunda metade do segundo volume de The Farsee Trilogy traz-nos de volta a Torre do Cervo. Fitz está agora completamente enredado nas intrigas da corte, que incluem as maquinações de Majestoso. Gostei ainda mais (se possível) deste volume, que se centrou nas já referidas intrigas. Apesar das mesmas serem algo óbvias e de quase todos aqueles que eu esperava se terem revelado "vilões", gostei de ler sobre o jogo de danças e contradanças entre os partidários de Veracidade e de Sagaz e os de Majestoso.

Fitz ganha lentamente protagonismo na sua própria série, afirmando cada vez mais a sua personalidade e lealdade a certos conceitos que lhe foram incutidos por Castro em livros anteriores. Como a narrativa é na primeira pessoa conseguimos ver todos os passos da evolução de Fitz, os seus pensamentos, os seus medos e as suas esperanças.

É também neste terceiro volume que a magia de Fitz (a Manha) se vai desenvolver mais e que ele dá mais alguns passos relativamente ao Talento. Devo dizer que gostei bastante de obter mais informações sobre estes tipos de magia.

Tal como desejava no volume anterior, Kettricken teve um papel mais ativo na narrativa, o que foi bastante bom, uma vez que ela continua a ser uma personagem muito interessante. Quanto ao Bobo, teve um papel mais secundário neste livro e devo dizer que pensei que foi um bocado irritante apesar de continuar com curiosidade acerca das suas capacidades.

O final foi... previsível nalguns aspetos, imprevisível noutros.

No geral, uma obra de leitura compulsiva que apresenta um soberbo desenvolvimento das personagens e um enredo mais intrincado e interessante do que os livros anteriores. Estou com bastante curiosidade relativamente aos Antigos e aos Navios Vermelhos, que ainda não foram explorados pela autora. Fantasia no seu melhor.

Nota sobre a tradução: Devo dizer que as traduções destes livros me agradaram em geral. Por vezes dou com termos completamente estranhos nas traduções, mas estas fluem bastante bem, o que é uma agradável surpresa.

Opinião: A Guerra Eterna (Joe Haldeman)

A Guerra Eterna by Joe Haldeman
Editora: ASA (2014)
Formato: Capa mole | 340 páginas
Géneros: Ficção Científica
Descrição: "Em 1997 a Terra entra pela primeira vez em contacto com os extraterrestres tauranos. Este encontro marca o início de uma guerra impiedosa. As autoridades terrestres decidem enviar um contingente de elite, e preparam um programa de treino quase inumano, destinado a produzir soldados capazes de aguentar tudo.
William Mandella é um desses soldados.
A fim de viajar até à frente de batalha, os soldados têm de atravessar portais chamados collapsars, que causam uma distorção espáciotemporal, fazendo com que o tempo subjetivo da nave seja mais lento que o tempo «real» do universo. Ou seja, quando Mandella regressa a casa após dois anos, quase três décadas passaram na Terra. E conforme viajam para mais longe, maior é a dilatação, passando de décadas para séculos inteiros.
A luta mais cruel que estes soldados terão de travar será a sua batalha pessoal contra o tempo."
(A edição lida está em inglês, mas apresentam-se os dados da portuguesa).

Sinceramente, não sei dizer o que se passa comigo e com a ficção científica ultimamente. Sempre gostei deste género, quero gostar deste género e quero ler mais obras deste género (o que tenho feito recentemente), mas por alguma razão ou tenho azar ou já li a minha conta de obras de ficção científica porque nem sequer deste livro, que é supostamente um clássico do género, consegui gostar particularmente.

Não sei se alguém me vai cair em cima por não ter "percebido esta obra" que aparentemente tem a ver com as experiências do autor na Guerra do Vietname. A mensagem geral parece-me bastante clara e até concordo com ela (diferenças culturais que causam guerras desnecessárias, yadda, yadda), mas a "execução" deste livro foi demasiado nonsense para mim nalgumas partes.

Ok. Estamos em 1996 (não nos esqueçamos que o livro foi escrito em 1975) e os seres humanos descobriram uma série de portais "a la Stargate" (exceto que estes são ocorrências naturais) que lhes permitem fazer passar naves para outros pontos da galáxia. Como somos seres curiosos, a Humanidade decide ir onde nenhum homem, mulher ou chimpanzé foi antes e estabelecer colónias em planetas próximos dos portais. Mas dão de caras com outra espécie, os tauranos. E assim começa uma guerra interminável de 1000 anos que nos é narrada por Mandella, o nosso protagonista. Devido à relatividade do tempo em diversos pontos do espaço (ou algo do género, alguém que saiba mais que me corrija), Mandella está presente durante a primeira e a última batalha desta guerra.

A primeira campanha de Mandella tem lugar em 1997, quando os humanos vêem pela primeira vez os tauranos. É uma carnificina. E depois... bem, depois temos o Mandella a andar de um lado para o outro em naves. De vez em quando volta para a Terra, onde se passaram algumas centenas de anos (enquanto para ele se passou um ano ou algo do género, Relatividade, etc e tal). Quando aí está ele reflete nas mudanças da sociedade; depois é de novo empurrado para o conflito e temos muitas descrições de acelerações de desacelerações das naves, de pessoas a entrarem em tanques para se protegerem, termos técnicos atirados de um lado para o outro e algumas batalhas.

E vira o disco e toca o mesmo. Quando ele chega perto da Terra já mudou tudo outra vez.

Devo dizer que esta dinâmica, a passagem do tempo no livro, foi o que mais me agradou em "A Guerra Eterna". Gostei muito de ler sobre isso, achei interessante se bem que não percebo de todo a teoria por detrás deste fenómeno. Seja como for, gostei de ver como a sociedade humana evoluía de cada vez que Mandella os encontrava.

O que me desagradou foi o sexismo e a homofobia presentes. Ok, esta obra é de 1975... mas podemos se faz favor ter uma mente aberta? Que tal. Quando li que as mulheres eram obrigadas pelo exército e pela lei a ter sexo com os seus colegas masculinos (para os satisfazerem, presumo, porque coitados, ali fechados sem companhia feminina, temos de ser compreensivos, os desejos das mulheres que se lixem) ia atirando com o Kobo à parede. E tipo, transformar toda a gente em homossexuais como forma de contraceção? Ahahahah! Como se as pessoas homossexuais não quisessem ter filhos. Please. E dizer que ser heterossexual era o equivalente a ser sociopata? Achei estas partes do livro tão idiotas, que me estragou a leitura do resto.

Quanto às personagens, devo dizer que não consegui sentir empatia por nenhuma delas. Mandella... sou-lhe totalmente indiferente, a sua narrativa era tão pouco emotiva que o destino da personagem não me interessou minimamente.

E quanto à guerra com os tauranos? Secundária (o que, num livro que supostamente está a tentar fazer ver como certas guerras podiam ser evitadas, me parece bastante grave). Os combates são a única vertente explorada no livro, as motivações e os tauranos enquanto raça nunca recebem qualquer atenção. Não ajuda em muito a mensagem "Guerra é má, especialmente quando é desnecessária". A não ser que seja suposto percebermos isso pelo caso esquisito de Síndroma de stress pós-traumático das personagens.

No geral? Não gostei assim muito. A premissa é gira e tal, mas clássico da ficção especulativa ou não (e prémios Nebula e Hugo ou não), não gostei particularmente da história. Enfim, gostos. Suponho que o devo aconselhar a quem gosta de ficção científica...

It's Monday! What are you reading?

Na segunda-feira passada esqueci-me completamente de publicar esta rubrica por isso os posts apresentados em baixo correspondem a duas semanas. E agora, sem mais delongas... o que estou a ler (não agora, precisamente, mas enfim), nesta segunda-feira cinzenta e deprimente. *sigh*


E eis os posts das duas últimas semanas... 

Opinião: O Punhal do Soberano (Robin Hobb)

O Punhal do Soberano by Robin Hobb
Editora: Saída de Emergência (2009)
Formato: Capa mole | 364 páginas
Géneros: Fantasia
Descrição (GR): "Fitz mal escapou com vida à sua primeira missão como assassino ao serviço do rei. Regressa a Torre do Cervo, enquanto recupera do veneno que o deixou às portas da morte, mas a convalescença é lenta e o rapaz afunda-se na amargura e dor. O seu único refúgio será a Manha, a antiga magia de comunhão com os animais, que deve manter em segredo a todo o custo. Enquanto recupera, o reino dos Seis Ducados atravessa tempos difíceis com os ataques sanguinários dos Navios Vermelhos. A guerra é inevitável e preparam-se frotas de combate para enfrentar o inimigo, mas o rei Sagaz não viverá por muito mais tempo. Sem os talentos de Fitz, o reino poderá não sobreviver. Estará o assassino real à altura das profecias do Bobo que indicam que o rapaz irá mudar o mundo?"
"O Punhal do Soberano" constitui a primeira parte do segundo volume da série The Farsee Trilogy.

Depois de mal sobreviver aos acontecimentos no Reino da Montanha, Fitz, filho bastardo do príncipe Cavalaria regressa aos Seis Ducados para servir o seu rei. Mas depara-se com um reino mudado: Moli, o seu amor de infância desapareceu, o rei Sagaz está doente e a rainha expectante, Kettricken, definha confinada a uma cultura diferente daquela a que está habituada. Majestoso recuperou o seu lugar na corte, apesar das suas intrigas, o Bobo continua tão misterioso como sempre e a ameaça dos Navios Vermelhos paira sobre Torre do Cervo.

Se o primeiro livro foi na sua generalidade um livro de introdução, em que assistimos ao crescimento de Fitz desde a infância, à formação de relacionamentos e amizades e ao seu treino como assassino, em "O Punhal do Soberano" temos um Fitz à beira da vida adulta (apesar de ser um bocado obtuso, coitado) que começa a ver-se envolvido muito mais ativamente nas tramas da corte.

Foi exatamente por isso que este livro me agradou mais do que o primeiro. No primeiro livro tudo me pareceu um bocado juvenil e inconsequente; neste, Fitz começa aos poucos a participar na vida do rei e do herdeiro e a ter um papel protetor muito mais vincado.

Mais uma vez, foram as personagens o ponto forte deste livro. Gostei imenso de Kettricken, a esposa de Veracidade, apesar de ter achado que a autora podia ter feito muito mais com ela (e se calhar ainda fará, quem sabe); comparativamente a Veracidade, ela é bem mais carismática e interessante de seguir. Tenho pena que Hobb não tenha explorado algumas das personagens interessantes que compõem o rol desta série, como Paciência e a sua aia. Fitz, apesar de não ser uma personagem irritante, per se é demasiado "Gary Stu" (ou seja especial, com super poderes que mais ninguém tem) para o meu gosto e ainda não se afirmou decisivamente como protagonista.

Gostei bastante de Veracidade neste livro, achei que está a dar mostras de ser uma personagem interessante. E, claro, o Bobo é genial.

Também gostei do facto de a autora nos ter dado mais informações sobre o Talento, a Manha e o processo de Forjamento. Gosto do facto deste mundo ter magia mas esta ser subtil e não composta de feitiços e bolas de fogo, apesar de não ser subtil o suficiente para quase não ter um papel na história (eu cá gosto da minha fantasia com magia, o que querem?).

Esta é uma série que começou bem e tem potencial para se tornar ainda melhor. Estou com imensa curiosidade sobre os Ilhéus, sobre os Antigos e sobre o destino de todas as personagens que Hobb nos deu a conhecer. Uma série a não perder para quem gosta de fantasia.

Lançamento: A Guerra Eterna de Joe Haldeman

É hoje o lançamento de uma obra de ficção científica que tenho bastante curiosidade em ler! A Guerra Eterna de Joe Haldeman, que foi publicado pela primeira vez em 1975 e que e que é novamente publicado em Portugal (em 2014) pela ASA.

EDIT: como descobri da pior maneira quando tentei comprar o livro, o lançamento é, afinal, no dia 25 de março (apesar de estar anunciado noutros lados que é no dia 18...). Esta mania das editoras portuguesas de fazerem segredo até à última. Meh.


Opinião: Unequal Affections (Lara S. Ormiston)

Unequal Affections by Lara S. Ormiston
Editora: Skyhorse Publishing (2014)
Formato: Capa dura | 352 páginas
Géneros: Romance histórico
Descrição: "When Elizabeth Bennet first knew Mr. Darcy, she despised him and was sure he felt the same. Angered by his pride and reserve, influenced by the lies of the charming Mr. Wickham, she never troubled herself to believe he was anything other than the worst of men--until, one day, he unexpectedly proposed.Mr. Darcy's passionate avowal of love causes Elizabeth to reevaluate everything she thought she knew about him. What she knows is that he is rich, handsome, clever, and very much in love with her. She, on the other hand, is poor, and can expect a future of increasing poverty if she does not marry. The incentives for her to accept him are strong, but she is honest enough to tell him that she does not return his affections. He says he can accept that--but will either of them ever be truly happy in a relationship of unequal affection?
Diverging from Jane Austen's classic novel Pride and Prejudice at the proposal in the Hunsford parsonage, this story explores the kind of man Darcy is, even before his "proper humbling," and how such a man, so full of pride, so much in love, might have behaved had Elizabeth chosen to accept his original proposal."
Primeiras impressões: Esta senhora tem uma cara muita creepy. Mas pronto.

Sendo eu uma grande fã do clássico Orgulho e Preconceito, foi com altas expetativas que abri este livro, intitulado Unequal Affections: A Pride and Prejudice Retelling. Tal como o nome indica, este livro explora uma vertente diferente da obra mais famosa de Jane Austen, pegando num acontecimento e mudando os subsequentes de forma a responder a um dos muitos "E ses" que cada leitor formula depois de terminar uma obra.

Neste caso, Lara S. Ormiston, pega na primeira proposta de Mr. Darcy, em Hunsford e imagina o que teria acontecido se Elizabeth Bennet a tivesse aceitado em vez de a recusar. Embora a premissa me tenha parecido um pouco contra a personalidade da personagem (pois Elizabeth criticou a sua amiga Charlotte por se ter casado por "razões mercenárias"), resolvi abstrair-me deste facto e ver o que a autora faria com esta premissa. Afinal, avizinhava-se um casamento arranjado e o meu casal fictício favorito estava envolvido... o que mais podia querer?

Devo dizer que gostei bastante desta leitura. Ormiston explora em profundidade os temperamentos de Mr. Darcy e de Elizabeth Bennet sem que eles tenham sofrido a reviravolta que Austen lhes dá, após Hunsford, no livro original. Elizabeth aceita a proposta de Darcy e ambos terão de conviver durante o período de noivado.

Isto significa que o orgulho e intransigência de Darcy, sem o inflamado discurso que Elizabeth profere no livro original, continuam intocados e é através de conversas e convívios que Elizabeth e Darcy se começam realmente a conhecer enquanto pessoas. É fascinante ver como Mr. Darcy é um homem bem intencionado mas orgulhoso e que a sua maneira de ser acaba por ofender a Elizabeth. É também bastante interessante ver como Elizabeth ajuda Darcy a conhecer-se a si próprio e a tornar-se menos inflexível. Por outro lado, Elizabeth aprende que Darcy não é tão horrível como ela pensava, sendo até um bom homem. E sente-se culpada por ter aceite a proposta e por o estar a magoar, e por ter traído os seus princípios.

Não vou dizer que gostei mais deste livro do que de Orgulho e Preconceito, até porque são obras diferentes. Mas tenho de admitir que o facto de Mr. Darcy não ter mudado da noite para o dia e de o casal ter tido de se conhecer muito melhor antes de Elizabeth se apaixonar foi refrescante.

No geral, uma reformulação da obra original de que gostei bastante e que recomendo a qualquer fã da obra.

Opinião: Influx (Daniel Suarez)

Influx by Daniel Suarez
Editora: Penguin Group (2014)
Formato: e-book | 353 páginas
Géneros: Ficção científica, Mistério/Thriller
Descrição (GR): "What if our civilization is more advanced than we know?
Are smart phones really humanity's most significant innovation since the moon landings? Or can something else explain why the bold visions of the 20th century--fusion power, genetic enhancements, artificial intelligence, cures for common disease, extended human life, and a host of other world-changing advances--have remained beyond our grasp? Why has the high-tech future that seemed imminent in the 1960's failed to arrive?
Perhaps it did arrive...but only for a select few.
Particle physicist Jon Grady is ecstatic when his team achieves what they've been working toward for years: a device that can reflect gravity. Their research will revolutionize the field of physics--the crowning achievement of a career. Grady expects widespread acclaim for his entire team. The Nobel. Instead, his lab is locked down by a shadowy organization whose mission is to prevent at all costs the social upheaval sudden technological advances bring. This Bureau of Technology Control uses the advanced technologies they have harvested over the decades to fulfill their mission."
Deixem-me dizer-vos como me deparei com este livro... não, esperem... já não sei. Por qualquer razão, vim parar à página de "Influx" e quando dei por mim tinha o livro no Kobo. Quer dizer, a premissa parecia bastante interessante: uma agência secreta que tem "protegido" a Humanidade das descobertas científicas desenfreadas, que poderiam, eventualmente, causar um colapso económico/social, se reveladas na altura em que foram descobertas. Parece fixe, certo.

Errado, errado, errado!

Se algumas vezes fico a pensar se ler críticas antes de ler o livro não estraga a leitura, outras (como neste caso), fico absolutamente convencida de que é vital. Se eu tivesse lido críticas, não tinha perdido uma semana da minha vida a ler um livro que a) é um thriller (eu eu não morro de amores pelo género); b) está mal escrito e c) tem as personagens mais... genéricas e desinteressantes que se podem imaginar.

Comecemos pelo enredo. Jon Grady, um gajo qualquer, inventa um "espelho de gravidade". Depois de uma explicação pesadíssima sobre o que isso é (só meia dúzia de pessoas é que provavelmente percebem aquela salganhada técnica e científica toda) - o autor nunca deve ter ouvido dizer que convém que todos os leitores percebam o que se passa e não apenas os doutorados em Física Quântica e afins - aparecem uns gajos que raptam o nosso herói (yawn) e o levam para uma prisão high-tech onde se põem a fazer experiências. Ele acaba por escapar e claro, vai lutar contra o sistema.

Entretanto há uma gaja boa, que é totalmente mais perfeita do que a perfeição porque foi geneticamente modificada ou lá o que é. Essa gaja é supostamente inteligente mas parece que o cérebro dela tirou umas férias durante alguns anos, porque não se apercebe que trabalha para uma organização MALÉFICA! :P

E depois há... 365 personagens diferentes, algumas importantes para o enredo e outras nem por isso, mas toda a gente aparece e tem capítulos (às vezes apenas parágrafos). A mudança constante de pontos de vista é confusa, irritante e completamente desnecessária. Porquê introduzir o ponto de vista de uma personagem que vai morrer 50 páginas mais tarde?

Mesmo dentro de um capítulo, o ponto de vista muda ao acaso. Uma frase poderá começar "Grady olhou para cima e viu um avião", mas o parágrafo seguinte já começa com "Alexa sentou-se e respirou fundo". Ou seja, não há coesão narrativa, não temos a perspetiva completa de uma, ou vá, diversas personagens, mas sim pontos de vista aleatórios e fraturados que mudam de parágrafo para parágrafo.

As personagens são... horríveis. Estereotipadas e muito pouco humanas, é quase impossível sentir empatia ou ligação com elas ou mesmo entre elas.

No geral, não foi um livro assim muito bom. A premissa prometia, mas ficou-se mesmo só pela promessa.

Aquisições da Semana (45)

Não consegui resistir mais à Amazon e esta semana comprei mais uns livrinhos, incluindo o "Beauty", do qual ouvi falar muito bem. ^__^






Beauty - Robin McKinley
Scarlet - A.C. Gaughen
Unequal Affections - Lara Ormiston

Baseado na rubrica In my Mailbox.

It's Monday! What are you reading?

Bem, eu comecei a ler o Tigana, mas (e sei que vou proferir uma opinião pouco popular) não consegui entrar na leitura. A escrita do autor é derivativa e algo secante. Li 80 páginas e não aconteceu nada! Por isso desisti. Já uma vez comecei a ler Os Leões de Al-Rassan e também aí a escrita me fez parar... por isso provavelmente o defeito é meu e não dos livros. De qualquer modo, estou aqui para apresentar o livro que estou a ler... Influx.

Influx - Daniel Suarez

Quanto a posts, houve algumas, e foram variadas. Tivemos lançamentos e opiniões na semana passada e uma Leitura conjunta!
Rubrica da autoria de The Book Journey.

Discussão: The Mysterious Death of Miss Austen (Lindsay Ashford)

A White Lady do Este meu cantinho e eu arriscámo-nos a mais uma leitura conjunta. Desta vez, o livro escolhido foi "The Mysterious Death of Miss Austen" (A morte misteriosa de Miss Austen), um livro que esperávamos que fosse um mistério histórico. Eis as nossas impressões.

The Mysterious Death of Miss Austen de Lindsay Ashford
Editora: Honno Press (2011)
Formato: e-book | 320 páginas
Géneros: Ficção histórica, Mistério/Thriller
Descrição (GR): "When Jane Austen dies at the age of just 41, Anne, governess to her brother, Edward Austen, is devastated and begins to suspect that someone might have wanted her out of the way. Now, 20 years on, she hopes that medical science might have progressed sufficiently to assess the one piece of evidence she has - a tainted lock of Jane's hair. Natural causes or murder? Even 20 years down the line, Anne is determined to get to the bottom of the mysterious death of the acclaimed Miss Austen."
ATENÇÃO: Alguns Spoilers

WhiteLady: Woohoo! Nova leitura conjunta! A ver se não me acontece o mesmo que nas duas anteriores, em que não acabei os livros, mas devo dizer que não está famoso! xD Ainda só li 10% e já revirei um pouco os olhinhos. Fiquei com curiosidade quando no GR colocaste o status “As subtle as a train, so far. :P” e realmente quando comecei a ler verifiquei que subtileza não há. Parece haver, no entanto, é muito wishful thinking, daquele que fangirls fazem na medida em que se imaginam a ser importantes ou musas de escritores e actores *sonha acordada com o Tom Hiddleston* mas a autora parece mais do género “eu ajudei a Jane Austen a escrever uma peça de teatro… perdão, queria dizer a minha personagem… a minha personagem ajudou e pode ter desenvolvido outro tipo de relação…” Também há tell em demasia, nada de show, “eu fiz isto, a Jane fez aquilo, a Fanny escreveu isto”.
Jane Austen (1775-1817)
Fonte

Mas isto é as minhas impressões ao fim de, como disse, 10% do e-book.

slayra: Tive as mesmas impressões, deixa lá (nope, não é nada subtil a autora pois não?). Não sei bem a percentagem do livro que li porque a minha versão tem mais páginas do que as listadas no GR, mas até agora não me parece nada de especial. O motivo que se avizinha para o “assassinato”... erm… é pobrezito. O_O Mas bem, a escrita é muito viciante. :/ De qualquer modo não estou a ver bem como a direção da narrativa está a ajudar a solucionar o “mistério”. A autora passa mais tempo a analisar os sentimentos da protagonista pela Jane Austen do que a desenvolver o tal motivo que levará à “misteriosa morte da Miss Austen”. Mas pode ser que melhore. 

O mistério está a parecer-te interessante? Para o discutir, tenho de escrever alguns SPOILERS: Li agora cerca de metade e tudo o que a protagonista tem são suspeitas… ela suspeita que o Henry seja um mulherengo e que tenha uma prole de filhos ilegítimos com as mulheres dos irmãos… sinceramente não sei se valeria a pena matar por isto? Mas também, convém ter em conta a época, suponho. Seria um escândalo doido.

O que me está a agradar mais neste livro é a escrita. Acho que é… envolvente. 
Godmershan Park (Kent), casa de Edward Austen Knight,
irmão de Jane Austen (Fonte).

White_Lady: Realmente, apesar de não gostar assim tanto da escrita, ela é verdadeiramente viciante, ainda que não tenha sido capaz de vencer o meu sono, mas vai daí, poucos autores conseguem vencer o meu sono. O meu problema com a escrita é o tell em vez do show, mas acredito que seja difícil mostrar mais quando a narradora é a protagonista. E uma protagonista self-absorbed que passa mais tempo a suspirar pela Jane e a conjecturar coisas do que propriamente a tomar decisões. Mas yay que lá tomou uma e estou a ler as consequências disso! \o/ Basicamente vou a meio do livro. :P

E não, o mistério não é de todo interessante porque parece tão óbvio! Aquilo quase que não são suspeitas, são factos. Parece que só estão à espera que realmente o Henry ou a Elizabeth gritem aos berros “SIM, ANDAMOS A FAZER FILHINHOS NAS COSTAS DE TODA A GENTE!” O_o Se dá em escândalo, sem dúvida, mas sem ADN e testes de paternidade, seria assim tão difícil ludibriar os outros e dizer que Jane e Anne Sharp estariam erradas? Afinal de contas o Henry é irmão do Edward… Assumo que os dois sejam bastante parecidos, aliás a autora alude várias vezes a como Henry e Jane são parecidos. Mesmo que Edward e Henry não sejam a cara chapada um do outro haverá parecenças, a não ser que um deles também seja apenas meio irmão do outro, terá Mrs Austen andado a brincar aos médicos com outro para além do Mr Austen? :/ Não estamos propriamente a falar dos Lannisters loiros e dos Baratheon morenos… E se isto é válido para matar, epá acho que não, porque lá está parece-me fácil desmentir as duas se Henry e Elizabeth não forem apanhados em flagrante, mas espero que haja uma reviravolta qualquer.

Mas continuando a falar em escândalo, na altura as mulheres tomavam banho de mar despidas?! O_o Entendo os homens, tinham mais liberdade e tal, mas as mulheres? Nem sequer uma camisa quando até em casa era tudo tapado? Acho um pouco demais e algo vanguardista para a Jane Austen tomar banho despida… E a protagonista a pensar se a Jane está solteira pelo mesmo motivo que ela?! Props para a autora por fazer a sua protagonista, aparentemente, ter mais que uma girl crush pela Austen, ainda que com a subtileza de um elefante numa loja de cristais! Acho que talvez seja até mais por isto que estou a ler, não que ache que a Jane corresponda aos sentimentos, mas por explorar (ainda que muito superficialmente) como seria a vida de uma moça atraída por outras moças.

Okay, até agora pensava que era só com a Elizabeth, afinal ele anda com duas cunhadas... *massive eye roll*

slayra: Não faço ideia relativamente a tomarem banho despidas. Mas como era num espaço completamente fechado, talvez? Sempre pensei que, pelo contrário, tomassem banho vestidas. 
Página da primeira edição de
Orgulho e Preconceito (Fonte)
Sim, a exploração desse lado da vida no século XIX até pode ser interessante e como as pessoas viam a sexualidade, como entrava a religião nisto tudo e tudo o mais (mas a autora nem sequer vai por aí), mas tendo em conta que isto é um mistério, esperava que se focasse noutra coisa (como por exemplo, no mistério). :P Acho que há muita angústia por parte da protagonista, toda “Oh woe, a Jane não gosta de mim, choro, ranho, ai ela tocou-me no braço que felicidade, já posso morrer feliz.” E lá mais para o fim torna-se verdadeiramente “creepy” com a protagonista a falar com o fantasma da Jane. Ugh. Obsessive, much? E o mistério, hein? Esse que se lixe. Este livro devia chamar-se “A minha história pessoal com Jane Austen, em que ela eventualmente morre numa idade perfeitamente normal para a época mas que eu acho estranho”. :P

Esse Henry é um safado. Anda com as gajas todas. Mas como disseste, não estou a ver que seja motivo para homicídios. Mas pronto, é ler até ao fim, porque é só no fim (nas últimas 90 páginas, talvez), que o livro se começa a focar no tal mistério que nos prometeram. E o meu e-book tem 403 páginas. 403!

White_Lady: 403? O meu tem 298… O_o E LOL para o título. xD Mas realmente isto é wish fulfillment na sua máxima expressão, parece uma fanfic em que o OTP é Eu/Autora. É interessante ver o que a Jane Austen, figura e livros, cria à sua volta: filmes, retellings (com ou sem zombies e criaturas marinhas), fanfics com o seu nome ou personagens… O dinheiro que ela poderia ter feito em royalties em vez de andar a contar tostões e mudar de casas em Bath! :P

slayra: Bastava ter vivido noutra época e estaria milionária! Seria o equivalente da JK Rowling ou da EL James.  xD Sim, realmente. O que me incomoda acerca do livro é que estas pessoas existiram mesmo. E são personalidades relativamente recentes. A autora do livro está a imputar-lhes falhas muito graves, acusando-os de adultério e assassínio. Sei que é apenas ficção, mas faz-me um bocado de espécie. E o tom “Woe be me” da protagonista também não ajuda. No fundo muito pouco acontece em todo o livro. Temos a protagonista, a Jane Austen, a família da Jane Austen e dias passados a ensinar crianças, a tomar conta de pessoas idosas e em Bath. E só quase no fim é que se fala realmente do mistério. Enfim, não digo que não tenha gostado do livro qb, mas não é nenhuma maravilha… :P

White_Lady: Peço imensa desculpa estar a demorar tanto a ler, mas cansaço! Realmente, só agora (cerca de 75% do livro) é que a coisa parece estar a ganhar ímpeto. E posso dizer o quanto o tempo, os anos que passam, me está a fazer confusão? É que de um momento para o outro parece que passaram 10 anos! O_o

Sim, as falhas de carácter também me estão a fazer comichão e diga-se que nem a Jane Austen se escapa. Eu sei que a autora está a tentar fazer passar a veia crítica da autora em relação à sociedade devido às suas obras e para fazer a personalidade da Jane sobressair como independente e mais moderna que as restantes, mas ontem enquanto lia pareceu-me mesquinha. :/ Só tem coisas boas a dizer da nossa protagonista *revira olhinhos* e, eventualmente, da sua irmã Cassandra.

slayra: No problem. Pois é, o tempo no livro é irregular… e sim, a Jane é um bocado mazinha algumas vezes.

Também me pareceu que o livro se centra em coisas muito triviais e não no mistério… é uma sinopse enganadora.

Então e agora que acabaste o que achaste? No geral? Eu confesso que me senti bastante aliviada, a angústia emocional do livro estava a deixar-me cansada. Teria gostado de um maior ênfase no mistério, talvez porque era disso que estava à espera. :/

Anne Hathaway e James MacAvoy em
Becoming Jane.
White_Lady: Este foi um livro com altos e baixos, e mesmo os altos nunca chegam a ser tão altos assim. Sim, é um livro que cansa, não sei se pela angústia da protagonista ou por ela não ser minimamente interessante. É sempre alguém que observa de longe, faz assumpções com base no que vê e “acha que pode ser” sem realmente ir à procura de factos, esperando que os outros acenem com a cabeça para lhe darem ou não razão. E isso foi chato. Felizmente, quando se torna ativa, isto é quando confronta as pessoas, vê-se uma personagem mais assertiva, que teria sido muito mais interessante de acompanhar.

Também esperava que o mistério tivesse maior destaque mas acaba por ser uma consequência da verdadeira história do livro e por isso com muito pouco mistério à volta. E meu deus, serial killer não?! O_o A certa altura pensei “vão cair todos que nem tordos, não fica Austen para contar a história”. xD

No geral, não me convenceu. A história é minimamente interessante mas a caracterização das personagens deixa muito a desejar.

slayra: Também achei que a protagonista tem os seus momentos, mas são poucos. Ela é, no geral, muito passiva perante os acontecimentos. E o culpado não é assim tão difícil de determinar, por isso suponho que se ela se dedicasse sempre ao mistério, o livro não chegaria às 300 páginas.

De qualquer modo foi o primeiro livro que conseguimos terminar as duas e achar minimamente interessante… será que as leituras conjuntas vão por um novo caminho? xD Gostei mais ou menos.

White_Lady: LOL xD Vai melhorando a cada livro que lemos juntas. :D

Opinião: Aprendiz de Assassino (Robin Hobb)

Aprendiz de Assassino by Robin Hobb
Editora: Saída de Emergência (2009)
Formato: Capa mole | 382 páginas
Géneros: Fantasia
Descrição (GR): "O jovem Fitz é filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e cresce na corte do Rei Sagaz. Marginalizado por todos, o rapaz refugia-se nos estábulos reais, mas cedo o seu sangue revela o Talento mágico e, por ordens do rei, é secretamente iniciado nas temidas artes do assassino. Quando salteadores bárbaros atacam as costas, Fitz enfrenta a sua primeira e perigosa missão que o lançará num ninho de intrigas. E embora alguns o encarem como uma ameaça ao trono, talvez ele seja a chave para a sobrevivência do reino. Com uma narrativa povoada de encantamentos, heroísmo e desonra, paixão e aventura, o Aprendiz de Assassino inicia um das séries mais bem-amadas da fantasia épica."
"Aprendiz de Assassino" é o primeiro livro da Saga do Assassino (The Farsee Trilogy), que se centra na personagem (ou pelo menos o primeiro livro fá-lo) de FitzCavalaria, o filho bastardo do príncipe herdeiro dos Seis Ducados, Cavalaria. Filho de um príncipe cuja integridade é considerada ao extremo pelo povo, Fitz sofre o estigma de ser um filho bastardo e de ter, de certa forma, contribuído para a queda moral do pai.

A ação desenvolve-se num mundo "fantástico" bastante genérico, por agora. Temos os Seis Ducados, que estão constituídos mais ou menos como um mundo medieval feudal, umas ilhas cheias de piratas e o povo da montanha, que tem costumes vagamente asiáticos. Temos o habitual panteão de deuses e divindades mais ou menos presentes (neste caso, menos, até agora) e uma mitologia algo confusa que envolve Anciãos e uma linhagem de pessoas que possui um "Talento". Até aqui, nada de especial, certo?

O ponto forte são as personagens. Fitz é um rapaz sossegado e intrigante, mas para já não se evidencia muito. Personagens como Breu, a Dama Timo (eh), Paciência, o Bobo, Castro e mesmo os cães Ferreirinho e Narigudo, dão cor a este mundo que por enquanto não parece ter nada que o distinga de tantos outros reinos de fantasia.

O Bobo é uma das personagens mais enigmáticas, tanto pela sua aparência "diferente" (não dá bem para termos uma ideia, mas percebe-se que é diferente) como pela sua forma de falar e pelo mistério que o rodeia. Misteriosos são também os vilões deste livro, os Ilhéus que pilotam os Navios Vermelhos e transformam os seus reféns em pessoas sem alma.

Este volume começa com a infância de Fitz, como descobre a sua identidade e como é acolhido pelo Mestre dos estábulos, o Castro. E como depois é treinado nas artes do assassínio (aqui achei que a autora podia ter dado mais pormenor; a descrição do treino de Fitz é um pouco vaga). Tem, pois, um começo algo lento. As primeiras páginas não contêm acontecimentos de monta, fala-se apenas da infância semi-despreocupada de Fitz, da sua amizade com Castro e Narigudo e da descoberta do seu talento para a "Manha". Mas quando conhecemos Breu, o assassino da corte, tudo muda. A narrativa ganha vida, Fitz vai crescendo e vivendo e nós com ele.

Fiquei um bocado desapontada por nunca sabermos exatamente o que é o "Talento". Hobb parece deixar muito à imaginação dos leitores, dando muito pouca descrição sobre o aspeto das personagens e as características do "Talento" e da "Manha". Tenho esperanças que em livros posteriores ela desenvolva mais estas vertentes.

Em geral, um livro claramente introdutório mas que revela já linhas de ação intrigantes: quem é o Bobo? Quem são os Ilhéus e como conseguem "forjar" as pessoas? O que é na realidade o Talento e qual é a sua relação com a Manha? E qual será o destino de Fitz nos livros posteriores? Posso dizer que é um mundo que gostarei de revisitar. Uma série de fantasia a seguir.

Novidades da Saída de Emergência para março

Março é o mês de lançamento do segundo volume de "Tigana" de Guy Gavriel Kay. Saibam o que mais tem a SdE preparado para o mês de março... preparem as vossas carteiras, pessoal. Eu sei que vou preparar a minha, porque todos estes livros me interessam. O_O

Tigana - A voz da Vingança (Guy Gavriel Kay)
Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento: 21/03/2014
Sinopse (SdE): "Num mundo ricamente detalhado, onde impera a violência das paixões, Tigana é uma terra que clama por vingança e justiça. 
O príncipe Alessan e os seus companheiros puseram em marcha um plano perigoso para unir a Península de Palma contra os reis despóticos Brandin de Ygrath e Alberico de Barbadior, numa tentativa de recuperar Tigana, a sua terra natal amaldiçoada. 
Brandin é um rei maquiavélico e arrogante, mas encontrou em Dianora alguém à sua altura e está cativo da sua beleza e charme. Alberico está cada vez mais consumido pela ambição, cego a todas as ciladas em seu redor. 
Entretanto, o nosso grupo de heróis viaja pela Península, em busca de alianças e trunfos decisivos que podem mudar a maré da batalha a seu favor. Alessan está mais moralmente dividido que nunca, Devin já não é o rapaz ingénuo que era, Catriana apenas deseja redenção e Baerd descobre uma nova magia na Península. Conseguirá Tigana vingar a memória dos seus mortos? Ninguém consegue prever o fim nem as perdas que irão sofrer. Sacrifícios serão feitos, segredos antigos serão revelados e, para uns vencerem, outros terão forçosamente de tombar."
Noites Escaldantes (Sylvia Day)
Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento: 21/03/2014
Sinopse (SdE): "Há prazeres sensuais que só podem ser desfrutados durante a noite… 
Connor é um guardião dos sonhos e está presente em todas as fantasias eróticas de mulheres. Ao vaguear no mundo etéreo, oferece às mulheres prazeres inimagináveis. Mas ele sabe que um terrível perigo ameaça destruir o seu mundo, bem como o mundo dos mortais, e assim é forçado a viajar à terra… e cair nos braços da sedutora Stacey Daniels. 
Stacey sempre se sentiu atraída pelo tipo errado de homens e o homem musculado e de aparência viking que lhe surge à porta não é exceção. Mal consegue acreditar que o guerreiro ferido vem de outro mundo, um mundo onde sonhos eróticos são necessários para sobreviver, um mundo cheio de perigos que ele trouxe para a sua casa. Connor descobre conforto na paixão entre ambos e sente Stacey a render-se às suas promessas, mas apenas o tempo poderá dizer se isso será suficiente para derrotar o inimigo que o persegue…"
Cristo Clonado (J. R. Lankford)
Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento: 21/03/2014
Sinopse (SdE): "Uma amostra do ADN de Cristo foi roubada do Santo Sudário. E agora um cientista vai clonar o filho de Deus. 
Será possível clonar Jesus Cristo a partir do Santo Sudário?
Um policial arrepiante que nunca irá esquecer.

Cristo Clonado é um policial fantástico sobre uma investigação secreta que pode mudar o mundo: a tentativa de clonar Jesus Cristo a partir do Santo Sudário. A chefiar a investigação está o Dr. Félix Rossi, um conceituado cientista obcecado com duas perguntas: será que o tecido do Sudário contém mesmo o sangue de Cristo? E estará o ADN ainda intacto? 
Apesar do secretismo da investigação, forças obscuras tentam boicotá-lo e Rossi não tem tempo a perder: terá de encontrar uma mãe para a criança. 
Da alta sociedade nova-iorquina aos bares irlandeses, das igrejas de Harlem à catedral de Turim, Cristo Clonado é uma viagem profunda e emocionante que nunca irá esquecer. Fala-nos de laços familiares perdidos, da procura de Deus por um homem, do desejo de uma mulher em ser especial… e de uma inesperada e terna história de amor."

It's Monday! What are you reading?

Esta semana decidi começar a "atacar" a minha pilha de livros em PT, e que forma mais agradável de iniciar esse ataque do que lendo a série da Robin Hobb, que é tão popular aqui por terras lusas?

Aprendiz de Assassino de Robin Hobb

Quanto a posts, não houve assim muitos porque estive a semana toda entretida com o livro da leitura conjunta:
Rubrica da autoria de The Book Journey.