Editora: Graydon House (2020)
Formato: Capa mole | 336 páginas
Géneros: Mistério, Thriller
Estou de volta, para falar sobre um thriller que terminei recentemente. Na verdade, isto não significa que vá retomar a atividade no blogue porque atualmente pouco tenho a dizer sobre os livros que leio e as minhas leituras têm andado reduzidas. Manter um blogue dá um trabalho que não me parece que tenha estrutura mental para manter (paciência, mais que tudo).
Mas chega da parte pessoal, estamos aqui para a opinião. Este livro foi, numa palavra, dececionante. Muito pouco de thriller, quase nada de mistério, é complicado pôr este livro numa categoria... mas para efeitos de simplicidade vamos pô-lo nestas categorias.
A história é contada do ponto de vista de duas personagens Winnie, uma mulher com problemas profundos no seu casamento e Juno uma sem-abrigo. As entradas destas duas narradoras estão fora de alinhamento, ou seja, a narrativa salta do passado para o presente de forma algo confusa. Exploramos os passados destas duas personagens e os seus problemas, como acabaram na sua situação.
Não há grande mistério no meio de toda esta exposição exceto que Juno começa a pensar que há algo de errado com a família de Winnie, que esta cometeu algum crime imperdoável no passado.
Diria que passamos cerca de 85% do livro nisto, para a frente e para trás, aprendendo mais sobre como a Winnie está num casamento sem amor, quais são as suas origens e como é a sua relação com o resto da família.
Também aprendemos muito sobre Juno, sobre como passou de psicoterapeuta de sucesso a sem-abrigo.
Basicamente este livro pareceu-me convoluto, forçado. Foi o livro mais inacreditável que li recentemente e estou a ler uma série de fantasia épica.
O enredo é muito tênue, há muita exposição, mas nada é desenvolvido adequadamente. A exposição parece acrescentar nada ou muito pouco à história. Quase não há indícios espalhados pelo livro para o final apressado.
Uma das narradoras é uma sem-abrigo que consegue viver meses dentro de uma casa sem que ninguém perceba.
Se tivesse sido enquadrado de forma diferente, por exemplo, os proprietários a notar que coisas mudam repentinamente sem motivo aparente, pendendo mais para o terror do que mistério, poderia ter funcionado, mas ninguém dentro da casa nunca percebeu que havia uma pessoa a morar num armário. Simplesmente demasiado inacreditável.
No geral, não é definitivamente o meu tipo de livro. Demasiado confuso e às vezes aborrecido, com muito pouco sumo, por assim dizer. Não recomendo.
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