Editora: Roc (2013)
Formato: e-book | 320 páginas
Géneros: Fantasia Urbana
“Generation V” já me havia chamado a atenção há algum tempo,
especialmente por ser uma fantasia urbana com um protagonista masculino. No
final do ano passado, decidi finalmente ler o primeiro da série e fiquei imediatamente
viciada!
Fortitude Scott, mais conhecido por Fort, tem uma vida
bastante normal… para um vampiro. Depois de uma licenciatura virada para as
Artes Cinematográficas, Fort vê-se obrigado a, não só trabalhar num café, bem
longe da sua área preferida, como a partilhar o apartamento com um estudante de
doutoramento que não lhe paga a renda há quatro meses e ainda por cima lhe anda
a dormir com a namorada.
Mas o maior problema de Fort é a sua família. Madeline
Scott, com mais de 600 anos é a governante incontestada de um vasto território,
povoado de criaturas sobrenaturais e tanto ela como os seus filhos mais velhos
e irmãos de Fort, a Prudence e o Chivalry, acham que ele é estranho por ter
reações tão humanas… mas claro que Fort ainda não é bem um vampiro.
Quando os Scott oferecem hospitalidade a um vampiro vindo de
Itália, Fort tem oportunidade para conhecer outro vampiro que não a sua
família. Será que todos os vampiros são tão frios e distantes da humanidade
como os Scott? Ou existirão vampiros que tenham algo em comum com Fort.
Aquilo de que mais gostei neste livro, sem sobra de dúvida,
foi a mitologia. Brennan concebe os seus vampiros como seres completamente
biológicos (e vivos) e explica de forma bastante pormenorizada e original a sua
conceção. Nestes livros, os vampiros nascem de hospedeiros humanos após estes
serem “modificados” através da substituição do seu sangue pelo sangue do
vampiro que deseja “conceber”.
Os vampiros não vivem para sempre; vivem muito tempo e à
medida que o tempo passa, vão ganhando cada vez mais as características que
conhecemos: a aversão à luz do sol, a necessidade de se alimentarem de sangue
humano e muito mais.
Fortitude foi uma personagem interessante, um rapaz algo
perdido, dividido entre a sua família e aquilo que é, e entre o lado humano que
teme poder perder quando a sua transição para vampiro estiver completa. Suzume,
a kitsune que ajuda Fort neste livro foi também uma personagem super engraçada
e energética.
Quanto ao enredo, foi… intrigante e arrepiante. Uma espécie
de cruzamento entre “Mentes Criminosas” e um filme qualquer sobre um vigilante.
Algumas das cenas fizeram-me alguma impressão, mas achei a história bem
conseguida e que havia um bom equilíbrio entre o enredo e a vida pessoal e
interior de Fort.
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