Review: Hold Me Closer, Necromancer (Lish McBride)

Hold Me Closer, Necromancer by Lish McBride
Publisher: Henry Holt (2010)
Format: Hardcover | 343 pages
Genre(s): Urban Fantasy, Young Adult
Synopsis (GR): "Sam leads a pretty normal life. He may not have the most exciting job in the world, but he’s doing all right—until a fast food prank brings him to the attention of Douglas, a creepy guy with an intense violent streak.
Turns out Douglas is a necromancer who raises the dead for cash and sees potential in Sam. Then Sam discovers he’s a necromancer too, but with strangely latent powers. And his worst nightmare wants to join forces . . . or else. 
With only a week to figure things out, Sam needs all the help he can get. Luckily he lives in Seattle, which has nearly as many paranormal types as it does coffee places. But even with newfound friends, will Sam be able to save his skin?"
There are books that stay longer than they deserve on our shelves. Hold Me Closer, Necromancer was one of those books. I'd read a few glowing reviews so I bought it last year, but then I "kind of" forgot about it. Thankfully it was brought to my attention (I really should start my very own "because Wendy said so" shelf), by a review of book 2, Necromancing the Stone. I decided to read it... and I was left wondering why it had taken me so long to pick this up.

I was constantly reminded of the TV series Reaper while I was reading this book. It's a good thing, I thought that series was hilarious. Maybe because the protagonists of both the book and the tv series are named Sam. Or because they are both college dropouts who work at a store and are really the most normal of guys. They just happen to have superpowers... sort of.

Anyways, back to the book. Sam is a college dropout. One day he has a very random and unfortunate encounter with Douglas who is a... necromancer. Douglas is as mean as they come: he is a psychopath. And he forces poor Sam to be his apprentice because Sam is also a... necromancer.

Here's what I liked about Hold me Closer, Necromancer: it had that kind of no-nonsense narrative that most YA books lack. There are no flourishes. No highly intelligent and mysterious males. No extreme unpopular protagonists, who turn out to be (again) highly intelligent or simply attracting the most popular guy/girl in school. There was only Sam, semi-loser, very little prospects and his friends. They suddenly find themselves in a world of trouble. Mayhem and genuinely funny humor ensue. Severed heads talk. Harbingers of death and Egyptian deities pop up.

Sure some things could have been better explained (the Council comes to mind) and the action seemed a bit rushed in places, but overall this was a funny, entertaining read.

The cast of characters is diverse and represents stereotypes (the "mwahaha" villain, the henchman) but somehow still maintains some individuality and personality.

Other things you won't find in this book: insta-love, love triangles and a male protagonist that is super dark and tortured. You will find: strong female characters and fairy hounds (who can resist that.

Overall it was, as stated before, a nice read. I loved the cast of characters, especially Mrs W., Ashley and Brid. Recommended.


Aquisições da semana (13)

Esta semana chegou o calhamaço que é o 1Q84 (vá lá, são os 3 livros). Preferi a versão inglesa porque é traduzida directamente do japonês. Também esta semana, comprei o meu primeiro e-book. Geralmente não gosto muito de ler no computador, mas gosto desta autora, o livro só existia em formato digital e é mais um conto do que outra coisa, por isso lá me decidi a comprar.

A Night Like This - Julia Quinn 
Croak - Gina Damico
1Q84 - Haruki Murakami 
Seraphina - Rachel Hartman 

Finding Magic - Stacia Kane 

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Curta: Finding Magic (Stacia Kane)

Finding Magic by Stacia Kane
Publisher: Del Rey (2012)
Format: e-book | 130 pages
Genre(s): Novella, Urban Fantasy
Description (GR): "When eighteen-year-old Chess Putnam is offered the chance to train with a special team of investigators known as the Black Squad, she feels torn. She’s never been a team player and hates how one male Inquisitor condescends to “the new kid.” But at her first bloody crime scene, she gets a taste for investigation—and is hooked on the high. Though the seasoned Inquisitors consider the series of ghost murders random events, Chess starts to detect a pattern. Is a psycho killer summoning ghosts from the City of Eternity and using them as murder weapons? As Chess gets closer to the dark truth, she puts herself in grave danger and risks losing everything she’s fought so hard for." 
Finding Magic takes place before book one (way before), Unholy Ghosts. Chess is 18 and still a student/ trainee in the Church. Due to her good grades she is offered a chance to train with members of a Black Squad. She is soon involved in an investigation about some murders possibly committed by ghosts.

This novella was a quick read. It's interesting mostly because it explores Chess's early years in the Church. We are told a bit more about her childhood, about how she views the world and even the beginnings (somewhat) of her addiction. We also learn how she became a Debunker and met Elder Griffin.

So basically, this is a good book (or novella) to start with if you're interested in reading this series.

Novidades Saída de Emergência

A Saída de Emergência tem umas surpresas para o final de Julho e inícios de Agosto! Vamos ter mais um livro da Mercy Thompson, a segunda parte d'O Mistério de Charles Dickens e o segundo livro da série Celestial!

Título: "Portugal Rating AAA"
Autor: Alexandra Silva Mata
Editora: Saída de Emergência
Lançamento: 27 de Julho de 2012
Sinopse (SdE): "Tudo o que não lhe dizem e que o vai fazer sentir orgulhoso em ser português 
Hoje, mais do que nunca, assistimos a um jogo estratégico em que se manipula informação para condicionar o peso que os diferentes protagonistas têm. Hoje há entidades cujo papel é analisar países e colocá-los numa escala de valor… É uma nova arte de guerra. Mas com isto, torna-se fundamental que saibamos olhar para o nosso país e possamos ter uma opinião válida. Baseada em factos. É importante fazer algo para cuidar do amor-próprio de um país, de uma cultura, de um povo. Do amor-próprio de ser português. Não é preciso recuar 500 anos para falar da glória de Portugal. Basta olhar para o lado para encontrar: genialidade, irreverência, atrevimento, inovação, competência. Todos os dias há portugueses a fazer maravilhas, a criar, a liderar o Mundo, e a merecer o nosso reconhecimento e orgulho. É nestes exemplos de dedicação e sucesso que nos devemos inspirar quando temos desafios para vencer. Porque há portugueses que se superam todos os dias. Porque estamos entre os melhores do mundo em muita coisa.

Faça como os líderes mundiais: conheça melhor o seu país. Mude a cultura do “coitadinho” para a cultura do “somos bons e queremos ser melhores”. Conheça melhor a sua Herança. Saiba tudo o que não lhe dizem sobre o valor do seu país."
Título: "O Vale do Silêncio" 
Autor: Nora Roberts
Editora: Saída de Emergência
Lançamento: 3 de Agosto de 2012
Sinopse (SdE): "Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar. De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo… 
Após ter viajado no tempo através do Baile dos Deuses para o antigo reino de Geall, Moira toma o seu lugar como rainha. Ao lado dos seus cinco companheiros, Moira terá que liderar os seus súbditos, na maior batalha alguma vez vista, contra o exército de vampiros de Lilith que tudo fará para destruir Geall. Moira também não esqueceu que os vampiros mataram a sua mãe e esta é a oportunidade de se vingar. Mas há um vampiro a quem confiaria a sua alma: Cian foi transformado em vampiro por Lilith há séculos, mas agora é fiel ao Círculo. Sem hesitação, irá matar outros da sua espécie, ganhando o respeito da rainha. Mas Cian quer mais do que o respeito de Moira, mesmo sabendo que esse amor o deixa vulnerável. Pois como poderá um imortal amar uma mulher que está condenada a morrer – ou pelas mãos de Lilith ou pela maldição do tempo?

Não perca a emocionante conclusão da Trilogia do Círculo onde Nora Roberts volta a fazer magia com uma escrita sensual e cativante."
Título: "O Mistério de Charles Dickens, vol. II" 
Autor: Dan Simmons
Editora: Saída de Emergência
Lançamento3 de Agosto de 2012
Sinopse (SdE): "A figura misteriosa de Drood continua a atormentar a vida do escritor Charles Dickens. Muitos recusam-se a acreditar que tal homem exista, mas como explicar tudo o que mudou na vida de Dickens: a sua saúde, os seus hábitos, os perturbadores passeios pelo submundo negro de Londres? Quem será Drood? Um hipnotizador? Um criminoso? Ou o produto da imaginação fértil e insana do grande escritor? 
Baseado nos detalhes históricos da vida de Charles Dickens narrados por Wilkie Collins, outro grande escritor da época – bem como amigo, colaborador e também grande rival de Dickens –, Dan Simmons explora os mistérios em torno dos últimos anos da vida de Charles Dickens e poderá providenciar a chave para o seu último romance inacabado: O Mistério de Edwin Drood."
Título: "Anjo Sombrio" 
Autor: Cynthia Hand
Editora: Saída de Emergência
Lançamento3 de Agosto de 2012
Sinopse (SdE): "Um romance sobrenatural divino. 
Durante meses, Clara Gardner treinou para enfrentar o incêndio das suas visões, mas nada a preparou para a escolha que teria de fazer nesse dia. E no rescaldo do incêndio, descobriu que ao contrário do que pensava, nada é o que parece quando se tem sangue de anjo.
Agora, está dividida entre o amor que sente por Tucker e as dúvidas que Christian lhe desperta, pelos papéis que ambos parecem estar destinados a assumir num mundo que tem tanto de belo como de perigoso. Clara debate-se ainda com uma revelação chocante: alguém que ama vai morrer dentro de meses. Perante um futuro incerto, a única certeza que Clara possui é a de que o incêndio foi apenas o início. Depois de Celestial, Cynthia Hand retrata a alegria do primeiro amor, a angústia da erda e a desorientação por que passamos ao descobrir quem somos."
Título: "O Diabo do Rio" 
Autor: Patricia Briggs 
Editora: Saída de Emergência
Lançamento3 de Agosto de 2012
Sinopse (SdE): "Uma autora que vai conquistar os fãs de Crepúsculo e Marcada 
Bem-vindo ao mundo de Patricia Briggs, um lugar onde bruxas, vampiros, lobisomens e seres feéricos vivem lado a lado com os humanos. Só uma mulher invulgar como Mercy Thompson poderia sentir-se em casa num lugar assim. A mecânica Mercy Thompson sempre soube que havia algo de diferente em si, e não era apenas a sua paixão por carros. Mercy é uma metamorfa, um talento que herdou do seu falecido pai. Mas a jovem também consegue ver fantasmas, tornando-a parte de uma espécie ainda mais rara, os caminhantes. E se nunca antes recebera a visita do fantasma do seu pai, tudo vai mudar na sua lua-de-mel com Adam, um lobo Alfa. 
Entretanto, algo terrível esconde-se nas profundezas do rio Columbia, causando vítimas inocentes. Quando Mercy conhece finalmente outros caminhantes, terá que aceitar a sua herança paterna e exorcizar o mundo da lenda conhecida como o Diabo do Rio… Qual será o preço a pagar? A sua vida? A de Adam? Ou o seu casamento?"


Em Foco: série Downside Ghosts

Hoje vou falar um pouco de uma das séries de fantasia urbana que mais me impressionou nos últimos tempos.

A série Downside Ghosts, da autoria de Stacia Kane, tem como protagonista Chess Putnam. Chess é uma protagonista invulgar que vive num futuro próximo invulgar.

Em 1997, um acontecimento à escala mundial mudou radicalmente o futuro da Humanidade: no presente do livro chamam-lhe "Haunted Week" (Semana Assombrada ou Assombrosa). Nessa semana os mortos ergueram-se das suas sepulturas, exércitos de fantasmas irados que pegaram em tudo o que pudesse constituir uma arma e desataram a matar pessoas. A Igreja [da Verdade] (que, pelo que nos é dito, era, até ao momento uma seita, provavelmente constituída por bruxas e feiticeiros) veio em defesa da Humanidade, combatendo os fantasmas e prendendo-os numa caverna gigante com feitiços para os acalmar. A essa caverna chamou-se a "Cidade da Eternidade".

Alguns anos mais tarde (pelo menos 20, não se sabe bem quantos), a Igreja governa o mundo. Todas as outras religiões são proibidas, uma vez que se provou que eram falsas, quando os fantasmas apareceram. A Igreja ensina que apenas os Factos e a Verdade importam.

Chess é uma bruxa afiliada à Igreja cujo trabalho é investigar assombrações (assim mais ou menos como os Ghost Busters). Se a assombração for verdadeira, a Igreja (através de Chess), tem como dever 'banir' o fantasma para a Cidade da Eternidade e pagar uma compensação ao lesado. Se a assombração for falsa, quem tiver pedido os serviços da Igreja irá preso. É que caçar fantasmas não é isento de riscos uma vez que estes são por norma (99,9% como refere Chess) violentos.

Chess vive no pior lado da cidade, o Downside, um local governado por dois gangues rivais. É também viciada em drogas. Leva uma vida dupla, pois se descobrissem o seu vício não poderia continuar a trabalhar para a Igreja. A sua vida complica-se quando o seu vendedor de drogas lhe pede (ou melhor, a força) para trabalhar também para ele. Chess vê-se obrigada a aceitar pois não pode deixar que a Igreja descubra a realidade da sua vida.

Esta é a premissa base da série. Chess é uma personagem complicada que teve uma infância horrorosa, tendo sido abusada física e psicologicamente nas maioria das casas de acolhimento onde foi colocada. Só quando foi testada pela Igreja e se descobriu que tinha poderes mágicos é que se libertou. Assim, Chess tem de ser quase duas pessoas diferentes; depende de drogas (nas quais foi viciada por um ou mais dos pais adoptivos) mas tem de esconder esse facto da Igreja que não tolera tais vícios. E Chess quer continuar na Igreja, porque na sua mente, foi a Igreja que a salvou, quando a retirou do "sistema" para ser educada nas artes de bruxa e caçadora de fantasmas.

Downside Ghosts é uma série de fantasia urbana bem mais sombria e violenta do que o normal. Para além do apelativo e bem estruturado mundo distópico, Kane apresenta-nos uma personagem profundamente magoada física e psicologicamente, que tem de se obrigar a viver uma vida que no fundo, não quer assim muito viver. Chess é uma personagem perturbante, pelos seus problemas, pela sua profunda falta de auto-estima e pela escuridão que a rodeia, devido aos seus sentimentos negativos e muitas vezes, de auto-comiseração. A autora não está com meias medidas; Chess não é "pseudo-torturada" como tantas heroínas de fantasia urbana que por aí andam, sofreu muito e o leitor não é poupado às descrições (em nada gráficas, no entanto), daquilo que lhe aconteceu. Esta protagonista é muito mais humana, real e consequentemente falível do que muitas outras dentro do género.

Até ao livro 5 (Chasing Magic), a autora focou-se mais no desenvolvimento de Chess e do conjunto de personagens com quem interage (basicamente criminosos residentes em Downside) do que nas origens (A "Semana Assombrada") do mundo em que as personagens se movem. Mesmo assim esta é uma óptima série, diferente, sombria e completamente viciante. Stacia Kane tem uma maravilhosa atenção ao detalhe e cria um mundo sólido e interessante, do qual é muito difícil fugir.

Esta apresentação não estaria completa sem se falar um bocado do Terrible. Que é o protagonista e interesse romântico da heroína. Nunca vi uma relação tão bem construída e credível neste tipo de livros (fantasia urbana). O Terrible (Terrível) é um protagonista diferente (lá está), e ao princípio é um bocado estranho pensarmos nele como interesse romântico (bem, ele é um dos 'vilões' por assim dizer), mas não tarda muito estamos a torcer por ele! E quando damos por ela estamos com os olhinhos a brilhar quando pensamos no Terrível! xD
Word! Altamente recomendada, esta série! Se uma autora consegue fazer-me sentir tantas emoções (como choque, nojo, tristeza e coisas assim) de uma só vez, então para mim vale a pena. :)

Aquisições da semana (12)


Mais algumas aquisições! Esta semana vou mostrar livros e objectos que têm a ver com livros, mas não são livros... hmm. Fiz anos recentemente e a Whitelady3 deu-me O Monstruoso livro dos Monstros um livro gigante para guardar outros livros coisas importantes. E uma luzinha para ler se algum dia ficar presa numa mina ou numa cave de leitura. xD A Telma deu-me o livro do Iron Duke! *happy dance* Se ainda não ouviram falar do Iron Duke, vão mas é ver o episódio 2 dos "Diários Steampunk". Thanks girls! xD

The Iron Duke - Meljean Brook
Before I Wake - Rachel Vincent 
Frostfire - Zoe Marriott
The Calling - Kelley Armstrong 
Porque não pediram a Evans? - Agatha Christie 
A Saga de Alex 9 - Bruno Martins Soares


Baseado na rubrica In my Mailbox.

Opinião: Porque não pediram a Evans? (Agatha Christie)

Porque não pediram a Evans? by Agatha Christie
Editora: Asa (2009)
Encadernação: Capa Mole | 220 páginas
Géneros: Mistério / Thriller
Descrição (GR): "O jovem Bobby Jones nunca imaginou que o seu hobbie favorito poderia ser perigoso. Numa das suas tranquilas partidas de golfe, Bobby atira inadvertidamente a bola para uma falésia. O que encontra é surpreendentemente macabro: um homem moribundo que, num último sopro de vida, pergunta “Porque não pediram a Evans?”.
Perseguido por estas palavras, Bobby alia-se à sua irrequieta amiga Frankie na busca pela verdade. É que os dois amigos não estão satisfeitos com o resultado do inquérito conduzido pelas autoridades, que aponta para acidente. A determinação deles vai, contudo, enfrentar os maiores obstáculos e, pior, colocar as suas vidas em perigo.
"Porque Não Pediram a Evans?" ("Why Didn’t They Ask Evans?") foi originalmente publicado na Grã-Bretanha em 1934, ano em que seria igualmente publicado nos Estados Unidos. Foi adaptado para a televisão em 1981."
Esta é mais uma mini-opinião mas pronto... na verdade não tenho muito a dizer sobre este livro.

Se calhar já li demasiados livros da Agatha Christie, mas este foi bastante fácil de deslindar. Desde cedo que os culpados me pareceram muito óbvios e a única coisa que manteve o meu interesse na leitura foi mesmo a identidade de Evans (que achei o toque mais genial do livro). As tentativas de incriminação de diversas personagens não me convenceram.

Mas gostei bastante de Bobby e Frankie, os "detectives" desta história. ^_^ Foi uma leitura engraçada e como sempre com Agatha Christie, cativante. O mistério é, no entanto, bastante simples; definitivamente não é dos melhores ou mais intrincados da autora.

No geral, uma obra de leitura rápida, mas que não manterá, talvez, os leitores em suspense como acontece com outros livros desta autora. As personagens precisavam de mais desenvolvimento e o mistério é bastante simples.

Opinião: Números: Luta contra o Tempo (Rachel Ward)

Números by Rachel Ward
Editora: Vogais (2012)
Formato: Capa Mole | 288 páginas
Géneros: Lit. Juvenil, Ficção Científica, Fantasia
Descrição da edição portuguesa (Vogais): "Se soubesses o dia da morte das pessoas mais importantes da tua vida, o que farias? Jem Marsh esconde um poder espantoso, mas terrível: sempre que olha alguém nos olhos, vê a data da morte dessa pessoa. Órfã, com uma família adotiva que não a compreende, e rejeitada pela escola, vive permanentemente em luta com o seu destino. Mas, quando se apaixona por Spider, tudo muda. Jem compreende então que, mesmo sendo diferente, é possível ser feliz.
Um dia ao encará-lo nos olhos, Jem apercebe –se de que a morte de Spider está muito próxima, relacionada com um terrível atentado em Londres! Conseguirá Jem mudar o destino do seu namorado — e transformar a sua própria vida?"
Este livro saiu recentemente em português por isso decidi finalmente lê-lo. Custou-me um pouco entrar na leitura porque li uma edição britânica e não estou muito habituada ao calão deles pelo que tive de perceber algumas palavras pelo contexto. No entanto, isso não me impediu de apreciar a história. 

Uma das opiniões acerca deste livro no Goodreads, refere que aquele sofre de um caso de publicidade enganosa. Concordo plenamente. Quando comprei este livro, tudo - desde a sinopse à capa - me fazia acreditar tratar-se de mais um livro juvenil com uma heroína "pseudo-rebelde", um herói "pseudo-misterioso" e muita "pseudo-angústia" emocional adolescente com uma pitada de romance instantâneo. A heroína seria "especial" e "pseudo-atormentada" e o herói seria um bonzão. Coisas assim.

Estava completamente enganada (felizmente).

Jem Marsh vê números quando olha para as pessoas. Datas, mais especificamente. A data de morte de todas as pessoas que olha nos olhos. 
Atormentada por esta habilidade, Jem, uma órfã instável, decide não se dar com ninguém. Porque como é que se faz amizade com as pessoas quando se sabe o dia exacto em que elas vão morrer? É então que conhece Spider, um rapaz da sua escola. Ele não é o mais inteligente ou o mais giro de todos os rapazes, mas compreende-a. Contra a sua vontade torna-se amiga de Spider e tem de lidar com todas as implicações que isso traz. Será que ela não pode fazer nada para mudar o destino dos que ama?

Números: Luta contra o Tempo foi uma óptima leitura, exactamente por ser diferente da maioria dos livros YA que por aí andam.  

Primeiro que tudo, não há "insta-love" (romance instantâneo). Há uma relação entre dois jovens que é tratada de forma realista e acontece gradualmente. Gostei imenso da química entre as personagens (Spider e Jem) que longe de serem perfeitos são realmente adolescentes do século XXI. São personagens realistas, com um desenvolvimento realista e com as quais nem toda a gente se identificará uma vez que são adolescentes problemáticos, de bairros sociais e tipicamente britânicos. Mas não interessa se o leitor se identifica; o realismo está lá, é "palpável". É... refrescante. As atitudes das personagens fizeram-me pensar "aha! eu consigo imaginar um ser humano a fazer isto! A lidar com esta situação exactamente desta forma." Alguns leitores poderão não gostar de algumas das atitudes destas personagens, mas mesmo essa reacção de irritação (quando elas se queixam demais ou são ligeiramente mais cobardes do que gostaríamos), prova a mestria de Ward no que toca à construção das personagens. 

Também em termos de descrição física achei o livro refrescante. Nada de rapazes exageradamente "giros" e musculados que parecem saídos de uma capa de revista; não, nada disso. Temos pessoas normais com um nível de beleza normal. 

O enredo é formulaico nalguns aspectos, mas é sobretudo... diferente. Temos personagens perturbadas, que têm de lidar com uma situação para a qual não estão preparados: uma fuga da polícia, uma vez que são considerados "pessoas de interesse" numa investigação a um ataque terrorista. O "dom" da Jem não é o foco central, ou pelo menos não da maneira usual. É o "dom" dela que lhes arranja sarilhos, mas o livro não é acerca deste "dom", nem os protagonistas passam o livro a tentar perceber de onde ele vem. Este livro foca-se mais na mortalidade do ser humano e como nos esquecemos da mesma. E no que um "dom" como o de Jem faz à psique humana. Os origens desta habilidade são irrelevantes; é notório que esta falta de explicação para o "dom" da Jem é propositada. São as interacções dos protagonistas e destes com outras pessoas que são importantes. 

No geral, um livro diferente da maioria da fantasia urbana juvenil. É mais sombrio e realista do que o normal e penso que quem gosta de amores cintilantes e personagens imensamente altruístas não irá adorar este livro. Pessoalmente achei que foi muito bom e que se destaca dentro do seu género.   


Opinião: Eve (Anna Carey)

Eve by Anna Carey
Editora: Harper Teen (2011)
Formato: Capa Mole | 318 páginas
Géneros: Romance, Ficção Científica, Lit. Juvenil
Descrição (GR): "Where do you go when nowhere is safe?
After a deadly virus wiped out most of Earth's population, the world is a terrifying place.
Eighteen-year-old Eve has never been beyond the heavily guarded perimeter of her school, where she and two hundred other orphaned girls have been promised a bright future in The New America. But the night before graduation, Eve learns the shocking truth about her school's real purpose--and the horrifying fate that awaits her.
Fleeing the only home she's ever known, Eve sets off on a long, treacherous journey, searching for a place she can survive. Along the way she encounters Caleb, a rough, rebellious boy living in the wild. Caleb slowly wins her trust . . . and her heart. But when soldiers begin hunting them, Eve must choose between true love and her life."
AVISO: Contém SPOILERS! Apesar dos meus géneros de eleição serem a fantasia e a ficção científica, não é com muita frequência que leio livros passados num futuro incerto. No entanto, as distopias (de que 1984 de George Orwell é um exemplo clássico) sempre me interessaram: porque há tanta coisa que pode correr mal, mesmo com avanços tecnológicos cujo objectivo é facilitar a vida das pessoas. É também interessante ler como é que autores de ficção idealizam um mundo pós-apocalíptico. Estas são as razões que me levam a ler distopias e foi a razão pela qual li "Eve", de Anna Carey.

Bem, suponho que este é um daqueles casos em que tenho de dizer que estava "mesmo a pedi-las". Pela sinopse eu sabia que ia haver romance adolescente para lá metido e mesmo assim... toca de comprar e ler o livro.

Isto não é distopia. Este livro não é sobre uma sociedade pós-apocalíptica, sobre como as pessoas lidam com um mundo devastado por uma doença mortífera que dizimou a maioria da população mundial. Não. Esta é a história do amor conturbado entre uma jovem chamada Eve e um jovem chamado Caleb. 
As inconsistências no mundo criado por Carey são flagrantes e muito fica por responder, exactamente porque o foco é o romance adolescente: será que se descobriu a cura para a Praga? Como é que o Rei da Nova América consegue petróleo quando aparentemente não há contacto com o mundo exterior? Porque é que as professoras das Escolas pactuam com o plano do Rei para utilizar as raparigas órfãs como produtoras em massa de crianças? Porque é que as raparigas recebem uma educação de cinco estrelas se vão ser utilizadas apenas como fábricas de bebés? Enfim, podia continuar...

Eve vive desde miúda na "Escola" (sim chama-se mesmo "Escola") com outras rapariga órfãs. Segundo lhe disseram, está a ser educada para ser uma "mais-valia" na "Cidade da Areia", uma nova cidade que está a ser construída pelo Rei da Nova América (sim, também revirei os olhos perante este mundo construído ao acaso, completamente irreal e bastante ridículo). Um dia antes da cerimónia de graduação, Eve descobre a terrível verdade: foi educada e bem tratada não para ser uma mente brilhante numa nova sociedade mas para a encherem de drogas e a fazerem dar à luz vezes sem conta através de inseminação artificial... afinal é preciso repovoar a Terra. 

Eve foge e claro, encontra o Caleb, que também fugiu de um campo onde o faziam a ele e aos outros rapazes órfãos, trabalhar 14 horas por dia para construir a tal "Cidade da Areia". Basicamente o Rei e os adultos construíram uma nova sociedade "nas costas" dos órfãos. 

Eve e Caleb apaixonam-se, mas oh snap, a Eve foi condicionada para desconfiar de todos os homens (o porquê de tal educação nunca é claramente explicado) e isso é um entrave. E depois quando um dos amigos do Caleb decide fazer uma Coisa Muito Má à Eve, o nosso herói tem o atrevimento de acreditar que a Eve possa ter querido que tal acontecesse. Em vez de o mandar à fava a Eve desata a chorar. 

Por isso em vez de explorar este mundo distópico que apresenta bastantes inconsistências, que poderiam no entanto, ser explicadas com uma construção mais cuidada do mesmo, a autora apresenta-nos cerca de 300 páginas de romance adolescente. 

Para ser justa o Caleb até é um rapaz decente na maioria das vezes (excepto naquela cena que referi), não persegue a Eve nem é possessivo demais como parece ser moda. Pelo contrário, a Eve é francamente burra e faz coisas que não cabem na cabeça de ninguém, dada a situação (estando ela em fuga e tudo o mais).

Apesar da autora se focar no romance e não no (consideravelmente mais interessante) mundo distópico, no final do livro não senti que os protagonistas se amassem realmente. Ou seja, o romance também não me convenceu, as emoções não foram descritas de forma realista.

Não consegui identificar-me com nenhuma das personagens, que me pareceram bastante mal desenvolvidas e muito pouco carismáticas. As descrições das personagens, dos lugares e do mundo em geral são tão vagas que não tenho imagens mentais de nada nem ninguém.

No geral, uma obra pouco memorável com um enredo fraco e um mundo que parece ter sido construído apenas para que os protagonistas pudessem viver a sua história de amor sem sal. Não me parece que tenha havido um esforço por parte da autora, de explorar a sua história convenientemente. Não existem momentos de tensão, momentos de suspense ou vilões verdadeiramente interessantes. Sobre este mundo pós-apocalíptico pouco ou nada se sabe. As personagens são bidimensionais e pouco interessantes. Não recomendado.

Aquisições da semana (11)

Esta semana chegou outra das minhas pre-orders: o sexto volume da manga Sailor Moon (Navegantes da Lua, eheh), que irá ser novamente adaptada para anime em 2013! :)

Sailor Moon, vol. 06 - Naoko Takeuchi 

Opinião: Bewitching (Alex Flinn)


Bewitching by Alex Flinn
Editora: Harper Teen (2012)
Encadernação: Capa Mole | 338 páginas
Géneros: Romance, Fantasia Urbana
Descrição (GR): "Bewitching can be a beast. . . .
Once, I put a curse on a beastly and arrogant high school boy. That one turned out all right. Others didn’t.
I go to a new school now—one where no one knows that I should have graduated long ago. I’m not still here because I’m stupid; I just don’t age.
You see, I’m immortal. And I pretty much know everything after hundreds of years—except for when to take my powers and butt out.
I want to help, but things just go awry in ways I could never predict. Like when I tried to free some children from a gingerbread house and ended up being hanged. After I came back from the dead (immortal, remember?), I tried to play matchmaker for a French prince and ended up banished from France forever. And that little mermaid I found in the Titanic lifeboat? I don’t even want to think about it.
Now a girl named Emma needs me. I probably shouldn’t get involved, but her gorgeous stepsister is conniving to the core. I think I have just the thing to fix that girl—and it isn’t an enchanted pumpkin. Although you never know what will happen when I start . . . bewitching."
A bruxa que lança a maldição ao príncipe de "A Bela e o Monstro" sempre me interessou, enquanto personagem. Ao contrário de muitas outras bruxas e vilões nos contos de fadas, que são sempre motivados pela inveja, cobiça ou pura maldade, a bruxa em "A Bela e o Monstro" transformou o nosso herói numa "fera" para lhe ensinar uma lição. É uma personagem passiva, não aparece senão no início pelo que nunca chegamos a saber muito sobre ela (falo aqui da adaptação da Disney, claro). 

Por isso, quando soube que a Alex Flinn ia escrever um livro sobre essa bruxa (ou mais especificamente sobre a bruxa de "Beastly", que é uma adaptação moderna de "A Bela e do Monstro"), fiquei bastante entusiasmada.

Infelizmente, Kendra (a bruxa), não passa de uma personagem secundária no seu próprio livro. "Bewitching" contém várias histórias: uma que pode ser considerada a principal e que é narrada por uma adolescente chamada Emma. Conta as peripécias desta jovem após a chegada de Lisette, a sua bela meia-irmã. A mãe de Emma não gosta de Lisette. Parece familiar? É porque é uma adaptação moderna da história da "Cinderela". Mas há algumas mudanças muito inesperadas pelo meio. Kendra, que é colega de Emma e Lisette pondera se deve tentar resolver a situação. 

Intercaladas com esta história principal, temos pequenas histórias passadas em diferentes épocas e contadas por diferentes protagonistas. A semelhança entre todos estes protagonistas é que Kendra os tentou ajudar a todos com resultados algo... desastrosos. Os leitores irão reconhecer as histórias porque se tratam, novamente, de contos de fadas, adaptados. Temos a "Princesa e a Ervilha", a "Pequena Sereia"... enfim. Estas mudanças de perspectiva cortam a fluidez da narrativa principal, o que fez com que a leitura se tornasse algo irritante, por vezes. Quase que dava vontade de saltar estas partes para voltar à história principal. Por outro lado, também não gostei muito dos "apartes" da Kendra (intitulados "Kendra speaks") no final dos capítulos. Não acrescentam muito ao enredo e não ajudam na evolução e desenvolvimento da personagem, a quem falta uma personalidade definida e forte. Achei que a organização do livro era algo confusa e desconjuntada e que prejudicou a leitura.

No fundo, Kendra aparece muito pouco durante o livro. Apenas o capítulo inicial narra a sua história; ficamos a saber como se tornou uma bruxa imortal. 

Assim, apesar de ter gostado desta leitura de modo geral, fiquei algo desiludida com o facto da história não ser sobre Kendra e por esta não ter tido grande desenvolvimento enquanto personagem. O final do livro (e da história da 'Cinderela') também não me agradou particularmente. 

No geral, uma leitura que deixa algo a desejar. A adaptação dos contos de fadas está bem conseguida, mas faltou algum desenvolvimento ao nível das personagens e as interrupções na história principal não resultaram muito bem; fiquei com a sensação de que a autora não tinha material suficiente para um livro pelo que decidiu inserir mini-histórias em capítulos alternados para "encher".


Opinião: Trilogia "The Darkest Powers" (Kelley Armstrong)


Trilogia The Darkest Powers by Kelley Armstrong
Editora: Orbit 
Formato: Capa mole
Géneros: Fantasia Urbana, Lit. Juvenil

Não sei muito bem se esta opinião será uma "mini" ou apenas uma opinião 'conjunta'. Inclino-me mais para a segunda hipótese porque a verdade é que esta trilogia se deve ler de seguida. Cada livro é uma parte da história, mas não é uma parte "estanque". Há continuidade entre os três livros, até porque o segundo começa exactamente onde acabou o primeiro e o terceiro onde acabou o segundo. Ou seja cada livro tem um final aberto e apenas a leitura dos três livros nos dará uma visão completa da história.

Os livros têm como protagonista Chloe Saunders, uma jovem que acabou de completar 15 anos. Pequena para a idade, passa despercebida na sua escola. Isto é, até começar a ver pessoas que não estão lá. Fantasmas. 

Quando Chloe tem um aparente ataque de esquizofrenia é enviada para uma casa de repouso, a Lyle House, para jovens perturbados, onde trava conhecimento com a animada Liz, a antipática Tori, a estranha Rae (que tem um pequeno problema com o fogo) e os irmãos Simon e Derek. Chloe é medicada e diagnosticam-lhe esquizofrenia. Mas será que os médicos estão a dizer a verdade? Ou será que Chloe e os seus companheiros não estão malucos e os seus supostos poderes são reais?


Esta é a premissa geral da trilogia juvenil de Kelley Armstrong. Chloe depressa descobre que é uma "necromancer", ou seja que consegue comunicar com os mortos e até criar zombies. Ela e os amigos da Lyle House descobrem também que todos eles têm poderes, resultado de experiências genéticas destinadas a eliminar os efeitos negativos de ter poderes paranormais. Isto pressupõe um mundo preexistente, onde existem diversos seres sobrenaturais, mundo esse que Armstrong desenvolve na sua série para adultos, Women of the Otherworld.

O resto dos livros são passados por este grupo de adolescentes em fuga do grupo que os criou. As complicações inerentes a uma vida passada a fugir e a esconder-se são bem explorados pela autora. 

As personagens são carismáticas embora talvez um pouco juvenis demais. A autora utiliza muitos dos estereótipos da literatura YA, nomeadamente o triângulo amoroso, mas a heroína é bastante decidida na maioria das ocasiões e o romance é secundário ao resto da acção. Os livros centram-se mais nas complicações vividas por este grupo de adolescentes devido aos seus poderes e ao facto dos mesmos terem sido "aumentados" como resultado da manipulação genética (por exemplo, Chloe transforma os cadáveres de um cemitério inteiro em zombies acidentalmente).

Em termos de mundo, considerei que estava bastante mal explorado (os poderes de cada adolescente também não foram explicados, apenas... aconteciam), talvez porque, como disse em cima, o mundo seja o mesmo da série para adultos de Kelley. Mesmo assim, para os leitores que não leram essa série (que é o meu caso), este facto não torna os livros confusos, apenas... algo simplistas em termos de mundo.

O enredo é interessante mas algo repetitivo ao longo dos três livros: os protagonistas fogem, fogem e... fogem. Mas a forma como os livros estão escritos (as cenas de acção têm uma qualidade quase cinemática) fazem com que sejam de leitura compulsiva.

No  geral uma trilogia de fantasia urbana juvenil com um enredo e personagens medianamente interessantes. São livros que se lêem depressa e com gosto, óptimos para levar para a praia e descontrair. A história não é particularmente original, mas gostei do facto de o romance não ser um dos elementos mais importantes e da heroína ser decidida e mostrar algum desenvolvimento. Certos aspectos poderiam ter sido melhor explorados e certas coisas ficaram por explicar, mas de resto gostei da leitura e fiquei com vontade de ler outros livros da autora.

Lançamentos Fantásticos - Julho

O mês de Julho vai ser bastante fértil em lançamentos fantásticos e/ou de ficção científica. Já tinha referido no último post de lançamentos, o omnibus da saga Alex 9, que vai sair, salvo erro, no dia 13. Aqui estão mais algumas novidades para este mês.


Título: "Maze Runner - Correr ou Morrer" 
Autor: James Dashner
Editora: Editorial Presença
Lançamento: Já disponível
Sinopse (Wook.pt): "Quando desperta, não sabe onde se encontra. Sons metálicos, a trepidação, um frio intenso. Sabe que o seu nome é Thomas, mas é tudo. Quando a caixa onde está para bruscamente e uma luz surge do teto que se abre, Thomas percebe que está num elevador e chegou a uma superfície desconhecida. Caras e vozes de rapazes, jovens adolescentes como ele, rodeiam-no, falando entre si. Puxam-no para fora e dão-lhe as boas vindas à Clareira. Mas no fim do seu primeiro dia naquele lugar, acontece algo inesperado - a chegada da primeira e única rapariga, Teresa. E ela traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo."
Título: "O Diabo Também Chora (Predadores da Noite)"
Autor: Sherrilyn Kenyon
Editora: Saída de Emergência
Lançamento: 13 de Julho de 2012
Sinopse (SdE): "Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão… até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte. Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos — ou demónios mais graúdos — com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objetivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter… se uma certa mulher não o matar primeiro. E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá ela mantê-lo… ou dá-lo a comer aos que o querem morto?"
Título: "Bruxa Endiabrada"
Autor: Kim Harrison
Editora: Saída de Emergência
Lançamento: 13 de Julho de 2012
Sinopse (SdE): "Em Hollows os vampiros são apenas o início... 
Apesar de namorar com um vampiro e viver com outro, Rachel Morgan conseguiu sempre manter-se um passo à frente dos problemas… até agora. Um tenebroso assassino em série fez das ruas de Cincinnati o seu terreno de caça e ninguém está a salvo, seja humano, Inderlander ou morto-vivo. Talvez a única maneira de parar esse assassino seja uma misteriosa relíquia que se encontra nas mãos de Rachel Morgan, destemida caçadora de recompensas e bruxa temerária. Mas revelar tal artefacto poderá dar início a uma batalha apocalíptica entre as diversas raças sobrenaturais de Hollows. A decisão pode salvar vidas… ou matar muitas mais! Mais uma vez, Rachel não pode falhar pois o preço a pagar é alto de mais." 
Título: "Raptada"
Autor: Lauren Destefano
Editora: Editorial Planeta
Lançamento: 12 de Julho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas - os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte. Neste cenário desolador, as raparigas são raptadas e forçadas a casamentos polígamos para que a raça humana não desapareça. Levada pelos Colectores para se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o irmão gémeo e voltar para casa. 
Mas a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel, pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo que lhe resta."

Título: "A Sereia"
Autor: Carolyn Turgeon
Editora: Editorial Planeta
Lançamento: 12 de Julho de 2012

Sinopse (Wook.pt): "A princesa Margrethe está escondida num convento porque o seu reino está em guerra e um dia, no jardim que dá para o mar gelado, testemunha um milagre: uma sereia emerge das ondas com um homem nos braços, moribundo. Quando chega à praia, a princesa descobre que a sereia desapareceu no mar e enquanto trata do belo estranho, descobre que é um príncipe e também o filho do grande rival do pai. Certa de que a sereia lhe entregou aquele homem por uma razão, Margrethe engendra um plano para acabar com a guerra no seu reino. Entretanto, a princesa Lenia anseia voltar para o homem que transportou para terra e não se importa de trocar o seu mundo, a sua voz e até a sua saúde por umas pernas e a possibilidade de lhe conquistar o coração... Uma versão surpreendente da história clássica, A Sereia é a história de duas mulheres que têm tudo a perder, fazendo-nos pensar duas vezes na história de fadas que ouvimos em crianças, uma história que nos mantém em suspenso até à última página."

Título: "Paixão"
Autor: Lauren Kate
Editora: Editorial Planeta
Lançamento: 12 de Julho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Luce era capaz de morrer por Daniel. 
E morreu, vezes sem conta.
Luce e Daniel encontraram-se e separaram-se penosamente ao longo dos tempos: ela morta e ele só, com o coração despedaçado. Mas talvez não tenha de ser assim...
Luce tem a certeza de que qualquer coisa - ou alguém - numa vida passada pode ajudá-la e começa a jornada mais importante desta sua vida... recuar eternidades para testemunhar em pessoa os seus romances com Daniel e, por fim, desvendar o mistério que não a deixa ser feliz.
Cam e as legiões de anjos e Proscritos, desesperados, tentam apanhar Luce, mas não tanto quanto Daniel, que a procura ao longo do passado em comum, aterrorizado com o que pode acontecer se ela reescrever a História porque o seu amor ao longo dos séculos pode desaparecer em chamas... para sempre."
Título: "A Maldição do Tigre"
Autor: Colleen Houck
Editora: Porto Editora
Lançamento: 16 de Julho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Quando Kelsey Hayes se candidata a um trabalho no circo para ocupar as férias de verão até ao início das aulas na faculdade, está longe de imaginar a aventura em que se verá envolvida. Encarregada de cuidar de Ren, um majestoso tigre branco, sente-se de imediato fascinada pelo animal e não hesita em aceitar o convite para o acompanhar numa viagem até à Índia, rumo à reserva natural a que pertence. O que Kelsey ainda não sabe é que o tigre a que tanto se afeiçoou é na verdade Alagan Dhiren Rajaram - um príncipe indiano vítima de uma maldição secular - e que ela poderá ser a única pessoa capaz de o ajudar a quebrar o feitiço.
Determinada a devolver a Ren a sua humanidade, Kelsey embarcará numa perigosa aventura por lugares repletos de magia e misticismo. No entanto, as forças do Mal não parecem dispostas a dar-lhes tréguas e os perigos espreitam a cada esquina. Será que a paixão que vai crescendo entre os dois resistirá a todos os obstáculos que lhes vão sendo colocados no caminho?
A Maldição do Tigre é o primeiro volume de uma extraordinária saga que promete apaixonar os fãs de literatura fantástica." 
Título: "Luz Breve"
Autor: Alyson Noel
Editora: ASA / 1001 Mundos
Lançamento: 23 de Julho de 2012
Sinopse (Wook.pt): "Se acham que sabem o que é estar morta… se acham que é só uma eternidade de música de harpa e de nuvens que servem de sofás… bem, pensem melhor. Já ouviram dizer que a vida continua?
Pois continua mesmo.
Muito para lá do ponto em que toda a gente pensa que ela parou. Acreditem no que vos digo: estou morta há mais de um ano, e desde o momento em que atravessei a ponte para o outro lado… bem, foi nessa altura que as coisas começaram a tornar-se realmente interessantes." 

Aquisições da semana (10)

E aqui estão os livros que 'deram entrada' nas estantes esta semana (não tirei foto, deu-me um ataque de preguicite). 

This is not a Test - Courtney Summers 
Bewitching - Alex Flinn 
Entwined - Heather Dixon 

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Review: The Killing Moon (N.K. Jemisin)

The Killing Moon by N.K. Jemisin
Publisher: Little, Brown (2012)
Format: Paperback | 404 pages
Genre(s): Fantasy
Description (GR): "In the ancient city-state of Gujaareh, peace is the only law. Upon its rooftops and amongst the shadows of its cobbled streets wait the Gatherers - the keepers of this peace. Priests of the dream-goddess, their duty is to harvest the magic of the sleeping mind and use it to heal, soothe . . . and kill those judged corrupt.
But when a conspiracy blooms within Gujaareh's great temple, Ehiru - the most famous of the city's Gatherers - must question everything he knows. Someone, or something, is murdering dreamers in the goddess' name, stalking its prey both in Gujaareh's alleys and the realm of dreams. Ehiru must now protect the woman he was sent to kill - or watch the city be devoured by war and forbidden magic."
WARNING: SPOILERS!
I'm a bit confused about this book. I liked it a lot, but I didn't love it. I had high expectations and they were met but I still can't say I read it compulsively and loved every minute of it. So I am sorry if the review is a little more "scattered" than usual.

"The Killing Moon" is a really good book. The world-building is excellent; intricate and thoughtful, careful to go one step further the usual fantasy fare. The issues and problems it tackles are well explored, for the most part. What will we do for peace? How far are we willing to go to maintain it? When is killing acceptable? Where do we draw the line?
The book deals with these questions flawlessly through the world-building, the characters' development and the ideology without almost never passing judgment at the extremes presented.

That said, I didn't love this book. Why? Because I couldn't connect with the characters. There was no emotional link and I think that is what failed.

The main characters are Sunandi, a foreign ambassador in Gujaareh (the place where most of the action takes place), Ehiru, a priest and a dream Gatherer and Nijiri, Ehiru's apprentice. Gatherers collect "dreamblood", an ethereal and magical substance that comes from dreams. Which is fitting since Gujaareh's patron Goddess is Hananja, a deity of dreaming. They also kill all those accused of corruption (considered a disease of the soul) by severing the soul from the body and leading it to Ina-Karekh, the land of dreams where Hananja rules.

This dreamblood and its associated substances (dreambile, dreamichor and dreamseed) are connected to the soul and their use can cure many diseases either physical or psychological. So dreamblood is actually very valuable. It is controlled by the Hetawa, the temple of Hananja.

See, I had my first problem here. Our main character, Ehiru is a completely pious and faithful mercy assassin. In the tradition of the truly brainwashed he carries his duties with the utmost conviction. But when he finds out his little utopia is not very utopic at all he has no crisis of faith. He still believes in his religion's moral precepts. To be fair when he learned the whole truth (which was pretty obvious since, hello, humans will be humans and his temple controls 100% of the most important substance in their peace-loving city) he was half mad, but still.

In the end I just couldn't connect with Ehiru. He was probably not the most important character (I'd say that honor belongs to Nijiri) but there was no change at all in him (oh, wait, he was going mad). He was the same until the end although his world had been turned upside-down. Nijiri had the same kind of evolution, which annoyed me.

Basically I felt the characters were a bit empty and not very realistic. The author spent so much of her time setting up her world (and a great job she did too) that she just didn't invest enough in the characters. I'd have liked to read a more character driven novel. I'd have liked to see Ehiru or just Nijiri be angry and doubt everything they knew and took for granted. That would have had much more impact, in my humble opinion. But alas (ahah), I am not the author and she did not write this book solely for me.

Overall, "The Killing Moon" is a great read. The meticulous world-building with a slight Egyptian influence will appeal to fans of complex and well thought out fantasy books. I'd have liked more character development though. Still, very good. Recommended.