Aquisições de Dezembro (1) + Balanço de 2010

Pois é, mais umas comprinhas e algumas ofertas (este ano tive sorte, ofereceram-me livros!).
. A Filha do Capitão de José Rodrigues dos Santos (oferta de Natal)
. A Corte do Ar de Stephen Hunt (mais uma oferta de Natal, da parte da Whitelady)
. Infinite Days de Rebecca Maizel
. The Better Part of Darkness de Kelly Gay
. Demon Bound de Caitlin Kittredge
. Hell Fire de Ann Aguirre

O resto da lista será apresentada quando chegarem as encomendas, lol.

Uma vez que estamos no final do ano e à semelhança daquilo que outros 'bloggers' já fizeram, deixo também neste post o 'balanço' dos livros lidos em 2010. 

Este ano li muito menos livros do que no ano passado, talvez porque não li tanta manga (BD japonesa). Em 2010 só li quatro mangas (os volumes 1 a 4 da série Kimi no Todoke: From me to you de Shiina Karuho). Li um total de 107 livros (podem consultar a lista completa aqui - as mangas não estão incluídas). 

Não houve nenhum livro que se destacasse particularmente, embora tenha gostado bastante de Seis Suspeitos de Vikas Swarup e de Catarina de Bragança de Isabel Stilwell (que foi bem mais envolvente do que estava à espera quando comecei a leitura). Outros livros que me surpreenderam pela positiva foram Um Violino na Noite de Jojo Moyes (geralmente não sou grande fã do Romance Contemporâneo, mas gostei bastante deste) e Anoitecer de Karen Marie Moning.

Por outro lado, houveram também algumas leituras menos boas, sendo que os livros que mais me desapontaram, talvez por ter expectativas muito altas em relação a eles foram O Oito de Katherine Neville e Duna de Frank Herbert. Entre os piores deste ano, destaco Her Fearful Symmetry de Audrey Niffenegger, autora do aclamado "A Mulher do Viajante do Tempo" e 2012 - A Guerra das Almas de Whitley Strieber que foi francamente mau.

Balanço feito, resta-me desejar a todos um bom Ano Novo. :)

Lost Girl (2010)

Título: Lost Girl
Com: Anna Silk, Kris Holden-Ried, Ksenia Solo
Ano: 2010
Nº de Episódios: 13
Género(s): Fantasia Urbana

Com o recente sucesso da fantasia contemporânea e/ou urbana nos Estados Unidos, que se estendeu posteriormente ao resto do mundo, tendo recentemente chegado a Portugal (com a publicação de inúmeras obras como Crepúsculo ou Marcada) não é de admirar que Lost Girl, a mais recente série de TV do género tenha adquirido inúmeros fans desde a sua estreia em Setembro deste ano.

A série segue Bo, uma jovem no mínimo invulgar que necessita de sugar energia de outros humanos para sobreviver. Bo não gosta particularmente de o fazer, uma vez que a experiência é sempre fatal para o humano de quem se alimenta, mas não tem escolha pois não pode mesmo passar sem essa energia. Sozinha, sem saber o que é, Bo torna-se essencialmente uma nómada, nunca morando muito tempo na mesma cidade para não despertar suspeitas. 

É quando decide salvar uma jovem de ser agredida (sugando a energia do agressor) que a vida de Bo muda para sempre. A jovem, Kenzi, segue-a para todo o lado e dois polícias que investigam a morte do agressor, encontram-lhes o rasto. Depressa Bo se vê emaranhada num mundo secreto - o dos Fae (ou fadas) - e descobre que é na realidade uma Succubus, e parte desse submundo. Aqueles pressionam-na para escolher alianças; Bo, como membro da raça Fae deve aliar-se com a Luz ou com as Trevas. Mas Bo não deseja trocar a sua liberdade por obediência e rejeita as alianças, tornando-se neutral. Muitos fae e humanos vêm ter com ela para pedir ajuda para resolver casos estranhos uma vez que ela pode movimentar-se em ambas as cortes. Bo e Kenzi resolvem diversos casos e ao mesmo tempo tentam descobrir mais sobre as origens de Bo enquanto navegam o perigoso mundo da política Fae.

Lost Girl é uma série bastante interessante. A história é típica no mundo da fantasia urbana: uma mulher com poderes especiais oferece os seus serviços como investigadora para mortais com problemas estranhos (que geralmente involvem as fadas) e fadas com conflitos. Este enredo poderia ter saído de cerca de 70% dos livros de fantasia urbana que já li, se não mais. O que me fez gostar tanto desta série é exactamente o facto de não se basear num livro (como "Sangue Fresco" e "Vampire Diaries" entre outras) o que faz com que o argumentista não esteja preso à obra original, tendo por isso liberdade para seguir a direcção que melhor lhe parecer.

Gostei imenso da história e das personagens (porque como já disse foi mais ou menos como "ver" um livro de fantasia urbana) e de todo o imaginário das fadas que me pareceu extremamente bem pesquisado. Achei um pouco estranho que as Fúrias, vampiros e succubus fossem considerados membros dos Fae, mas suponho que foi apenas licença criativa.

Uma série recomendada para os amantes de fantasia urbana.

Review: Rosemary and Rue

Publisher: DAW (2009)
Format: Mass Market Paperback | 346 pages
Genre(s): Urban Fantasy
Description: "October "Toby" Daye, a changeling who is half human and half fae, has been an outsider from birth. After getting burned by both sides of her heritage, Toby has denied the Faerie world, retreating to a "normal" life. Unfortunately for her, the Faerie world has other ideas...

The murder of Countess Evening Winterrose pulls Toby back into the fae world. Unable to resist Evening's dying curse, which binds her to investigate, Toby must resume her former position as knight errant and renew old alliances. As she steps back into fae society, dealing with a cast of characters not entirely good or evil, she realizes that more than her own life will be forfeited if she cannot find Evening's killer
."
I'm still not sure if I just liked this book or liked it... a lot. It has great world building (even though it's somewhat 'info-dumpey', the way the information is presented - dreams and visions - makes it interesting, not boring) and I loved some of the "mysteries" of Faerie like the disappearance of the older fae (including Oberon and the other rulers) and how even the fae forgot some things about their past. I also liked some of the characters (loved Lily and Tybalt - finally an alpha male/ romantic interest that isn't... "obvious". And of course, Luna). The mystery plot was captivating, although it took me a while to get into it.

On the other hand, I didn't much care for Toby... she seemed a bit whiny and helpless. It's not that I wanted her to be all-powerful but if your character is going to be a P.I. I expect him/her to be at least able to defend him/herself. Also there wasn't a lot of action, so readers expecting fights might be disappointed.

Overall, it was an interesting read. Now that the author established her world I expect the other books to be less descriptive and more plot and character driven.

Feliz Natal!



Desejo a todos um óptimo Natal, recheado de convívio, prendas e muita felicidade! ^_^

Review: Midnight's Daughter

Publisher: Penguin's Books (2008)
Format:  Mass Market Paperback | 384 pages
Genre(s): Urban Fantasy, Paranormal Romance
Description: "Dorina Basarab is a dhampir—half-human, half-vampire. Unlike most dhampirs, though, Dory has managed to maintain her sanity. Now Dory’s vampire father has come to her for help— again. Her Uncle Dracula (yes, the Dracula), cruelest among vampires, has escaped his prison. And her father wants Dory to work with gorgeous master vampire Louis-Cesare to put him back there.

Although Dory prefers to work alone, Dracula is the only thing that truly scares her—and when she has to face him, she’ll take all the help she can get…
"
After reading the first two books in the Cassandra Palmer series and finding all the info-dump a serious detriment to the progression of the story I was pleasantly surprised by the beginning of "Midnight's Daughter". It seemed more clean, it jumped straight to the action/ plot and more importantly it lacked the annoying "info-dumpiness" (maybe because the story is set in the world of the Cassandra Palmer series). Also I liked Dorina a lot more than I liked Cassandra. Even if she was more stereotypical, more the heroine that we see in these kinds of books (strong, though, etc...) I thought she was more "action ready" than Cassandra. I gave the author a serious thumbs-up when I read about the uncontrollable fits of rage experienced by all dhampirs; I thought that was pretty cool and original (at least to me).

Unfortunately it when downhill from there. Dracula has escaped and he's out for Dorina's blood (she's his niece, if you can believe it...). And Dorina's fathers' blood. Well, basically her entire family's blood. Oh and he kidnapped Dorina's best friend, Claire.

There were lots of things the author could have done with this premise, and at the beginning it seems like she's going to set Dorina free to live a great deal of danger and adventure in her quest to recapture Dracula. But halfway through we're presented to additional storylines that confuse everything and then Dorina's group devises a trap and the rest of the book is spent waiting for Dracula to fall into it. It gets boring really fast and it also gets... that's right, info-dumpey, since they don't have much more to do than talk. I don't get why the author can't see to get past certain plotlines. She could have had her trap work or not work and go from there, but no.

Additionally, the author decides to make Claire appear randomly and compleately out-of-nowhere with an unbelievable tale of how she escaped. That part was too ridiculous for words.

Overall this book is an improvement over the first two in the Cassandra Palmer series, but I didn't like it that much even if it had a promising start.

Aquisições de Novembro (2)

Ai ai... apesar de achar os livros portugueses ridiculamente caros (e agora ainda mais), não consegui resistir ao famoso "Deixa-me Entrar". E também não resisti a mais umas compras no The Book Depository. *suspiro*

. Deixa-me Entrar de John Ajvide Lindqvist
. Once a Witch de Carolyn MacCullough
. Siren Song de Cat Adams
. The Body Finder de Kimberly Derting
. The Iron Daughter de Julie Kagawa
. Mockingjay de Suzanne Collins
. Numbers de Rachel Ward

Review: Incarceron (Catherine Fisher)

Publisher: Hodder's Chidrens Books (2007)
Format: Paperback | 464 pages
Genre(s): Young Adult, Sci-Fi
Description: "Finn knows he doesn't belong in Incarceron. Although he has no memories of anything save the last three years of his life, he has flashes, visions of things that couldn't possibly exist in the gloomy halls of Incarceron. His wing's Wise man says he's a Starseer, a special human that can lead them out through his Visions; but Finn isn't so sure. When he comes into possession of a strange crystal object - which he somehow knows is a Key, although no-one in Incarceron even knows what a key is - he starts to believe he can actually Escape the supposedly inescapable prison.
Claudia Arlex leads a charmed life... at least in appearance. Daughter of the powerful Warden of Incarceron, she feels trapped by her upcoming marriage to the Crown Prince and the unending "Protocol" which dictates that all progress is forbidden and that all subjects must emulate the lifestyle of the 17th century. So instead of high technology and comfort, Claudia lives with candle light, carriages and corseted dresses. But one day Claudia breaks into her fathers study and finds a crystal Key; one that she believes, might lead her to Incarceron, the famed prison built 160 years ago to be a paradise."
Well... this book had quite an abrupt start and quite an abrupt ending... I hope more books follow, because there are a few questions left unanswered!

I must say that I was pretty curious about this book. It's story reminded me a bit of John Carpenter's Escape from New York since an enormous prison and an escape were involved. But it's actually quite different, although the ambiance of Incarceron is very similar to the one we encounter in the prison from "Escape from New York".

We follow the adventures of Finn, an inmate of Incarceron and Claudia the daughter of the Warden while they try to find a way out (or in) of the prison.

While this book had changing POVs (sometimes Claudia, sometimes Finn), the author managed to make it work, because both stories were connected. I really liked the pacing of the story (despite it's abrupt start, ahah) and how Claudia and Finn discovered more and more about the prison's origins as they progressed in their quest to find a way out. The texts presented at the beginning of each chapter were a clever way to present the reader with more background information about the purpose of Incarceron and how all went wrong.

The only problem I had was with Finn. He was pretty one-dimensional; while Claudia and all the other characters (Keiro, Attia, etc) seemed to have hidden motivations, flaws and qualities and grew a bit as characters as the story progressed, I thought Finn didn't particularly stand out and wasn't really fleshed out as the protagonist.

Overall this was a pretty interesting read. The author gave us all the relevant information about Incarceron and why it was built (something that isn't very common in YA sci-fi books where lots of things are left unexplained), the characters were likable but not overly perfect and the world-building was pretty good. I am interested in knowing more about "The Years of Rage" and what happened before that so hope this is just the first book of a series.

Review: Hunger

Publisher: Harcourt Graphia (2010)
Format: Paperback | 180 pages
Genre(s): Young Adult, Urban Fantasy
Description: "“Thou art the Black Rider. Go thee out unto the world.”
Lisabeth Lewis has a black steed, a set of scales, and a new job: she’s been appointed Famine. How will an anorexic seventeen-year-old girl from the suburbs fare as one of the Four Horsemen of the Apocalypse?
Traveling the world on her steed gives Lisa freedom from her troubles at home: her constant battle with hunger, and her struggle to hide it from the people who care about her. But being Famine forces her to go places where hunger is a painful part of everyday life, and to face the horrifying effects of her phenomenal power. Can Lisa find a way to harness that power — and the courage to battle her own inner demons?"
"Hunger" is not a particularly impressive book in terms of story and character development. In fact it is little more than a short story and the fact that Lisa, the protagonist, is "drafted" to become Famine is only explored as part of her inner journey to understand herself and her problem. So, even if there are some supernatural elements, this book focuses mostly on a teen that has a very bad problem to solve.

But this book does touch a very important subject that affects a lot of people, especially teenagers: Anorexia. The way it presents the problem seems frighteningly real, and I really liked how the author used the fact that Lisa had become "Famine" to make her understand some things about herself. And how her problem still controls her, even after all she's seen as a Horseman (if she were "cured" it wouldn't be as realistic, I reckon).

Although small, this book is not an easy read (mostly due to the content itself... it's not light reading). Still I think it should be read because it actually helps people understand a little more how patients with Anorexia think and feel.

Review: The DUFF

Publisher: Little Brown/ POPPY (2010)
Format: Hardcover | 288 pages
Genre(s): Young Adult, Romance
Description: "Seventeen-year-old Bianca Piper is cynical and loyal, and she doesn't think she's the prettiest of her friends by a long shot. She's also way too smart to fall for the charms of man-slut and slimy school hottie Wesley Rush. In fact, Bianca hates him. And when he nicknames her "Duffy," she throws her Coke in his face.

But things aren't so great at home right now. Desperate for a distraction, Bianca ends up kissing Wesley. And likes it. Eager for escape, she throws herself into a closeted enemies-with-benefits relationship with Wesley.

Until it all goes horribly awry. It turns out that Wesley isn't such a bad listener, and his life is pretty screwed up, too. Suddenly Bianca realizes with absolute horror that she's falling for the guy she thought she hated more than anyone
"
It all started when Wesley Rush, the school's playboy told her she was "The DUFF" (Designated Ugly Fat Friend) of her group. Since then everything became so much more complicated. Bianca finds herself having a very satisfactory relationship with Wesley (whom she can't stand by the way) as a way of relieving stress for the problems in her life.

"The DUFF" was a quick, satisfying read. It explores the growth of the relationship between two teenagers who wouldn't usually get along, since the female protagonist, Bianca, despises Wesley for sleeping around. What I liked about this book is the fact that Bianca's attitude starts by matching Wesley's (she sleeps with him wanting a "one-night stand" and then continues on, "using" him to escape her life) which in turn leads to a better understanding of Wesley's own behavior (which, as I said before, she despised at the beginning of the book).

I thought the author could have explored Bianca's and Wesley's problems not to mention the development of their relationship better; everything was resolved too quickly in my humble opinion, it almost seems like some "steps" of the process were missing.

Still it was a real page-turner. Oh and I loved Keplinger's portrait of modern teenagers, I think it was spot on. The characters seemed pretty real, not the sanitized version of teens you find in most YA books. Maybe it's because Keplinger isn't that much older than her character, but she did a great job.

Opinião: Os Jogos da Fome (Suzanne Collins)

Os Jogos da Fome de Suzanne Collins
Editora: Editorial Presença (2009)
Formato: Capa Mole | 286 páginas
Géneros: Ficção Científica, Lit. Juvenil
Sinopse (Editorial Presença): "Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um acto de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia Os Jogos da Fome às mais altas esferas da ficção científica."

"Os Jogos da Fome" é o primeiro livro da trilogia de ficção científica com o mesmo nome, direccionada para jovens adultos.

Neste livro a acção passa-se num futuro distante em que uma qualquer catástrofe transformou radicalmente o sistema político e social dos Estados Unidos. Qual a catástrofe e há quanto tempo aconteceu não nos é dito. O certo é que Katniss Everdeen, a nossa protagonista, vive em Panem, uma nação dividida em doze distritos (cada distrito é responsável pela produção de um recurso específico) e controlada por um misterioso corpo político, o "Capitólio". Apesar da cidade onde está sediado o Capitólio ser bastante moderna, na maioria dos doze distritos o nível de vida é bastante mais modesto, tendo Katniss de recorrer à caça para alimentar a família.

Todos os anos, o Capitólio organiza um evento chamado "Os Jogos da Fome", que pode ser descrito como uma mistura entre as antigas lutas de gladiadores romanas e o programa "Survivor". Cada distrito deve fornecer, obrigatoriamente, 2 "tributos" um rapaz e uma rapariga com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Os Tributos são depois levados para a cidade do Capitólio e largados numa arena onde são instigados a lutar até à morte até haver apenas um sobrevivente. Este é um acontecimento mediático, e tal como um reality-show é transmitido todos os dias em directo e ao qual as pessoas são obrigadas a assistir. Os Jogos da Fome servem o propósito de mostrar o poder do Capitólio sobre os doze distritos (aquando desta explicação, Katniss também nos informa da existência de um décimo-terceiro distrito que há muito tempo atrás se havia revoltado contra o Capitólio, tendo por isso sido destruído).

Quando a sua irmã Prim é escolhida para entrar nos jogos, Katniss decide tomar o seu lugar.

Esta é a história de "Os Jogos da Fome". Não a história "base" ou o ponto de partida, mas o enredo completo. Basicamente Katniss oferece-se para entrar nos jogos no lugar da irmã, entra na arena e tudo o resto é um relato de como ela sobrevive através daquilo que aprendeu por ter de caçar nos bosques perto de casa para alimentar a família. Não digo que não tenha sido uma leitura... interessante, mas as reacções da personagem principal aos vários desafios que lhe apareceram à frente e basicamente a premissa inteira do livro não me pareceram muito... realistas ou credíveis; Katniss não me parece ter a resposta emocional correcta à violência e destruição que acontecem à sua volta. Quanto à premissa, como é que o povo não se revolta? Talvez haja uma explicação, mas não nos é fornecida, o que, confesso, me incomodou. Isto é, claro, fruto da narrativa na primeira pessoa que não nos permite ter informação sobre acontecimentos exteriores à vida do narrador.

No fundo, apesar do conceito ser original (ou mais ou menos, pelo que se diz, acho que o livro "Battle Royale" tem uma história semelhante e é anterior aos Jogos da Fome), penso que o livro sofre devido a um desenvolvimento muito incipiente quer das personagens quer do mundo onde decorre a acção. Digamos que a autora não nos deu "história de fundo" suficiente para termos uma ideia do porquê a sociedade de Panem ser como é. No entanto, sendo apenas o primeiro livro de uma trilogia talvez essa informação nos seja facultada em livros posteriores.

Acho também que a obra seria mais interessante e o potencial do enredo mais bem aproveitado se este livro não se dirigisse ao público juvenil mas a uma audiência mais adulta.

No geral, este livro não foi mau... mas também não foi assim nada de especial. Esperava mais, uma vez que tem tantas boas críticas. Mas considero que foi uma leitura mais envolvente do que outros livros juvenis que li este ano.

Aquisições de Outubro (2) + Aquisições de Novembro (1)

Aqui ficam o resto das minhas aquisições de Outubro mais uns livros que comprei para celebrar o novo mês (ai ai). :)

Outubro (2):
. The Duff de Kelly Koplinger
. Hunger de Jackie Morse Kessler
. Unwind de Neal Shusterman
. Behemoth de Scott Westerfeld

Novembro:
. Sonho Febril de George R. R. Martin
. Em Chamas de Suzanne Collins

Review: Nevermore

Publisher: Atheneum (2010)
Format:  Hardcover | 543 pages
Genre(s): Young Adult, Mystery, Urban Fantasy
Description: "Cheerleader Isobel Lanley is horrified when she is paired with Varen Nethers for an English project, which is due—so unfair—on the day of the rival game. Cold and aloof, sardonic and sharp-tongued, Varen makes it clear he’d rather not have anything to do with her either. But when Isobel discovers strange writing in his journal, she can’t help but give this enigmatic boy with the piercing eyes another look.

Soon, Isobel finds herself making excuses to be with Varen. Steadily pulled away from her friends and her possessive boyfriend, Isobel ventures deeper and deeper into the dream world Varen has created through the pages of his notebook, a realm where the terrifying stories of Edgar Allan Poe come to life.

As her world begins to unravel around her, Isobel discovers that dreams, like words, hold more power than she ever imagined, and that the most frightening realities are those of the mind. Now she must find a way to reach Varen before he is consumed by the shadows of his own nightmares.

His life depends on it
."
Finally an YA urban fantasy/paranormal with a story that hasn't been totally overdone! :p

Isobel Lanley seemingly has it all: she's pretty (and blonde), popular, a cheerleader and dates the most sought-after guy in school (who is, of course, a football player). So when her English teacher pairs her with Goth (and very unpopular) Varen Nethers for an assignment, she is less than thrilled.

Suddenly her whole (and perfect) life changes as her friends draw away from her for even talking to Varen, her boyfriend has jealous fits and even her father seems to think she is turning into a troublemaker for spending time with whom he calls "a hooligan". Worse, she can't seem to get out of trouble long enough to actually meet Varen and get their work on Edgar Allen Poe done. Not to mention, of course, the strange voices she's been hearing or the weird man that seems to follow her everywhere. As she draws closer to Varen and away from her former life Isobel begins to understand that Varen is more than just a tortured Goth... he may just be in real trouble.

"Nevermore" was a veritable breath of fresh air. Do you like YA urban fantasy but are tired of reading about a) exclusive and mysterious private academies where supernatural beings go to school and everything seems to happen or b) melodramatic and unrealistic love stories between a mortal and a supernatural creature? Well, then "Nevermore" is the book for you.

In this book there are supernatural creatures and supernatural events, yes, as it is after all, urban fantasy; but both the hero and the heroine are human. There is also a romance but it happens gradually, not after two chapters... and this for me is worth an entire half-star because I am ever so tired of all the Twilight rip-offs out there where the characters fall madly in love at first sight. Ugh. Also, the heroine isn't totally useless and actually has some backbone!

Of course, while I found the plot and characters refreshing, this book still had some problems.

For instance, for the first 60 or something pages I found some of the character interactions and general attitudes a little unrealistic and exaggerated. I just couldn't understand why Isobel's friends immediately started an intimidation campaign towards Varen when it wasn't even their choice to work together, it was their teacher who decided to pair them up for school work.

It's not like I didn't expect it to happen eventually if and when Varen and Isobel started to spend more time together (I could understand the boyfriend's jealousy then, for example) but I didn't get why they freaked out as soon as Isobel told them she was working with Varen. Later on, when it became apparent that some of the girls wanted things that were Isobels' (like Alyssa, who wanted her place as main flyer in the cheerleader squad), it made a little more sense, but I still didn't understand Brad's attitude or Nikki's.

As for the story, while the pacing was really good I think the author didn't flesh out her dream world well enough. There are a lot of things left unexplained, the most important of all being what is exactly this dream world (how and why does it exist, etc), why Varen could interact with it and change it (or Poe, for that matter; I get that it was the act of putting stories to paper and having imagination, but wouldn't that make every writer a potencial target?) and why did the Queen want a fusion between worlds. Maybe all this will come up in later books, but I found the vague information a bit confusing and since it wasn't explained very clearly why the Queen of the dream world wanted both worlds connected, I didn't quite get the point of the whole story, except that she wanted power (but why would the fusion give her that power we aren't told exactly) and Varen was the way to get it.

Still, the author managed to write a very compelling and fresh story and as it is the first in a series maybe these questions will be answered later. Pretty interesting overall.

Aquisições de Outubro (1)

Eis alguns dos livritos que adquiri este mês. Duas obras em português (se bem que me custou um pouco dar mais de 16€ por um livro com pouco mais de 200 páginas), o resto em inglês, incluindo a sequela de "Criaturas Maravilhosas" (vou tentar ignorar o romance lamechas e ler o resto da história).

. Hex Hall de Rachel Hawkins [Opinião]
. O Homem do Castelo Alto de Philip k. Dick
. Nevermore de Kelly Creagh
. Incarceron de Catherine Fisher
. Blood Song de Cat Adams
. Beautiful Darkness de Kami Garcia e Margaret Stohl

Opinião: Criaturas Maravilhosas

Criaturas Maravilhosas de Kami Garcia, Margaret Stohl
Editora: Gailivro (2010)
Formato: Capa Mole | 480 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Lit. Juvenil
Sinopse (Gailivro): "Lena Duchannes é diferente de qualquer pessoa que a pequena cidade sulista de Gatlin alguma vez conheceu. Ela luta para esconder o seu poder e uma maldição que assombra a família há gerações. Mas, mesmo entre os jardins demasiado crescidos, os pântanos lodosos e os cemitérios decrépitos do Sul esquecido, há um segredo que não pode ficar escondido para sempre.
Ethan Wate, que conta os meses para poder fugir de Gatlin, é assombrado por sonhos de uma bela rapariga que ele nunca conheceu. Quando Lena se muda para a mais infame plantação da cidade, Ethan é inexplicavelmente atraído por ela e sente-se determinado a descobrir a misteriosa ligação que existe entre eles.
Numa cidade onde nada acontece, um segredo poderá mudar tudo.
"

Depois de terminar a leitura de "Criaturas Maravilhosas" (e mesmo antes disso, começou enquanto lia) senti uma enorme frustração e irritação. Isto porque, na minha humilde opinião, este livro tinha potencial para ser bom. Pelo menos, melhor do que a maioria dos livros juvenis de fantasia urbana que por aí andam. Mas há um elemento no livro que o estragou demasiado para mim... o romance.

Pois é... é cansativo dizer isto, mas "Criaturas Maravilhosas" segue o mesmo modelo de "Crepúsculo". Conta a história de um amor adolescente inverosímil e irreal. As duas personagens, Lena e Ethan apaixonam-se violentamente à primeira vista, sem qualquer tipo de explicação racional (até ao meio do livro, pensei que tivesse a ver com vidas passadas, mas nem isso). Como todo o bom livro juvenil "pós-Crepúsculo" o seu amor é relatado de forma melodramática e francamente irritante de tão irrealista.

Tudo isto se torna pior devido ao facto de a narrativa estar a cargo de Ethan... cuja voz, devo dizer, não se parece com a de nenhum outro rapaz de 16 anos que conheça - não que conheça muitos, mas ao ler o livro não me deu a sensação de estar a ler os pensamentos e experiências de um rapaz, mas sim de uma... rapariga. O que não é estranho uma vez que as autoras são mulheres.

Suponho que as autoras pensaram que terem Ethan como narrador principal iria dar uma nota de originalidade à obra, mas a meu ver só lhe conseguiram acrescentar outro estereótipo, uma vez que neste tipo de livros é sempre o mortal ou a pessoa sem poderes que narra a história. Para já não falar, novamente, no risco (que não deu resultado) que foi escrever sob o ponto de vista de um rapaz uma vez que os seus processos de pensamento e acção são bastante diferentes. E neste livro não se vê essa diferença... um rapaz de 16 anos, sem lhes querer fazer qualquer tipo de deserviço, não é assim tão maduro ou está assim tão em contacto com os seus sentimentos.

No fim, "Criaturas Maravilhosas" acaba por se debruçar quase inteiramente sobre esta entediante história de amor. Oh, as autoras têm toda uma história paralela a decorrer (a tal que poderia ter feito deste livro algo verdadeiramente especial, porque é bastante imaginativa), sobre as origens de Lena, e o que acontecerá no seu décimo-sexto aniversário, mas os protagonistas só estão interessados nestas coisas porque querem "ficar juntos para sempre". O que para mim não faz sentido nenhum... acho que faria muito mais sentido se as personagens se apaixonassem durante a sua investigação dos problemas sobrenaturais e do seu passado, ao invés de porem os olhos um no outro e decidirem ser novas versões do Edward e da Bella (um pouco menos tolas, mas mesmo assim).

No geral, mais uma versão do "amor Crepúsculo" (vai passar a ser a minha expressão para designar o enredo deste tipo de livros) que poderia ter sido muito, muito mais uma vez que o resto da história está extremamente bem conseguida (e é intrincada e complexa e vê-se que as autoras pesquisaram o suficiente para tornar o seu mundo dos Encantadores verosímil). Infelizmente esta belíssima história é completamente eclipsada (haha) pela história lamechas do amor profundo e incrível de Lena e Ethan. Que desapontante. É como ler a mesma história vezes sem conta.

Opinião: Hex Hall

Hex Hall de Rachel Hawkins
Editora: Gailivro (2010)
Formato: Capa Mole | 240 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Lit. Juvenil
Sinopse (Gailivro): "Virei-me para sair, mas a porta fechou-se a poucos centímetros da minha cara. De repente, um vento pareceu soprar através da sala e as fotografias nas paredes chocalharam. Quando me virei de novo para as raparigas, estavam as três a sorrir, os cabelos a ondularem-lhes a volta dos rostos como se estivessem debaixo de água. O único candeeiro da sala tremeluziu, e apagou-se. Eu apenas conseguia distinguir faixas prateadas de luz que passavam sob a pele das raparigas, como mercúrio. Até os seus olhos brilhavam.Começaram a levitar, as pontas dos sapatos regulamentares de Hecate mal tocando a carpete musgosa. Agora, já não eram rainhas do baile de finalistas, nem supermodelos – eram bruxas, e até pareciam perigosas. Apesar de me debater contra a vontade de cair de joelhos e colocar as mãos acima da cabeça, pensei, “Eu também seria capaz de fazer aquilo?" 

Sophie Mercer sempre foi uma bruxa, desde que se lembra. O problema é que não consegue controlar devidamente os seus poderes, o que faz com que os seus feitiços saiam normalmente furados... o que, por sua vez, atrai a atenção indesejada dos humanos.

Quando mais um feitiço de Sophie dá para o torto, o Conselho que regula as entidades sobrenaturais - ou "Prodigium", como aqui são chamados - decide mandá-la para Hecate Hall, uma escola correctiva para bruxas, fadas e mutáveis.

Enquanto começa a sua vida em "Hex Hall" (nome dado à escola pelos alunos) Sophie descobre que nem tudo está bem na instituição; um novo tipo de prodigium, os vampiros acabaram de ser admitidos em Hex Hall, tanto como professores como alunos; e a companheira de quarto de Sophie é a estudante vampira, Jenna. Mais, uma morte misteriosa que parece ter sido perpetrada por Jenna, pouco antes de Sophie chegar faz com que esta se sinta ainda mais apreensiva em relação à colega. Depois, claro, há também o grupo popular que a tormenta constantemente e aquele rapaz tão giro que infelizmente tem também uma namorada muito gira... e a maior rival de Sophie.

"Hex Hall" é mais uma obra de fantasia urbana juvenil a juntar às pilhas cada vez maiores de livros deste género publicados em Portugal (começou com "Crepúsculo" e nunca mais parou, desde "Eternidade" e "Hush, Hush" aos "Jogos da Fome").

O meu principal problema com este livro (e com muitos outros de fantasia urbana direccionada para adolescentes... e acreditem; eu já li bastantes) é a sua história formulaica e pouco original. Compreendo prefeitamente que seja difícil ser original num género tão saturado (sei que não parece, em Portugal, mas vamos apenas dizer que em Portugal ainda só se publicaram cerca de 0,1% das obras de fantasia urbana para adolescentes que existem a nível mundial... ou algo do género), mas pareceu-me que a autora nem sequer fez um esforço.

"Hex Hall", pareceu-me, desde a primeira página, um clone muito mal amanhado de "Harry Potter". Posso apontar inúmeras semelhanças, desde o facto da protagonista ser uma bruxa que viveu durante 16 anos sem ter contacto com outros "Prodígios" até ao facto de ser bastante evidente, desde os primeiros capítulos que Sophie tem um "destino especial" e que tem mais poderes do que a bruxa comum. Para já não apontar a semelhança mais óbvia que é o facto de Sophie ser mandada para um colégio interno para "Prodígium" e ser regularmente atormentada por uma bruxa arrogante. Até a história - bruxas a serem atacadas na escola por uma criatura desconhecida - me pareceu bastante similar ao enredo de "Harry Potter e a Câmara dos Segredos".

Obviamente que existem pequenas diferenças... a escola não é exclusiva para bruxas e como em todo o livro de fantasia urbana juvenil que se preze, também este tem uma personagem masculina por quem a heroina tolamente se apaixona quase desde o início.

Apesar de ser muito parecido, em termos de história, com "Harry Potter", não se deve correr o risco de pensar que "Hex Hall" é uma leitura ao mesmo nível. Porquê? Porque J.K. Rowling passou obviamente, anos a pesquisar mitologia e folklore e dá-nos constantemente, no seu livro, referências sobre as origens de criatura A ou B. Em "Hex Hall" temos uma história meio aluada sobre como os "Prodigium" apareceram no mundo e pouco mais. Sophie é uma "bruxa negra"... ok, mas então quais são as diferenças entre bruxas brancas e negras? Qual a história dos vampiros? Dos mutáveis? Que tipo de poderes possuem as fadas? Não sabemos porque a autora não se digna a explicar (cortesia, em parte, do facto da história ser contada na primeira pessoa, mas hey Sophie... chama-se pesquisa).

No geral uma leitura agradável sim, mas muito mal construída em termos de história (que peca pela sua falta de originalidade) e personagens, que são extremamente estereótipadas: a rapariga "bully" e popular, o rapaz giro e misterioso, a amiga gay, etc. Até mesmo Sophie é neglegenciada e acho que nem sequer conseguimos sobre ela, uma descrição física completa.

Mesmo assim, apreciei mais este livro do que outros do mesmo género que li este ano, como "Hush, Hush" ou "Eternidade".

Review: To Conquer Mr. Darcy

Publisher: Sourcebooks (2010)
Format: Mass Market Paperback | 416 pages
Genre(s): Historical Romance
Description: "In Jane Austen's Pride & Prejudice, Mr. Darcy gives up on winning the woman he loves after she refuses his proposal of marriage. What if, instead of disappearing from her life, he took the initiative and tried to change her mind? In Impulse & Initiative, Mr. Darcy follows Elizabeth Bennet to her home in Hertfordshire, planning to prove to her he is a changed man and worthy of her love. THE PEMBERLEY VARIATIONS by Abigail Reynolds is a series of novels exploring the roads not taken in Pride & Prejudice."
Here's another book I really wanted to love (since Pride & Prejudice is one of my favorite books ever), but for some reason, I just... didn't.

"To Conquer Mr Darcy" is an alternate re-telling of Darcy's and Elizabeth's story. In this book, instead of strategically retreating after Elizabeth refuses him at Hunsford, Mr Darcy returns to Netherfield to try again to woo Miss Bennet. He does it by seducing her, basically (well, they also get to talk a lot, but seducing is a big part of it).

Strangely enough it wasn't that part I had problems with. I enjoyed the first few chapters, with Darcy wooing Lizzie, showing her he was different from what she thought. And showing her, through kisses that he loved her. I also liked Elizabeth's doubts and confusion at first... but then it sort of became monotonous, as if I was reading the same scene over and over again... they met, they kissed, she was astonished at how that made her feel and had doubts. This went on and on for too many pages. From almost the very beginning, we see Elizabeth's feelings change, but this doesn't mean (in the book) that the situation is resolved quickly. No, the author fills pages and pages of these encounters to the point where the reader (in this case, me) says "just get married already and stop meeting in forests and random walks and carriage rides!"

Then, after they admit their mutual feelings (and get engaged, then married), I must confess I felt a little spooked at the intensity of their "love". It was portrayed a bit more like an unhealthy obsession than love. And yes, I know this is common fare in historical romances of the bodice-ripper type (and it's what this is, believe me); the protagonists must be madly in love. But I don't think the author pulled it of, because... well, it didn't sound romantic and healthy it just seemed disturbing.

Another thing I had problems with was the writing style. The author did try to give it a "period feel", but again, she didn't pull it of. It didn't 'sound' like Austen at all, it just 'sounded' like a poor imitation. It made the book all the more boring, since I don't think Ms Reynolds was able to combine 19th century writing techniques and (supposedly) hot intimate scenes successfully.

I struggled to finish this. Five days for a 400-page mass market paperback is a lot of time for me. I just felt like the author dragged everything a little too much and the writing style didn't help.

Still, I have to give Ms Reynolds points for her creative concept.

Opinião: O Apelo da Lua

Editora: Saída de Emergência (2010)
Formato: Capa mole | 288 páginas
Géneros: Fantasia Urbana
Sinopse (SdE): "Mercy Thompson é uma talentosa mecânica de automóveis que vive na zona de Washington. Mas ela é muito mais do que isso: também é uma metamorfa com o poder de se transformar num coiote. Como se não chegasse, o seu vizinho é um lobisomem, o seu antigo patrão um gremlin, e neste momento está a reparar a carrinha de um vampiro. Este é o mundo de Mercy Thompson, um que parece igualzinho ao nosso, mas cujas sombras estão repletas de estranhas e perigosas criaturas da noite. E se até agora Mercy sempre viveu bem nesse mundo, aproxima-se o dia em que a sua preocupação vai ser apenas sobreviver… "

(A edição lida está no inglês original, mas os dados bibliográficos apresentados são da versão portuguesa para tornar mais fácil a identificação da obra)

"O Apelo da Lua" (Moon Called), é mais um daqueles livros de fantasia urbana que já li há algum tempo, pelo não me lembro de todos os detalhes da história. No entanto, lembro-me de ter gostado bastante da leitura. A opinião que se segue é uma "espécie de tradução" da que foi submetida no site da Amazon pouco depois de ter terminado a leitura da obra.

Mercedes, ou "Mercy" para os amigos é mecânica e vive na zona de Washington. A sua vida poderia ser descrita como relativamente normal e tranquila se não fosse o facto de se dar com um habitante de Faerie; ou o facto de ela própria não ser exactamente humana. Mercy é uma metamorfa e consegue transformar-se num coiote sempre que deseja.

Mesmo com estas pequenas excentricidades Mercy  vive uma vida calma até que um jovem lobisomem chamado Mac aparece, um dia, à sua porta em busca de ajuda. Entre a inexperiência de Mac, o "assédio" do Alfa da alcateia de lobisomens da zona, um velho amor que reaparece e vampiros alucinados, Mercy começa a pensar se não se terá metido numa situação sem remédio.

Este foi o primeiro livro que li desta autora e devo dizer que me agradou imenso. O estilo de escrita é extremamente captivante e prende o leitor desde a primeira página. A protagonista, Mercedes, é uma personagem bastante interessante; gostei imediatamente dela pois achei que representava uma mulher forte e independente mas não em excesso - o que é uma característica bastante comum em heroinas da fantasia urbana, que costumam ter mais traços de personalidade masculinos do que femininos... basicamente são mulheres "duras" que fazem frente a tudo e a todos e acabam por se pôr em perigo sem pensarem nas consequências. Mercedes não é como a maioria dessas personagens... ela reconhece as limitações do seu poder e da sua força. Achei esta sua faceta muito refrescante.

O grande problema deste livro (se é que é um problema) é ser muito... "mainstream". A autora não acrescentou, com esta obra e com a construção do seu mundo, nada de novo ao género da fantasia urbana. As suas descrições de lobisomens, vampiros e fadas são bastante genéricas e vulgares. O único elemento original é mesmo a ideia dos metamorfos e as suas características. Gostei também da associação dos metamorfos aos índios e à sua cultura.

Também a história nada tem de especial, apesar de ter todos os ingredientes para se tornar interessante: personagens com poderes místicos, um mistério e alguns conflitos amorosos.

No geral, "O Apelo da Lua" é uma boa leitura para os amantes da fantasia urbana, mas não prima pela originalidade.

Review: Blood and Ice

Publisher: Vintage (2010)
Format: Paperback | 495 pages
Genre(s): Historical Fantasy, Urban Fantasy, Mystery
Description: "After months of seclusion following a tragic accident, contemporary journalist Michael Wilde could use a distraction – not to mention some work. And when his editor offers to send him to Antarctica on assignment, he jumps at the chance.

So it is that Michael finds himself at the end of the earth, living amid scientists and explorers at a research station at the South Pole. But when two frozen bodies are found at the bottom of the ocean, he enters a whole new realm of discovery. Astoundingly, these two young outcasts – one of Florence Nightingale’s nurses and a member of the infamous Light Brigade – carry a deadly curse in their blood: one that enables them to rise from their frozen tomb and live again.

Combining the adventure of Clive Cussler with the bone-chilling suspense of Bram Stoker, BLOOD AND ICE stunningly takes the thriller to new territory."
Nice concept, but I didn't much like what the author has done with it.

I'm not really a fan of thrillers in general, but as this was a supernatural thriller, I gave it a try. I was expecting something a little different. I don't think Masello explored the vampire theme well enough, in part because he decided to tell two stories. The fact that the stories were related, doesn't change the fact that it broke the flow of the narrative... that's something that really annoys me (I didn't like it in The Eight and I certainly didn't like it here).

I understand the story of Sinclair and Eleanor was important, but I don't think it was important enough to the central story to deserve so many pages and chapters. It could have been summed up in a few flashbacks. As I read the book I actually thought all this time spent in flashback land stumped the progression and proper development of the main action.

Anyway, on with the review. The author had vampires... in Antarctica. And well, let's just say the characters weren't appropriately horrified. The vampires weren't appropriately scary or mean and no-one cared enough to properly research them. The entire "action" was very tame, very laid back, very relaxed... almost no action at all. It just wasn't... realistic. I mean, someone comes up to you and says... "you know, I think those guys are vampires" and you say "damn, I'll have to fill sooo much paperwork"?

The ending... was bad. I wasn't convinced by the solution they came up with at the end. It was... well, for the lack of a better word, lame.

Overall this was nothing special. I have to say I liked the author's writing style and his protagonist wasn't a annoying bastard like some characters from famous thrillers I could mention (*cough* Robert Langdon *cough*). Still, it had so much potencial.

Aquisições de Setembro (2)

Pois é... como já tinha dito, o final do Verão fez-me abrir os "cordões à bolsa"... e bem (embora, claro, tivesse sido mais grave se os tivesse comprado a todos em Português; aí não havia carteira que aguentasse)!

Aqui está a lista do resto das minhas aquisições de Setembro.

- Reckless de Anne Stuart
- Ruthless de Anne Stuart
- Love in the Morning de Lisa Kleypas
- Tempt me at Twilight de Lisa Kleypas
- A Hint of Wicked de Jennifer Haymore
- A Little Bit Wild de Victoria Dahl
- To Conquer Mr Darcy de Abigail Reynolds
- Armageddon's Children de Terry Brooks
- Blood & Ice de Robert Masello

Livros, Livros e mais Livros goes bilingual...

É verdade! Se alguém ficou de algum modo, surpreendido pela aparição de duas críticas em inglês no blogue, nestes últimos dias, passo a explicar; desde que descobri que o site Goodreads possui uma aplicação que permite transferir uma crítica directamente para o nosso blogue fiquei muito interessada em experimentá-la. 

E uma vez que escrevo a maioria das minhas críticas primeiro no Goodreads, em inglês (seja ele bom ou mau), esta aplicação tão conveniente convenceu-me a dar este passo... em vez de estar sempre a traduzir as críticas do inglês para o português e a colocar a tradução no blogue, vou passar a transferi-las na integra (esta ideia do blogue bilingue já foi posta em prática pelo site Cuidado com o Dálmata); o que não significa que todos os outros posts não sejam em português. Tenciono continuar a escrever posts relacionados com opiniões pessoais, aquisições e filmes e séries em português (bem como algumas críticas de livros, never fear, lol).

A razão (para além da conveniente ferramenta do Goodreads) que me levou a decidir pôr críticas em inglês no site é que muitos dos livros que leio nunca foram publicados em Portugal; logo, assumo que não são de grande interesse para a maioria dos leitores portugueses que, provavelmente e com razão, preferem ler opiniões sobre livros que podem comprar com facilidade e dos quais ouvem falar com mais frequência. Se o livro estiver publicado em Portugal, a minha crítica poderá então ser em português.

Enfim, é isto. :)

Review: With Seduction in Mind (Laura Lee Guhrke)

Publisher: Avon (2009)
Format: Mass Market Paperback | 384 pages
Genre(s): Historical Romance
Description: "Daisy Merrick has to earn her living, but she keeps getting the sack. When her rash tongue costs her yet another job, the feisty, outspoken girl-bachelor is undaunted, and she comes up with a plan that could give her a future beyond her wildest dreams. There’s only one problem. Her success depends on a man, the most infuriating, impossible, immovable man she’s ever met.

Sebastian Grant, Earl of Avermore, is England’s most famous author, but when writer’s block steals his creativity, Sebastian becomes more well-known for his notorious reputation than his work. When Daisy arrives on his doorstep, hired by his publisher to help him write his next book, Sebastian has no intention of cooperating. The provoking, fire-haired beauty stirs his senses beyond belief, and when collaboration forces them together at his country home, Sebastian knows he has only one way out. Seduction."
"With Seduction in Mind" is the fourth installment of Guhrke's "Girl Bachelor" series.

Although I loved "And then He Kissed Her", the first in the series and thought the third book was also good, this one was just... okay. Oh, it was 'steamy' (the praiser in the cover was right) and Daisy (the heroine) was 'cute' and appropriately fiery and defiant and all that, but I just couldn't seem to connect with her or Sebastian for that matter. I disliked him since he first appeared, as he behaved a lot like a sulky child. Also and even if it was 'steamy', I felt there was no real chemistry.

My overall word for describing this book is "blah". The characters, plot and everything else were okay and I liked them enough, but altogether there isn't really anything that stands out in this romance. It's just average. A pity since I really like this author and have read much better books by her.

Review: His at Night (Sherry Thomas)

Publisher: Bantam (2010)
Format: Mass Market Paperback | 417 pages
Genre(s): Historical Romance
Description.

I've heard so many good things about this author that I really, really wanted to love this book. But I didn't.

The overall concept was interesting (more funny than interesting), albeit improbable. However, as this is a work of fiction I was prepared to go along with it and have some fun. A 'dumb' hero is pretty original, or at least I've never read about one of those.

The thing is, the author didn't pull it off. The entire plot, the characters, the whole book were a little... off mark.

The first thing that annoyed me was the fact that the author decided to explain right at the beginning that Lord Vere wasn't actually dumb, he just pretended he was. Now, this is probably more a matter of personal taste, but I'd have preferred if, as the story unfolded we, the readers, discovered this fact(let's say, at the same time as Lady Vere). It would have made the story all the more interesting to read, in my opinion.

Second, I must confess I felt a complete lack of chemistry between the main characters. A lot of historical romances suffer this flaw, so it's not like it's unheard of, but as romance is all about sparks flying between the protagonists, I am always disappointed when the romance feels flat. Honestly to the end of the book I didn't feel any connection between Vere and Elissande and was puzzled as to how they suddenly decided they were in love.

Third, and this one is related to the second one, Vere was a very unlikable character. He spent most of the book not liking our heroine because she had deceived him when he had been deceiving everyone for years. I think the realization that he in fact hated his own deceitful ways came way too late in the book.

And these were my main problems with this book. Perhaps I had very high expectations because of all the raving reviews and recommendations, but I felt the book didn't deliver. The love story and the characters felt flat and it was not even very sensual either... the scenes of intimacy were not very well written and couldn't convey the desire that Vere supposedly felt for Elissande.

In this book's defence I will say that not all of it was bad. The author has a good writing style and a good sense of the period. Also, the non-romantic part of the plot (the mystery storyline) was pretty well crafted.

O Espelho Quebrado (2010)

Título Original: The Mirror Crack'd from Side to Side
Ano: 2010
Duração: 79 minutos
Com: Julia McKenzie, Lindsay Duncan, Joanna Lumley, Nigel Harman

Depois de ler o livro, decidi ver a adaptação de "O Espelho Quebrado" que saiu em Agosto deste ano.

No geral, é uma adaptação bastante fiel, embora tenham mudado os nomes de algumas personagens (coisa que costumam fazer quando as personagens têm nomes estrangeiros) e mudaram as relações entre alguns dos protagonistas. O que mais me incomodou foi terem eliminado Mr. Babcock da história, uma vez que ele é a personagem que, no livro, faz com que Miss Marple descubra finalmente a solução do problema.

Devo também confessar que Julia McKenzie, apesar de ser uma excelente actriz, não me convence no papel de Miss Marple. Talvez porque me habituei a ver Geraldine McEwan no papel (e gostei imenso) nas primeiras séries (mais recentes, está claro, não falo das mais antigas). Outro aspecto em que penso que a qualidade da série decaiu foi na "fotografia". As séries anteriores tinham mais cor e um uso mais artistico desta... por exemplo adorei "O Enigma das Cartas Anónimas" exactamente porque o editor de imagem fez um uso excelente do vermelho e do azul para transmitir emoções e o dramatismo de certas cenas.

No entanto, em termos de adaptação creio que está bem conseguida. Uma série (não apenas este, mas os outros três episódios também) a não perder, se se é fã de Agatha Christie.

Opinião: O Espelho Quebrado

O Espelho Quebrado de Agatha Christie
Editora: Edições Asa (2007)
Formato: Capa Mole | 220 páginas
Géneros: Mistério /Thriller
Sinopse (ASA): St. Mary Mead encheu-se de glamour quando a estrela de cinema Marina Gregg escolheu viver na, até então, pacata aldeia. Mas quando uma fã local é envenenada, Marina dá por si a protagonizar um mistério da vida real - secundada por uma performance arrebatadora de Miss Marple, que suspeita que o cocktail letal estava destinado a outra pessoa. Mas quem? E, se estava de facto destinado a Marina, qual era o motivo?
O Espelho Quebrado (The Mirror Crack’d from Side to Side) foi originalmente publicado na Grã-Bretanha em 1962, ano em que seria igualmente publicado nos Estados Unidos sob o título The Mirror Crack’d. Foi adaptado ao cinema em 1980, com Angela Lansbury no papel de Miss Marple, contando ainda com as interpretações de Elizabeth Taylor e Kim Novak. 1992 seria o ano da sua adaptação à televisão, com Joan Hickson como Miss Marple
O Espelho Quebrado ("The Mirror Crack'd") abre com a personagem principal, Miss Marple, a recuperar de uma bronquite. Miss Marple é ainda mais velha (já era idosa para começar) do que em livros anteriores e enquanto se encontra proibida pelo médico de sair de casa, reflecte nas mudanças operadas na sua pequena aldeia. Estamos agora nos inícios dos anos 60 e a sociedade mudou de forma dramática.

Mas um acontecimento bem conhecido de Miss Marple - um assassínio - vai permitir que ela prove que apesar da idade ainda tem uma mente muito ágil.

Uma leitura rápida e viciante, "O Espelho Quebrado" permite-nos mais uma viagem à vila inglesa de St Mary Mead. Miss Marple tem de puxar novamente pela cabeça e descobrir as motivações por detrás de um crime para o qual, aparentemente não havia motivo.

Gostei bastante (como aliás, gosto sempre) de ler este livro. O mistério não é extremamente previsível e de fácil resolução e as personagens com as suas personalidades complexas e motivos escondidos tornam a leitura interessante. Não que leia muitos livros de mistério, mas posso dizer que raramente encontro enredos tão bem construídos como nos livros de Agatha Christie.