Claymore (2007)

Título: Claymore (クレイモア)
Ano: 2007
Nº de Episódios: 26
Género(s): Acção, Fantasia

Foi uma conjugação de diversos factores que me levou a ver "Claymore", uma das inúmeras séries de animação produzidas anualmente no Japão.
A primeira (e mais importante) prende-se com o facto de eu ser uma "otaku" (só um pouco, lol) ou seja, uma pessoa que gosta de ler manga (BD japonesa) e ver anime (animação japonesa). A segunda tem a ver com o desafio da Whitelady, que reservou o mês de Maio à leitura de obras de autores japoneses e/ou sobre o Japão. Ela perguntou-me se eu não gostaria de participar, mas eu não fiquei muito convencida de ser capaz de ler livros só sobre o Japão durante um mês. Achei bastante mais fácil ver algumas séries animadas completas; foi assim que realizei a minha parte do desafio. Por fim, escolhi esta série em particular porque estou numa "fase" em que me apetece ler fantasia épica e consequentemente ver séries que se passem em ambientes fantásticos. Por tudo isto, "Claymore" foi a escolha ideal.

Orientada para o público masculino, o enredo de "Claymore" desenrola-se num mundo fantástico e medieval, onde monstros (chamados "Yoma") atacam vilas e cidades de humanos para se alimentarem. Após se alimentarem de um humano, os Yomas passam a assumir a forma da vítima confundindo-se com os outros habitantes e espalhando assim o terror entre aldeões e cidadãos que não sabem qual deles é nas verdade um monstro. Para combater este flagelo, uma misteriosa Organização recolhe mulheres e treina-as como guerreiras; o problema é que por melhor que se seja com uma espada é quase impossível para um humano matar um monstro. É por isso que após anos de treino estas guerreiras acolhem dentro de si, por meio de artes mágicas "a carne e os ossos de um Yoma", o que as torna mais fortes e mais rápidas do que os seres humanos normais.
Temidas tanto pelos Yomas como pelos humanos, estas guerreiras apelidadas de "Claymores" devido às espadas gigantescas que usam para a batalha ou "bruxas de olhos prateados" por causa dos seus olhos pouco usuais, viajam de cidade em cidade matando os monstros que as aterrorizam. A série segue a história de uma Claymore chamada Clare. À medida que a história se vai desenvolvendo, descobrimos o passado de Clare, o porquê das suas escolhas e também a razão porque se tornou uma Claymore.
O anime é baseado na Manga da autoria de Norihiro Yagi com o mesmo nome.

Gostei bastante desta série. Tem muita acção, bastante "gore" e é viciante. O ambiente fantástico é bastante genérico, com vilas medievais, guerreiros com armaduras e espadas. No entanto achei que o facto das mulheres serem as guerreiras mais fortes e serem elas que combatem e têm na verdade o poder para destruir os Yoma torna a história mais original. O enredo estava bem encadeado, com partes iguais (e equilibradas) de cenas de acção e desenvolvimento das personagens
O final foi um bocado abrupto porque, segundo consta, a manga ainda não está completa (pelo que algumas linhas de acção ficam incompletas), mas achei que, no geral, tanto em termos de história como de personagens, "Claymore" é uma anime bastante interessante... para quem gosta deste tipo de coisas. ^_^

Aquisições de Maio (2)

Mais umas comprinhas na Feira do Livro, eh eh. ^_^

"Teias de Sonhos" de Anne Bishop
Detalhes: Capa Mole - 400 páginas
Editora: Saída de Emergência / 2007

"O Jardim Encantado" de Sarah Addison Allen
Detalhes: Capa Mole - 270 páginas
Editora: Quinta Essência / 2008

"Alguém para Amar" de Jude Deveraux
Detalhes: Capa Mole - 310 páginas
Editora: Quinta Essência / 2008

"A Missão de Az Gabrielson" de Jay Amory
Detalhes: Capa Mole - 453 páginas
Editora: Gailivro / 2009

"Os Guardiães dos Mortos" de Ricardo Pinto
Detalhes: Capa Mole - 606 páginas
Editora: Editorial Presença / 2003

"O Olho do Mundo" de Robert Jordan
Detalhes: Capa Mole - 812 páginas
Editora: Bertrand / 2007

"A Grande Caçada" de Robert Jordan
Detalhes: Capa Mole - 738 páginas
Editora: Bertrand / 2007

Opinião: O Oito

O Oito de Katherine Neville
Editora: Porto Editora (2010)
Formato: Capa Mole | 632 páginas
Géneros: Mistério/ Thriller
Sinopse (Porto Editora): Conta a lenda que os Mouros ofereceram a Carlos Magno um tabuleiro de xadrez que continha a chave para dominar o mundo.
Sul de França, 1790. No auge da Revolução Francesa, o lendário tabuleiro de xadrez de Carlos Magno, oculto há mais de um milénio nas profundezas da Abadia de Montglane, corre o risco de ser descoberto. As suas peças encerram um intricado enigma e quem o decifrar terá acesso a uma antiga fórmula alquímica que lhe concederá um poder ilimitado. Para mantê-las fora do alcance de mãos erradas, as noviças Mireille e Valentine deverão espalhá-las pelos quatro cantos do mundo.
Dois séculos depois, Catherine Velis, uma jovem perita informática, é enviada para a Argélia com o objectivo de desenvolver um software para a OPEP. Nas vésperas da sua partida de Nova Iorque, um negociante de antiguidades faz-lhe uma proposta misteriosa: reunir as peças de um antigo xadrez. Cat vê-se assim envolvida na busca do lendário jogo de xadrez e torna-se numa das peças desta partida milenar, jogada ao longo dos séculos por reis e artistas, políticos e matemáticos, músicos e filósofos, libertinos e o próprio clero. Quem está de que lado? De quem será o próximo lance?
Passado e presente entrecruzam-se magistralmente neste thriller excepcional de uma autora de culto em todo o mundo, considerada a grande precursora dos romances de Dan Brown.
O Oito de Katherine Neville, é uma obra particularmente difícil de criticar, não apenas por ser considerado um livro 'de culto' (se tal existe) dentro do seu género, mas também porque me deixou a mim (como leitora) algo confusa; depois de o ler, fiquei sem saber se havia ou não gostado do livro, das personagens e da história. Após alguns dias de reflexão, decidi que tinha gostado bastante da ideia, mas não muito do resultado final... pois é, O Oito é mais um daqueles livros que tem por detrás um conceito excepcionalmente bom, mas depois falha na transmissão desse conceito ao leitor. Ou seja, a ideia é boa, mas a execução é fraca.

O livro começa de forma extremamente apelativa: em 1790, nos inícios da Revolução Francesa, as freiras do Convento de Montglane vêem-se obrigadas a desenterrar um segredo que guardaram por mais de um milénio. O segredo está contido nas peças de um antigo jogo de xadrez, que pertencera a Carlos Magno e que lhe fora oferecido pelos mouros. A abadessa de Montglane divide as peças pelas freiras e incita-as a fugir e a escondê-las pois se alguém juntar todas as peças ficará na posse de um poder capaz de destronar Reis. Seguimos duas noviças de Montglane, Mireille e Valentine que fogem para Paris com duas das peças... e aí acaba o capítulo.

No capítulo seguinte estamos em 1972 e conhecemos Catherine Velis, progamadora informática. Devido a um erro (leia-se: o facto de Catherine ter integridade), é mandada para a Argélia. Enquanto se prepara para a viagem, Catherine é arrastada para um misterioso Jogo, onde jogadores poderosos se movem para descobrir as peças de um antigo jogo de xadrez, o "Xadrez de Montglane" que se diz possuirem uma fórmula capaz de mudar o balanço de poder no mundo.

Basicamente todo o livro é um gigantesco "Jogo de Xadrez"... ou pelo menos é essa a ideia que a autora quer fazer passar mas fá-lo de forma atabalhoada; a narrativa não é complexa o suficiente para nela se entreverem os movimentos de um jogo de xadrez. Isto porque a autora decidiu contar duas histórias em paralelo: a de Mireille em 1790 e a de Catherine nos anos 70, não desenvolvendo assim a fundo o enredo que envolve a protagonista, Catherine. A história desta pareceu-me escrita de forma apressada, não havendo um desenvolvimento apropriado da trama. Catherine é envolvida no "Jogo" de forma muito idiota e irrealista. Gostei muito mais das aventuras de Mireille no século XVIII.
Penso que teria sido melhor que a autora centrasse todo o enredo no presente (ou melhor, no presente da narrativa, os anos 70 do século XX), fazendo referências à personagem de Mireille apenas; deste modo poderia ter desenvolvido muito melhor as personagens e criado melhor o efeito que pretendia atingir: a de que uma qualquer personagem obscura movia os protagonistas e outras personagens secundárias como Peões num jogo de xadrez.

Até mesmo o final foi decepcionante.

No geral "O Oito" é, como já referi, uma obra com bastante mérito devido à sua ideia original, mas escrita de forma algo fracturada; a interposição das narrativas tornam a leitura algo morosa por vezes, uma vez que quando estamos a entrar na história quer de Mireille quer de Catherine, o capítulo acaba e o próximo fala de uma personagem diferente. Isto para mim tirou ao livro muito do seu encanto.

Aquisições de Maio (1)

As primeiras aquisições deste mês, feitas logo no dia 1, na Feira do Livro de Lisboa. :D

"A Mecânica do Coração" de Mathias Malzieu
Detalhes: Capa Mole - 192 páginas
Editora: Contraponto / 2009

"O Décimo Terceiro Conto" de Diane Setterfield
Detalhes: Capa Mole - 368 páginas
Editora: Editorial Presença / 2007

"O Império do Medo" de Brian Stableford
Detalhes: Capa Mole - 432 páginas
Editora: Saída de Emergência / 2008