Aquisições da Semana (25)

Aqui está o aquisições da semana... passada. Pois, deu-me um ataque de preguicite e não postei as aquisições no fim de semana. Enfim. Veio um livro que estava em pre-order há algum tempo e comprei um que já há muito tempo estou interessada em ler, mas a versão hardcover era demasiado cara.

 Crewel - Gennifer Albin
When She Woke - Hillary Jordan 

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Opinião: Cinder (Marissa Meyer)

Cinder by Marissa Meyer
Editora: Planeta (2012)
Formato: Capa Mole | 318 oáginas
Géneros: Ficção Científica, Lit. Juvenil
Descrição (GR): "Com dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico. Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe repare um andróide antes do baile anual. 
Em tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional», mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender. 
Ansiosa por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há quem esteja disposto a matar."
(Nota: a edição lida foi a inglesa, mas apresentam-se os dados da portuguesa)

"Cinder" de Marissa Meyer foi um dos livros mais aclamados (pelos bloggers e reviewers, pelo menos) do início de 2012. Convenhamos que tem um enredo aliciante: é a história da Cinderela passada num futuro distante, na cidade de Nova Pequim. Temos a madrasta, sim, e as duas irmãs, mas a Cinder(ela) é uma mecânica ciborgue que se envolve numa conspiração real. O príncipe não está lá apenas para a salvar. E, bem, é ficção científica. Isso para mim é sempre bom.

Mas... esperava mais. Tinha altas expetativas, como calculam, porque pela sinopse me parecia que a Cinder ia ser uma personagem feminina forte e interessante. E que a autora iria fazer mais com a história do que apenas "recontar" o conto de fadas.

Não foi o que aconteceu. Oh, certamente que o imaginário criado pela autora é interessante. E a Cinder é uma das melhores protagonistas juvenis que já vi nos últimos tempos. Mas mesmo assim ainda fica caída pelo príncipe, ainda vai ao baile e ainda passa muito do livro a correr de um lado para o outro feita parva.

Gostei do facto da Cinder ser um ciborgue, considerada um cidadão de segunda categoria. Também gostei do facto da autora ter tentado humanizar todas as personagens; a madrasta tinha razões (distorcidas, certamente, mas não era maldade só para ser vilã) para agir como agia e a Cinder não é uma santinha que nunca faz nada de mal... também manda bocas. Achei que a madrasta e a Cinder brilharam como protagonistas; já o príncipe Kai bem podia não estar lá... e uma vez que ele narrou parte da história, o livro tornou-se aborrecido nalgumas partes.

Achei que a autora foi apenas medianamente bem sucedida na sua tentativa de incorporar as partes fundamentais do conto (príncipe, baile, a Cinder a ser maltratada) no seu mundo futurista; havia sempre demasiado a acontecer, com praga que assola a cidade e os misteriosos habitantes da Lua com os seus poderes mentais. O livro parava, por vezes, para descrever a vida de Cinder e penso que com tantas linhas de acção não era necessária a descrição dos tempos mortos.

No geral, um livro interessante e divertido com um mundo que parece bastante imaginativo (mas que precisa de ser aprofundado). A heroína tem imenso potencial para ser uma durona, mas pouco mostrou neste livro. O enredo é bastante previsível o que fez com que só lhe desse três estrelas, mas se não fosse isso merecia mais.

Opinião: O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares (Ramson Riggs)

O Lar da Sra. Peregrine para Crianças Peculiares by Ransom Riggs
Editora: Contraponto (2012)
Formato: Capa Mole | 344 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Lit. Juvenil
Descrição (Bertrand.pt): "Uma ilha misteriosa. Uma casa abandonada. Uma estranha coleção de fotografias peculiares. 
Uma terrível tragédia familiar leva Jacob, um jovem de dezasseis anos, a uma ilha remota na costa do País de Gales, onde vai encontrar as ruínas do lar para crianças peculiares, criado pela senhora Peregrine.
Ao explorar os quartos e corredores abandonados, apercebe-se de que as crianças do lar eram mais do que apenas peculiares; podiam também ser perigosas. É possível que tenham sido mantidas enclausuradas numa ilha quase deserta por um bom motivo. E, por incrível que pareça, podem ainda estar viva as...
Um romance arrepiante, ilustrado com fantasmagóricas fotografias vintage, que fará as delícias de adultos, jovens e todos aqueles que apreciam o suspense."
AVISO: Contém SPOILERS!
(Nota: a edição lida foi a inglesa, mas apresentam-se os dados da portuguesa)

Com a recente explosão de obras sobrenaturais juvenis no mercado português, é normal que uma pessoa alguma trepidação ao começar um livro do género.

No entanto depois das muitas opiniões positivas d'O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares que li no Goodreads estava com algumas expectativas em relação a este livro... e de certo modo estas expectativas não foram defraudadas. Mas lá chegaremos.

O nosso protagonista, Jacob, cresceu a ouvir as histórias fantásticas do seu avô, Abe, sobre o lar para crianças onde passara parte da infância.

Abe regalava o neto com o dia a dia atribulado de um conjunto de crianças muito peculiares: o rapaz que tinha abelhas dentro do corpo; a rapariga que flutuava como um balão e o rapaz invisível, entre muitos outros. Claro que Jacob, como todas as crianças cresce e aos 16 anos, sabe que as histórias do seu avô não passam de fantasia.

Quando Abe morre inesperadamente, atacado por uma criatura estranha as suas últimas palavras reacendem a dúvida no espírito de Jacob: será que aquilo que o avô lhe contava tinha um fundo de verdade?

As respostas estão numa ilha remota, no País de Gales, onde ficava o lar para crianças peculiares da Senhora Peregrine. E é para lá que Jacob vai.

Algumas opiniões no Goodreads mencionam que este livro parece ter duas "partes" (notavelmente a review dos Book Smugglers) e que o livro sofre uma transformação radical da primeira para a segunda parte. Eu concordo plenamente. Foi exactamente isso que senti ao ler o livro.

A primeira parte é genial. Muito atmosférica, com personagens bem desenvolvidas e uma magia muito própria. Abe conta histórias a Jacob e mostra-lhe fotografias antigas (reproduzidas no livro) de coisas "peculiares", o tipo de atracções que esperaríamos ver num circo dos anos 50. Jacob é um adolescente atípico e muitas vezes infantil, mas creio que resulta neste livro.

Depois da morte do avô é-nos mostrada a forma como Jacob lida com a dor e com os problemas que advêm de acreditar em "coisas peculiares". E claro, a visita à ilha e a descoberta das ruínas do lar da Senhora Peregrine tornaram a leitura ainda mais empolgante. Parecia estar a desenvolver-se um mistério interessantíssimo.

Infelizmente Jacob não tarda a perceber o que se passou no lar da Senhora Peregrine e a partir daí o livro perde muito da sua graça e encanto. Há um romance muito mal explicado e desenvolve-se uma linha de acção que é muito menos interessante do que a anterior. Algumas das explicações em relação aos "hollows" não me convenceram e algumas partes da história não fazem grande sentido. Continuamos a ter fotografias mas considero que são desnecessárias nesta parte e torna-se irritante ter o texto cortado por uma ou duas páginas de fotografias supérfluas.

No geral um livro com muito potencial e uma primeira parte belíssima. Mas penso que o autor quis fazer demasiado com a história logo no primeiro livro e ficou uma grande salganhada lá pelo meio. O facto de se apoiar nos materiais fotográficos durante o livro todo também não ajudou. Podia ter sido muito bom, mas mesmo assim recomendo. Dentro das obras juvenis com este tema, é das melhores publicadas em Portugal.

Opinião: Breathe (Sarah Crossan)

Breathe by Sarah Crossan
Editora: Bloomsbury (2012)
Formato: Capa mole | 384 páginas
Géneros: Ficção Científica, Lit. Juvenil
Descrição (GR): "When oxygen levels plunge in a treeless world, a state lottery decides which lucky few will live inside the Pod. Everyone else will slowly suffocate. Years after the Switch, life inside the Pod has moved on. A poor Auxiliary class cannot afford the oxygen tax which supplies extra air for running, dancing and sports. The rich Premiums, by contrast, are healthy and strong. Anyone who opposes the regime is labelled a terrorist and ejected from the Pod to die. Sixteen-year-old Alina is part of the secret resistance, but when a mission goes wrong she is forced to escape from the Pod. With only two days of oxygen in her tank, she too faces the terrifying prospect of death by suffocation. Her only hope is to find the mythical Grove, a small enclave of trees protected by a hardcore band of rebels. Does it even exist, and if so, what or who are they protecting the trees from? A dystopian thriller about courage and freedom, with a love story at its heart."
Há livros que lemos devagar simplesmente para que durem mais tempo; e há livros que lemos o mais depressa possível para acabarmos a leitura e podermos passar para outra coisa. Breathe encaixa-se nesta última categoria.

Quando escolhi este livro para figurar na rubrica Waiting on Wednesday, escrevi que era ficção científica distópica meets romance adolescente (e triângulo amoroso, hmm). Tem potencial para ser interessante... ou muito mau. Pois, apesar de não ter sido muito mau, está longe de ter sido bom.

Vejamos. Breathe passa-se num futuro incerto em que a Humanidade conseguiu dar conta do planeta ao destruir todas as florestas e praticamente todas as plantas, para já não falar dos oceanos. Um acontecimento chamado "The Switch" (a mudança) parece ter ocorrido de repente (ao invés de ser gradual) fazendo com que os níveis de oxigénio baixassem imenso e que o planeta se tornasse incapaz de suster vida.

Cerca de 100 anos mais tarde (deduzo eu, porque muito poucos pormenores nos são dados), os sobreviventes vivem em redomas onde o ar é constantemente reciclado. Como em qualquer boa distopia, temos uma classe privilegiada de indivíduos, os "Premiums" (ou ricos) e o resto (auxiliares ou pobres). Sair da redoma significa morrer porque a atmosfera na Terra tem apenas cerca de 3% de oxigénio (o que é o suficiente para chover, aparentemente). Previsivelmente, dentro da redoma, têm de se pagar impostos sobre o oxigénio.

Seguimos as aventuras de três personagens: a Bea, a Alina e o Quinn. A Bea é a típica estudante modelo pobre que aspira a uma condição mais elevada; a Alina é a rapariga pseudo-rebelde (literalmente); e o Quinn é o rapaz privilegiado. O livro vai sendo alternadamente narrado do ponto de vista destas três personagens, o que me irritou um bocado, confesso.

Com esta premissa, este poderia ter sido um livro muito interessante. Mas não foi. Eis porquê:

1. O enredo é demasiado típico: ou corriqueiro ou cliché, ou o que lhe quiserem chamar. Havia muito sítio por onde levar esta história, muitas linhas de acção que poderiam ter sido exploradas, mas a autora decidiu, preguiçosamente, tomar o caminho mais fácil, com vilões muito maus e previsíveis, uma conspiração escondida e rebeldes ambientalistas.

2. O triângulo amoroso define a acção. Quase tudo acontece porque a personagem A está apaixonada pela personagem B que por sua vez gosta da personagem C. O que me pareceu ridículo, mas lá está, é a formula deste tipo de livros e não sei porque é que ainda me surpreendo.

3. As personagens bidimensionais. São uns pãozinhos sem sal, não me consegui identificar com nenhum deles e não me interessei minimamente pelas suas histórias. As personalidades de Bea, Quinn e Alina são inconsistentes e as suas vozes indistinguíveis umas das outras.

No geral, temos um livro com uma premissa interessante, que podia ter dado origem a uma história intrigante. Mas o enredo simplista, as personagens apagadas e o foco no drama adolescente (vá lá, estão a tentar sobreviver num mundo sem oxigénio! Podemos ter mais tensão, please) tiraram muito do brilho a Breathe. O mundo está mal explorado e a história raramente faz grande sentido. Nem o romance me convenceu.

Se querem um bom livro de ficção científica com protagonistas jovens, não peguem em Breathe.

Lido para:

Aquisições da Semana (24)

Mais um Aquisições. Esta semana não esperava nenhum livro, tinha-me esquecido deste! Por isso foi uma agradável surpresa. :)

A Lady's Lesson in Scandal - Meredith Duran

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Waiting on Wednesday (15)

Mais um livro que descobri pelo Goodreads e que parece bastante interessante. :)
O tema parece-me ter umas parecenças com lendas de sereias e tal, e como eu gosto muito desta criatura mitológica...



Chantress - Amy Butler Greenfield
Editora: Margaret K. McElderry Books
Data de Publicação: 7 de Maio de 2013
Páginas: 336
Idioma: Inglês
Sinopse (GR): "Sing and the darkness will find you.
Shipwrecked on an island seven years ago, Lucy has been warned she must never sing, or disaster will strike. But on All Hallows Eve, Lucy hears tantalizing music in the air. When she sings it, she unlocks a terrible secret: She is a Chantress, a spell-singer, brought to the island not by shipwreck but by a desperate enchantment gone wrong.
Her song lands her back in England — and in mortal peril, for the kingdom lies in the cruel grasp of a powerful Lord Protector and his mind-reading hunters, the Shadowgrims. The Protector has killed all Chantresses, for they alone can destroy the Shadowgrims. Only Lucy has survived.
In terrible danger, Lucy takes shelter with Nat, a spy who turns her heart upside-down. Nat has been working with his fellow scholars of the Invisible College to overthrow the Lord Protector, and they have long hoped to find a living Chantress to help them. But Lucy is completely untrained, and Nat deeply distrusts her magic. If Lucy cannot master the songspells, how long can she even stay alive?
Beguiling and lyrical, dangerous and romantic, Chantress will capture readers in a spell they won’t want to break."
E vocês? De que livros é que estão à espera? (What books are you anxiously waiting for?)
Waiting on Wednesday is hosted by Breaking the Spine.

Opinião: Feed (Mira Grant)

Feed by Mira Grant
Editora: Orbit (2010)
Formato: Capa mole | 599 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Ficção Científica, Thriller
Descrição (GR): "The year was 2014. We had cured cancer. We had beaten the common cold. But in doing so we created something new, something terrible that no one could stop. The infection spread, virus blocks taking over bodies and minds with one, unstoppable command: FEED. Now, twenty years after the Rising, bloggers Georgia and Shaun Mason are on the trail of the biggest story of their lives - the dark conspiracy behind the infected. The truth will get out, even if it kills them."
Estou para aqui a pensar o que dizer acerca deste livro. A primeira coisa que me ocorre é: não aprecio histórias com zombies. Penso que já disse isto antes, noutra opinião sobre outro livro com um tema semelhante, mas é verdade. Apesar de gostar muito de livros de fantasia e de ficção científica, este tipo de histórias não são "a minha onda". Pouco se pode fazer com zombies: eles existem, os sobreviventes fogem e acaba tudo com muitos gritos e gore.

Mas, de vez em quando, surge um livro como "Feed". Um livro que parece tão interessante que me sinto compelida a lê-lo, mesmo não gostando particularmente do tema.

Para os fans do género: "Feed" não é, de todo, sobre os zombies. "Feed" é mais um thriller político que se passa num futuro pós-apocalíptico do que a típica história de um grupo de heróis a resistir corajosamente e a tentar agarrar-se à sua humanidade. Claro, os zombies estão lá; mas como diz uma das personagens, eles não são a história; são o background, as circunstâncias, parte integrante e inevitável do mundo em que os protagonistas se movem.

Em 2014, pesquisas médicas levam à criação de vírus que conseguem combater o cancro e a gripe. As pessoas celebram, obviamente. Mas a conjunção destes vírus tem consequências imprevistas: as pessoas infectadas começam a erguer-se depois da morte, focos concentrados de vírus cujo objectivo é infectar mais pessoas. Em breve toda a gente está infectada com os dois vírus, que estão dormentes dentro dos corpos dos seres humanos até ao momento da morte.

Em 2039, a sociedade sofreu alterações radicais: as pessoas passam o tempo dentro de casa e recusam o contacto humano; afinal, locais com muita gente podem ser focos de infecção. Mas a Humanidade sobrevive; os países sobrevivem. Com esta nova realidade, os bloggers tornaram-se uma fonte privilegiada de notícias, uma vez que a Internet se tornou a única forma de socialização possível para muitos.

E é esta a história. A primeira parte será certamente reminiscente do início do filme Eu sou a Lenda... também aí tudo começa com uma cura para o cancro. Mas Mira Grant desenvolve todo um mundo que gira em torno da infecção mortal conhecida como "Kellis-Amberlee". Ao contrário de muitos cenários pós-apocalípticos que envolvem zombies, em "Feed" os governos não caíram e os países não se dissolveram. As pessoas ainda vivem nas cidades e mandam os filhos para as escolas. Muitos vivem em locais fechados, murados e a zonas de convívio são cercadas e vigiadas.
Foram desenvolvidos protocolos de limpeza de focos de infecção (Grant demonstra isto admiravelmente mostrando que as personagens têm de ser testadas de cada vez que entram num novo edifício).

A socialização entre humanos quase desapareceu; as pessoas fazem tudo pela Internet (até mesmo votar no Presidente) o que levou a uma maior proeminência dos bloggers, que tiveram um papel decisivo quando as coisas deram para o torto. Em 2039, os bloggers foram forçados a especializar-se, sendo que alguns se dedicam a reportar as notícias e outros providenciam entretenimento (alguns procuram mesmo zonas proibidas e confrontam zombies).

É neste cenário que os nossos protagonistas, os irmãos adoptivos Georgia e Shaun Mason, bloggers de profissão, vão ganhar o trabalho das suas vidas: seguir um candidato presidencial na sua campanha. O Senador Ryman é o primeiro candidato a permitir bloggers na sua comitiva (estes ainda são mal vistos pela imprensa tradicional).

Em breve, os nossos heróis vêem-se envolvidos no que parece ser uma conspiração de proporções épicas.

Gostei muito. Muito, mesmo. Estava com um certo receio de ler este livro pelas razões já mencionadas e porque tinha lido em algumas opiniões que a escrita era densa e difícil, mas adorei. O mundo está muito bem desenvolvido e é original o suficiente. Sim, os zombies são uma ameaça real, mas a Humanidade consegue, ainda assim, sobreviver.

As personagens é que me desapontaram um bocado. O vilão é demasiado extremo. Georgia é a narradora durante a maior parte do livro e sinceramente não gostei muito dela (era demasiado convencida e achava que todos eram idiotas). Shaun narra apenas uma pequena parte do livro mas gostei muito mais da voz dele.

Não posso falar muito do enredo, para não spoilar, mas está excelente. Certos elementos serão, talvez, um bocado corriqueiros (a história de uma conspiração política não é do mais original), mas há algumas voltas inesperadas pelo meio que compensam tudo isto.

A escrita é fluída e lê-se bem, mesmo com as repetições dos procedimentos de segurança e quarentena (que servem, na minha opinião, para mostrar como a sociedade evoluiu face à infecção).

No geral, uma obra interessante, com um enredo intrigante que nos mantém colados às páginas. Não há o "sentido de urgência" que está presente em muitos thrillers, mas o mistério está bem desenvolvido. O ponto fraco são as personagens, que não me interessaram assim muito. Recomendado, especialmente pelo maravilhoso worldbuilding.
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Lido para:

Aquisições da Semana (23)

Olhem só o que estava à minha espera em casa! E sim, é o The Casual Vacancy que chegou finalmente! *squeeee*

Thief of Shadows - Elizabeth Hoyt 
Scandalous Desires - Elizabeth Hoyt 
Unclaimed - Courtney Milan 
An Unwilling Bride - Jo Beverly 
A Rogue by any other Name - Sarah MacLean
Pushing the Limits - Katie McGarry 
Breathe - Sarah Crossan
The Casual Vacancy - JK Rowling

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Temporada Ficção Pós-Apocalíptica

Um grupo de bloggers (o Livros, Livros e mais Livros incluído) decidiu aceitar este desafio da autoria da Telma do Ler e Reflectir. O tema: ficção pós-apocalíptica, um género de ficção especulativa que geralmente se passa no futuro (embora, ocasionalmente se possa passar em épocas mais recuadas), após um cataclismo de grande dimensão ter alterado radicalmente o planeta e consequentemente os sistemas políticos e sociais (se ainda existem). Livros como Os Jogos da Fome, de Suzanne Collins inserem-se dentro do género da ficção pós-apocalíptica. As sempre populares "distopias" (como Divergente de Veronica Roth, por exemplo) podem também fazer parte deste género se as mudanças sociais forem causadas por catástrofes, como referi acima. 

Começando no mês de Outubro e até dia 21 de Dezembro, os bloggers participantes nesta temporada irão ler e (talvez) escrever opiniões sobre livros deste género.

Por aqui a temporada arrancou com um bang, com a leitura do (até agora) fabuloso Feed de Mira Grant. Se estiverem interessados, agarrem no botão e toca a ler.

EDIT:

Aquisições da Semana (22)

Esta semana, mais um romance histórico da autoria de Kate Noble (gostei bastante do primeiro livro que li dela) e um YA distópico que tem tido muito boas críticas no Goodreads. :)


Compromised - Kate Noble 
What's Left of Me - Kat Zhang 

Baseado na rubrica In my Mailbox.

Waiting on Wednesday (14)

Nova entrada da rubrica "Waiting on Wednesday". Hoje trago mais um livro pós-apocalíptico que me faz lembrar um pouco a nova série de TV "Revolution". Está a ser publicitado como uma mistura de Matrix com a lenda de Pandora. Parece bastante bom, por isso apesar de não ter gostado especialmente de um livro que li da autora, gostava bastante de ler este!

Doomed - Tracy Deebs
Editora: Penguin Group USA
Data de Publicação: 8 de Janeiro de 2013
Páginas: 480
Idioma: Inglês
Descrição (GR): "Beat the game. Save the world.
Pandora’s just your average teen, glued to her cell phone and laptop, surfing Facebook and e-mailing with her friends, until the day her long-lost father sends her a link to a mysterious site featuring twelve photos of her as a child. Unable to contain her curiosity, Pandora enters the site, where she is prompted to play her favorite virtual-reality game, Zero Day. This unleashes a global computer virus that plunges the whole world into panic: suddenly, there is no Internet. No cell phones. No utilities, traffic lights, hospitals, law enforcement. Pandora teams up with handsome stepbrothers Eli and Theo to enter the virtual world of Zero Day. Simultaneously, she continues to follow the photographs from her childhood in an attempt to beat the game and track down her father, her one key to saving the world as we know it. Part The Matrix, part retelling of the Pandora myth, Doomed has something for gaming fans, dystopian fans, and romance fans alike."
E vocês? De que livros é que estão à espera? (What books are you anxiously waiting for?)
Waiting on Wednesday is hosted by Breaking the Spine.