Só Ler Não Basta - Ep. 15.2 - "As personagens"

Participei mais uma vez no "Só Ler Não Basta", um vídeo-log/tertúlia sobre livros, literatura e muito mais criado e apresentado pela Telma do Ler e Reflectir, pela Carla do Este meu Cantinho e pela Diana do Papéis e Letras. Este mês falámos sobre personagens. Ora vejam lá o que saiu daqui... ^_^


It's Monday! What are you reading?

E continuo a seguir a saga de FitzCavalaria. Nunca pensei dizer isto, mas esta série conseguiu agarrar-me de tal forma que quero sempre ler mais e mais, e parece que não me farto do mundo nem das personagens. Por isso, aqui estou eu com o segundo volume de "Tawny Man" (em Portugal, O Regresso do Assassino). Virei-me para os livros em inglês porque quando me deu para comprar a coleção em PT, comprei apenas a primeira série e o primeiro volume da segunda... por isso, olha continuo em inglês. Às vezes tenho dificuldade em identificar uma personagem por ter lido os outros livros em português, mas ultrapassa-se rapidamente. Não percebo bem a mulher tatuada na capa mas pronto... :/ 


Golden Fool - Robin Hobb

Quanto a posts, tivemos opiniões e, claro, um dedicado ao Dia Mundial do Livro!


Rubrica da autoria de The Book Journey.

Opinião: O Regresso do Assassino (Robin Hobb)

O Regresso do Assassino by Robin Hobb
Editora: Saída de Emergência (2011)
Formato: Capa mole | 565 páginas
Géneros: Fantasia
Descrição: "Ele é um bastardo com sangue real.
Ele é um assassino com poderes malditos.
Ele é a única esperança para um reino caído em desgraça.
Atreva-se a entrar num mundo de perfídia e traição que George R. R. Martin apelidou de "genial". Atreva-se a acompanhar um herói que a crítica considerou "único". O Regresso do Assassino é o regresso da grande fantasia épica. Se está à espera de mais do mesmo, este livro não é para si. Caso contrário... bem-vindo a uma aventura que nunca irá esquecer!"
Foi com alguma trepidação que iniciei a leitura desta continuação da Saga do Assassino. A primeira trilogia (divida em 5 volumes em Portugal) foi tão... épica, deixou-me com tanta sede de saber mais sobre o mundo que temi ficar desapontada com esta nova oferenda sobre Fitz. E fiquei, de certo modo... porque mesmo após mais de 500 páginas, continuo com imensas perguntas. E com uma vontade igualmente feroz de saber mais.

FitzCavalaria, o bastardo Manhoso vive em relativa paz há 15 anos. Adotou um jovem órfão chamado (A)Zar e ambos vivem da caça e do pouco que a terra lhes pode oferecer. Fitz usa agora o nome Tomé Texugo e é, para todos os efeitos um cidadão comum dos Seis Ducados. No entanto, sendo Fitz quem é, atrai novos pedidos de ajuda de Breu e do Bobo. Os Visionário, a linhagem reinante dos Seis Ducados, está ameaçada por forças externas, por uma mulher que se considera a verdadeira Profeta Branca. Por isso Fitz vai ver-se de novo envolvido nas intrigas da corte, com o seu amigo Bobo e com Olhos-de-Noite.

Esta leitura foi... intensa. Ao início custou-me a entrar na mesma porque as primeiras 120 páginas foram algo lentas e melancólicas à medida que Fitz revive os últimos 15 anos e tudo o que se passou. Mas, assim que Fitz abandona a sua cabana com o seu fiel lobo e submerge novamente na corte de Torre de Cervo, o livro torna-se de leitura tão compulsiva que tive de me forçar a parar, por vezes. A narrativa em primeira pessoa reforça ainda mais nesta nova trilogia, a ligação do leitor com Fitz.

Neste volume, a magia da Manha é uma parte central do enredo e a ameaça que cai sobre os Seis Ducados. É ao mesmo tempo o problema e a solução e por isso este livro está cheio da magia do Sangue Antigo e da sua beleza selvagem, dos costumes dos que a possuem e das possíveis formas de a perverter. Como tal, temos mais informações sobre os Sangue Antigo e a sua magia, o que me agradou porque era um dos aspetos acerca dos quais tinha alguma curiosidade. E a narrativa sugere que há mais por detrás do que se está a passar, algo que pode ajudar a esclarecer algumas das pontas soltas da última trilogia.

Foi também interessante ler sobre as mudanças em Torre de Cervo e operadas nas personagens que conhecemos em livros anteriores.

No geral, um ótimo começo para uma nova trilogia passada nos Seis Ducados e imprescindível para os fãs da série.

Opinião: My Lady, My Lord (Katharine Ashe)

My Lady, My Lord by Katharine Ashe
Editora: Billet-Doux Books (2014)
Formato: e-book | 284 páginas
Géneros: Romance histórico
Sinopse.

"My Lady, My Lord" é a minha estreia com a escritora de romances históricos Katharine Ashe. Apetecia-me ler mais um romance histórico antes de me atirar à segunda trilogia da Robin Hobb e escolhi este, que teve boas críticas da parte da algumas das pessoas que sigo no Goodreads. Além disso, gosto bastante de protagonistas antagonistas (eh).

E, no geral, gostei. Foi uma história fofinha e que faz qualquer pessoa dizer "aaawww".

Lady Corrina Mowbray é uma filha de um conde, que tem interesses bastante distintos dos da maioria das mulheres da sua época: ela gosta de ciências, literatura e de política e o seu sonho é poder participar ativamente nestes campos, tão limitados aos homens. Do que ela não gosta é da Ian Chance, o Conde de Chance que sempre foi seu vizinho. Para ela, Chance é tudo o que um homem não deve ser: um irresponsável que pensa apenas em bebidas, jogo e mulheres.

Ian Chance sempre achou que Corrina Mowbray era a mulher mais irritante que tinha o desprazer de conhecer. Ela e o seu narizinho empinado sempre estiveram lá, nos momentos mais marcantes (e mais embaraçosos) da sua vida, assim como a sua desaprovação silenciosa.

Basicamente, estes vizinhos... não podem um com o outro. Mas quando uma situação caricata os força a conhecerem-se melhor vão perceber que têm alguns preconceitos relativamente àquilo que cada um aparenta ser e é, efetivamente.

Foi, como disse, uma história bastante fofinha, que se lê bem. Há um acontecimento "sobrenatural" no livro que, sinceramente, me pareceu completamente desnecessário (dizer mais seria um grande spoiler), mas de resto gostei muito das personagens, das desavenças entre ambos e da gradual mudança (ou compreensão) dos seus sentimentos.

O melhor foi que, no fundo, as personagens não mudaram por causa um do outro; o que se passou é que se começaram a conhecer melhor e a deixar para trás preconceitos há muito enraizados. Gostei também imenso da química entre os protagonistas, porque há bastantes livros deste género que não têm este componente tão importante e como resultado a relação entre ambos... não parece tão apelativa ou credível.

No geral, mais uma leitura agradável dentro do romance histórico. Não foi dos melhores que li e, como disse, houve um acontecimento que sinceramente não achei que devesse lá estar uma vez que não foi convenientemente explicado e não ajudou assim tanto à evolução das personagens, mas de resto é um livro que se lê bem devido ao ritmo vibrante e à escrita fluída. Recomendado para amantes do género.

Opinião: Ligeiramente Casados (Mary Balogh)

Ligeiramente Casados by Mary Balogh
Editora: ASA (2013)
Formato: Capa mole | 336 páginas
Géneros: Romance histórico
Sinopse.

"Ligeiramente Casados" é o primeiro volume da Bedwyn Saga, uma das séries mais populares de Mary Balogh.

Apesar de já ter ouvido falar desta autora, de ter tido, inclusivamente o primeiro volume desta série em inglês, nas mãos, nunca me senti tentada a ler qualquer obra de Mary Balogh. Não consigo precisar porquê. Poderá ter sido porque uma vez li um livro dela e não o consegui terminar. Mas isso, como qualquer leitor assíduo sabe, pode dever-se a inúmeros fatores como um "reading slump", estar com pouca disposição para um determinado género, entre muitos outros.

Mas enfim, fui adiando e adiando, mas vendo a popularidade crescente da autora em terras lusas, comecei a interrogar-me se o problema não seria meu... talvez uma espécie de preconceito? E acabei por adquirir alguns volumes já publicados em português.

E desta vez consegui acabar, foi uma leitura que me custou pouco e um livro que li depressa. Mas, apesar de tratar de um casamento de conveniência, algo que me agrada neste tipo de livros, não posso dizer que adorei a história. E, provavelmente, um dos problemas foi mesmo o facto de o ter lido em português. Não que a tradução estivesse horrível (algumas gralhas, mas nada de especial), mas a verdade é que, tendo lido tantos livros do género em inglês, já sei como se processa a história, como se formulam as cenas e parece-me sempre que se perde algo em português. Mas pronto.

Eve Morris é filha de um mineiro galês que enriqueceu casando com a filha do dono da mina. Por isso, apesar das pretensões do pai e da sua educação de dama gentil, Eve tem consciência de que não pode aspirar a misturar-se com as mais altas esferas da elite... e não aspira. Aspira apenas a viver em Ringwood Manor, a sua casa, com os que lhe são queridos. Infelizmente, o destino tem outros planos e quando o irmão morre na guerra contra Napoleão, Eve poderá perder tudo para o seu primo e acabar na rua.

Aidan Bedwyn é um coronel corajoso para quem a honra está primeiro que tudo. Segundo filho de um duque, tem alguma sobranceria e sabe bem qual é o seu lugar na sociedade. Mas quando um dos seus subordinados, às portas da morte, o faz prometer proteger a irmã, Aidan não tem escolha se não fazer tudo para que Eve mantenha a sua propriedade e o seu estilo de vida... mesmo que isso implique casar com ela.

O que mais me agradou em "Ligeiramente Casados", mais do que a história de amor, que apesar de agradável não teve assim muito "fogo", foi a descrição detalhada dos rituais aristocráticos e da corte. Como Eve foi criada num ambiente rural, quando se torna Lady Aidan Bedwyn é forçada a preparar-se para eventos sociais aos quais nunca poderia ter imaginado que iria assistir. Um exemplo é a apresentação à rainha, por que todas as senhoras da alta nobreza têm de passar. Gostei imenso do detalhe sobre o tipo de vestido, as regras sociais e a rigidez dos costumes. Vê-se que a autora pensou e pesquisou bastante nestes aspetos.

As personagens foram... agradáveis. Não exatamente originais, sendo que Eve é demasiado "boazinha" e Aidan, um estereotipo algo vincado do homem "alto, forte e silencioso", mas também são suficientemente carismáticas para não serem completamente aborrecidas.

O enredo, como já mencionei anteriormente, não foge muito ao que é normal e esperado em livros que tratam de casamentos de conveniência: Eve e Aidan casam-se e pensam separar-se, mas diversos acontecimentos forçam-nos a estar juntos e a desenvolver o conhecimento mútuo e a intimidade.

No geral, um romance histórico escrito de forma interessante que mantém o leitor interessado. As personagens e o enredo não se distinguem particularmente, mas o detalhe e a atenção dedicados à sociedade inglesa do século XIX merecem uma menção, assim como a escrita fluída e cativante. Recomendado para os amantes do género.

It's Monday! What are you reading?


Os dias passam e já é novamente segunda-feira. Esta semana estou a ler um romance histórico com um "twist", que sinceramente não sei bem se estou a gostar ou não. Gosto de romances em que os protagonistas são... antagonistas, mas o tal "twist" é um bocado inverosímil, so far. Pode ser que melhore.


My Lady, My Lord - Katharine Ashe

No que aos posts diz respeito, esta semana foi um bocado mais calma do que a anterior. Apenas duas opiniões.

Rubrica da autoria de The Book Journey.

Opinião: Written in Red (Anne Bishop)

Written in Red by Anne Bishop
Editora: NAL Hardcover (2013)
Formato: Capa dura | 433 páginas
Géneros: Fantasia, Fantasia urbana
Descrição: "As a cassandra sangue, or blood prophet, Meg Corbyn can see the future when her skin is cut—a gift that feels more like a curse. Meg’s Controller keeps her enslaved so he can have full access to her visions. But when she escapes, the only safe place Meg can hide is at the Lakeside Courtyard—a business district operated by the Others.
Shape-shifter Simon Wolfgard is reluctant to hire the stranger who inquires about the Human Liaison job. First, he senses she’s keeping a secret, and second, she doesn’t smell like human prey. Yet a stronger instinct propels him to give Meg the job. And when he learns the truth about Meg and that she’s wanted by the government, he’ll have to decide if she’s worth the fight between humans and the Others that will surely follow."
Anne Bishop, a famosa autora da trilogia das Joias Negras, estreia-se na fantasia urbana com esta série intitulada "The Others" (Os Outros).

Meg Corbyn é uma cassandra sangue, ou "profeta de sangue". Viveu toda a sua vida presa num estabelecimento fechado onde ela e outras raparigas como ela são mantidas num ambiente estéril longe de tudo e de todos, apenas usadas pela sua capacidade de fazer profecias quando cortam a sua pele. Mas Meg quer ser mais do que uma ferramenta, uma comodidade por que os ricos pagam para terem acesso a um breve olhar do futuro. Por isso ela foge e refugia-se no único lugar onde estará a salvo dos seus carcereiros: a parte da cidade onde vivem os "Outros", onde a lei humana não se aplica. Mas viver entre os outros não é propriamente conducente a uma vida longa e saudável, pois estes habitantes sobrenaturais desprezam os humanos abertamente.

Sendo uma leitora assídua de fantasia urbana, estava com bastante curiosidade sobre este primeiro livro de Anne Bishop dentro do género. Afinal, gostei imenso da trilogia das Joias Negras e de todo o imaginário criado por Bishop para essa série. Queria saber como lidava a autora com fantasia urbana. E esta aventura não me desiludiu. Passa-se num mundo diferente, certamente (possivelmente para que a autora pudesse explicar com mais facilidade a sua mitologia relativamente aos Outros e aos deuses que compõem o panteão) mas é semelhante em tudo à sociedade que temos hoje em dia em termos políticos, sociais e tecnológicos. A única coisa que difere é que a história deste mundo foi pautada por diversos conflitos entre humanos e os Outros (vampiros, lobisomens, etc.) em que os Outros mostraram repetidamente a sua ferocidade e poder. Por isso, apesar de todas as suas inovações tecnológicas, os humanos vivem com receio destas criaturas sobrenaturais que controlam muitas das forças naturais do planeta. Por sua vez, os Outros, apesar de verem os humanos como 'carne', toleram-nos porque gostam das suas inovações tecnológicas. Assim, estas duas raças vivem uma coexistência tensa.

O mundo não é assim muito original, portanto, mas as personagens compensaram. Os Outros são realmente diferentes, não têm quaisquer escrúpulos em comer ou matar humanos... Ou seja têm uma aura inumana, diferente, não são heróis românticos e torturados mas no fundo humanos e bons. A Meg é um bocado uma Mary Sue ou seja, consegue conquistar todos os Outros com quem se encontra, mas é tão carismática enquanto personagem que isso mal tem importância. Gostei de todas as personagens, Meg, Simon, Vlad, Henry e a Tess (qual será o mistério por detrás desta personagem?) a narrativa é envolvente e mantém o leitor interessado e envolvido emocionalmente.

O enredo foi claramente introdutório, o objetivo era apresentar o mundo e as personagens principais mas a autora prepara o palco para outra história que nos permitirá ir mais fundo neste mundo e saber mais sobre as habilidades de Meg.

No geral, um primeiro livro muito interessante com um mundo que, apesar de semelhante ao nosso, parece ter personagens bem ricas. Irei certamente ler o volume seguinte. Recomendado para fãs da autora e para quem gosta de fantasia urbana.

Opinião: Nunca Seduzas um Escocês (Maya Banks)

Nunca Seduzas um Escocês by Maya Banks
Editora: Saída de Emergência (2014)
Formato: Capa mole | 336 páginas
Géneros: Romance histórico
Descrição (GR): "Eveline Armstrong é amada e protegida ferozmente pelo seu poderoso clã, mas é considerada "demente" por quem não pertence ao seu meio. Bonita, sobrenatural, com um olhar intenso, ela nunca falou. Ninguém, nem mesmo a sua família, sabe que ela não ouve. Eveline aprendeu sozinha a ler lábios e, feliz por viver com a sua família, nunca se importou que o mundo a visse como louca. Contudo, quando um casamento arranjado com um clã rival torna Graeme Montgomery seu marido, ela aceita cumprir o seu dever - sem estar preparada para os prazeres que se avizinhavam. Graeme é um guerreiro robusto com uma voz tão grave e poderosa que ela consegue ouvi-la, e umas mãos e beijos tão ternos e habilidosos que despertam as paixões mais profundas em Eveline. Graeme está intrigado com a sua noiva, cujos lábios silenciosos são como um fruto maduro de tentação e cujos olhos vivos e sagazes conseguem ver a sua alma. Assim que a intimidade entre ambos se aprofunda, ele descobre o segredo dela. E quando a rivalidade entre clãs ameaça a mulher que ele começara a apreciar, o guerreiro escocês moverá céu e terra para a salvar. Eveline despertou o seu coração para a melodia encantadora de um amor raro e mágico."
Maya Banks é um nome que aparece uma e outra vez nas capas de livros e parece estar bastante em voga em Portugal. Por isso, quando soube que a SdE ia publicar este livro em particular (que já queria ler há algum tempo), decidi, claro, adquiri-lo. Além disso, ainda não li assim muitos romances na época medieval (?) por isso porque não?

Esta foi uma leitura fofinha, lamechas e muito cativante.

Os Montgomery e os Armstrong, dois clãs rivais das Terras Altas, são inimigos ferozes (os motivos não são claramente explicados, pelo menos no primeiro livro). Por isso, o rei da Escócia decide que estes dois clãs devem unir-se através do matrimónio e decide juntar Graeme Montgomery (o Laird) com a filha dos Armstrong, Eveline. O problema é que Eveline é, segundo os rumores, louca e Graeme não quer passar a vida amarrado a uma mulher incapaz de lhe dar herdeiros. Por isso é com muita raiva que os dois clãs se veem obrigados a efetuar a união.

Mas nem tudo é o que parece. Eveline, longe de ser louca, é apenas surda, resultado de um acidente de cavalo que teve três anos antes. E Graeme vai descobrir que uma Armstrong pode não ser assim tão má como isso.

Este livro tem um enredo bastante formulaico: inimigos ferozes são obrigados por uma força externa a juntarem-se. Neste caso Graeme e Eveline têm de se casar. E como eu adoro casamentos arranjados (enquanto tema para romance histórico), pensei que este livro fosse mesmo a minha onda (que foi).

Por isso apesar do enredo previsível e das personagens estereotipadas, Nunca Seduzas um Escocês foi um livro que li depressa e com gosto. Não há grande coisa a dizer, porque este livro não se destaca por aí além dentro do género, mas posso dizer que é, sem dúvida, uma leitura compulsiva, com personagens carismáticas e um ritmo cativante. Recomendado para os amantes do género... afinal, quem consegue resistir a um escocês?

It's Monday! What are you reading?


Mais uma segunda-feira. É um dia chato e tal, mas pelo menos temos a rubrica It's Monday! What are you reading? Esta semana estou a ler uma novidade da Saída de Emergência: Nunca Seduzas um Escocês de Maya Banks. Sempre tive curiosidade em ler esta autora e até agora estou a gostar bastante da história. A capa, no entanto, é outro assunto. Que abuso do Photoshop! Ele é um homem gigante com olhos verde-venenoso, ele é sombras, ele é paisagem escocesas... O-o Enfim.



Quanto a posts, tivemos opiniões e outras. Concluí a maravilhosa série de Robin Hobb (que infelizmente foi "descontinuada" em Portugal... a autora, não a série), "iniciei-me" na literatura erótica (no pun intended, suas mentes pecaminosas) e li mais um aguardado "pré-bestseller" (o que, obviamente, não correu nada bem).
Rubrica da autoria de The Book Journey.

Opinião: Half Bad - Entre o Bem e o Mal (Sally Green)

Half Bad by Sally Green
Editora: Editorial Presença (2014)
Formato: Capa mole | 320 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Lit. Juvenil/YA
Sinopse.

(A edição lida está em inglês mas apresentam-se os dados da portuguesa)

Half Bad... "Entre o Bem e o Mal" ou, como eu lhe chamo, "O clone do Harry Potter sem qualquer tipo de desenvolvimento e genérico como tudo", é mais um daqueles livros super, hiper, mega antecipados, que até saiu aqui no mesmo dia em que saiu em inglês e tudo o mais. Basicamente é um daqueles livros com a incrível máquina publicitária de uma grande editora por trás e eu sou a idiota que comprou uma cópia na esperança de que se destacasse realmente, que fosse realmente original e interessante e diferente. Já mencionei original?

Pois, bem, se não gostam de tiradas irritadas, não leiam o resto. Eu estou um bocado irritada com este livro.

Primeiro, os pontos positivos: a escrita é razoavelmente boa. Falta-lhe sentimento, as frases são demasiado curtas mas é competente e prende o leitor. O protagonista não é demasiado irritante. E... é isto.

O protagonista chama-se Nathan e é um bruxo. Ele é filho de um Bruxo Negro e de uma Bruxa Branca e isso faz com que seja olhado com desconfiança pelos Bruxos Brancos (ser Bruxo Negro é, aparentemente, ilegal ou algo do género). Basicamente o Nathan é um maltratado por toda a gente porque tipo, ele é totalmente filho de um Bruxo Negro (atenção isto parece ser uma coisa genética). E?, perguntam vocês. Não faço ideia, respondo eu. Aparentemente é muito mau ser um Bruxo Negro, mas não se sabe bem porquê. Especialmente porque, como disse, parece ser uma coisa de nascença.

Então temos o protagonista super especial que é maltratado (woe). Temos bruxos. Já começam a ver as semelhanças? Eu faço uma lista:
1. Bruxos/Feiticeiros
2. Protagonista especial devido a circunstâncias relacionadas com nascimento/infância
2.5. Protagonista é parente/está relacionado com o vilão mais temido da história
3. Instâncias de bullying, incluindo por um membro da família
4. Os bruxos têm uma designação para as pessoas sem poderes (Não estou a gozar)
5. Bruxos "Negros" são olhados com desconfiança
6. Pureza do sangue tem valor
7. Há um órgão governativo para os Bruxos (o Conselho).
8. Há uma elite de Bruxos que caçam Bruxos Negros.
9. É preciso mais?

Como se isto não bastasse, a autora prescindiu completamente do seu mundo. Quem é que precisa de construir fundações, explicar conceitos ou até fazer com que as personagens usem magia, quando se pode simplesmente lançar o leitor no meio da confusão e esperar que se amanhem? Enfim.

As personagens são numerosas, nada memoráveis e nem com o protagonista consegui criar uma ligação. Dava ideia que a autora estava a tentar que tivéssemos ou pena dele ou que o achássemos rebelde, mas, epá, dizer asneiras não é propriamente rebeldia. :P

O livro tem umas 370 páginas mas muito pouco enredo. Os acontecimentos são vagos, meros esboços, a autora não conseguiu tornar nenhuma cena (ou personagem) digna de nota. O que temos em grande quantidade são cenas mais ou menos violentas, que me parecem estar lá mais para o shock value do que para outra coisa.

Quanto a magia... muito pouca. O sistema quase não é explicado e há muitas coisas que são confusas.

No geral, um livro que sinceramente, não me cativou. Tanto a história, como as personagens e o mundo têm pouco brilho e estão mal desenvolvidos. É como se este livro fosse apenas um molde onde se podem fazer livros sobrenaturais juvenis de sucesso.

Detalhes da versão original:
Título: Half-Bad
Série: The Half-Bad Trilogy
Ano:  2014

Opinião: Nove semanas e meia (Elizabeth McNeill)

Nove semanas e meia by Elizabeth McNeill
Editora: Quinta Essência (2014)
Formato: Capa mole | 150 páginas
Géneros: Romance contemporâneo, Lit. erótica
Descrição: "Quebraram todas as regras
Esta é uma história de amor tão pouco frequente, tão apaixonada, tão extrema e tão real que o leitor não pode deixar de seguir, fascinado, o seu desenvolvimento ritual. Duas pessoas cultas, civilizadas e independentes conhecem-se um dia por acaso numa rua de Nova Iorque, um domingo de maio nos anos setenta, e iniciam uma relação que em breve se tornará uma experiência sadomasoquista de rara intensidade. Desde o início, estabelecem espontaneamente entre eles estímulos sexuais que obedecem a um ritual instintivo de dominação e humilhação, ritual que é aceite primeiro com surpresa e depois com prazer genuíno, pela autora desta história chocante. Naturalmente, à medida que a relação progride, o casal embarca em jogos cada vez mais elaborados e sofisticados que, após nove semanas e meia, conduzem a mulher a uma absoluta falta de controlo do seu corpo e mente.
A verdadeira história de submissão sexual que inspirou o filme de culto: uma história perturbadora e fascinante, uma obra-prima da literatura erótica, que irá prendê-lo até à última página."
Sinceramente nem vou dar uma classificação a este livro. Porque não consigo, porque é demasiado perturbador, tão perturbador que ainda agora acabei de o ler e sinto que tenho de o expurgar de alguma forma da minha mente.

Quem nunca ouviu falar do filme Nove Semanas e meia? Bem, suponho que muita gente, mas tendo crescido nos anos 90 ouvi falar dele se bem que nunca o cheguei a ver. No entanto conheço-o como um filme erótico de alguma notoriedade. Por isso, quando vi esta nova edição na livraria e como me sinto algo curiosa com este fenómeno da literatura erótica, decidi comprá-lo e começar por aqui as minhas leituras dentro do género.

Não sei se fiz bem ou se fiz mal. É verdade que não tenho grande repertório relativamente a literatura erótica mas duvido que isto possa ser considerado um livro erótico per se. Oh, sim há sexo. E sexo sadomasoquista definitivamente. Mas creio que o livro se foca mais na componente emocional, uma vez que, tal como a heroína de "Cinquenta Sombras de Grey", também a protagonista deste livro (da qual nunca sabemos o nome) entrou quase que "por acidente" num mundo sobre o qual sabia muito pouco. Eu confesso que também sei muito pouco sobre SM mas sempre pensei que era algo que duas pessoas faziam com um conhecimento antecipado daquilo em que se iam meter, devido a um gosto por esse tipo de práticas sexuais, para além de, claro, terem uma boa dose de confiança um no outro. A protagonista deixa-se arrastar pela excitação e pela liberdade que lhe dá a submissão e acaba, penso eu, por se perder a si própria e a sua identidade. A sua experiência é ao mesmo tempo libertadora e aterradora até que acaba por a destruir.

O protagonista é um Mr. Grey dos anos 70; charmoso, rico, manipulador e acostumado a ter tudo o que quer. Ele vai "treinar" a protagonista para que ela seja aquilo que ele quer, sempre que ele quer. Quando ela quebra ele deita-a fora, descarta-a. Foi uma das coisas mais perturbadoras que já li... O amor enquanto força destrutiva. A autora não tenta disfarçar o carácter do protagonista: ele pode ser charmoso mas é também violento e manipulador e isso vê-se claramente. Não há embelezamentos de personalidade.

Para mim o que se destaca neste livro é a profundidade das mudanças operadas na protagonista. Como ela acaba por se perder, viver apenas para o protagonista (do qual também nunca sabemos o nome), ficar presa naquilo que pensava ser uma espécie de liberdade. Como os jogos sexuais e a submissão acabaram por tomar conta de toda a sua vida, se tornaram uma obsessão.
E como esta liberdade fictícia a arruinou no fim. O sexo podia ser bom, mas tinha consequências. É por isso que todas as fangirls do Mr. Grey deviam ler este livro... Porque é assim que acaba a história. Não em romance mas em terror.

No geral... indescritível.

Opinião: A Demanda do Visionário (Robin Hobb)

A Demanda do Visionário by Robin Hobb
Editora: Saída de Emergência (2010)
Formato: Capa mole | 476 páginas
Géneros: Fantasia
Descrição: "O verdadeiro rei dos Seis Ducados desapareceu numa missão misteriosa em busca dos Antigos para salvar o reino da ameaça dos Navios Vermelhos. O seu irmão usurpador está determinado a impor uma tirania cruel e não abrirá mão do poder, a não ser com a própria morte.
Fitz sabe que a única forma de por fim ao reinado do príncipe usurpador é iniciar uma demanda em direção ao reino das Montanhas onde irá descobrir a verdade sobre as profecias do Bobo. Mas a sua missão enfrenta um novo perigo com a magia do Talento a precipitar a sua alma para a beira do abismo.
Conseguirá resistir à magia e ainda enfrentar os obstáculos que surgem à sua demanda?"
Aviso: SPOILERS
E acabou. A espetacular e épica saga de Fitz, o bastardo de Cavalaria e o assassino do Rei terminou. E terminou em grande (de certa forma), mas também de forma desapontante (nalguns aspetos).

Vamos dividir isto por partes.

O que gostei
1. A Demanda: sendo uma continuação direta do livro anterior, A Vingança do Assassino, este último volume continua a focar-se na longa viagem de Fitz, Panela e seus companheiros para terras há muito não exploradas. Aí, encontram maravilhas da magia e do mito.

Esta parte agradou-me. Ok, as intrigas ficaram nos livros anteriores e este, tal como já tinham ficado no volume anterior, tem mais a estrutura de um livro fantástico tradicional, com uma viagem de um grupo de guerreiros e pessoas corajosas que andam em busca de algo, mas gostei de obter finalmente respostas para tantas das perguntas que se levantaram durante a leitura: Quem são os Antigos? Porque é que os Navios Vermelhos atacaram os Seis Ducados? E qual é a relação disto com a Manha.

A autora presenteou-nos com terras de encantar, com postes mágicos, estradas mágicas, tudo mágico e tão estranho que quase atirei o livro à parede de frustração pelo facto de os nossos heróis não ficarem ali, a explorar, a tentar saber mais sobre o declínio daqueles povos que aparentemente viviam de magia.

2. As personagens: sempre as personagens. A amizade entre o Bobo e Fitz foi bastante bem explorada neste volume o que me agradou pois embora ambos sejam os protagonistas, não tinha ainda vislumbrado uma verdadeira ligação entre eles. Panela, cujos segredos são bastante óbvios quase desde o início, foi mesmo assim uma personagem interessante. E claro, Kettricken, uma heroína subtil mas que está lá, um apoio corajoso e um verdadeiro Sacrifício.

Já não gostei tanto foi de Veracidade. Pareceu-me apagado neste livro. E Fitz conseguiu ser um bocado burrito. Olhos-de-Noite continua a merecer menção como a personagem mais sábia e fofa dos livros.

3. O Desfecho: foi satisfatório. Não ficaram pontas por atar relativamente a esta história em particular.

4. A Magia: a Manha foi algo muito bem pensado. Assim como o Talento, porque não se trata apenas de controlo mental é algo mais subtil, mais lato, algo de que se podem construir estradas.

O que poderia ter sido melhor
1. Os Vilões: porque ofereceram pouca luta e mesmo com justificações para as suas ações pareceram-me simplistas.

Os Navios Vermelhos, a cultura de vingança dos Ilhéus e a forma como os Forjados são "feitos" foi uma das maiores desilusões que tive na série. A autora dá uma explicação apressada sobre estes elementos, mas os Ilhéus mereciam mais. A magia do forjamento merecia mais.

2. A Magia: se foi uma das coisas de que gostei, também foi uma das coisas que me frustrou. Tanto por explicar! O que é, na realidade, o Talento? Tem de ser mais do que controlo da mente, porque a autora assim o diz, mas não nos explica como.

Quem criou os dragões? Foram os Antigos? Os Deuses? São os dragões os Antigos ou não?

3. O Desfecho: Algo apressado. Passou-se pouco tempo a explorar a origem ou natureza dos dragões. Os vilões foram destruídos de forma demasiado sumária. E Robin Hobb, desenvolva o seu mundo! Eu tenho de saber mais sobre os aspetos descritos acima: sobre as motivações dos Ilhéus, sobre a magia do Talento e da Manha e como tudo isso está relacionado com os Antigos!

No fundo foi este o aspeto que mais me desiludiu na saga. A autora foca-se tanto no enredo específico, na personagens de Fitz e do Bobo que apenas refere os elementos do seu mundo quando se relacionam com eles. E assim fica tanta coisa por explicar.

No geral, fiquei um pouco desiludida em algumas partes mas mesmo assim achei este livro fantástico! Esta é sem dúvida uma saga de leitura compulsiva, com um mundo interessante e personagens com todos os traços dos típicos heróis épicos mas também com os defeitos e as fragilidades humanas. Sem dúvida que lerei mais desta autora.

Novidades da Saída de Emergência para abril


A Saída de Emergência tem algumas novidades apetecíveis para abril, que vão desde a chick lit ao romance histórico inserido na sua nova coleção "A História de Portugal em Romances".




Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento: 11/04/2014
Descrição: Conheça uma mulher extraordinária, cujo dom raro ensina um rude guerreiro escocês a ouvir com o coração.
Eveline Armstrong é amada e protegida ferozmente pelo seu poderoso clã, mas é considerada “demente” por quem não pertence ao seu meio. Bonita, sobrenatural, com um olhar intenso, ela nunca falou. Ninguém, nem mesmo a sua família, sabe que ela não ouve. Eveline aprendeu sozinha a ler lábios e, feliz por viver com a sua família, nunca se importou que o mundo a visse como louca. Contudo, quando um casamento arranjado com um clã rival torna Graeme Montgomery seu marido, ela aceita cumprir o seu dever – sem estar preparada para os prazeres que se avizinhavam. Graeme é um guerreiro robusto com uma voz tão grave e poderosa que ela consegue ouvi-la, e umas mãos e beijos tão ternos e habilidosos que despertam as paixões mais profundas em Eveline.
Graeme está intrigado com a sua noiva, cujos lábios silenciosos são como um fruto maduro de tentação e cujos olhos vivos e sagazes conseguem ver a sua alma. Assim que a intimidade entre ambos se aprofunda, ele descobre o segredo dela. E quando a rivalidade entre clãs ameaça a mulher que ele começara a apreciar, o guerreiro escocês moverá céu e terra para a salvar. Eveline despertou o seu coração para a melodia encantadora de um amor raro e mágico.


Sublime Sedução de Karen Marie Moning
Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento17/04/2014
Descrição: Ele chama-me a sua Rainha da Noite. Por ele morreria. Mataria por ele, também.
Arrebatador e sedutor, este romance da nova série Fever leva o leitor a embrenhar-se nas aventuras de MacKayla Lane, a vidente de sidhe que se vê obrigada a afrontar uma Dublin infestada de Fae.
Quando Mac recebe uma página arrancada do diário da irmã morta, fica aturdida com as palavras de Alina. E sabe agora que o assassino da sua irmã está por perto. Mas o mal está mais perto ainda. A vidente de sidhe anda à caça: de respostas, de vingança. E de um antigo livro da mais negra magia, tão maléfico que corrompe quem quer que toque nele.
A demanda de Mac pelo Sinsar Dubh leva-a a percorrer as ruas escuras e ameaçadoras de Dublin com um suspeitoso polícia no seu encalço. Forçada a uma perigosa aliança triangular com V’lane, um letal Príncipe Fae, e Jericho Barrons, homem de mortais segredos, Mac não tardará a ver-se enredada numa batalha pelo seu corpo, mente e alma.


Revelada de PC Cast e Kristin Cast
Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento11/04/2014
Descrição: A Casa da Noite aguarda-te. Um local cheio de perigos e segredos onde os jovens marcados têm dois destinos: ou se transformam em vampyros ou morrem destroçados.
Aproxima-se o grande final da série Casa da Noite. Após os acontecimentos do último volume, Neferet está mais perigosa do que nunca e a sua sede por vingança irá lançar o caos e a destruição entre os humanos. Zoey e os seus amigos têm que enfrentar, mais uma vez, a violência dos seus inimigos e salvar a Casa da Noite do pior.
Conseguirá Zoey travar as ações de Neferet a tempo e evitar uma guerra em grande escala? O equilíbrio entre a Luz e as Trevas está seriamente comprometido e sacrifícios terríveis terão de ser feitos para preservar o mundo dos vampyros. Neste penúltimo volume da Casa da Noite, a eterna luta entre o Bem e o Mal chegará a um novo patamar e nada voltará a ser o mesmo.


O Tintureiro Francês de Paulo Larcher
Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento17/04/2014
Descrição: Uma história de amor e ambição no Portugal governado pela mão de ferro do Marquês de Pombal
Nos finais do séc. XVIII, o Marquês de Pombal viu-se a braços com um fracasso na sua política de regeneração industrial: a Real Fábrica de Panos, a menina dos seus olhos, apesar de todos os esforços e despesas não consegue produzir tecidos com a qualidade dos importados. Decide então convidar um tintureiro francês para vir a Portugal ensinar essa grande arte que, à época, fazia a riqueza e o prestígio das nações europeias.
O artista eleito foi o polémico Stéphane Larcher, que mal chega começa a revolucionar práticas e comportamentos. Um ano depois, cores nunca vistas vêm à luz e tecidos até então desconhecidos brilham em todo o seu esplendor. Ao partilhar a sua arte secreta com os portugueses, Stéphane sabia estar a arriscar a vida, a reputação e a fortuna. Mas ninguém o avisou que também comprometia fatalmente o próprio coração.

Editora: Saída de Emergência
Data de lançamento11/04/2014
Descrição: O que faz uma mulher quando vê a sua vida amorosa em ruínas?
Vinga-se de todos os homens que já a magoaram, claro…
Suzie Miller, uma conselheira sentimental desiludida, nem quer acreditar quando o novo namorado acaba com ela por sms. E logo a seguir a terem feito sexo… duas vezes! Decide então que chegou a hora de fazer cada um dos seus ex-namorados sentirem a dor que ela sentiu quando foi abandonada sem qualquer pudor. Os seus métodos são algo insólitos, mas esses homens merecem a humilhação em grande escala.
Eufórica por finalmente se ter insurgido, começa também a sugerir formas escandalosas para as suas leitoras lidarem com os pesadelos das suas relações. De repente, toda a gente quer conselhos da Suzie. Enfim satisfeita por estar solteira e a desfrutar da sua promissora carreira, parece que a felicidade está mesmo ao virar da esquina. Até que um homem se intromete no seu caminho…

Temporada Ficção pós-apocalíptica 2014 (balanço final)

Hoje vi um post sobre o balanço final desta temporada no blogue da Whitelady e lembrei-me que ainda não tinha feito o meu próprio balanço deste desafio que se estendeu entre 6 de fevereiro e 6 de abril.

Se estão recordados (provavelmente não), no meu post inicial tinha escolhido 3 livros para ler para esta temporada. Eram eles:
  1. The Postman de David Bryn
  2. Deadline de Mira Grant
  3. Angelfall de Susan Ee. [Opinião em PT]
Pois bem, tenho a dizer que acabei por ler só um, o terceiro. Tentei começar a ler o "The Postman" mas não estava para aí virada e nem sequer tentei começar o da Mira Grant. No entanto li vários livros que se inserem no tema:
  1. The Darwin Elevator de Jason M. Hough [Opinião em PT]
  2. Robopocalipse de Daniel H. Wilson [Opinião em PT]
E é isto... não sei bem se foi um fracasso ou um sucesso. :P

It's Monday! What are you reading?

Devido a problemas pessoais, não consegui ainda terminar este envolvente livro, pelo que esta segunda continuo com A Demanda do Visionário.


E, claro, o blogue esteve um bocado parado, mas ainda houve tempo para uma opinião:
Rubrica da autoria de The Book Journey.

Opinião: Romancing the Duke (Tessa Dare)

Romancing the Duke by Tessa Dare
Editora: Avon (2014)
Formato: Capa mole/Bolso | 370 páginas
Géneros: Romance histórico
Sinopse.

"Romancing the Duke" (A Sedução do Duque, por exemplo) é o primeiro livro de uma nova série romântica da autoria de Tessa Dare.

Apenas tinha lido um livro desta autora, que achei decente mas nada de especial. No entanto, este livro prometia livrar-se dos clichés que são a fundação deste género, por isso decidi ler este livro, uma vez que me estava a apetecer uma leitura mais leve.

Infelizmente, este livro não só é cliché na mesma como é algo confuso e muito pouco memorável.

A nossa heroína, Izzy Goodnight é filha de um autor de histórias de encantar. Quando o pai morre, Izzy fica na penúria mas recebe uma carta a dizer que o seu padrinho, um Conde qualquer, lhe deixou um castelo. Ou algo assim. De qualquer forma ela viaja para esse castelo, que é super gótico onde encontra um homem belo mas desfigurado com mau génio.

Esse homem é Ransom, um duque que teve um duelo e ficou com sequelas, incluindo cegueira (parcial?).

Ambos têm de viver no castelo até conseguirem perceber como a Izzy herdou um castelo que é do Ransom. E claro que se sentem muito atraídos um pelo outro.

Sinceramente a história não me pareceu nada de especial. A Izzy tem os problemas porque não é "uma beleza" mas yay para ela, o Ransom é cego por isso pode "amá-la" (porque como todos sabemos, as mulheres menos bonitas não merecem amor... I mean, really? Nojo.).

Mas o Ransom decide logo que ela é bela e que se sente sexualmente atraído por ela. Mas apesar de eles dizerem que se sentem super atraídos, sinceramente não "senti" essa atração.

A história é formulaica, com o herói torturado, a heroína fofinha mas insegura e uma legião de fãs dos livros do pai da Izzy que fazem as vezes de criaturas mágicas e/ou ajudantes dos contos de fadas.

No geral? Não me prendeu. A história é cliché e confusa, as personagens são estereotipadas e aborrecidas e o romance não é... romântico. Enfim, a escrita é competente, pelo menos.