Written in Red by Anne Bishop
Editora: NAL Hardcover (2013)
Formato: Capa dura | 433 páginas
Géneros: Fantasia, Fantasia urbana
Editora: NAL Hardcover (2013)
Formato: Capa dura | 433 páginas
Géneros: Fantasia, Fantasia urbana
Descrição: "As a cassandra sangue, or blood prophet, Meg Corbyn can see the future when her skin is cut—a gift that feels more like a curse. Meg’s Controller keeps her enslaved so he can have full access to her visions. But when she escapes, the only safe place Meg can hide is at the Lakeside Courtyard—a business district operated by the Others.Shape-shifter Simon Wolfgard is reluctant to hire the stranger who inquires about the Human Liaison job. First, he senses she’s keeping a secret, and second, she doesn’t smell like human prey. Yet a stronger instinct propels him to give Meg the job. And when he learns the truth about Meg and that she’s wanted by the government, he’ll have to decide if she’s worth the fight between humans and the Others that will surely follow."
Anne Bishop, a famosa autora da trilogia das Joias Negras, estreia-se na fantasia urbana com esta série intitulada "The Others" (Os Outros).
Meg Corbyn é uma cassandra sangue, ou "profeta de sangue". Viveu toda a sua vida presa num estabelecimento fechado onde ela e outras raparigas como ela são mantidas num ambiente estéril longe de tudo e de todos, apenas usadas pela sua capacidade de fazer profecias quando cortam a sua pele. Mas Meg quer ser mais do que uma ferramenta, uma comodidade por que os ricos pagam para terem acesso a um breve olhar do futuro. Por isso ela foge e refugia-se no único lugar onde estará a salvo dos seus carcereiros: a parte da cidade onde vivem os "Outros", onde a lei humana não se aplica. Mas viver entre os outros não é propriamente conducente a uma vida longa e saudável, pois estes habitantes sobrenaturais desprezam os humanos abertamente.
Sendo uma leitora assídua de fantasia urbana, estava com bastante curiosidade sobre este primeiro livro de Anne Bishop dentro do género. Afinal, gostei imenso da trilogia das Joias Negras e de todo o imaginário criado por Bishop para essa série. Queria saber como lidava a autora com fantasia urbana. E esta aventura não me desiludiu. Passa-se num mundo diferente, certamente (possivelmente para que a autora pudesse explicar com mais facilidade a sua mitologia relativamente aos Outros e aos deuses que compõem o panteão) mas é semelhante em tudo à sociedade que temos hoje em dia em termos políticos, sociais e tecnológicos. A única coisa que difere é que a história deste mundo foi pautada por diversos conflitos entre humanos e os Outros (vampiros, lobisomens, etc.) em que os Outros mostraram repetidamente a sua ferocidade e poder. Por isso, apesar de todas as suas inovações tecnológicas, os humanos vivem com receio destas criaturas sobrenaturais que controlam muitas das forças naturais do planeta. Por sua vez, os Outros, apesar de verem os humanos como 'carne', toleram-nos porque gostam das suas inovações tecnológicas. Assim, estas duas raças vivem uma coexistência tensa.
O mundo não é assim muito original, portanto, mas as personagens compensaram. Os Outros são realmente diferentes, não têm quaisquer escrúpulos em comer ou matar humanos... Ou seja têm uma aura inumana, diferente, não são heróis românticos e torturados mas no fundo humanos e bons. A Meg é um bocado uma Mary Sue ou seja, consegue conquistar todos os Outros com quem se encontra, mas é tão carismática enquanto personagem que isso mal tem importância. Gostei de todas as personagens, Meg, Simon, Vlad, Henry e a Tess (qual será o mistério por detrás desta personagem?) a narrativa é envolvente e mantém o leitor interessado e envolvido emocionalmente.
O enredo foi claramente introdutório, o objetivo era apresentar o mundo e as personagens principais mas a autora prepara o palco para outra história que nos permitirá ir mais fundo neste mundo e saber mais sobre as habilidades de Meg.
No geral, um primeiro livro muito interessante com um mundo que, apesar de semelhante ao nosso, parece ter personagens bem ricas. Irei certamente ler o volume seguinte. Recomendado para fãs da autora e para quem gosta de fantasia urbana.
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