Submissa by Shayla Black
Editora: Chá das Cinco/SdE (2013)
Formato: Capa mole | 328 páginas
Géneros: Romance contemporâneo, Lit. erótica
Editora: Chá das Cinco/SdE (2013)
Formato: Capa mole | 328 páginas
Géneros: Romance contemporâneo, Lit. erótica
Descrição (GR): "Kimber Edgington é uma virgem de vinte e três anos que está apaixonada, desde a adolescência, pela estrela de rock Jesse Mcall. Kimber sabe que estão destinados um para o outro e sonha com um casamento, mas a fama e viagens de Jesse tornaram-no uma celebridade conhecida por todo o tipo de aventuras sexuais.Determinada a provar que é uma mulher à altura para Jesse, Kimber recorre à ajuda do guarda-costas Deke Thornton, um amigo de longa data, e implora-lhe que a inicie no mundo do prazer. Embora Deke a avise de que está a brincar com o fogo, aceita, não querendo que a beleza inocente da jovem seja manchada por outros. É então que Deke e o seu amigo Luc dão a conhecer a Kimber as delícias do êxtase. O que Kimber ainda não sabe é que talvez não seja Jesse o homem certo para realizar os seus sonhos, afinal, é Deke quem invade as suas fantasias…"
A minha estreia "oficial" no género dos livros eróticos (excluo o Nove Semanas e meia porque acho o foco da história não é apenas o erotismo), podia ter sido melhor. Na verdade, apesar de ter revirado os olhos bastantes vezes ao longo desta leitura, por a achar inerentemente irrealista nalguns aspetos, não posso dizer que foi uma leitura propriamente penosa.
A protagonista desta história, Kimber, tem 23 anos e está a "guardar-se" para o amor da sua vida, a superestrela musical Jesse Mcall. Kimber sabe que os gostos do cantor são diferentes, que gosta de ménages pelo que decide pedir ajuda a um antigo empregado (?) do seu pai, que é conhecido por ter exatamente o mesmo tipo de preferências sexuais.
Deke sempre se sentiu atraído sexualmente por Kimber, mesmo quando ela tinha apenas 17 anos. (Aparentemente isso significa que ela é a mulher da sua vida, mas irei falar disso mais tarde). Por isso, quando ela lhe aparece à porta a pedir que ele a eduque sobre ménages, ele não fica propriamente satisfeito. Mas o seu parceiro de ménages, o seu primo Luc acha que devem dar uma oportunidade à rapariga. E Kimber decide que quer realmente começar a sua educação sexual na área, mas não quer sexo vaginal, porque se quer manter virgem para Jesse (revira olhinhos). Tudo o resto? É permitido. :P
E, enquanto Kimber aprende o que é fazer parte de um ménage decide também que talvez se esteja a apaixonar por Deke.
Enfim, esta leitura não constituiu propriamente uma surpresa. Esperava montes de sexo. Tem montes de sexo. O que não esperava era um tratamento tão "medieval" (nas palavras de uma pessoa com quem discuti isto) do tema da virgindade. Durante a sua "educação", Kimber participa em diversos atos sexuais que vão desde o sexo oral ao anal e, no entanto, continua a ser considerada "virgem" porque o seu hímen não foi tocado. Este conceito parece-me ser bastante ultrapassado (ou devia estar) e sinceramente, preocupa-me que a literatura contemporânea continue a perpetuar uma ideia errónea da virgindade feminina. Mas pronto, é um livro de ficção e não é o primeiro que leio que o faz.
As descrições de cenas de sexo, apesar de quentes q.b. (escaldantes, por vezes, eheh), acabaram por se tornar um bocado aborrecidas (eu sei, também fiquei surpreendida), porque havia tantas e havia tanto foco nas mesmas que o desenvolvimento da história (já de si fraquita) e das personagens sofreu.
Achei que o enredo não foi suficientemente desenvolvido. A premissa inicial (a Kimber aparecer na casa do Deke para lhe pedir que a "ensinasse") pareceu-me irrealista e não foi um bom começo para o que se adivinhava uma história de amor. No final, não consegui perceber muito bem como é que os protagonistas chegaram à conclusão de que se amavam. A história secundária, do maluco que persegue a família de Kimber não passa de uma desculpa para os protagonistas se encontrarem e... terem sexo.
Deke é previsivelmente torturado, mas a fonte dos seus medos é, para falar bem e depressa, uma parvoíce irrealista. Sinceramente, enquanto obstáculo a uma relação, não me convenceu.
Deke é previsivelmente torturado, mas a fonte dos seus medos é, para falar bem e depressa, uma parvoíce irrealista. Sinceramente, enquanto obstáculo a uma relação, não me convenceu.
Quanto às personagens, não gostei particularmente de nenhuma delas, exceto, estranhamente, de Kimber que mostrou ter personalidade, coragem e força. Mostrou ser uma mulher moderna e confortável consigo mesma. Kimber foi, juntamente com a escrita fluída, um dos pontos mais fortes do livro. Luc também me pareceu uma personagem equilibrada e espero que tenha um livro no futuro, porque me parece ser bem mais complexo do que Deke.
No geral, um livro pouco surpreendente que não é mais do que apregoa: um livro repleto de cenas de sexo com muito pouca história e um pobre desenvolvimento das personagens. É um bom livro para ler quando não se procura nada mais do que uma leitura extremamente leve, divertida e sexy.
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