Rosa Selvagem de Patricia Cabot
Editora: Livros D'Hoje/Leya (2012)
Formato: Capa mole | 368 páginas
Géneros: Romance Histórico
Sinopse.
Editora: Livros D'Hoje/Leya (2012)
Formato: Capa mole | 368 páginas
Géneros: Romance Histórico
Sinopse.
Rosa Selvagem foi o primeiro livro para adultos que li da autora. Já li bastantes livros juvenis da sua autoria, escritos sob o nome Meg Cabot, dos quais gostei muito.
Este romance histórico foi uma leitura agradável, sim, mas pouco surpreendente e creio que sofre de algumas inconsistências de desenvolvimento ao nível da história e das personagens. E depois, a heroína dá demasiados estalos ao herói e sinceramente isso fez-me um bocado de impressão.
Edward Rawlings, segundo filho de um duque e libertino reconhecido tem um grande problema: o seu pai morreu e o seu irmão também, pelo que se não encontrar o filho deste último arrisca-se a ter de ser duque, com todas as responsabilidades que isso implica.
O problema é que... o pequeno duque tem 10 anos e é ferozmente guardado pela sua tia, uma jovem escocesa chamada Pegeen. Edward não tem escolha se não trazer também esta mulher irritante, que é liberal, abomina o casamento e é antimonárquica consigo.
É esta a premissa inicial do livro mas, infelizmente, os dois protagonistas sofrem logo de um caso agudo de "luxúria à primeira vista", que me irritou imenso.
Depois, já na mansão de Rawlings, Pegeen, que supostamente quer abolir as classes sociais e os privilégios, demora muito pouco tempo a habituar-se à vida de luxo e ociosidade. Oh, ela faz alguns esforços simbólicos como ir visitar o Sindicato feminino, ou refilar porque se gasta demasiado dinheiro com a mansão, mas não tenta impor realmente os seus ideais, algo que uma pessoa que parecia defender tão acirradamente no início do livro.
Pensei sinceramente que esta diferença de ideias iria criar conflito, discussões e tensão entre os protagonistas, mas isso não se verificou. Não, o único problema mesmo é a tensão sexual. Não há assim muita conversa espirituosa ou troca de galhardetes e como era isso que esperava depois de ler a sinopse, fiquei desiludida. O que acontece quando se encontram é invariavelmente acabarem por libertar a tensão de outra maneira.
Edward é uma personagem caracterizada de forma tão inconstante como Pegeen. Para mulherengo não se envolve assim muito com mulheres e apenas ouvimos falar da sua reputação, não temos "provas" em primeira mão baseadas em acontecimentos no livro. E Edward não é particularmente charmoso.
O que quero dizer com isto é que, tendo já lido imensos romances históricos, devo dizer que penso que Patricia Cabot falhou um pouco na caracterização e coerência das personagens e também na própria coerência da história. As personagens são descritas de uma forma, mas agem de outra e a progressão do romance é pouco linear e realista.
No geral, uma leitura agradável mas um pouco confusa. Achei que Edward poderia ter sido mais sedutor, Pegeen ter mais espírito e o romance mais química. A personagem de Jeremy, o jovem duque ficou um pouco de lado o que também acho uma pena, porque poderia ter sido um elemento bastante engraçado. Enfim, talvez tivesse gostado mais, se já não tivesse lido tantos livros do género.
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