Editora: Editorial Presença (2010)
Formato: Capa mole | 916 páginas
Géneros: Ficção histórica
Sinopse: "Ken Follett, esse grande mestre do romance, publica uma nova obra de grande fôlego histórico, a trilogia O Século, que atravessará todo o conturbado século XX. Neste primeiro volume, travamos conhecimento com as cinco famílias que nas suas sucessivas gerações serão as grandes protagonistas da trilogia. Mas não esgotam a vasta galeria de personagens, incluindo figuras reais como Winston Churchill, Lenine ou Trotsky, que irão cruzar-se uma complexa rede de relações, no quadro da Primeira Grande Guerra, da Revolução Russa e do movimento sufragista feminino. Um extraordinário fresco, excepcional no rigor da investigação e brilhante na reconstrução dos tempos e das mentalidades da época."
No ano passado li “Os Pilares da Terra” de Ken Follett e
achei que o autor tinha bastante “jeito”, digamos assim, para a construção de
personagens e para tecer uma boa história.
A leitura de “A Queda dos Gigantes” cimentou essa ideia. A
estrutura é semelhante, uma vez que seguimos diversas personagens (desta vez,
em diversos países) durante pouco mais de uma década, num século onde as
mudanças sociais, políticas e mesmo económicas foram profundas.
O problema é que… não gosto especialmente desta época. A
cadeira de “História contemporânea” foi das que menos gostei na faculdade. Não
sei bem porquê, nunca me cativaram as guerras, as mudanças sociais e a
emergência de novas potências ao nível mundial. Por isso, esta trilogia de
Follett nunca esteve no meu radar.
Mas quando o livro me apareceu em casa (mais um daqueles
raros, que não fui eu que comprei), decidi experimentar. A escrita de Follett
tinha-me cativado no passado; talvez voltasse a fazê-lo. E fez.
Ken Follett conseguiu manter o meu interesse num livro sobre
os inícios do século XX, uma das épocas históricas de que gosto menos, durante
900 páginas.
A história centra-se em cinco famílias diferentes, duas
inglesas (ou galesas), uma americana, uma russa e uma alemã e tece com mestria
uma tapeçaria dos inícios do século XX, da luta das classes operárias, das
mulheres pela igualdade e das mudanças sociais e políticas que ocorreram em
toda a Europa.
Ok, houve um pouco de caracterização exagerada da América
como um país perfeito, mas de resto, Ken Follett conseguiu apresentar um
retrato bem construído das profundas mudanças operadas na Europa e mesmo no
mundo, através das vivências das suas personagens.
Personagens essas, que achei bem caraterizadas e
interessantes. Walter, o alemão que se bate contra a guerra, Ethel, a
sufragista, William o rapaz simples mas sábio e os seus pais, que representam as
gerações mais conservadoras apesar do seu progressismo.
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