Opinião: Fluency (Jennifer Foehner Wells)

Fluency de Jennifer Foehner Wells
Editora: Blue Bedlam Books (2014)
Formato: e-book | 283 páginas
Géneros: Ficção científica
Sinopse: "NASA discovered the alien ship lurking in the asteroid belt in the 1960s. They kept the Target under intense surveillance for decades, letting the public believe they were exploring the solar system, while they worked feverishly to refine the technology needed to reach it. 
The ship itself remained silent, drifting. 
Dr. Jane Holloway is content documenting nearly-extinct languages and had never contemplated becoming an astronaut. But when NASA recruits her to join a team of military scientists for an expedition to the Target, it’s an adventure she can’t refuse. 
The ship isn’t vacant, as they presumed. 
A disembodied voice rumbles inside Jane’s head, "You are home." 
Jane fights the growing doubts of her colleagues as she attempts to decipher what the alien wants from her. As the derelict ship devolves into chaos and the crew gets cut off from their escape route, Jane must decide if she can trust the alien’s help to survive. "
"Fluency" de Jennifer Foehner Wells, é um livro que já estou para ler há algum tempo, uma vez que a premissa me pareceu extremamente interessante.

Há mais de 50 anos, a NASA descobriu uma nave espacial, aparentemente abandonada, a flutuar na cintura de asteroides para além de Marte. Apenas no século XXI, é que a tecnologia permite que uma equipa de astronautas, entre eles a linguista Jane Holloway, partam numa cápsula para uma viagem de 18 meses até à estranha nave. O seu objetivo é, claro, explorar este veículo alienígena e tentar trazer dados sobre a tecnologia do mesmo. E, claro, se a nave tiver habitantes, encetar um primeiro contacto.

Contudo as coisas começam a correr mal logo de início. Jane começa a ter ataques que a deixam inconsciente e convencida de que está a comunicar telepaticamente com uma forma de vida extraterrestre, a pequena tripulação de seis começa a desintegrar-se e têm de lutar contra estranhos animais que parecem ter tomado conta da nave. 

O que aconteceu à tripulação original? O que são estes estranhos seres, parecidos com lesmas gigantes, que povoam a nave. E estará um dos alienígenas ainda vivo e na cabeça de Jane?

Gostei desta leitura. Sim, tem as suas falhas, nomeadamente devido ao facto de ser uma ideia ambiciosa, um livro sobre um "primeiro contacto", mas falhar devido à exploração pouco cuidada deste conceito.

Para além disso, a sociedade extraterrestre não era suficientemente... extraterrestre. Eram quase iguais aos humanos, o que foi bastante desapontante.

As personagens não foram grande impedimento à história, nem foram irritantes (exceto, talvez, o Walsh) mas também não senti grande ligação com nenhuma. Jane depressa se converteu numa "Mary Sue", com todos os poderes e todas as certezas.

No geral, apesar de ter gostado do livro e da leitura, e da ideia por detrás de "Fluency", creio que o enredo e o mundo mereciam um maior e mais cuidado desenvolvimento. Havia muito mais a dizer, mais a explorar e as explicações que nos foram dadas pareceram-me insuficientes e até mesmo confusas. Há muitos conceitos novos que aparecem nas conversas entre Jane e o extraterrestre, e apesar de ela compreender tudo, nós os leitores ficamos a coçar a cabeça nalgumas partes. Também não fiquei assim muito entusiasmada com a ideia de que "os seres humanos eram a última esperança", mas pronto.

Gostaria de seguir esta série, quanto mais não seja para ver o que acontece a seguir e para tentar compreender melhor este mundo de seres tão parecidos com os humanos que parecem mesmo ter uma origem genética comum. A autora lança algumas ideias muito interessantes relativamente a experiências feitas por raças muito antigas e ao surgimento de formas de vida. Espero, pois, que haja mais livros.

Opinião: Para Sempre (Judith McNaught)

Para Sempre de Judith McNaught
Editora: ASA (2014)
Formato: Capa mole | 448 páginas
Géneros: Romance histórico
Sinopse.

"Para Sempre" é a minha estreia com a autora Judith McNaught, mas não a minha estreia no género do romance histórico. Talvez seja por isso que não adorei este livro tanto quanto estava à espera de adorar com base na sinopse e nas opiniões positivas sobre este livro e sobre a obra da autora em geral.

Victoria Seaton vive na América no início do século XIX e é filha de um médico. É uma jovem relativamente feliz, que tem uma família relativamente normal e um rapaz a quem está prometida.

Mas tudo isso muda quando os pais de Victoria morrem num acidente de carruagem e ela e a irmã são mandadas para a Inglaterra para morarem com os seus parentes ingleses; que são, nada mais, nada menos do que uma duquesa e um duque.

Separada da irmã, Victoria vai ter de se adaptar a uma sociedade completamente diferente da que conheceu enquanto espera que Andrew, o seu jovem prometido, a venha buscar.

Começando pelo que gostei, o que mais me impressionou foram as diferenças entre as sociedades americana e inglesa. Descendentes de colonos, os americanos estavam na altura, ainda a desenvolver a sua sociedade e mais preocupados, provavelmente, com a sobrevivência do que com a etiqueta. Já a sociedade inglesa era, na época, altamente cerimonial e rígida e a autora descreve tudo isso de forma simples mas vívida. 

Gostei também da personalidade de Victoria. Ok, ela é um bocado uma "Mary Sue" que sabe fazer de tudo um pouco desde disparar uma arma, a montar um cavalo sem sela, passando pelos remédios e cataplasmas que aprendeu a preparar com o seu pai. Todos os criados, aldeões e animais gostam dela. É sinceramente, um bocado demais, só lhe faltou começar a cantar. E, uma vez que é evidentemente corajosa, não entendo porque aturou tanta parvoíce do herói, mas enfim.

Não gostei particularmente de Jason. É demasiado arrogante, frio e um idiota chapado. Ok, o passado dele é negro e torturado, mas não desculpa todas as suas ações (inclusive a parte em que forçou as suas atenções na heroína... tipo, nojo? Quer ela tenha gostado no final ou não, ela disse "não".)

A história não é uma surpresa por aí além, é o enredo formulaico deste tipo de livros e quem já leu tantos como eu não consegue sentir a história com a mesma força que sentem aquelas pessoas que só leem um destes romances de vez em quando.

No geral, foi uma boa leitura dentro do género. Não gostei muito do herói, a heroína podia ter mostrado mais coragem e fogo e o romance entre ambos teve alguma química, mas nada de especial. Achei também que a resolução foi demasiado apressada, que Jason, tendo em conta a sua personalidade, capitulou, digamos, demasiado depressa. Para já não falar na cena com Andrew, que não ficou de todo resolvida.

Recomendado, mas com algumas reservas; se preferem os vossos heróis torturados mas com princípios sólidos, Jason não é o ideal.

No entanto, esta história dramática e fulgurante irá, sem dúvida atrair muitos amantes do romance histórico. Além disso, a construção ao nível histórico está, penso eu, bastante bem conseguida. 

Opinião: Na Sombra da Noite (J.R. Ward)

Na Sombra da Noite de J.R. Ward
Editora: Casa das Letras (2009)
Formato: Capa mole | 428 páginas
Géneros: Romance paranormal
Sinopse.

(Livro lido em inglês, mas apresentam-se os dados da edição portuguesa)
Bem. Nem sei bem o que dizer. Este livro e o outro livro (O Beijo da Meia-Noite de Lara Adrian), são tão parecidos que opinar sobre um é opinar sobre outro. 

Neste primeiro livro da Irmandade da Adaga Negra conhecemos Beth, uma jornalista para um jornal de segunda que um dia vai a sair do trabalho e é vítima de assédio sexual (o que serve para, suponho, todos os gajos apaixonados pela Beth darem numa de machos).

Mas Beth não é uma pessoal qualquer. Ela é meia-vampira e o seu pai, Darius, pediu ao chefe dos guerreiros da Irmandade da Adaga Negra, o gigante Wrath, que acompanhasse Beth na sua transição para vampira. 

Wrath é então um vampiro pertencente à Irmandade da Adaga Negra, uma elite que luta contra os "lesser" uma sociedade que quer acabar com os vampiros e dominar o mundo. Como Darius morreu, Wrath sente-se compelido a ajudar Beth. Mas Wrath, que só pensa no dever, não quer ter nada a ver com Beth...

Viram o que eu fiz? Peguei na minha outra sinopse, colei aqui, fiz algumas alterações e voilá! E vou continuar! Ora vejam:

Na Sombra da Noite foi, sem dúvida, uma leitura compulsiva. A escrita da autora lê-se muito bem. A história é um bocado descabida, o mundo criado perde muita da sua magia quando nos apercebemos que os vampiros mais não são do que pessoas normais que vivem muito tempo e sugam sangue. Além disso, os dois protagonistas caem na cama demasiado depressa tendo em conta que Wrath entra à balda na casa de Beth e BAM... sexo com eles. *rolls eyes*

O mundo parece ter algum lugar para desenvolvimento (a autora até tem um glossário no início), mas neste livro não entramos assim muito nele e nos mistérios da Irmandade. 

No geral, uma ótima leitura para passar o tempo, mas nada de especial... a exploração do mundo pela autora é incipiente e o livro, apesar de grande, foca-se no "romance" (entre aspas porque são só cenas tórridas e luxúria na maior parte do livro), o que para mim foi uma pena. Mais interessante do que o seu "gémeo" (O Beijo da Meia-Noite), mas pouco mais. No entanto, fiquei com alguma curiosidade relativamente a esta série, que me parece poder ser mais do que apenas vampiros e mulheres a formarem casais.


Outras obras da autora:

Tentações: Diário de uma Obsessão (Claire Kendal)


Eis a segunda edição da rubrica "Tentações". O livro desta edição vai ser publicado em outubro pela Saída de Emergência e parece muito, mas mesmo muito interessante. É o Diário de uma Obsessão de Claire Kendal. A data de lançamento é dia 10 de outubro!

Imagem daqui.

Os fãs de Gone Girl irão arrepiar-se com este thriller sobre poder e perseguição. 
Clarissa está cada vez mais assustada com o seu colega Rafe. Ele não a deixa em paz e recusa-se a aceitar “não” como resposta. Está sempre presente. 
Ser convocada para ser jurada é um alívio. A sala do tribunal é um abrigo seguro, um lugar onde Rafe não pode estar. Mas à medida que uma narrativa de rapto e violação se desenrola, Clarissa começa a ver paralelismos entre a sua situação e a da jovem na barra das testemunhas. Se quer sobreviver, Clarissa terá que expor o seu perseguidor. Ao desenredar o macabro e perverso conto de fadas que Rafe teceu em torno deles, descobre que o final que ele visiona é mais aterrador do que ela poderia alguma vez imaginar. Mas como é que alguém pode proteger-se de um inimigo que mais ninguém consegue ver?


Rubrica da autoria de Girl in Chaise Longue.

Opinião: O Beijo da Meia-Noite (Lara Adrian)

O Beijo da Meia-Noite de Lara Adrian
Editora: Quinta Essência/Leya (2011)
Formato: Capa mole | 372 páginas
Géneros: Romance Paranormal
Sinopse.

Durante muito tempo resisti à maioria das séries de romance paranormal porque a minha preferência vai mais para a fantasia urbana, centrada na ação e não no romance.

Mas com a diversificação das leituras que tenho conseguido (mais ou menos) este ano e com a grande surpresa (positiva) que foi a série "Anjos Caídos" de J.R. Ward, decidi experimentar mais livros do género e esta série de Lara Adrian vem recomendada por amigos que já leram e pelas altas classificações no GoodReads.

Neste primeiro livro da Raça da Noite conhecemos Gabrielle, uma fotógrafa artista que um dia vai a sair de um bar e se depara com uma cena horripilante: um bando que parece estar a canibalizar um rapaz.

Mas ninguém acredita nela, pois não há provas de que o crime tenha acontecido.

Mas o crime aconteceu; foram na verdade vampiros renegados (viciados em sangue, tanto que não se conseguem controlar) que mataram o rapaz. E Lucan, um vampiro pertencente à Raça, uma elite que caça os que se renderam ao vício do sangue, decide ver o que Gabrielle sabe; e descobre que ela é uma "Companheira da Raça", uma mulher rara com os genes certos para poder "acasalar" com vampiros e dar à luz uma nova geração. Mas Lucan, que só pensa no dever, não quer ter nada a ver com Gabrielle...

O Beijo da Meia-Noite foi, sem dúvida, uma leitura compulsiva. A escrita da autora lê-se muito bem, mesmo em português. A história é particularmente descabida, o mundo criado faz pouco sentido e os dois protagonistas caem na cama demasiado depressa mas... dentro do género, e tendo em conta a sinopse, obtive do livro aquilo que estava à espera: uma leitura rápida, com cenas sensuais e uma história focada num romance instantâneo e com pouca profundidade. 

No geral, uma ótima leitura para passar o tempo, mas nada de especial... o mundo não convida o leitor a querer explorar particularmente os seus meandros e faz, pelo contrário, com que nos foquemos na história "romântica" (entre aspas porque são só cenas tórridas e luxúria na maior parte do livro).

Opinião: As Estrelas Brilham na Cidade (Laura Moriarty)

As Estrelas Brilham na Cidade de Laura Moriarty
Editora: Editorial Presença (2014)
Formato: Capa mole | 367 páginas
Géneros: Ficção histórica
Sinopse.

Geralmente, a maioria dos livros de ficção histórica que leio, passam-se ou no século XIX (romances históricos daqueles mais sensuais... o que não quer dizer que não sejam o mais precisos possível, ao nível histórico) ou na Antiguidade, ou na Idade Média. A ficção histórica passada na "Idade Moderna", nos períodos das Grandes Guerras ou entre as Grandes Guerras nunca me interessou particularmente.

Mas este livro pareceu-me interessante. Uma das protagonistas era a estrela do cinema mudo Louise Brooks e pela sinopse, pensei que a sua acompanhante (ou chaperon, como lhe chamam no livro) iria acompanhar a viagem de Louise de uma forma ou de outra. Não tinha qualquer problema em ler sobre a jornada própria de Cora, a acompanhante... mas pensei que essa jornada estaria ligada de alguma forma à de Louise. O que não é verdade.

A verdade é que Cora é a protagonista. É uma mulher que por acaso teve de acompanhar a jovem Louise Brooks a Nova Iorque quando esta entrou numa escola de dança na "Grande Maçã", pois naquela altura as jovens mulheres solteiras não podiam andar sozinhas na rua, pelo menos em Wichita, no Kansas. 

Toda a narrativa se centra em Cora, nos seus problemas, no seu passado, nas suas angústias. Louise não passa de uma personagem muito secundária. E não haveria problema... se Cora tivesse uma vida minimamente interessante, sobre a qual desse gosto ler. Mas não. Na verdade Cora é uma mulher relativamente jovem que tem uma mente inflexível e pouca tolerância. 

Certamente que gostei de ler sobre as convenções sociais da época e sobre como tudo mudava tão depressa, as modas, os costumes sociais, e tudo o resto, de ano para ano. Como havia ainda um "gap" social vincado entre gerações e entre as cidades mais pequenas (como Wichita) e as grandes cidades como Nova Iorque.

E foi engraçado ler sobre algumas das mudanças operadas em Cora, fruto também da sua convivência com a muito mais jovem Louise.

Mas não foi nada engraçado ler tanto pormenor sobre um verão, que no final mudou Cora sim, mas não de uma forma assim tão vincada e depois ler cerca de 150 páginas que contam, a alta velocidade, o resto da sua vida.

E o enredo pareceu-me um bocado forçado, com o Joseph a ir viver para o Kansas e tudo o mais.

No geral, fiquei algo desapontada. Para quê escrever um livro sobre a vida desinteressante de uma mulher que foi acompanhante da famosa Louise Brooks, quando se podia escrever um livro sobre a Louise Brooks? 

Além disso, este livro tem problemas de ritmo narrativo bastante vincados. Mais de metade centra-se num verão passado com Louise em Nova Iorque, as últimas 150 páginas são o resto da vida de Cora, a protagonista do livro. Ok, ela aprendeu algumas coisas na sua convivência com outras pessoas e com Louise, mas sinceramente falta... glamour ao livro e especialmente às personagens. Um livro que se lê bem, mas que, na minha opinião, tem o foco errado.

Secção de bónus: porque é que a Louise Brooks está na capa, sequer? E, de cada vez que punha os olhos no livro a música "Quando cai a noite na cidade" começava a tocar na minha cabeça. Que raio de título!

Opinião: Quando o Cuco Chama (Robert Galbraith)

Quando o Cuco Chama de Robert Galbraith
Editora: Editorial Presença (2013)
Formato: Capa mole | 496 páginas
Géneros: Mistério/thriller
Sinopse.

(A edição lida está em inglês, mas apresentam-se os dados da portuguesa)
Há livros que temos medo de ler. E este, juntamente com outros da J.K. Rowling, era um deles (para mim).

Uma das séries que marcou a minha vida de leitora foi a série do Harry Potter. Foram aqueles livros que lemos e relemos imensas vezes mas que nunca perdem a magia (pardon the pun), daqueles livros que lemos tantas vezes que eles ficam velhinhos e usados e depois temos de comprar edições novas.

Mas essa série acabou e a autora, J.K. Rowling virou-se para outras escritas. E eu, como fã, comprei logo os novos livros dela, em capa dura e no original e... bem, e lá ficaram na prateleira durante bastante tempo. Porque o problema com autores dos quais gostamos muito é que as suas novas obras têm tantas formas de nos desiludir que até lhes perdemos a conta. E mais: também nos podem iludir, ou seja, podemos achar que é um livro altamente apenas porque... epá, somos fãs da autora.

Felizmente, acho que nada disto aconteceu nesta leitura. Gostei deste livro, mas não vai entrar no meu top de favoritos. Reconheço-lhe os méritos, mas também as falhas.

J.K. Rowling, sob o pseudónimo Robert Galbraith criou em "Quando o Cuco chama" um mistério envolvente mas que avança de forma lenta e por vezes demasiado pormenorizada.

Cormoran, um detetive privado e ex-soldado é o protagonista desta história, se descontarmos o próprio "Cuco", a vítima. Tal como no romance que li há uns anos de Vikas Swarup (intitulado Seis suspeitos), a narrativa centra-se muito mais na vítima do que nos métodos investigativos de Cormoran (que se reduzem, mais ou menos à recolha de informação).

Galbraith vai juntando as várias peças de um complicado puzzle, que nos permitirá no final, obter uma imagem completa dos últimos dias da vítima e resolver o mistério.

"Quando o Cuco chama" é um mistério à antiga, de certo modo, com laivos de Agatha Christie que se podem ver na técnica investigativa de Cormoran e na utilização de uma segunda protagonista (Robin) para colocar umas perguntas bem pertinentes nos momentos certos. O culpado era bastante evidente quase desde o início, mas Galbraith consegue fazer mesmo assim germinar uma pequena semente de dúvida.

A destoar dos romances de Christie está o facto de neste livro se explorarem também as origens de Cormoran. Este não se afigura uma personagem emocionalmente complexa, mas o seu passado é interessante, pelo menos. Robin, a sua secretária dá alguma cor ao livro.

Acho que a escrita é, talvez, excessivamente trabalhada, o que me dificultou a leitura a princípio. O ritmo é um pouco irregular, havendo, também no início, alguns tempos mortos.

Contudo, no geral, gostei do desenrolar da história e estou curiosa para saber como Cormoran se vai desenvolver enquanto personagem e qual será a resolução dos próximos mistérios.

No geral, uma narrativa lenta, mas cheia de pormenores intrigantes. A visão geral do crime não se torna aparente após adquirirmos todas as peças e Cormoran tem de nos "explicar" como tudo foi feito, o que achei uma falha, tendo em conta o género do livro, mas no geral foi uma leitura interessante se bem de estar longe de ser uma obra de leitura compulsiva.

Opinião: Breathless (Brigid Kemmerer)

Breathless de Brigid Kemmerer
Editora: Kesington Teen (2013)
Formato: e-book | 65 páginas
Géneros: Fantasia Urbana, Lit. Juv./YA, Conto
Sinopse.

Tenho andado a ler a série "Elemental" aos poucos, ao contrário do que faço com outras séries, porque eu e o primeiro livro não nos demos assim muito bem. Não gostei particularmente dele. 

Mas o segundo e "Breathless", esta short-story ou "novella" centram-se nas personagens de que mais gostei no primeiro livro, os gémeos Merrick, Gabriel e Nick.

Se Gabriel é volátil, tem um fuso curto e se parece bastante com o seu elemento (o fogo), Nick é exatamente o contrário: calmo, ponderado e sempre pronto a ajudar os outros. É um apoio para todos, especialmente para a namorada, Quinn, que tem imensos problemas em casa.

Esta pequena história ou conto, desfaz um pouco a imagem que os leitores têm de Nick; mostram as suas dúvidas, medos e inseguranças e como tem imensas questões interiores por resolver. 

Nick é uma personagem mais reservada e nos livros 1 e 2 está lá para acalmar a situação e ajudar os irmãos. Mas esse papel pode ser muito solitário e neste conto dedicado ao segundo dos irmãos Merrick, vemos que Nick pode ser, provavelmente, o Merrick com mais bagagem e com mais "peso interior", porque para além do facto de ser um elemental e de ser perseguido (juntamente com a sua família), para além de não ter pais devido também aos seus poderes (e dos irmãos), tem de se preocupar com o bem-estar psicológico dos irmãos.

E isso, tira-lhe tempo para si. Nick sente-se culpado por, por vezes, querer fugir a tudo. Sente-se culpado por se julgar diferente dos irmãos, por no fundo não sentir nada de romântico para com Quinn. Nick devota-se aos irmãos e tenta enterrar os seus próprios problemas, o que o torna uma personagem fascinante e complexa.

No geral, uma ótima leitura. Estou muito interessada em ler o livro dedicado apenas a Nick (cada irmão tem um) e para ver como vai enfrentar os seus medos. 

Errata - Lançamentos da Saída de Emergência para setembro

Eu estava tão contente por ver umas novidades espetaculares no site da Saída de Emergência, que até me enganei nas datas. 

Os livros: 
  • Noite Silenciosa de Sherrilyn Kenyon
  • Diário de uma Obsessão de Claire Kendall
Saem na verdade no dia 10 de outubro de 2014, e não hoje. 

Peço desculpa pelos incómodos causados.

[Lançamentos] Topseller em setembro

Eis alguns dos lançamentos da Topseller para este mês (não faço ideia se lançarão mais algum livro), estes descobri-os no site da Bertrand. :)

Uma Semana para te Amar de Monica Murphy [Romance contemporâneo]
Disponível a partir de 11 de setembro
Sinopse: Temporária. É a palavra que melhor descreve a minha vida nos últimos anos. Sou a mãe temporária do meu irmão mais novo, já que, aparentemente, a nossa mãe não quer saber de nós. Tenho um trabalho temporário num bar, pelo menos até conseguir arranjar outra coisa. E sou a namorada temporária que todos os rapazes querem ter, porque me deixo seduzir facilmente. Ou, pelo menos, é o que dizem os rumores.
Sou neste momento a namorada temporária do Drew Callahan, lenda da equipa de futebol da universidade e de quem toda a gente gosta. Ele precisava de alguém que fingisse ser sua namorada durante uma semana. Em troca de dinheiro. Muito dinheiro.
Levou-me para o seu mundo falso, onde toda a gente me detesta e onde toda a gente quer alguma coisa dele. Mas a única coisa que o Drew parece querer sou eu.
Já não sei em que acreditar. Tudo o que eu sei é que o Drew parece precisar muito de mim. E eu quero estar lá para ele. Para sempre.


Os Inocentes de Taylor Stevens [Thriller/Mistério]
Disponível a partir de 11 de setembro
Sinopse: Vanessa «Michael» Munroe trabalha com informação. Após fugir a uma infância traumática, a sua aprendizagem e o seu treino permitem-lhe obter todo o tipo de informações, independentemente do cenário ou do país onde se encontre. Por isso, é agora contratada por empresas, instituições ou privados que pagam os seus serviços únicos no mundo.
Destacada para uma missão de alto risco, Vanessa tem de resgatar Hannah, uma rapariga de treze anos, da sua reclusão no seio de uma fanática comunidade religiosa conhecida como «Os Eleitos».
O processo de libertação de Hannah vai resultar em situações complexas e perigosas, mas, com a ajuda do especialista em segurança Miles Bradford, vai também permitir uma nova vida para esta heroína intrigante e com um passado devastador. O lado mais violento e instintivo de Vanessa irá revelar-se em nome da justiça: matar pode não ser necessariamente mau, se houver inocentes envolvidos.


O Segredo dos Tudor de C.W. Gortner [Ficção Histórica]
Disponível a partir de 11 de setembro
Sinopse: No verão de 1553, Brendan Prescott é chamado à corte inglesa dos Tudor para se tornar escudeiro de Robert Dudley. Na mesma noite em que chega à corte, Lorde Robert encarrega-o de entregar secretamente um anel à princesa Isabel.
Frente a frente com a emblemática princesa, e depois de ela se recusar a aceitar a joia, o jovem escudeiro percebe que se encontra no meio de uma trama de conspirações e mentiras. Os Dudley planeiam uma traição mortal contra o rei Eduardo VI e as suas duas irmãs Maria e Isabel com um único fim: chegar ao trono.
Destemido e convicto de que o que vai fazer é o melhor para Inglaterra, Brendan Prescott alia-se a Isabel e aos seus protetores. Torna-se assim um agente duplo em defesa da coroa, contra a ambição desmedida dos Dudley. Num enredo misterioso envolto em intrigas, perseguições, assassínios e corrupção, Prescott acaba por descobrir também as suas verdadeiras origens e a sua própria história. Uma história que esconde um segredo muito mais perigoso e mortal do que ele alguma vez poderia imaginar.

Opinião: Emoções Proibidas (Jess Michaels)

Emoções Proibidas de Jess Michaels
Editora: Quinta Essência/Leya (2013)
Formato: Capa mole | 256 páginas
Géneros: Romance Histórico
Sinopse.

Ora bem, o que dizer sobre este livro. Não há assim muito a dizer, na verdade. 

Miranda Albright, uma jovem pertencente (penso eu) à baixa nobreza, sempre gostou de espiar o seu vizinho, o Conde de Rothschild, quando este entretinha as suas amantes, na sua casa de campo.

Agora que o pai de Miranda morreu, tudo o que lhe resta e às suas irmãs, é fazerem um bom casamento; mas uma vez que a única coisa que o pai lhes deixou foram dívidas, Miranda faz o impensável e pede ajuda a Rothschild.

O preço que este exige é que Miranda se torne sua amante durante três meses. E, como paga, ele financiará a temporada das suas irmãs, para que elas possam arranjar marido.

Este romance histórico é bastante normal dentro do género; a única diferença (e mesmo assim nem é grande diferença) é que se foca mais na atração sexual e nas relações sensuais do que os romances normais, chegando mesmo a descurar o resto da história, já que a maioria das cenas se passam na casa de Rothschild, quando Miranda lá vai cumprir o seu acordo.

De resto, este romance histórico tem todos os "ingredientes" que geralmente compõem um livro do género: um herói todo bom, libertino mas secretamente torturado, uma heroína virtuosa, mas curiosa acerca do sexo e muitos momentos eureka quando ambos descobrem que a sua relação sexual se transformou em amor.

No geral, uma leitura agradável, com cenas sensuais escaldantes e bem escritas mas que não tem assim muita história para além disso. Certamente que as personagens têm alguma química e que o ritmo da história é bastante decente (não se passa de um mero conhecimento para o amor, ou seja não há "insta-love"), mas não achei que o livro se distinguisse particularmente dentro do género. Uma boa leitura, com uma escrita fluída e viciante, mas pouco mais.

Opinião: O Êxtase (Nicole Jordan)

O Êxtase de Nicole Jordan
Editora: Quinta Essência/Leya (2014)
Formato: Capa mole | 384 páginas
Géneros: Romance Histórico
Sinopse.

Nunca tinha lido um livro de Nicole Jordan antes (bem, tinha tentado ler um livro dela, mas não devia estar com paciência para este género na altura, porque não passei de algumas páginas) e tenho de dizer que fiquei agradavelmente surpreendida.

Certamente que o enredo é previsivelmente cliché, embora se debruce sobre um dos clichés que mais me agradam neste tipo de livros: o casamento arranjado; mas as personagens e mesmo a construção da história são interessantes e há algo neste livro que falta em tantos outros do género: química entre as personagens.

Em "O Êxtase" conhecemos Raven, uma jovem criada nas Caraíbas pela mãe e por um pai adotivo que a detesta. No leito de morte, a mãe faz Raven prometer que se irá casar com um nobre e obter um título, em vez de casar inocentemente por amor. Por isso, ao regressar a Inglaterra, Raven esforça-se por conseguir um marido rico e importante, e fica noiva de um duque.

Mas Sean Lasseter, um pretendente ignorado decide raptar Raven no dia do seu casamento e tem em mente um destino terrível para a jovem. Apenas a intervenção do irmão de Sean, Lasseter, impede que algo de horrível aconteça. Tendo em conta que a reputação e a possibilidade de aliança de Raven com o duque estão desfeitas, Kell decide reparar os danos causados pelo irmão e casar-se com Raven, salientando logo de início que se trata meramente de um casamento de conveniência.

Como Raven não quer amar qualquer homem e como todas as suas esperanças foram desfeitas, a jovem aceita.

Gostei. Um livro que se lê com facilidade, "O Êxtase" centra-se em duas personagens que mal se conhecem e que não querem, de todo, um casamento apaixonado. A autora descreve bem o tipo de preconceitos que existiam entre a alta sociedade relativamente a mulheres "caídas em desgraça" e também a homens que trabalhavam para obter a sua riqueza (é o caso de Kell).

Apesar de nem um nem outro quererem uma relação intima, Kell e Raven acabam por explorar a sua atração sexual mútua que levará a mais convivência e a um conhecimento mais profundo um do outro.

Apesar deste livro não ser exatamente original, achei que a progressão da relação entre os protagonistas foi bastante interessante e não pareceu muito forçada. Foi por isso que dei por mim a devorar este livro.

Em geral, surpreendentemente interessante tendo em conta que da última vez que li um livro da Nicole Jordan desisti ao fim de meia dúzia de páginas. Recomendado para os amantes de romances históricos e sensuais.

[Lançamentos] Editorial Presença em setembro

E chega a vez da Editorial Presença e da chancela Marcador, que tem também novidades muito aguardadas, incluindo o vencedor do Prémio Pulitzer de 2014.



No Limiar da Eternidade (Trilogia O Século, #3) de Ken Follett [Ficção Histórica]
Disponível a partir de dia 16 de setembro
Sinopse: Enquanto as decisões tomadas nos corredores do poder ameaçam extremar os antagonismos e originar uma guerra nuclear, as cinco famílias de diferentes nacionalidades que têm estado no centro desta trilogia O Século voltam a entrecruzar-se numa inesquecível narrativa de paixões e conflitos durante a Guerra Fria.

Quando Rebecca Hoffmann, uma professora que vive na Alemanha de Leste, descobre que anda a ser seguida pela polícia secreta, conclui que toda a sua vida é uma mentira. O seu irmão mais novo, Walli, entretanto, anseia por conseguir transpor o Muro de Berlim e ir para Londres, uma cidade onde uma nova vaga de bandas musicais está a contagiar as novas gerações. Nos Estados Unidos, Georges Jakes, um jovem advogado da administração Kennedy, é um ativo defensor do movimento dos Direitos Civis, tal como a jovem por quem está apaixonado, Verena, que colabora com Martin Luther King. Juntos partem de Washington num autocarro em direção ao Sul, numa arriscada viagem de protesto contra a discriminação racial. Na Rússia, a ativista Tania Dvornik escapa milagrosamente à prisão por distribuir um jornal ilegal. Enquanto estas arriscadas ações decorrem, o irmão, Dimka Dvornik, torna-se uma figura em ascensão no seio do Partido Comunista, no Kremlin.

Nesta saga empolgante que agora se conclui, Ken Follett conduz-nos, em No Limiar da Eternidade, através de um mundo que pensávamos conhecer, mas que agora nunca mais nos parecerá o mesmo.



O Pintassilgo de Donna Tartt [Ficção]
Sinopse: Theo Decker, um adolescente de 13 anos, vive em Nova Iorque com a mãe com quem partilha uma relação muito próxima e que é a figura parental única, após a separação dos pais pouco antes do trágico acontecimento que dá início a este romance. Theo sobrevive inexplicavelmente ao acidente em que a mãe morre, no dia em que visitavam o Metropolitan Museum. Abandonado pelo pai, Theo é levado para casa da família de um amigo rico. Mas Theo tem dificuldade em se adaptar à sua nova vida em Park Avenue, e sente a falta da mãe como uma dor intolerável. É neste contexto que uma pequena e misteriosa pintura que ela lhe tinha revelado no dia em que morreu se vai impondo a Theo como uma obsessão. E será essa pintura que finalmente, já adulto, o conduzirá a entrar no submundo do crime.

O Pintassilgo, vencedor do Prémio Pulitzer 2014, é um livro poderoso sobre amor e perda, sobrevivência e capacidade de nos reinventarmos.. Uma brilhante odisseia através da América dos nossos dias, onde o suspense e a arte são dois elementos decisivos para agarrar o leitor.

- O melhor livro do ano 2013 na Amazon.com
- Um dos dez melhores livros de 2013, pelo The New York Times


Maze Runner – Correr ou Morrer de James Dashner [Ficção Científica, Juvenil]
Sinopse: Thomas percebe que se encontra num elevador e que chegou a um lugar estranho, um espaço que se abre entre muros altíssimos e que o enche de pânico. Lá fora, como se estivessem à sua espera, uma pequena multidão de rapazes adolescentes como ele. As suas vozes saúdam-no com piadas juvenis, proferidas numa linguagem que lhe parece estranha. Dizem-lhe que aquele lugar se chama a Clareira e ensinam-lhe o que sabem a respeito daquele mundo. Tal como acontece com Thomas, não se lembram da sua vida anterior, mas ali estão perfeitamente organizados, cumprindo preceitos que ninguém deve quebrar. No fim desse primeiro dia de Thomas naquele lugar, acontece algo inesperado - a chegada da primeira e única rapariga, que traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo.

Maze Runner é uma série de grande sucesso, que agradará tanto aos fãs de Jogos da Fome como a todos os apreciadores do género fantástico ou de distopias apocalípticas. A sua versão cinematográfica estreia brevemente em Portugal.


Aqui e Agora de Ann Brashares [Ficção Científica, Romance, Juvenil]
Sinopse: Seguir as regras.
Lembrar-me do que aconteceu.
Nunca me apaixonar.

O mundo de onde vim está em ruínas.
Estamos aqui para evitar a destruição da humanidade.
Mas se não seguirmos As Regras, tudo o que é importante desaparecerá:
Amigos. Famílias. Sonhos. Amor.
O Ethan não pode nunca descobrir o meu segredo.
Que não vim de outro lugar.
Que vim de um outro tempo.

Aqui e Agora é um thriller inesquecível, romântico e épico, sobre uma jovem que veio do futuro e que pode talvez salvar o mundo... se abrir mão daquilo que mais deseja.


O Rei de Ferro e a Rainha Estrangulada de Maurice Druon [Ficção Histórica]
Sinopse: O Rei de Ferro - Filipe, o Belo - é frio, cruel, silencioso, e governa o reino sem hesitações. Apesar disso, não consegue dominar a própria família: os filhos são fracos e as esposas, adúlteras, ao mesmo tempo que a sua filha de sangue, Isabel, é infeliz no casamento com o rei inglês - que parece preferir a companhia de homens.

Empenhado na perseguição aos ricos e poderosos Templários, Filipe sentencia o grão-mestre Jacques de Molay a ser queimado na fogueira, atraindo sobre si uma maldição que vai destruir o futuro da sua dinastia. Morre nesse mesmo ano, deixando o reino em grande desordem. O seu filho é nomeado rei, mas com a esposa presa e acusada de adultério, é incapaz de gerar um herdeiro e de garantir a sucessão. Enquanto a cristandade espera um papa e as pessoas estão a morrer de fome, as rivalidades, intrigas e conspirações vão despedaçar o reino e levar barões, banqueiros e o próprio rei a um beco sem saída, ao qual só parece ser possível escapar pelo derramamento de sangue.

O Rei de Ferro e a Rainha Estrangulada é o primeiro livro da série Os Reis Malditos, que inspirou os livros da Guerra dos Tronos.

[Lançamentos] Saída de Emergência em setembro e outubro

A Saída de Emergência tem alguns lançamentos bastante apetecíveis para este mês, que irão agradar a leitores de diversos géneros. O que é que gostariam de ler?


Noite Silenciosa de Sherrilyn Kenyon [Romance Paranormal]
Disponível a partir de 10 de outubro
Sinopse: No mundo dos Predadores da Noite, o inferno está prestes a chegar… 
Stryker já avisou que está a reunir as suas forças. Enquanto o mundo avança inconsciente, Stryker, que lidera um exército de demónios e vampiros, conspira para lançar uma ofensiva contra os seus inimigos — que, infelizmente para nós, incluem toda a raça humana.

Para vingar a sua irmã, Stryker prepara-se para aniquilar os Predadores da Noite. Mas as coisas começam a correr mal quando o seu inimigo mais antigo regressa. Eis que chega a sua ex-mulher, Zephyra. Precisamente quando achava que nada o poderia parar, vê-se embrenhado numa guerra secular com uma mulher que dá um novo significado à palavra «dor».

Estão a ser traçadas novas linhas de batalha, enquanto os Predadores da Noite se reúnem para uma novo confronto, numa NOITE SILENCIOSA.


Diário de uma Obsessão de Claire Kendal [Thriller/Suspense]
Disponível a partir de 10 de outubro
Sinopse: Os fãs de Gone Girl irão arrepiar-se com este thriller sobre poder e perseguição. 
Clarissa está cada vez mais assustada com o seu colega Rafe. Ele não a deixa em paz e recusa-se a aceitar “não” como resposta. Está sempre presente.

Ser convocada para ser jurada é um alívio. A sala do tribunal é um abrigo seguro, um lugar onde Rafe não pode estar. Mas à medida que uma narrativa de rapto e violação se desenrola, Clarissa começa a ver paralelismos entre a sua situação e a da jovem na barra das testemunhas. Se quer sobreviver, Clarissa terá que expor o seu perseguidor. Ao desenredar o macabro e perverso conto de fadas que Rafe teceu em torno deles, descobre que o final que ele visiona é mais aterrador do que ela poderia alguma vez imaginar. Mas como é que alguém pode proteger-se de um inimigo que mais ninguém consegue ver?


Assassin’s Creed – Bandeira Negra de Oliver Bowden [Ficção Hist./Fantasia]
Disponível a partir de 26 de setembro
Sinopse: “Estava enfeitiçado pelo homem do capuz. Hipnotizado por este agente da morte, que ignorava a carnificina à sua volta, esperando pelo seu momento de atacar” 
Estamos na Era Áurea da Pirataria e o Novo Mundo chama por nós. Edward Kenway é o impetuoso jovem filho de um vendedor de lã. Sonha com ouro e não consegue resistir ao apelo de uma vida de glórias no alto mar. Quando o seu lar é atacado, esta parece ser a sua melhor oportunidade de fugir e Kenway rapidamente se destaca como um dos mais mortíferos corsários do seu tempo.

Mas a ganância, a ambição e a traição seguem-no de perto. Quando surge uma perigosa conspiração que ameaça destruir tudo o que ele ama, Kenway não resiste à sede de justiça.

Embarque nesta aventura sem precedentes! Viva pelos olhos de Edward Kenway a batalha feroz entre Assassinos e Templários, desde as tempestuosas correntes do oceano às exóticas ilhas desconhecidas e prepare-se para sentir o perigo à flor da pele! 


Acácia – A União Sagrada de David Anthony Durham [Fantasia]
Disponível a partir de 19 de setembro
Sinopse: Três irmãos ainda sobrevivem, líderes que traçam um novo caminho para o Mundo Conhecido. Estarão à altura dos desafios que se lhes deparam? 
A Rainha Corinn domina o mundo com o seu conhecimento profundo dos feitiços encontrados em A Canção de Elenet. O seu irmão mais novo, Dariel, torna-se numa figura mítica nas Outras Terras, enquanto a sua irmã, Mena, viaja até ao Norte Distante para defrontar uma invasão desencadeada por uma raça violenta decidida a conquistar o Mundo Conhecido. Os seus percursos individuais acabam por convergir em batalhas tumultuosas e os desafios que terão que enfrentar podem alterar a terra em que vivem para sempre…


A Estrada do Tabaco de Erskine Caldwell [Ficção Histórica]
Disponível a partir de 19 de setembro
Sinopse: O humor de Caldwell, como o de Mark Twain, tem como fonte a imaginação que agita as emoções do leitor 
Durante a Grande Depressão americana, a família Lester não sabe como sobreviver à miséria que se avizinha. Residem e gerem os territórios rurais da Geórgia, cultivados com tabaco e algodão, mas já nem isso os salva. Debilitados pela pobreza ao ponto de atingirem um estado de ignorância e egoísmo cruel, os Lesters preocupam-se com a fome, os apetites sexuais que os devoram e o medo de que a hierarquia social os empurre para uma camada ainda mais desfavorecida.

A pobreza, o racismo e a bestialidade dos homens são aqui postas a nu, despindo a sociedade americana dos anos 20 com crueza e violência, numa tragicomédia de mestre. A Estrada do Tabaco é um dos grandes clássicos americanos de Erskine Caldwell.

Opinião: Rosa Selvagem (Patricia Cabot)

Rosa Selvagem de Patricia Cabot
Editora: Livros D'Hoje/Leya (2012)
Formato: Capa mole | 368 páginas
Géneros: Romance Histórico
Sinopse.

Rosa Selvagem foi o primeiro livro para adultos que li da autora. Já li bastantes livros juvenis da sua autoria, escritos sob o nome Meg Cabot, dos quais gostei muito.

Este romance histórico foi uma leitura agradável, sim, mas pouco surpreendente e creio que sofre de algumas inconsistências de desenvolvimento ao nível da história e das personagens. E depois, a heroína dá demasiados estalos ao herói e sinceramente isso fez-me um bocado de impressão.

Edward Rawlings, segundo filho de um duque e libertino reconhecido tem um grande problema: o seu pai morreu e o seu irmão também, pelo que se não encontrar o filho deste último arrisca-se a ter de ser duque, com todas as responsabilidades que isso implica.

O problema é que... o pequeno duque tem 10 anos e é ferozmente guardado pela sua tia, uma jovem escocesa chamada Pegeen. Edward não tem escolha se não trazer também esta mulher irritante, que é liberal, abomina o casamento e é antimonárquica consigo.

É esta a premissa inicial do livro mas, infelizmente, os dois protagonistas sofrem logo de um caso agudo de "luxúria à primeira vista", que me irritou imenso.

Depois, já na mansão de Rawlings, Pegeen, que supostamente quer abolir as classes sociais e os privilégios, demora muito pouco tempo a habituar-se à vida de luxo e ociosidade. Oh, ela faz alguns esforços simbólicos como ir visitar o Sindicato feminino, ou refilar porque se gasta demasiado dinheiro com a mansão, mas não tenta impor realmente os seus ideais, algo que uma pessoa que parecia defender tão acirradamente no início do livro.

Pensei sinceramente que esta diferença de ideias iria criar conflito, discussões e tensão entre os protagonistas, mas isso não se verificou. Não, o único problema mesmo é a tensão sexual. Não há assim muita conversa espirituosa ou troca de galhardetes e como era isso que esperava depois de ler a sinopse, fiquei desiludida. O que acontece quando se encontram é invariavelmente acabarem por libertar a tensão de outra maneira.

Edward é uma personagem caracterizada de forma tão inconstante como Pegeen. Para mulherengo não se envolve assim muito com mulheres e apenas ouvimos falar da sua reputação, não temos "provas" em primeira mão baseadas em acontecimentos no livro. E Edward não é particularmente charmoso.

O que quero dizer com isto é que, tendo já lido imensos romances históricos, devo dizer que penso que Patricia Cabot falhou um pouco na caracterização e coerência das personagens e também na própria coerência da história. As personagens são descritas de uma forma, mas agem de outra e a progressão do romance é pouco linear e realista.

No geral, uma leitura agradável mas um pouco confusa. Achei que Edward poderia ter sido mais sedutor, Pegeen ter mais espírito e o romance mais química. A personagem de Jeremy, o jovem duque ficou um pouco de lado o que também acho uma pena, porque poderia ter sido um elemento bastante engraçado. Enfim, talvez tivesse gostado mais, se já não tivesse lido tantos livros do género.

Tentações: Para Sempre (Judith McNaught)

E estreia uma nova rubrica no blogue! O objetivo é quase o mesmo do que o da antiga rubrica "Waiting on Wednesday", mas o "Tentações" não terá um dia da semana definido.

Para que serve? Ora, para mostrar livros que saíram ou que vão sair e sobre os quais estou curiosa. Convém dizer ainda que "roubei" esta rubrica desenvergonhadamente à autora do blogue Girl in Chaise Longue. :)


O livro desta edição é: "Para sempre" de Judith McNaught. Este livro, publicado pela primeira vez em 1984, vai sair este mês pela mão da ASA. Só não sei exatamente quando. Já vi tantas datas para aí espalhadas que nem sei bem qual é a correta. Mas penso que será no dia 9.

A história parece bem interessante.
"Victoria Seaton cruzou um oceano. Para trás, deixou tudo o que amava. A sua cidade, Nova Iorque. Andrew, o homem dos seus sonhos. E a casa onde nasceu, agora tristemente vazia após a morte súbita dos pais.
Desamparada, Victoria não tem outra solução que não rumar ao desconhecido. A Inglaterra, um país que que nunca visitou. Aos aristocráticos Fielding, uma família que nunca viu e à qual pertence apenas no papel. A uma herança que não sabia existir. O seu único conforto é a sua irmã Dorothy, a quem protege fingindo ser a mulher corajosa que, intimamente, teme não ser. A alta sociedade britânica rapidamente a põe à prova com as suas regras rígidas, tão diferentes dos modos calorosos e simples do seu país natal. Igualmente impenetráveis são as reacções da família. Quando conhece a avó – a duquesa de Claremont - Victoria não percebe o porquê do seu olhar venenoso e a sua obstinação em acolher apenas Dorothy. As irmãs acabam por ser separadas e Victoria fica à mercê do jovem lorde Jason Fielding, seu primo afastado. Jason é um homem frio, sensual e implacável. Nos salões da moda, é o alvo de todas as atenções, a chama que atrai homens e mulheres, o “felino selvagem entre gatinhos domésticos”. Ele permanece um mistério aos olhos de Victoria, que recusa submeter-se às suas ordens ríspidas. Por seu lado, Jason não sabe como reagir ao temperamento explosivo da jovem americana. A relação de ambos é tão excitante quanto impossível. Sobre ela paira - negra e omnipresente - a sombra do passado com os seus mistérios, segredos e crimes... "
Rubrica da autoria de Girl in Chaise Longue.

It's Monday! What are you reading?


É a primeira segunda-feira de setembro e continuo na onda dos romances históricos. Estou a ler "Rosa Selvagem" de Patricia Cabot. 

Rosa Selvagem de Patrícia Cabot

Quanto a publicações, como consegui ler alguma coisa neste fim de semana, tivemos algumas, sim:


Rubrica da autoria de The Book Journey.